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Maioria dos pombos do Centro tem os pés mutilados – O motivo é surpreendente

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Quem circula pelas principais vias centrais da Capital, principalmente, no Largo da Alfândega e Praça XV, se surpreende com a quantidade de pombos sem os dedos ou com o pé amputado.

O fenômeno não é uma exclusividade de Florianópolis.
Ele pode ser conferido nas regiões centrais de cidades em todo o mundo (mas não acontece nos parques e praças mais afastados dos centros urbanos).

Durante décadas se desconhecia o motivo dessas ocorrências.
Mas, agora, uma recente pesquisa do Museu de História Natural de Paris descobriu a causa da mutilação dos pés dos pombos: o cabelo humano!

Ave só com um ‘toco’: perdeu os dedos e o outro pé

A conclusão é de Frédéric Jiguet, professor de biologia da conservação do Museu, que publicou um artigo na revista Biological Conservation, segundo reportagem divulgada pela BBC News Mundo.

De acordo com a publicação, a pesquisa estabelece uma correlação entre pombos e fios de cabelo.
O número de pombos com pernas mutiladas é maior nos distritos urbanos, onde há mais salões de cabeleireiros.

Apesar de o estudo ter sido realizado em Paris, o cientista diz que a lógica vale para muitos outros centros urbanos.

Inicialmente, o estudo surgiu porque eu sou um observador das aves e vi que as mutilações nas pernas dos pombos tinham uma causa principal e mecânica: seus dedos se enredam com fios ou cabelos humanos“, disse Jiguet à BBC News Mundo.

Pombas no Largo da Alfândega: quase a totalidade tem mutilações

Segundo o pesquisador, ao procurar comida no chão, as aves ficam presas aos fios ou cabelos e quanto mais andam, mais se enrolam.
Isso provoca o corte na circulação nos pés, passando a necrosar o órgão até a sua queda.

“As mutilações são mais comuns em pombos, simplesmente porque esses pássaros andam mais na calçada do que outras aves. E, normalmente, na calçada há pelos em abundância”, diz a publicação, que coloca a culpa no descarte de restos de cabelo por parte dos salões, cujos sacos de lixo são deixados nas calçadas e acabam se rompendo, espalhando os cabelos.

(Texto e fotos de Billy Culleton)

 

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