Em 1975, fila na Felipe Schmidt para andar na primeira escada rolante de Santa Catarina
Famílias vinham do interior do Estado para conhecer a novidade no Centro
Por Billy Culleton
Há pouco mais de quatro décadas Santa Catarina entrava para a ‘modernidade’ com a inauguração do que foi considerado o mais complexo shopping center do Sul do país e onde passou a funcionar a primeira escada rolante do Estado.
Foi em 21 de novembro de 1975 que Florianópolis parou para acompanhar a abertura do Centro Comercial Aderbal Ramos da Silva, entre as ruas Felipe Schmidt e Conselheiro Mafra, que se popularizou como ARS, as siglas do homenageado.
A nova galeria possuía uma grande novidade: era possível subir ao primeiro andar de lojas por meio de uma pequena escada rolante, com 20 degraus e que chegava a seis metros.
“Este detalhe pitoresco é mais um atrativo no conjunto da obra de vanguarda que eleva a capital catarinense ao nível das maiores cidades brasileiras”, ressaltava o anúncio do empreendimento de 12 andares publicado nos jornais da época.
A inovação tecnológica logo se transformou em uma grande atração. As pessoas faziam fila para subir na escada e muitas famílias vinham do interior do Estado passear em Florianópolis com seus filhos para andar nela por 10 segundos até chegar ao destino.
Só que pela arquitetura do centro comercial, para voltar a subir na escada rolante era necessário caminhar cerca de 100 metros pelas galerias com lojas, percorrendo quase todo o empreendimento, como é até hoje.
A inauguração do ARS, no meio da tarde, reuniu milhares de florianopolitanos que foram até a Felipe Schmidt para prestigiar o evento e, após um desfile de bandas pelo Calçadão, assistiram ao show da cantora Rosemary. Na época com 28 anos, a musa da Jovem Guarda encantou o público com sucessos como Paixão, Escuta e Carne e Osso.
Antes, houve discursos do governador do Estado, Antônio Carlos Konder Reis, e do prefeito da cidade, Esperidião Amin, além do “Dr. Aderbal”, que morreu dez anos depois.
A hoje acanhada escada rolante ainda funciona perfeitamente no empreendimento, um dos mais movimentados do Centro, e que conta com 57 lojas no térreo e nos primeiros dois andares, além de 120 salas para escritórios.
(As fotos da época são do Jornal O Estado e não têm a identificação dos fotógrafos)
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