Revitalização da Região Leste– Mais um órgão público para movimentar área desvalorizada do Centro de Florianópolis
Há mais de uma década que o entorno do Terminal Urbano Cidade de Florianópolis entrou em decadência.
O espaço, num raio de 200 metros a partir da Praça XV de Novembro, foi perdendo seu brilho: lojas tradicionais fecharam e a população foi se afastando.
A pandemia agravou ainda mais a situação.
Iniciativa da prefeitura, no entanto, busca movimentar essa área nobre e desvalorizada do Centro: a instalação de órgãos públicos com grande afluência de público.
Após a transferência do Pró-Cidadão e Procon para a Rua João Pinto, no final do ano passado, agora é a vez da Secretaria Municipal da Fazenda.
O órgão ocupará o edifício do antigo Hotel Royal, na Rua Osmar Rigueira (continuação da Travessa Ratcliff), a 30 metros do Pró-Cidadão.
O prédio de sete andares fica entre as ruas João Pinto e Antônio Luz.
A mudança começou esta semana e já há servidores trabalhando no local.
Já está funcionando o gabinete do secretário municipal da Fazenda e a diretoria financeira do órgão.
Aluguel mais barato
Atualmente, a sede da Secretaria está localizada na Rua Arcipreste Paiva, próximo à Catedral Metropolitana.
Segundo a prefeitura, o novo contrato de aluguel é de cinco anos, com pagamento mensal de R$ 40 mil, menos da metade dos R$ 89 mil cobrados pelo atual locador.
Ou seja, até 2026, haveria uma economia de R$ 3 milhões.
O edifício passou por uma ampla reforma, custeada pelo proprietário.
No térreo, haverá cinco novas lojas para locação.
Melhor hotel da cidade
Com localização privilegiada frente ao mar da Baía Sul, o Hotel Royal era o preferido de autoridades e artistas que visitavam a cidade.
Inaugurado em 1º de janeiro de 1960, o estabelecimento contava com 100 quartos, sendo 20 deles com banheiro privativo, um diferencial, na época.
Visita presidencial
Em 1971, o hotel foi totalmente reservado para atender o presidente Emílio Médici, e toda a sua comitiva, que visitou a Capital durante dois dias.
Artistas de renome nacional, como Fernanda Montenegro e Fernando Torres, também se hospedavam ali e adoravam curtir o famoso piano-bar, no estilo Art Déco.
Na época era o mais luxuoso hotel da cidade, geralmente com 100% da ocupação, chegando a hospedar 36 mil pessoas por ano.
Decadência com aterro
Em meados da década de 1970 começam a aparecer outros hotéis na cidade e a vista é ofuscada pela construção do aterro da Baía Sul, que afastou o mar do hotel.
O proprietário encerrou as atividades do hotel em 2005 para transformá-lo num prédio com salas comerciais, mas desde 2015 o edifício está sem uso.
(Texto e fotos atuais de Billy Culleton)
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