Colmeias de abelhas sem ferrão serão instaladas em praças e parques do Centro da Capital
Não precisa ter medo, não!
Na Ilha de Santa Catarina há 34 espécies nativas de abelhas sem ferrão.
Por não ter essa extremidade pontiaguda, inexiste qualquer risco para a população, e os insetos podem ser manejados em áreas urbanas.
Por isso, e em razão da ameaça de extinção destas abelhas, fundamentais para a polinização das plantas, os vereadores da Capital aprovaram uma lei que estimula a instalação de colmeias em praças públicas, parques e qualquer outra área verde de lazer de Florianópolis.
Na região central da cidade existem 13 praças e dois grandes parques (da Luz e do Maciço do Morro da Cruz).
As colmeias também poderão ser instaladas em escolas, creches e centros de saúde, além de hortas comunitárias.
Caixas especiais
As abelhas nativas, chamadas de “meliponas”, são independentes e não necessitam de cuidados diários, o que facilita a manutenção das colmeias.
Na natureza, vivem em ninhos nos troncos de árvores e no chão.
Pelo projeto serão criados ‘jardins de mel’, que devem ganhar caixas especiais, seguras e confortáveis para as abelhas armazenarem cera, mel e pólen, enquanto contribuem para a polinização das plantas ao redor.
Curitiba serve de exemplo
A capital paranaense já conta com 15 ‘jardins de mel’ espalhados por toda a cidade.
O projeto começou em setembro de 2017 para promover a reintrodução e conservação das abelhas nativas e de toda a flora que dependem dos serviços de polinização para produção de frutos e sementes.Importância das abelhas
As abelhas são fundamentais para a biodiversidade e garantem a polinização urbana. Ainda são responsáveis pela manutenção da diversidade das espécies.
“As abelhas nativas sem ferrão são as verdadeiras abelhas brasileiras, que habitam nosso continente há milhões de anos. Já a abelha com ferrão foi introduzida, modificada geneticamente e se espalhou por todo continente americano”, explicou o agroecólogo curitibano Felipe Thiago de Jesus, à reportagem do G1 que tratou sobre o projeto na capital paranaense.
Guardiões das abelhas
O projeto, aprovado pela Câmara Municipal de Florianópolis no final de setembro, foi apresentado pelo vereador Marquito.
A lei prevê a capacitação ecopedagógica para a formação de guardiões das abelhas melíponas, por meio de ações interdisciplinares entre os órgãos ambientais.
A instalação dos meliponários públicos, gratuitos e pedagógicos também busca despertar o interesse pela polinização urbana, favorecendo a manutenção da biodiversidade da flora e da fauna nativas.
Ainda não há prazo definido para a efetiva instalação dos jardins de mel nas praças e parques de todo o município.
(As fotos são da Prefeitura de Curitiba. A imagem dos tipos de abelhas na Ilha de SC é da UFSC)
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