Monumento mais antigo da Capital – Homenagem aos catarinenses mortos no Paraguai ficou pela metade
Por Billy Culleton
Inaugurado em 1876 para honrar os soldados catarinenses que lutaram na Guerra do Paraguai, o monumento no coração da Praça XV de Novembro foi projetado para ser um imponente obelisco de 20 metros de altura.
Mas a falta de recursos e a pressa dos governantes para inaugurá-lo o deixaram com pouco mais da metade do tamanho original: 10,8 metros.
O jornalista catarinense Virgílio Várzea (1863-1941), na obra “Santa Catarina: a ilha” (1900), explica o acontecido na época:
“Apresentado o desenho, que esteve exposto ao público durante muitos dias e que representava uma coluna (…) com 20 metros de altura, o presidente (governador João Tomé da Silva) ordenou a construção, mandando erguer os primeiros alicerces no centro do Largo do Palácio (atual Praça XV de Novembro)”.
“Mal se achava construído o pedestal, foi o Dr. João Tomé chamado à Corte, ficando assim interrompidas as obras, que só tiveram prosseguimento algum tempo depois, na administração Taunay (Alfredo d’Escragnolle Taunay), que, lutando com as maiores dificuldades pecuniárias, e não podendo realizar o primitivo plano, resolveu concluí-las, completando o plinto começado e rematando-o com uma “pilha de bombas de morteiro de 32 centímetros, terminada por uma chama de bomba, que parece explodir no ar.”
A obra receberia o nome de “Coluna Comemorativa”, mas ficou conhecido como o monumento aos 51 catarinenses mortos na Guerra do Paraguai (1864-1870).
Ao todo, cerca de 300 soldados foram arregimentados pelo Império em Santa Catarina para lutar junto com Argentina e Uruguai, contra os paraguaios.
“Assim, o monumento, que era para ter 20 metros de altura, ficou reduzido a pouco mais de metade, deixando ver infelizmente, pelo seu aspecto total, o estado de uma construção imperfeita e inacabada”, descreveu Várzea, no início do século passado.
O que está escrito nas quatro placas
Em cada uma das quatro faces do pedestal há uma pedra de mármore vermelho, de 2 metros de comprimento por 1 metro de largura.
Confira o que diz cada uma:
A placa abaixo está escrita em latim e foi traduzida livremente pela reportagem, com a ajuda dos tradutores automáticos da web:
(As fotos antigas são do acervo do IHGSC: a primeira, seria da década de 1890, e a segunda da década de 1920. As fotos atuais são de Billy Culleton)
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