Guarda Municipal consegue dissuadir jovem desesperado que ameaçava se suicidar em passarela no Centro
Um homem de 28 anos que queria pular da passarela que existe em cima da Avenida Gustavo Richard, próximo ao Centrosul, foi convencido por agentes da Guarda Municipal de Florianópolis a buscar ajuda.
Alertada por motoristas, a Guarda Municipal foi até o local, na manhã desta terça-feira, 21, e passou a conversar com o jovem, que aceitou ser levado até a Passarela da Cidadania, onde foi atendido pela equipe especializada na abordagem de pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade.
Precisa de ajuda e quer conversar? Ligue gratuitamente para o número 188
Situações de vulnerabilidade
Conforme a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados através de ações de prevenção.
Uma vez que não existe uma causa única ou isolada, o que se costuma atribuir como motivo, em geral, é a expressão final de um processo de crise vivido pelo indivíduo, que deseja livrar-se de um sofrimento para o qual não está encontrando saída.
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Antes de consumar o ato, o mais comum é que a pessoa já tenha demonstrado diversos sinais e que já tenha procurado ajuda para esse sofrimento.
Estar atento a esse processo e lidar adequadamente com ele tem o potencial de gerar desfechos favoráveis.
Como identificar uma pessoa sob risco de suicídio
Existem indícios de que uma pessoa pode estar em maior risco para o suicídio. Alguns aspectos em sua história de vida e em seu comportamento podem ajudar a identificar quem precisa de maior atenção:
– História de tentativa de suicídio no passado;
– Diagnóstico de transtorno psiquiátrico, especialmente depressão, esquizofrenia ou uso abusivo de álcool ou drogas;
– História familiar de suicídio;
– Perda importante recente: morte, separação;
– Mudanças de comportamento recente: irritabilidade, tristeza, pessimismo, apatia;
– Mudanças do hábito alimentar e do sono;
– Sentimentos persistentes e exagerados de culpa, vergonha e incapacidade;
– Sentimentos persistentes de solidão, impotência, desesperança;
– Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever testamento, redigir cartas de despedida;
– Doença física grave e incapacitante;
– Menção repetida de vontade de sumir, desaparecer, morrer ou de matar-se.
É importante lembrar que esses fatores não são determinantes para o suicídio, mas podem interagir e contribuir para a sua ocorrência quando existe sofrimento intenso.
O que fazer quando se identifica alguém em risco
Um dos mitos mais comuns sobre esse tema é o de que não se deve perguntar se a pessoa está pensando em se matar porque isso pode induzi-la ao suicídio.
Pelo contrário, ao perceber sinais de que a pessoa está pensando em suicídio, o tema deve ser abordado abertamente, porém, com cautela e atitude de acolhimento. Proporcionar um espaço para falar sobre o sofrimento pelo qual a pessoa está passando, de forma respeitosa e compreensiva, favorece o vínculo, mostrando que nos importamos com ela e que outras saídas são possíveis.
Um dos recursos que podem ser utilizados é ligar gratuitamente, de telefone fixo ou celular, para o número 188 e acessar o Centro de Valorização da Vida (CVV).
(Com informações e imagens da GMF)
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