Multa de R$ 40 mil – Pressão para que a Celesc retome o atendimento presencial no Centro de Florianópolis

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Em novembro de 2019 a Celesc surpreendeu a população florianopolitana e fechou a concorrida central de atendimento na Rua Saldanha Marinho, a duas quadras da Praça XV, que atendia cerca de 5 mil pessoas por mês.

Sem qualquer consulta prévia, a empresa decidiu que o usuário só seria atendido pessoalmente numa região ‘deserta’ do Itacorubi (Parque São Jorge), a 10 quilômetros do Centro e com poucos ônibus disponíveis.

Local do atendimento presencial no Itacorubi: sem cartório, nem xerox por perto (Imagem Google Street)

O Procon municipal reagiu imediatamente e exigiu a retomada do atendimento na região central, inclusive entrando com uma ação judicial.

Na época, a Celesc alegou que economizaria R$ 28 mil por mês e que a maioria dos serviços poderia ser acessada pela internet.

Falta de alvará
Agora, após um ano de sofrimento dos usuários, o Procon voltou à carga.
Nesta quinta-feira, 10, multou a Celesc em R$ 40 mil por dificultar o acesso da população aos serviços da empresa e por não possuir alvará de funcionamento no Itacorubi.

Agente do Procon formalizando a multa (Divulgação PMF)

Lucro de R$ 283 milhões
De acordo com a colunista de Economia da NSC Total, Estela Benetti, a Celesc teve, em 2019, um lucro líquido de R$ 283,6 milhões, 72% superior ao de 2018.

Três ônibus
“O Centro sempre foi a melhor opção para o atendimento, já que tem um melhor acesso para os moradores da cidade de uma maneira geral”, disse o diretor do Procon de Florianópolis, Fernando Fernandes.
Ele informou que moradores do Norte e Sul da Ilha e do Continente, além dos moradores do Centro, tiveram o acesso dificultado, precisando por vezes pegar três ônibus para chegar até a Celesc e conseguir atendimento presencial.

Reclamação da população
A agência no Centro, na Rua Saldanha Marinho, foi inaugurada em 2013 (ao lado da loja de atendimento da Casan) após as reclamações de usuários que, para receber atendimento, tinham que se dirigir até Capoeiras, na Avenida Ivo Silveira.
Antes disso, e até 2010, a Celesc atendia no Largo Fagundes, perto das Lojas Americanas.

Novembro de 2019: no primeiro dia após o fechamento do atendimento no Centro: usuários surpresos com medida (Billy Culleton)

Justificativa da Celesc
Com o fechamento da loja no Centro, em 2019, a Celesc informou que economizará R$ 28 mil por mês.
A empresa justificou a decisão. “No intuito de estreitar e melhorar a relação com seus clientes, a Celesc vem realizando investimentos para além das lojas físicas, oferecendo opções virtuais de atendimento como Agência Web, App Celesc e um sistema de vídeo-monitoramento a ser disponibilizado nas lojas com maior movimento”.

(A foto de abertura é divulgação PMF)

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