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SC tem 23 detentos com suspeita de coronavírus – Cuidar do preso pode evitar colapso no sistema de saúde

A Medicina não faz distinção entre pessoas presas ou soltas. Assim, todos ‘disputam’ os mesmos escassos leitos nas UTIs dos hospitais.
O alerta se justifica: de acordo com o Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap), no sistema prisional catarinense há 23 presos isolados por apresentarem sintomas da Covid-19.
Por outro lado, uma dentista do Complexo Penitenciário da Agronômica foi confirmada com a doença.
Em todo o Estado, 27 servidores/funcionários do sistema estão sendo monitorados por suspeita de estarem contagiados com coronavírus.

(Esclarecimento: na primeira versão desta reportagem foi divulgado que um detento da Capital estava com coronavírus. A afirmação foi feita a partir da interpretação de uma resposta repassada pela assessoria de imprensa do Deap ao Floripa Centro por WhatsApp.
Confira o diálogo entre a reportagem e a assessoria de imprensa:
Tem algum caso suspeito ou confirmado de Covid-19 entre os presos de SC?
– No sistema prisional temos 01 caso confirmado e outros 50 suspeitos, sendo 24 servidores, 03 funcionários e 23 internos.
Após a publicação original, a assessoria de imprensa entrou em contato com a reportagem e esclareceu que o caso era de uma dentista, dentro do sistema prisional).

Juiz catarinense defende prisão domiciliar para alguns condenados
Como forma de impedir o avanço da pandemia, o juiz catarinense João Marcos Buch faz um apelo para antecipar a saída das seguintes ‘categorias’ de presos:
– cujas penas estão próxima a terminar;
– em regime semiaberto (que já saem para trabalhar e retornam à noite para a unidade prisional);
– que estão doentes ou são idosos e que foram condenados por crimes mais leves.

Juiz João Marcos Buch visita presídio de Joinville (Arquivo pessoal, assim como a imagem de abertura)

“O Ministério da Saúde diz que uma das populações mais vulneráveis do Brasil é a população carcerária. São pessoas que estão em ambientes insalubres, com pouca higiene, com pouco acesso ao sol e que tem naturalmente a imunidade baixa”.
Para ele, um contagio em massa dentro do sistema prisional seria muito grave e faria com que mais pessoas precisem da rede hospitalar.

A medida, segundo o juiz de Joinville, permitiria que os ambientes prisionais fiquem menos lotados e pudesse se abrir espaço para a separação e isolamento dos casos suspeitos de coronavírus.

Confira o vídeo:

Conselho Nacional de Justiça recomenda saída antecipada de grupo de risco
Em março, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu parecer que incentiva tribunais e magistrados a adotarem medidas preventivas à propagação do novo coronavírus no sistema de justiça penal e socioeducativo.

Entre as recomendações estão a concessão de saída antecipada dos regimes fechado e semiaberto, sobretudo em relação a:
– Mulheres gestantes, lactantes, mães ou pessoas responsáveis por criança de até 12 anos ou por pessoa com deficiência;
– Idosos, indígenas, pessoas com deficiência e demais pessoas presas que se enquadrem no grupo de risco;
– Pessoas presas em estabelecimentos penais com ocupação superior à capacidade, que não disponham de equipe de saúde lotada no estabelecimento, sob ordem de interdição, com medidas cautelares determinadas por órgão de sistema de jurisdição internacional, ou que disponham de instalações que favoreçam a propagação do novo coronavírus;
– Concessão de prisão domiciliar a pessoas presas por dívida alimentícia

Confira a íntegra da recomendação do ministro do STF Dias Toffoli.

Justiça de SC atende orientação do CNJ
Seguindo a recomendação do CNJ, a estimativa é que Santa Catarina tenha liberado cerca de 1,5 mil detentos, o que representa pouco mais de 5% dos 26 mil presos do Estado.
Em razão de o Tribunal de Justiça de Santa Catarina não disponibilizar os dados, o número de detentos soltos é um cálculo desta reportagem, baseado no último levantamento, em 22/3, da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa de SC: o órgão divulgou que tinham sido liberados 1.077 detentos por causa da Covid-19.
Em todo o país, segundo o Departamento Penitenciário Nacional, 30 mil detentos foram soltos, menos de 4% do contingente de 800 mil presos no Brasil.

ONU pede para não esquecer quem está atrás das grades
Reportagem publicada no Portal UOL mostra que Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo esta semana para que os governos tomem medidas urgentes para proteger pessoas em situações mais vulneráveis ao novo coronavírus, principalmente quem se encontra em prisões.

A organização convocou as autoridades a adotar medidas de ‘reavaliação dos casos de prisão preventiva’ afim de identificar os casos em que poderiam cumprir a condena com medidas alternativas de confinamento, como prisões domiciliares.

Nesta Semana Santa, Papa faz apelo às autoridades

SC permite contato entre presos e familiares por videochamada
O colunista Anderson Silva, do grupo NSC, divulgou esta semana que a Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina criou um novo formato de contato entre os detentos e seus familiares. O modelo de visita virtual através de ligações ou transmissões em vídeo com supervisão dos agentes prisionais.

A ideia é oferecer o contato sonoro e visual sem risco de contaminação. As visitas online ou por chamada telefônica terão duração máxima de 10 minutos. Cada preso terá direito a um encontro por mês e as unidades serão responsáveis pelo contato com o familiar que já deve estar cadastro como visitante presencial. Para iniciar a conversa, o familiar precisa apresentar sua documentação para a câmera.

Outras reportagens sobre o assunto:

O que pensam os juízes que estão soltando presos em meio à pandemia

Covid nas prisões: reconhecemos a crise ou por ela seremos engolidos

Precisamos falar sobre prisão domiciliar em tempos de coronavírus

 

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Guarda Municipal teve que intervir – Mercado Público registra filas para compra de peixe

A Guarda Municipal de Florianópolis foi acionada na manhã desta quinta-feira, 9, para afastar as pessoas que procuraram o Mercado Público Municipal para adquirir o peixe.
Muitos clientes não estavam respeitando a distância mínima na hora da compra.

Do lado de fora, filas de cerca de 30 pessoas foram registradas nas duas entradas principais: junto ao Largo da Alfândega e na frente do Camelódromo.

Imagem das câmaras de monitoramento na Rua Jerônimo Coelho

Confira os vídeos feitos pela Guarda Municipal de Florianópolis:

Dentro do Mercado

Fora do Mercado

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Soldados do Exército ajudam no atendimento ao cidadão nos postos de Saúde e na distribuição de comida

Membros do Exército estão colaborando com a Prefeitura de Florianópolis em diversas funções durante a pandemia do coronavírus.
Na Passarela da Cidadania, no Centro da Capital, por exemplo, seis militares ajudam diariamente na hora de servir as refeições para as pessoas em situação de rua.
Em outros horários, descarregam as doações de alimentos e produtos de higiene.

Vinte soldados também estão presentes nos postos de Saúde da cidade. Objetivo é fazer cumprir as normas de distanciamento para evitar aglomerações nas entradas desses locais.

A recente parceria foi viabilizada pelo secretário municipal de Segurança, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, junto com o comando do Exército. “Além de ajudar nas tarefas e orientar a população, a simples presença deles já impõe respeito para que sejam seguidas as recomendações das autoridades, em locais com grande fluxo de pessoas”, justifica o secretário.
A maioria do efetivo das forças armadas que está trabalhando voluntariamente para o poder municipal pertence à 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, cujo comando está na Rua Bocaiúva, no Centro, e ao 63º Batalhão de Infantaria, no Estreito.

Secretário Alceu Pinto (de camisa branca) junto com efetivos do Exército e Defesa Civil (As imagens desta reportagens são da PMF)

 

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Na região central – Após suspeita de contaminação pelo coronavírus, Centro de Saúde fecha temporariamente

Atualização de quinta-feira, 9, às 16h30min:

COMUNICADO DA PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS:
Após resultados negativos para COVID-19, Centros de saúde da Prainha e Ratones reabrem nesta segunda-feira.
A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, informa que deram negativos os resultados para o novo coronavírus, feito com as equipes do Centro de Saúde da Prainha e de Ratones. Ambos os locais estavam fechados após os profissionais terem contato com casos suspeitos.
Os Centros de Saúde passaram por desinfecção dos ambientes e nesta segunda-feira (13), continuarão atendendo a população das 8h às 17h.

MATÉRIA ORIGINAL:

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, fechou temporariamente o Centro de Saúde da Prainha, embaixo do Túnel Antonieta da Barros, na região central de Florianópolis.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 6, pois no local há profissionais de saúde apresentando sintomas que podem indicar infecção pelo novo coronavírus.

O fechamento segue o protocolo municipal que indica o afastamento temporário do trabalho nestes casos.

A previsão é que a partir da próxima semana o Centro de Saúde volte a funcionar.

Para dúvidas com receitas, ou outras demandas na unidade, a população pode entrar em contato com a sua equipe de saúde pelos telefones que aparecem neste link: https://bit.ly/whatsappcentrodesaude.

Já a população que precisar de atendimento presencial durante esta semana pode se dirigir até o Centro de Saúde Centro (Avenida Rio Branco, quase esquina Felipe Schmidt).

Caso alguém apresente sintomas do coronavírus, a Prefeitura continua orientando a população a entrar em contato com o Alô Saúde Floripa pelo número 0800-333-3233.

Confira aqui outras reportagens do Floripa Centro

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Movimento de veículos nas pontes aumenta 70% em uma semana e chega a 110 mil por dia

Mesmo na quarentena, cerca de 110 mil veículos estão transitando diariamente pelas pontes que ligam a Ilha ao Continente, em Florianópolis.
O movimento aumentou 70% em uma semana, segundo levantamento feito pelo Portal Floripa Centro.

Na semana passada, a primeira após o isolamento decretado pelo poder público, passavam pelas pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos aproximadamente 65 mil veículos.

O cômputo da reportagem foi feito visualmente, já que os equipamentos de contagem dos órgãos públicos nesse local estão desligados, segundo informou a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.
A secretaria forneceu os dados do movimento em diversas ruas centrais da Capital (confira quadro abaixo).

A metodologia do cálculo foi feita por amostras: contagem de veículos por minuto em diversos horários do dia (a reportagem tem acesso visual às pontes. Mas o público também pode verificar pelas câmeras de monitoramento das vias neste link).
Um exemplo do horário das 15h30min: em 26/3 passaram 69 veículos pelas duas pontes durante um minuto. Já em 2/4, foram 114. Aumento de 66%.

Levando em consideração que cada veículo carrega em média 1,5 pessoa, pode-se concluir que 165 mil entraram ou saíram da cidade, correndo o risco de se contaminar com o coronavírus e colocando em perigo também os seus familiares.

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Direto do Campo entrega em casa – Dez opções para encomendar compras no Centro (algumas funcionam bem)

Não está fácil fazer as compras nos grandes supermercados pela internet.
A maioria deles não está dando conta de fazer as entregas.
Até porque a logística é complicada e envolve muito tempo, além de trabalhadores se expondo pelas ruas.

Por isso, muitos não atendem no televendas ou inexiste previsão de entrega nas compras on-line.

Já os pequenos mercados do bairro fazem a entrega rapidamente, no mesmo dia.

O Floripa Centro pesquisou, telefonou e entrou nos sites, na manhã desta terça-feira, 31.
Confira o resultado:

Direto do Campo – Hortifrutigranjeiros:
O estabelecimento da Beira Mar faz entrega a domicílio, inclusive orgânicos, cobrando taxa de R$ 10.
O prazo é de até 48 horas após o pedido.
Segundo os proprietários, os valores dos produtos são os mesmos de antes da quarentena.
Somente pelo WhatsApp: (48) 3030-1940.
Para fazer o pedido, deve-se preencher o cadastro abaixo e enviar a lista pelo WhatsApp.
Nome completo, CPF, endereço, ponto de referência, forma de pagamento e telefone.

Feirinha da Beira Mar:
O feirante Alexandre, que tem sua banca nos altos da Felipe Schmidt, nas proximidades da Beira Mar Norte, está entregando seus produtos nas residências do Centro de Florianópolis.
Contato (48) 99934-1171.

Supermercados Hiper Bom:
Pedidos pelo WhatsApp (48) 98482-6425.
Prazo de entrega: “conforme demanda. Estamos nos esforçando para entregar em no máximo 24h”.
Taxa de entrega: “varia conforme a região da entrega, consulte nosso atendente”.
(Informações da Fanpage do estabelecimento).
No site, não aparecem os preços dos produtos.

Supermercados Angeloni:
Compras pelo site www.angeloni.com.br (sem previsão de entrega).
Televendas: 4002-6060 (ninguém atendeu durante dez minutos).
Os preços dos produtos estão no site.
Taxa de entrega: gratuita acima de R$ 500. Não especifica o valor para compras abaixo de R$ 500.

Supermercados Hippo:
Compras pelo site https://www.hippo.com.br/ (sem previsão de entrega).
Televendas: 4007-2204 (ninguém atendeu durante dez minutos).
Os preços dos produtos estão no site.
Taxa de entrega: não há informações no site.

Mini mercado Gomes:
Pequeno, porém, tradicional estabelecimento na Rua Arno Hoeschl, faz entrega no mesmo dia.
Telefone: 3225-4560

Padaria do Alemão:
O comércio, localizado na Conselheiro Mafra, entrega pão e comidas no Centro, no mesmo dia, sem cobrança de taxa.
Telefone: 3225-5991 ou Whats 99940-9235.

Montesino Hortifruti:
Além de frutas e verduras, o mercadinho da Avenida Hercílio Luz tem produtos de mercearia e açougue, com entrega em todo o Centro, no mesmo dia do pedido.
Telefone: 99901-0001

Mercado São Jorge:
Localizado na Rua Bocaiúva, faz a entrega gratuitamente em compras acima de R$ 50.
Telefone: 3209-1244

Mini Mercado Grasel:
Tradicional na Avenida Hercílio Luz (esquina José Jaques) faz entregas somente no entorno do estabelecimento.
Telefone: 3223-7069

— Dicas para higienização dos produtos que vem do mercado:
Desinfete com álcool todas as embalagens e descarte as que não são necessárias, como as caixas que envolvem tubos de pasta de dente. Pode parecer exagero, mas tudo que tem potencial de estar contaminado e for descartado, melhor.
No caso das frutas, legumes e verduras que ficam expostos em gôndolas, a forma correta de higienizar é fazendo uma solução com 1 litro de água misturada com uma colher de sopa de água sanitária. Deixe entre 10 e 15 minutos, enxague em água corrente e deixe secar naturalmente. 
(Fonte: Veja https://bit.ly/3dHekbL)

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Prefeitura busca desinfetar principais vias do Centro e o alojamento de pessoas em situação de rua

Funcionários da Comcap começaram nesta quinta-feira, 26, a higienização das ruas centrais da cidade, como forma de intensificar o combate ao coronavírus.

Em ‘tempos normais’, o serviço já era realizado periodicamente para remover o mau cheiro provocado pelo lixo ou pela urina.

Porém, agora, a atividade foi intensificada para tentar prevenir o contagio da Covid-19.
O líquido, uma mistura de água com cloro, está sendo jogado nas ruas, calçadas e fachadas de lojas e residências.

O serviço também foi feito na parte interna da Passarela do Samba Nego Quirido, onde são atendidas as pessoas em situação de rua.

(As imagens são da Guarda Municipal de Florianópolis)

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Big Brother – Acompanhe desde sua residência, ao vivo, o ‘movimento’ nos principais pontos da Capital

Câmeras de segurança instaladas nos locais mais movimentados da Capital permitem observar ao vivo a passagem de veículos e pessoas.
Existem dois sites oficiais que podem ser acessados pelo público: da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Bem-te-vi) e da Prefeitura de Florianópolis (Floripa em tempo real).

Entre os locais que podem ser visitados virtualmente estão as três pontes, o Mercado Público e a Beira Mar Norte.
Também se pode dar uma olhadinha na Trindade, São José e BR-101, em Biguaçu.
Para deixar mais leve a quarentena e como opção para se distrair durante o isolamento, seguem os links:

CÂMERAS DO ‘BEM-TE-VI’:
– Link geral do site: https://bit.ly/3bo0pp6

—- Há links individuais para os seguintes pontos:
– Pontes Colombo Salles e Pedro Ivo: https://bit.ly/2Ji5enG
– Ponte Hercílio Luz: https://bit.ly/3bo02Le
– Bairro Trindade: https://bit.ly/39jL5Zh
– Biguaçu (BR-101): https://bit.ly/2UBkb9N
– São José: https://bit.ly/2QNmWE2

CÂMERAS DO ‘FLORIPA EM TEMPO REAL’: http://www.pmf.sc.gov.br/temporeal/

—- É necessário acessar o link geral e depois clicar em cada um dos seguintes locais:
– Largo da Alfândega
– Mercado Público – Lateral
– Mercado Público – Interno
– Mercado Público – Rua Jerônimo Coelho
– Mercado Público – Rua Conselheiro Mafra
– Elevado Rita Maria
– Estreito
– Beira Mar Continental
– Beira Mar Norte

Confira aqui outras reportagens do Floripa Centro

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O adeus ao violinista Eric Klein, o grande animador das ruas do Centro

Morreu Eric. Ou Egon. Na década de 1990 ele, após curso intensivo de Numerologia, decidiu mudar o nome, para afastar os males e trazer mais vida.
E deu certo!

Apesar de levar uma rotina absolutamente desregrada, cometendo todos os abusos possíveis durante décadas, apenas agora, em tempos de Coronavírus, ele partiu, com 56 anos.

Sua magreza esquelética assustava a todos há mais de 25 anos.
Não se alimentava.
Aliás, sim, mas com ‘cevada líquida’.

Marcou gerações em Santa Maria e Florianópolis
O ‘alemão’ nasceu em Santa Maria, em 1963, e se formou em Odontologia pela UFSM.
Em toda sua juventude, participou do movimento estudantil resistente à Ditadura e era sempre o centro da atenção em qualquer encontro de rua ou de bar, com seu inseparável violino.

Após a formatura, abriu um consultório odontológico em Porto Alegre.
Aguentou a vida disciplinada durante ‘longos’ dois anos.
Mas voltou a seu habitat natural: a rua.
Tocar o violino era sua essência, independente de quanto ganhasse de gorjeta nos bares.
Chegou a Florianópolis nos anos de 1990.

Era figurinha carimbada e foi muito bem recebido durante a primeira década, frequentando bares e festas, sempre sendo prestigiado como o artista que era.
A idade e o álcool o fizeram deslizar mais rapidamente para a decadência.

Começou a morar na rua, na Rodoviária, no pátio das casas de ‘amigos’ ou onde fosse possível.
Um dinheirinho aqui, outro lá…

Em 2015 conseguiu uma pensão por ‘doença grave’. Tinha um enfisema pulmonar.

‘Descobri que o câncer se alimenta do que a gente come.
Por isso, como o mínimo possível e o câncer não avança”

Sem perder tempo, porque ‘tudo é efêmero’, começou a gastar tudo o que tinha direito como ‘aposentado’.
Era crédito consignado de tudo o que era lado.
Se hospedava em hostels da Lagoa da Conceição e gastava o resto nos bares locais, da Trindade ou do Centro, seus bairros preferidos.

E se divertia quando o Serasa, SPC ou escritórios de cobrança ligavam para ele.
“Não vou pagar, parem de me ligar. Não tenho como pagar..”.
E ficava por isso mesmo.

Nos últimos tempos, tinha consciência absoluta de que a morte estava sempre à espreita.
Tinha medo dela, mas tentava superar esse temor com muita conversa e outras ‘cositas más…’

Sabia ‘demais’ sobre a vida e gostava de ostentar a sua sabedoria, o que às vezes o afastava das pessoas.

Família em Santa Maria
A relação com a família sempre foi conturbada.
A mãe Lorena, ainda viva e que acaba de completar 85 anos, sempre quis endireitar o filho.
O irmão mais velho, o recriminava pelo seu estilo de vida.

Por isso, ele passava anos sem contatar estes dois familiares mais próximos que moravam na Rua Silva Jardim, no Centro de Santa Maria.
Foram quase 30 anos de afastamento.

Quando foi informado, em 2017, que teria pouco tempo de vida, por causa do enfisema, ele procurou a casa materna.
Lá, agora, era recebido sem questionamentos.

Ficava um mês ‘mamando na Mamma’ e retornava ‘forte e gordo’ às festas de Florianópolis: Bar do Gaúcho, no Terminal Urbano de Florianópolis, Amarelinha, Lagoa…
Para pernoitar, apelava para os últimos amigos que tinha e que generosamente ofereciam ‘mais uma vez’ um lugar para o descanso do violinista.
Mesmo que isso significasse atritos com os próprios familiares.
O amigo que o acolhia regularmente durante os últimos anos, o colocava numa edícula nos fundos da sua casa em Forquilhinhas e falava para a esposa e filhos: “Quando eu precisei, tive acolhida. Vamos fazer isto com Eric, também”.

Eric aproveitou a vida do jeito que achava possível: viajou pelo mundo e curtiu, amou (tem duas filhas em São José), sofreu, ensinou, aprendeu e agradeceu.
A sua consigna era viver plenamente.

Depoimento pessoal
Fez parte da minha vida durante 35 anos.

Ficava irritado com os ‘conselhos’ que recebia. ‘Se fosse bom, ninguém dava de graça”… Kk

Esteve presente na maioria das festas dos meus aniversários.
Os convidados gostavam mais, ou menos, dele.
Mas Eric foi marcante para todos os meus amigos e familiares.
E muitos, há décadas perguntam para mim: “E como está o teu amigo violinista?”
Essa é uma das ‘vidas eternas’ que a gente pode desejar e que o Eric merece.

Ele faleceu de parada cardiorrespiratória, em casa, no sábado, 21/3/2020, ao lado de sua mãe e seu irmão, em Santa Maria, para onde retornou pouco antes do Natal 2019.

Chau, hermano! Nos encontramos no Paraíso!

(Texto e fotos de Billy Culleton)

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Jovem estaciona moto na cabeceira insular e se joga da Ponte Hercílio Luz

Os bombeiros conseguiram resgatar com vida uma mulher que tentou o suicídio na manhã desta quinta-feira, 19, na Ponte Hercílio Luz.
De acordo com testemunhas, em torno das 9h, a jovem com idade entre 20 e 25 anos, estacionou a moto próximo à entrada insular da Ponte, caminhou pela passarela até o vão central, deixou o capacete no chão e pulou na água.

Bombeiros do Grupamento de Busca e Salvamento, localizado na Avenida Beira Mar, a 100 metros, viram o incidente e imediatamente foram de lancha até o local, onde resgataram a jovem.
Ela foi encaminhada pelo Samu para o Hospital Celso Ramos.

Precisa de ajuda e quer conversar? Ligue gratuitamente para o número 188

Situações de vulnerabilidade
Conforme a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados através de ações de prevenção.
Uma vez que não existe uma causa única ou isolada, o que se costuma atribuir como motivo, em geral, é a expressão final de um processo de crise vivido pelo indivíduo, que deseja livrar-se de um sofrimento para o qual não está encontrando saída.

CLIQUE NA FIGURA ABAIXO PARA ACESSAR O SITE DO CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA:

Antes de consumar o ato, o mais comum é que a pessoa já tenha demonstrado diversos sinais e que já tenha procurado ajuda para esse sofrimento.
Estar atento a esse processo e lidar adequadamente com ele tem o potencial de gerar desfechos favoráveis.

Como identificar uma pessoa sob risco de suicídio
Existem indícios de que uma pessoa pode estar em maior risco para o suicídio. Alguns aspectos em sua história de vida e em seu comportamento podem ajudar a identificar quem precisa de maior atenção:

– História de tentativa de suicídio no passado;
– Diagnóstico de transtorno psiquiátrico, especialmente depressão, esquizofrenia ou uso abusivo de álcool ou drogas;
– História familiar de suicídio;
– Perda importante recente: morte, separação;
– Mudanças de comportamento recente: irritabilidade, tristeza, pessimismo, apatia;
– Mudanças do hábito alimentar e do sono;
– Sentimentos persistentes e exagerados de culpa, vergonha e incapacidade;
– Sentimentos persistentes de solidão, impotência, desesperança;
– Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever testamento, redigir cartas de despedida;
– Doença física grave e incapacitante;
– Menção repetida de vontade de sumir, desaparecer, morrer ou de matar-se.

É importante lembrar que esses fatores não são determinantes para o suicídio, mas podem interagir e contribuir para a sua ocorrência quando existe sofrimento intenso.

O que fazer quando se identifica alguém em risco
Um dos mitos mais comuns sobre esse tema é o de que não se deve perguntar se a pessoa está pensando em se matar porque isso pode induzi-la ao suicídio.

Pelo contrário, ao perceber sinais de que a pessoa está pensando em suicídio, o tema deve ser abordado abertamente, porém, com cautela e atitude de acolhimento. Proporcionar um espaço para falar sobre o sofrimento pelo qual a pessoa está passando, de forma respeitosa e compreensiva, favorece o vínculo, mostrando que nos importamos com ela e que outras saídas são possíveis.

Um dos recursos que podem ser utilizados é ligar gratuitamente, de telefone fixo ou celular, para o número 188 e acessar o Centro de Valorização da Vida (CVV).

(Com informações da Secretaria de Saúde de Florianópolis)

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Grupo de risco – Instituto Estadual de Educação abre as portas para atendimento da população de rua

As refeições para as pessoas em situação de rua começarão a ser distribuídas também no Instituto Estadual de Educação, no Centro da Capital, a partir desta sexta-feira, 20.
A iniciativa foi tomada pela Prefeitura de Florianópolis para evitar a aglomeração na Passarela do Samba, onde diariamente são atendidas centenas de homens e mulheres carentes.
A possibilidade de disponibilizar o Instituto de Educação, que está com as aulas suspensas, como opção para pernoite ainda está sendo avaliada.
Também buscando impedir o contagio do Coronavírus no transporte, desde ontem, 18, o poder público municipal disponibilizou um espaço extra na Passarela para receber as pessoas que pernoitavam no abrigo do Jardim Atlântico e que eram levadas em ônibus da prefeitura.

A operação conta com o apoio das entidades conveniadas, como a Associação Braços Abertos (ABA), movimentos sociais e projetos voluntários como o Somar Floripa, Movimento Pop Rua e Instituto Padre Vilson Groh, entre outros.

“Esse serviço é essencial. Muitas pessoas precisam desse atendimento e não podem ficar na rua, ainda mais com a circulação do vírus. Por isso estamos fazendo todas as adaptações possíveis e seguindo a recomendação da Vigilância Sanitária do município”, comenta a Secretária de Assistência Social de Florianópolis, Maria Cláudia Goulart da Silva.

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Pessoas começam a circular pelo Centro com máscaras, embora seja desnecessário para quem estiver saudável

Na manhã desta terça-feira, 17, o Floripa Centro foi às ruas do Centro e flagrou várias pessoas usando máscaras cirúrgicas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso dessas máscaras só é recomendado para indivíduos que já estão doentes, para evitar transmitir infecções para outras pessoas.
Por serem descartáveis, ou seja, haver prazo de validade, passar o dia inteiro com uma máscara, cuja superfície ficará infectada, pode trazer risco de contaminação para outras pessoas.

Ruas esvaziadas
As ruas centrais da cidade têm um movimento abaixo do normal, como era previsto, por causa do Coronavírus.
Confira algumas imagens feitas às 10h30min, no cruzamento dos calçadões da Felipe Schmidt e Álvaro de Carvalho:


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