Mesmo custando o dobro que o Uber, serviço de mototáxi resiste no Centro

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O valor mínimo que os mototaxistas do Centro cobram por uma viagem é R$ 20.
Pode ser para o Estreito ou para o Beira Mar Shopping, o custo é o mesmo.
A mesma viagem de Uber, por exemplo, sai menos de R$ 10.

Então, por que alguém usaria o serviço de mototáxi?
“O nosso diferencial é a agilidade, com esse trânsito que está aí, chegamos muito mais rápido que os carros”, explica um dos mototaxistas, que tem o ponto na frente do Ticen, ao lado da Lanchonete Amarelinha.

No local, trabalham cinco homens: três durante o dia; um, à noite, e um, na madrugada.
No Centro existem outros dois pontos informais: no Mercado Público e no entorno da Alfândega.

Eles passam a maior parte do tempo sentados, aguardando algum esporádico cliente, enquanto olham o movimento (ou o celular).
A chegada dos carros por aplicativo acabou quase extinguindo a atividade, que até agora não é formalizada pelo poder público.

“Antes fazia entre sete e nove viagens por dia. Hoje, não passa de duas”, conta o nosso interlocutor, que prefere não se identificar. “Não gosto de aparecer…”.
E fornece outros preços das corridas: para o Saco dos Limões é R$ 25 e para a Costeira, R$ 30.

Ele reconhece que os valores cobrados são altos, mas “é o que todos cobram”.
“Já fui Uber, mas não vale a pena. Prefiro fazer poucas viagens e o que sobra é tudo meu”.

 

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