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Atualidade

Decoração de Natal – Árvore de 12 metros de altura é instalada no Largo da Alfândega

As ruas do Centro já estão ganhando a ornamentação natalina.
A Prefeitura de Florianópolis iniciou a instalação das decorações luminosas e das árvores.

O Largo da Alfândega irá ganhar a maior árvore, de 12 metros de altura.
Já na Praça XV de Novembro foram colocadas duas, em tamanho menor.

Entre as iluminações, estão imagens com formato de pinheiros, estrelas, fogos de artifícios, portais e letreiro de ‘Boas Festas’ e ‘Feliz Natal’.
A Praça Portugal, ao lado do Trapiche, na Beira Mar Norte, também ganhará um cenário interativo.

As figuras luminosas estão sendo instaladas em todas as regiões da cidade, em ruas, avenidas, elevados, rodovias, praças e túnel Antonieta de Barros.

Além disso, os terminais urbanos do Centro, Canasvieiras, Santo Antônio de Lisboa, Trindade, Rio Tavares e Lagoa da Conceição também estão recebendo os adereços. Ao todo, serão instaladas mais de 700 figuras.

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Reportagens Especiais

Cinco vereadores mudam o voto e Câmara de Florianópolis rejeita concessão de cidadão honorário a Gilberto Gil

Em julho de 1976, o cantor Gilberto Gil veio a Florianópolis, para uma apresentação dos “Doces Bárbaros”, banda composta também por Caetano Veloso, Maria Bethania e Gal Costa.

Mas eles não ‘contavam com a astúcia’ do então delegado Elói Gonçalves que invadiu os quartos do Hotel Ivorã, no Centro, buscando drogas.
Além de Valium com Caetano e ‘pó de pemba’ com as cantoras, encontrou um cigarro de maconha com Gil.

Os ‘Doces Bárbaros’, em imagem da Revista Manchete

Foi o suficiente para prender o cantor, que passou alguns dias no Instituto de Psiquiatria de São José e, ainda, internado no Hospital São Sebastião, na região central da Capital.

Imagem do Youtube

Após um julgamento mediático no Fórum da Capital, ele foi solto, depois de concordar em participar de um tratamento de desintoxicação, no Rio de Janeiro.

As votações
Na semana passada, 44 anos depois, a Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou, em primeira votação, projeto para conceder o título de cidadão honorário ao cantor.
Seria um gesto de reparação, um pedido de desculpas tardio, mas ainda oportuno e necessário, segundo Afrânio Boppré, que propôs a honraria, aprovada pelos vereadores, na terça-feira, 1º, com 13 votos a favor, três contra e três abstenções.

Porém, após uma semana de polêmica, nesta segunda-feira, 7, o projeto não alcançou, na segunda votação, a maioria absoluta de 12 votos: nove vereadores foram a favor; oito, contra, e houve duas abstenções.

Cinco vereadores que tinham votado a favor na semana passada, não repetiram o voto nesta segunda-feira: Dalmo Menezes (DEM) e Gabrielzinho (Podemos), agora, votaram contra a homenagem.
Já Gui Pereira (PSC), Pedrão (PL) e Marquito (Psol) estiveram ausentes.
O vereador Edinho Lemos (PSDB) votou a favor, mas na semana passada esteve ausente.
(Confira todos os votos no final desta matéria)

Jornal O Dia, do Rio de Janeiro, anunciou a prisão também de Caetano Veloso, o que não aconteceu.

Como foi a prisão
A seguir, selecionamos trechos de uma reportagem da Revista Manchete, do acervo do jornalista Carlos Damião.
O texto foi digitado pelo próprio Damião e publicado originalmente no site Caros Ouvintes.

  • O delegado Elói Gonçalves de Azevedo reuniu a equipe e rumou para o Hotel Ivoram, onde não só os Doces Bárbaros estavam hospedados, como os seus técnicos, músicos, empresários e acompanhantes. (…) O primeiro apartamento vistoriado foi o 306, de Gilberto Gil.
  • “Nós batemos à porta. Quando o cantor respondeu, falamos que era da gerência”, conta o delegado Elói. “Gil veio atender, perguntou qual era o assunto. Me identifiquei e revelei as razões que me levavam a fazer uma revista no apartamento. Sem se perturbar, o cantor abriu a porta, mandando que entrássemos. Procedemos ao exame dos armários e roupas. Quando encontramos na carteira o cigarro de maconha, perguntamos se ele era o dono da carteira e do cigarro. Sem perder a calma, Gil respondeu afirmativamente. Disse ainda que sabia ser ilegal o porte e a venda, mas a maconha era para o seu uso. Dei-lhe voz de prisão”, contou o delegado.
  • “Fomos revistar outros quartos. O seguinte foi o de Gal Costa. Ela não estava. A moça que ali encontramos disse que ela havia dormido no apartamento de Maria Betânia. Seguimos para o quarto de Caetano Veloso. Percebendo que éramos da polícia, Caetano começou a gritar por socorro. Quando se acalmou, pediu desculpas, dizendo que ainda estava sonhando. Examinamos o seu quarto e encontramos um vidro de Valium. Ele disse que o mesmo tinha sido comprado com uma receita médica, o que mais tarde foi comprovado.”

    Antigo Hotel Ivoram, na Avenida Hercílio Luz, atualmente Hotel 2S (Billy Culleton)

  • No apartamento 406 encontraram Maria Betânia e Gal, que também estavam dormindo e receberam os policiais vestindo trajes bastante sumários. Maria Betânia ficou tranquila, enquanto Gal reclamava da maneira como haviam invadido o apartamento.
  • Ali encontraram Pó de Pemba e outros materiais usados por Betânia no culto da sua religião. Na dúvida, recolheram tudo para exame de laboratório. No apartamento 308 encontraram não só alguns cigarros (baseados), como uma boa quantidade de maconha prensada, que “daria para mais uns 30 ou mais cigarros bem feitos”.
    Os suspeitos e flagrados foram colocados no apartamento de Caetano Veloso. No final, só Gilberto Gil, Chiquinho e Djalma foram conduzidos até a delegacia para serem autuados.
  • “Se fizermos uma pesquisa, vamos chegar à conclusão de que 80 por cento dos habitantes da cidade não receberam muito bem a prisão do cantor. Outros 20 por cento não tomaram conhecimento ou não vão querer dar sua opinião”, disse o prefeito de Florianópolis, Esperidião Amin.

    Gil no dia do julgamento no Fórum da Capital (Imagem do Youtube)

  • Perante o juiz, Gil declarou que havia começado a fumar maconha há oito anos, numa fase de ansiedade aguda. Disse desconhecer que o ato de fumar maconha representava um crime, embora sabendo que o tráfico e o porte eram passíveis de punição. Justificou também o vício como “uma maneira de melhor atingir uma introspecção mística necessária para se concentrar.

O juiz Ernani Palma Ribeiro determinou o internamento no Instituto de Psiquiatria de São José

  • “Não tenho imunidades para portar e fumar maconha, pelo simples fato de ser cantor conhecido e representar alguma coisa em termos culturais para o Brasil. Estou naquela de dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Sou responsável por tudo o que está me acontecendo e terei contas a prestar unicamente a meu filho. Não tenho problemas de culpa. Eu uso a maconha e sabia que portá-la era um crime. Desconhecia que fumar também era um crime, disse Gil.”

Após passar mais alguns dias no Hospital São Sebastião, no Centro de Florianópolis, Gil foi solto. Antes, teve que concordar em participar de um tratamento de desintoxicação, no Rio de Janeiro.

Veja os vídeos do caso:

  • O julgamento
  • Entrevista com o delegado Elói Gonçalves:

Confira como foi a votação nesta segunda-feira, 7:
Votaram a favor
: Afrânio Boppré, Dinho, Edinho Lemos, Fabio Braga, Miltinho Barcelos, Lino Peres, Renato da Farmácia, Roberto Katumi e Lela.
Votaram contra: Claudinei, Dalmo, Erádio Gonçalves, Fabricio Correia, Gabrielzinho, João Luiz, Maikon Costa e Rafael Daux.
Abstenção: Marcelo da Intendência e Maria da Graça.
Ausentes: Celso Sandrini, Gui Pereira, Pedrão e Marquito

(A imagem de abertura é do site www.gilbertogil.com.br)

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Agendas

Adeus, Teixeira Duarte! Muito obrigado! O seu trabalho ficou para a história de Florianópolis

A empresa portuguesa Teixeira Duarte foi embora de Florianópolis no início do mês, após cinco anos de trabalho exemplar.
Partiu sem alarde, deixando a marca da competência e profissionalismo estampada na Ponte Hercílio Luz revitalizada.

A empresa assinou contrato em março de 2016 para reformar e entregar a obra, a um custo de R$ 350 milhões.
Dentro do prazo estipulado, reabriu a ponte em dezembro de 2019 e concluiu toda a revitalização na metade deste ano, após três décadas de ponte interditada.

Por último, foi contratada em junho para a recuperação estrutural das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Machado Salles.
Conforme o cronograma, em seis meses executou o serviço emergencial, concluído em novembro, recebendo do Estado R$ 7 milhões (outras etapas da recuperação da ponte ainda estão em andamento, sob a responsabilidade de outra empreiteira).

O que fazer com a nova área?
O local utilizado como escritório da empresa, na cabeceira insular, já está desocupado e a estrutura modular será desmontada nos próximos dias.

A área de 600 metros quadrados (pouco mais de meio campo de futebol) pertence ao Estado e ao município de Florianópolis.
Mas ambos ainda não têm projetos para a ocupação do local, após a retirada dos galpões da Teixeira Duarte.

“A Prefeitura de Florianópolis informa que a área que vinha sendo ocupada pela Teixeira Duarte Engenharia e Construções, na cabeceira insular, pertence parte ao município e parte ao Estado. E que, no momento, está sendo analisado o seu melhor aproveitamento”, informou a Secretária Municipal de Infraestrutura.

Já o governo do Estado se limitou a informar que “a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade está realizando um levantamento para recompor a área”.

Auge da reforma feita pelos portugueses (Acervo Teixeira Duarte)
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Histórias do Centro

Foi o primeiro quartel da Polícia – Prédio histórico de 1830 reabre para a Galeria de Artesanato

O imóvel que sediou o primeiro quartel da Polícia Militar de Santa Catarina, na esquina da Praça 15 com a rua Victor Meirelles, reabriu esta semana.
No local funciona, desde 2019, a exposição de artesanato catarinense, denominada Galeria de Artesanato.

A feira, tradicionalmente, está instalada na Casa da Alfândega, ao lado do Mercado Público Municipal.
Porém, o prédio está sendo reformado pelo Iphan.

O atendimento, que estava suspenso desde o início da pandemia, será somente à tarde, entre 13h e 18h.
No sábado abre pela manhã.

Programa duplo
O histórico prédio está em bom estado de conservação após passar por restauração.
Assim, além de apreciar o melhor do artesanato local, é possível admirar a arquitetura de 190 anos atrás.

História
A edificação foi construída por iniciativa particular nos anos 1830 e adquirida posteriormente pela Companhia de Polícia, tendo sido utilizada como quartel no térreo e Assembleia no andar superior.

1909 – Sede da Prefeitura de Polícia (o prédio é o primeiro à esquerda)

Em 1875, passou por obras que alteraram as fachadas, sendo significativa a inserção de platibandas com frontões na fachada frontal e posterior.

Imagem da década de 1960, após uma grande reforma

Em 1905 recebeu melhorias para sediar a Prefeitura de Polícia, atual Polícia Civil.
Já em 1956 passou a abrigar o Tribunal de Contas do Estado, depois a Procuradoria Geral do Estado e finalmente a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) até 2012.

O imóvel é de propriedade do Estado e está sob a tutela da Fundação Catarinense de Cultura.

(As imagens antigas são do acervo da Casa da Memória. As atuais, de Billy Culleton)

 

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Atualidade

Idosa cai no elevador em prédio do Centro – Para Justiça, culpa é da empresa de manutenção, não do condomínio

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina isentou um condomínio do dever de indenizar uma idosa que, após cair ao ingressar no elevador do prédio, sofreu lesões que necessitaram de cirurgia para recuperação.
O acidente foi em decorrência do desnível formado entre o solo e o piso do elevador no 7º andar de um prédio no Centro da Capital, em setembro de 2018.

Em primeira instância, o condomínio e a empresa responsável pela manutenção dos elevadores foram condenados solidariamente ao pagamento de danos materiais e morais – estes últimos arbitrados em R$ 7 mil.

Argumentação do juiz
No julgamento do recurso no TJ, estas semana, a argumentação trazida pelo condomínio ganhou nova interpretação.

“É fato incontroverso a falha de desnível no elevador. No entanto, anoto que a responsabilidade do condomínio recorrente não é objetiva. Há de se comprovar a culpa. Na espécie, não vislumbro omissão do condomínio no tocante às manutenções preventivas. Isso porque da análise dos documentos (…) constato que foram realizadas manutenções mensais, inclusive um dia antes dos fatos (…). Ademais, a própria recorrida narrou na inicial que foi socorrida. O condomínio não causou o dano, ainda que por omissão. Assim, inexiste nexo causal e razões fáticas para responsabilizar o condomínio recorrente”, argumentou o juiz Alexandre Morais da Rosa, da 3ª Turma Recursal.

Empresa pagará indenização de R$ 7 mil
A empresa de elevadores, que também apelou da sentença, não teve melhor sorte. Ela conseguiu reduzir a quantia fixada para cobrir os danos materiais em um terço (R$ 496,80), mas agora arcará sozinha com o valor de R$ 7 mil, arbitrado e mantido pela Turma Recursal pelos danos morais sofridos pela idosa.

“Comprovada a existência de lesão física pela queda no interior do elevador havida em decorrência do desnível formado em relação ao solo (…) resta indubitável a existência de dano moral indenizável. O quantum fixado na sentença é prudente, equitativo e razoável, suficiente para ressarcir o prejuízo acarretado ao psiquismo da recorrida, sem caracterizar enriquecimento ilícito por parte desta”, registrou o relator, em voto seguido de forma unânime pela Turma.

(Com informações do TJ/SC)

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Atualidade

Crime ambiental: 12% dos imóveis do Centro despejam o esgoto diretamente na rede pluvial

Inspeções realizadas pelos órgãos municipais nas mais importantes ruas da região central da Capital constataram que parte das residências e estabelecimentos comerciais têm o esgoto conectado à rede pluvial.
O levantamento começou na Avenida Beira-Mar Norte e depois abrangeu toda a área entre a Baía Norte e a Avenida Mauro Ramos, passando por diversas vias importantes, como as avenidas Rio Branco e Hercílio Luz e as ruas Tenente Silveira, Padre Roma, Bocaiúva e Esteves Júnior.

De 1,3 mil imóveis vistoriados, 154 foram flagrados cometendo o crime ambiental, representando 12% do total.
A fiscalização foi feita pelo programa Floripa Se Liga Na Rede este ano.

Aumento da regularização
De março a novembro, o programa inspecionou shoppings centers, hotéis, condomínios e prédios comerciais, além de casas, restaurantes e instituições de ensino, realizando 320 retornos.

Destes, somente 147 apresentavam-se regulares na primeira inspeção, mas 294 regularizaram suas ligações de esgoto, na sequência.

Maioria com irregularidades
Um balanço atualizado do programa aponta que 77% dos imóveis inspecionados tinham algum tipo de irregularidade nas ligações de esgoto.
A taxa é menor que a registrada nos primeiros meses de atuação, em torno de 90%.

Os problemas mais comuns estão relacionados à caixa de gordura, principalmente pela ausência do dispositivo, mas também pelo subdimensionamento ou inconformidade com as normas técnicas.

(As fotos são de Tito Pereira, do Floripa Se Liga Na Rede)

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Histórias do Centro

Há 35 anos – Primeiro assalto a banco em Florianópolis foi do Comando Vermelho e rendeu 1 bilhão de cruzeiros

Por Billy Culleton
Era final do mês e os servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estavam ansiosos para receber os salários.
Naquela manhã de 25 de setembro de 1985, um carro forte da Prosegur estacionou ao lado da agência do Besc, no Centro de Convivência da UFSC, e no momento em que os guardas desciam com os malotes foram surpreendidos por quatro homens, que estavam vestidos com uniformes da Comcap.
Sob a mira de revolveres e metralhadoras, a vigilância foi obrigada a entregar o dinheiro.

Tiroteio e feridos
Os assaltantes escondiam as armas nos carrinhos similares aos utilizados pelos garis, que depois também serviram para carregar os malotes até os veículos usados na fuga.
Imediatamente, os guardas reagiram e houve troca de disparos.
Um assaltante foi atingido no braço e dois seguranças ficaram gravemente feridos.

Imagem do Jornal Zero mostra seguranças da Prosegur, na UFSC, em 1985

Os criminosos fugiram levando 1 bilhão de cruzeiros, o equivalente à grande parte da folha salarial dos servidores da Universidade.
A ação cinematográfica se transformou no primeiro grande assalto a banco da história da cidade.

Comando Vermelho
Os assaltantes eram liderados por Paulo Cesar Chaves, o PC, um dos fundadores do Comando Vermelho, facção criminosa criada no início da década de 1980, no Rio de Janeiro.

Após sair da prisão, PC Chaves virou camelô nas ruas do Rio (Imagem da entrevista concedida a Wagner Montes)

Depois do assalto, o bando foi se esconder num apartamento no Itacorubi, próximo à UFSC.
O imóvel pertencia a uma jornalista que trabalhava no Jornal O Estado e que era namorada de PC.
A profissional gaúcha tinha dado guarida ao fugitivo carioca e, antes do assalto, o ajudou a dar uma aparência de legalidade a um comércio de aluguel de jet ski na Lagoa da Conceição, o primeiro do setor em Florianópolis.

Prisão e retorno ao Rio
Em menos de duas semanas, o bando foi preso pela polícia local, mas apenas parte do dinheiro foi recuperada.
Os quatro cumpriram o início da condena em Florianópolis e, mais tarde, foram transferidos para o Rio de Janeiro.

Os atores que participaram do filme “400 contra 1” que conta a história do Comando Vermelho. PC seria o último à direita, em pé (Divulgação)

Nunca se conseguiu provar a cumplicidade da jornalista com os assaltantes.
Ela não foi presa, abandonou o Jornalismo e, atualmente, trabalha numa agência de Turismo no Rio Grande do Sul.

Livro e filme
A história de PC é contada no livro ‘O Bandido da Chacrete’, de Júlio Ludemir.
O título faz referência ao affair do criminoso com a chacrete Martinha, que foi presa com ele na década de 1970.

Chacrete Martinha (em destaque) foi uma das namoradas de PC (Acervo Profile Chacretiano)

Na obra está detalhada a passagem de PC pela capital catarinense.
O filme “400 contra 1” também tem o criminoso como personagem, na trama que conta a história do Comando Vermelho.

Jornal da UFSC entrevista guarda ferido
Um mês após o assalto, o Jornal Zero, do Curso de Jornalismo da UFSC, fez uma reportagem que serviu de referência para esta matéria do Floripa Centro.
O então estudante Angelo Medeiros entrevistou Manoel Liano Severo Brasil, um dos guardas feridos durante o assalto.
“Os assaltantes chegaram e nos renderam, quando eu vi eles saindo com o dinheiro, pensei em reagir, pois é o que tem que se fazer, aí levei um tiro e não pude fazer mais nada”, contou o guarda da Prosegur, que foi levado para o hospital e ficou um tempo em estado delicado.
“Não se pode ter medo ou receio neste emprego, tem de estar preparado para tudo”.

Nas semanas seguintes, a Prosegur deu um prêmio de 5 milhões de cruzeiros para cada membro da equipe assaltada, pela valentia que demonstraram.

Confira entrevista com PC Chaves, anos depois, já com a saúde debilitada:

(Esta reportagem contou com a colaboração dos jornalistas João Carlos Mendonça e Angelo Medeiros, que cobriram o assalto em 1985. A foto de abertura é do Jornal Zero)

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Personagens do Centro – Manezinho mantém viva a foto impressa na Ponte Hercílio Luz

A família vem a Florianópolis e visita os inúmeros atrativos turísticos da cidade.
Em cada lugar maravilhoso faz dezenas de fotos no celular.
Depois de alguns dias, estas imagens serão guardadas na pasta ‘Viagem a Floripa’ e, provavelmente, nunca mais serão vistas.

Mas se tiver uma, apenas uma, foto impressa que registre o passeio…
Ah, essa, sim, será mostrada para amigos e familiares, e colocada num porta-retratos para decorar o ambiente doméstico ou profissional.

A partir dessa lógica, o manezinho Anderson Costa encontrou um filão de mercado, com a reabertura da Ponte Hercílio Luz.
Instalado improvisadamente na cabeceira insular da Velha Senhora, ele faz a foto e imprime o registro na hora.

No Instagram de Anderson podem ser vistos os registros feitos na Ponte

Quanto custa uma foto 21×15?
O serviço não é barato: R$ 25 por uma foto!
O valor da imagem (21cmx15cm) se justifica pelo equipamento utilizado: além das máquinas fotográficas profissionais, Anderson conta com uma impressora de última geração e utiliza papel fotográfico de qualidade.

Valor de dois chopes
“Algumas pessoas resistem um pouco, no início, por causa do preço. Mas quando recebem a foto impressa tudo se transforma: é uma alegria só e, concluem que valeu a pena pagar o valor equivalente a dois chopes”, filosofa Anderson, de família tradicional do Estreito.
Se o cliente não quiser o registro impresso, o fotógrafo oferece a possibilidade de levar oito fotos digitais, também por R$ 25, que ele manda por WhatsApp.

Ensaios fotográficos
Anderson, de 26 anos, ainda realiza ensaios fotográficos mais sofisticados nos cenários da Ponte e seus arredores, como o mirante, com vista para a Baía Sul.
Para isso, é necessário agendar um horário específico.

“Faço um trabalho profissional que acaba sendo reconhecido pelas pessoas: após registrar a imagem, faço o tratamento da foto nos dois notebooks que tenho comigo e entrego um produto de qualidade”, diz o fotógrafo, que utiliza um pequeno gerador para prover a eletricidade necessária para o funcionamento de todos os equipamentos.
Anderson pode ser encontrado todos os dias na cabeceira insular da Ponte.

O Instagram de Anderson é ‘fotonaponte’.

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Greve da Comcap – Prefeitura contrata empresa privada para iniciar coleta de lixo no Centro da Capital

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, anunciou na noite desta segunda-feira, 30, a contratação de uma empresa privada para o recolhimento de lixo na cidade.
A empresa deve iniciar a operação nas próximas horas, na região central. A escolha se deve ao menor preço: R$ 176 por tonelada recolhida.
Já pela Comcap, o município paga R$ 420 por tonelada. De acordo com a prefeitura, o valor investido na operação será cobrado do sindicato dos trabalhadores municipais, promotor da paralisação, que não teria mantido o mínimo de serviço obrigatório durante uma greve.

Os argumentos da Comcap e da Prefeitura
(Abaixo parte da reportagem do site G1/SC sobre o assunto)
De acordo com o Sintrasem, um acordo coletivo entre os trabalhadores e a prefeitura foi assinado em 2019 e previa reajuste salarial de 4,7%, referente às perdas com a inflação, e de R$ 2,50 no ticket alimentação.

Servidores decidiram entrar em greve pela manhã (Divulgação Sintrasem)

O município afirmou que não pode pagar os reajustes porque a lei complementar federal número 173/2020, que estabelece o programa de enfrentamento à Covid-19, proíbe que sejam dados reajustes até 31 de dezembro de 2021.

Além disso, declarou em nota, o aumento está “atrelado à Lei de Responsabilidade Fiscal e o município está impossibilitado de promover aumentos na folha de pagamento sob o risco de ultrapassar o limite legal neste ano de 2020, devido à baixa arrecadação”.

“A prefeitura não pode fazer isso [pagar o reajuste] porque é ilegal, vamos entrar na Justiça hoje [segunda] declarando a ilegalidade da greve. Se for preciso, vamos buscar outras alternativa de serviço privado, pra não deixar a sociedade sem coleta”, disse o prefeito Gean Loureiro (DEM) em entrevista à CBN Diário.

O presidente do Sintrasem, Renê Munaro, afirmou que o reajuste dos trabalhadores da Comcap foi firmado em acordo coletivo antes da pandemia e, portanto, estaria dentro da lei.

“O acordo foi feito em 2019, a data-base é 1º de novembro, a gente teria que ter recebido em 27 de novembro a reposição das perdas do período. Foi fechado acordo bianual pra evitar polêmica e evitar causar problemas para população. A Lei de Responsabilidade Fiscal veda aumento salarial, mas não há essa discussão. Estamos discutindo reposição, num acordo anterior à criação da lei”, disse Munaro.

(A imagem de abertura é divulgação da PMF)

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Exclusivo – Netflix filma longa-metragem em Florianópolis e Ponte Hercílio Luz é principal cenário

Uma equipe da Netflix está na Capital gravando cenas do filme ‘Lulli’, uma comédia para o público adolescente que tem a atriz e cantora teen Larissa Manoela como principal estrela.
As filmagens estão acontecendo em vários cenários da cidade: neste final de semana foi a vez da Ponte Hercílio Luz, que teve a via central interditada para o trabalho das equipes.

Atriz Larissa Manoela participa do segundo filme na Netflix (Divulgação Netflix)

As gravações estão sendo mantidas em sigilo, mas a reportagem do Floripa Centro flagrou o trabalho na Velha Senhora e conversou com parte do staff.

Equipe da Netflix interditou o acesso das pessoas ao vão central, na manhã de sábado

Jovem eletrocutada
De acordo com a Netflix, o enredo do longa-metragem gira em torno de uma estudante de Medicina que é eletrocutada em uma máquina de ressonância magnética e começa a ouvir os pensamentos das pessoas.

A jovem ambiciosa que sonhava em ser a melhor cirurgiã do mundo e que era incapaz de ouvir as pessoas ao seu redor precisará aprender sobre as maravilhas e os perigos de saber o que os outros estão pensando.

Sucesso internacional da atriz
Este será o segundo filme na Netflix da paranaense Larissa Manoela, de 19 anos.

O primeiro, ‘Modo Avião’, que conta com a participação de Erasmo Carlos, é a produção em língua não-inglesa mais popular da plataforma.

Elenco do filme Modo Avião (Divulgação Netflix)

A estreia está marcada para 2021 e conta com cenas gravadas também no Rio de Janeiro.

Novo visual
Larissa Manoela fez uma transformação radical no seu cabelo: a atriz cortou os fios na altura dos ombros, aderiu à franja lateral e ficou loira, de acordo com o site Purepeople.

A mudança foi feita para o novo papel que a cantora vai interpretar em “Lulli. “Toda curtinha, ela”, escreveu na web.
“Te prefiro ruiva… o loiro te envelhece”, opinou uma internauta.
“Gente, a intenção é parecer mais velha mesmo, minha nova personagem será mais velha, médica e tals”, esclareceu a artista no Twitter.

Larissa ruiva (Divulgação Twitter da atriz)

“Quando íamos começar a filme Lulli, longa da Netflix, o meu cabelo estava loiro. Veio a pandemia e paramos. Agora, com a retomada das filmagens, pensamos em mudar esse tom de novo, deixá-lo mais curto. Achamos que essa cor tem tudo a ver com a personagem e eu superaprovei a escolha, porque eu nem queria ter me despedido dos fios ruivos”, contou ela, com à revista Quem.

Segundo o site, depois de assinar contrato com a Globo, Larissa começará as gravações de “Além da Ilusão“, novela na qual terá dois papeis e dará vida à filha de Dan Stulbach e Claudia Raia.

 

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Cem dias sem mundo – Morador do Centro lança excelente livro de poesias, inspirado na pandemia

O jornalista Chiko Kuneski mergulhou na poesia para enfrentar o isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus.
De maneira criativa e inédita, narrou os primeiros 100 dias de confinamento num diário poético: Diário do Nada – Cem Dias Sem Mundo.

O lançamento oficial está marcado para esta segunda-feira, 30, simultaneamente, no Brasil e Portugal, pela editora luso-brasileira Chiado Books.

A obra mostra o isolamento social com um olhar através das janelas.
Primeiro, as físicas, que nos separaram do mundo fora do nosso mundo.
Depois, as cibernéticas das redes sociais, que aproximaram as pessoas, mesmo forçadas a “uma separação pela vida”.
E, por último, o espelho: uma janela para a alma.
Em 125 páginas, o autor faz uma viagem por vários estilos poéticos documentando este período, até caótico, que o mundo passa, com mudança de hábitos e costumes, isolamento e medo diário de um inimigo invisível, que desafia a ciência do século XXI.

Diário do Nada, que mostra que a poesia e a arte podem superar o aparente caos, está à venda nas principais livrarias virtuais do país e em Portugal nos formatos impresso e e-book.

Poesia cantada no Youtube
O autor fez uma parceria com o músico Luiz Aurélio que inseriu melodia aos poemas.
As composições podem ser apreciadas no canal de Youtube “Chiko Kuneski & Luiz Aurélio”.

O autor
O cronista e poeta Chiko Kuneski nasceu na cidade de Brusque, em 1963, e é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Já lançou o livro de crônicas D’Vagar si não Aleija, uma narrativa sobre passagens comuns e divertidas na vida de pessoas com deficiência física.
Também é criador dos blogs Bloguesia (poesias e jornalismo) e Crônicas por Tubo (sobre futebol).

Serviço
Livro de poesia: “Diário do Nada – Cem dias Sem Mundo”
Autor: jornalista Chiko Kuneski
Editor: Chiado Books (Portugal)
Preço: R$ 33 (impresso), R$ 20 (e-book)

Disponível nas seguintes livrarias virtuais:
Livraria Martins Fontes
Livraria da Travessa
Livraria Cultura
Amazon (e-book)
Kobo (e-book)
Fnac Portugal (e-book)

Redes sociais – @diariodonada

(A imagem de abertura é do canal de Youtube de Chiko)

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Motociclista de 16 anos morre ao bater na mureta do Elevado Dias Velho, no Centro

Um adolescente sem carteira de habilitação faleceu na tarde deste domingo, 29, ao perder o controle de sua moto na curva e colidir na mureta do Elevado Dias Velho, no acesso à Ponte Colombo Salles.

O jovem de 16 anos fazia parte de um grupo de motoqueiros que voltava para Palhoça depois de um passeio pelas praias do Leste da Ilha.

Uma moça da mesma idade estava na garupa da Honda CG 125, sofreu ferimentos e foi levada ao Hospital Celso Ramos pelo Samu.

Curva de acesso à Ponte Colombo Salles (Divulgação Guarda Municipal de Florianópolis)
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