Duas obras diferentes – Inauguração do Largo, neste sábado, não inclui antigo prédio da Casa da Alfândega
Engana-se quem pensa que a revitalização do Largo da Alfândega, que será entregue pela prefeitura neste sábado, 8, abrange o edifício que sediou a Alfândega da Capital até 1964.
A reforma do prédio, que faz parte de outra licitação, deve ser concluída até maio deste ano.
As obras começaram em maio de 2019, nove meses depois do início da revitalização do Largo.
A restauração do prédio de dois pisos está orçada em R$ 4,7 milhões, com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do PAC Cidades Históricas.
A renovação interna e externa da Casa da Alfândega inclui telhado, reboco, argamassa, fiação elétrica e pintura.
História da Alfândega
Com 1,3 mil metros quadrados, o prédio em estilo neoclássico foi inaugurado em 29 de julho de 1876, pelo então presidente da província de Santa Catarina, Visconde de Taunay.
Confira, aqui, dez fotos da edificação, desde 1890
A Alfândega foi construída pelo Governo Imperial para funcionar como posto de arrecadação de impostos das mercadorias que chegavam no porto da cidade.
A edificação substitui a primeira alfândega, que se localizava ao redor da atual Praça XV, e que foi destruída por uma explosão em 1866.
Em 1964, a alfândega encerrou as atividades juntamente com o fechamento do porto na Capital.
Revitalização total do Largo
A reforma do Largo da Alfândega contempla uma área de 13 mil metros quadrados, incluindo trechos das ruas Deodoro e Conselheiro Mafra, e recebeu investimentos de R$ 9,5 milhões, sendo a maior parte dos recursos proveniente do Iphan.
No local, as pessoas poderão lembrar do tempo em que o mar batia no muro histórico construído entre os anos de 1876 e 1912 e que passava em frente à antiga Casa da Alfândega, o qual foi encoberto pelo Aterro da Baía Sul, no início dos anos 1970.
É que durante as obras parte do muro foi reencontrado após escavações e optou-se por deixar 65 centímetros de sua altura exposto à contemplação pública.
Para tanto, três dos cinco espelhos d’água concebidos para fazer menção ao mar irão de encontro ao muro, que foi restaurado seguindo as características originais de época.
Próximo dali, um espaço coberto com estrutura metálica entrelaçada faz referência à tradicional renda de bilro açoriana, tendo como ponto a tramóia, criada na Ilha de Santa Catarina. E, em dias de sol, a cobertura fará sombra em forma de renda.
O descanso também estará garantido em decks de madeira com bancos de concreto com assentos e coberturas igualmente em madeira e iluminação artística no nível do piso, em árvores que integram o paisagismo e nos espelhos d’água que, por sua vez, terão esguichos.
Tudo isso permitirá a utilização do Largo da Alfândega com conforto e segurança também no período noturno.
Na remodelação, foi demolido o posto policial e as lojinhas de artesanato, entre a Rua Arcipreste Paiva e a Avenida Paulo Fontes, e construídas duas novas edificações, compostas por dois módulos.
Elas abrigarão duas lanchonetes, posto policial, floricultura, lojas de artesanato indígena e de cerâmica, sanitários públicos masculino e feminino e centro de atendimento turístico.
O funcionamento do comércio ainda depende do processo de licitação em andamento.
Confira aqui outras reportagens do Floripa Centro
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!