Histórico de tentativas de suicídio na Ponte Hercílio Luz impulsiona campanha de prevenção
Envelopes amarrados nas grades laterais do espaço de pedestres chamam a atenção na Velha Senhora.
“Uma motivação para recomeçar”, está escrito no lado de fora.
Dentro, um papelzinho com outro recado:
“A vida é feita de desafios, por mais difícil que eles sejam, te farão mais forte. Não desista”, acompanhado de um número de telefone disponível para quem quiser ligar (11 – 4200-0034).
A campanha da entidade paulista Help, faz parte do mês internacional da luta contra o suicídio, em setembro.
Confira vídeo institucional:
Dados em SC e na Capital
Em Santa Catarina, os óbitos registrados por suicídio em 2020 até 2 de setembro, totalizaram 404, sendo 321 homens e 83 mulheres.
O Sistema de Informação de Mortalidade do Estado aponta que a maior parte das pessoas que cometeram suicídio tinha entre 40 e 49 anos (159 mortes).
Paradoxalmente, foram 1.737 tentativas de suicídio entre mulheres e 941, entre homens.
A faixa etária que mais registou tentativas de suicídio neste ano foi entre 20 e 29 anos.
Já Florianópolis tem uma média de 30 suicídios por ano.
Histórico da Ponte
O local escolhido para a campanha é emblemático, pois desde a sua inauguração, em 1926, há registros de incidentes contra a própria vida na Ponte Hercílio Luz.
Na época em que ainda se publicavam os suicídios nos meios de comunicação, o jornal O Estado, em 1934, registra que uma mulher se atirou da ponte e dá detalhes do ocorrido.
Atualmente, a recomendação é evitar a divulgação de suicídios, pois isso incentivaria as pessoas a tirar a própria vida.
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Situações de vulnerabilidade
Conforme a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados através de ações de prevenção.
Uma vez que não existe uma causa única ou isolada, o que se costuma atribuir como motivo, em geral, é a expressão final de um processo de crise vivido pelo indivíduo, que deseja livrar-se de um sofrimento para o qual não está encontrando saída.
CLIQUE NA FIGURA ABAIXO PARA ACESSAR O SITE DO CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA:Antes de consumar o ato, o mais comum é que a pessoa já tenha demonstrado diversos sinais e que já tenha procurado ajuda para esse sofrimento.
Estar atento a esse processo e lidar adequadamente com ele tem o potencial de gerar desfechos favoráveis.
Como identificar uma pessoa sob risco de suicídio
Existem indícios de que uma pessoa pode estar em maior risco para o suicídio. Alguns aspectos em sua história de vida e em seu comportamento podem ajudar a identificar quem precisa de maior atenção:
– História de tentativa de suicídio no passado;
– Diagnóstico de transtorno psiquiátrico, especialmente depressão, esquizofrenia ou uso abusivo de álcool ou drogas;
– História familiar de suicídio;
– Perda importante recente: morte, separação;
– Mudanças de comportamento recente: irritabilidade, tristeza, pessimismo, apatia;
– Mudanças do hábito alimentar e do sono;
– Sentimentos persistentes e exagerados de culpa, vergonha e incapacidade;
– Sentimentos persistentes de solidão, impotência, desesperança;
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