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Florianópolis está entre as 50 cidades mais ricas do país, segundo o ranking do IBGE

A soma de toda a riqueza produzida pela Capital de Santa Catarina chega a R$ 21 bilhões por ano.
Esse Produto Interno Bruto (PIB) coloca a cidade como a 45ª maior economia do país, entre os 5,5 mil municípios brasileiros.

Os dados foram divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor de ‘Serviços’ é o principal motor da Capital, representando 75% do PIB.
Administração, Educação, Defesa, Saúde Pública e Seguridade Social são responsáveis por 15% das riquezas.
Já a Indústria soma 9% e Agropecuária, 1%.

Os números de Santa Catarina
O ‘Ranking dos Municípios’ com maior PIB em Santa Catarina é referente ao ano de 2018, o mais atual do levantamento do IBGE.
Nele, quatro municípios catarinenses entre as 100 maiores economias do país.
Na liderança estão Joinville (28º), Itajaí (36º), Florianópolis (45º) e Blumenau (56º). Juntos, somam mais de R$ 94 bilhões.

O Estado teve uma alta de 3,7% no ano, frente a 2017, e somou R$ 298 bilhões, o que representou o quarto maior crescimento do Brasil.

Joinville é responsável por 10% da riqueza
Em comparação com os números divulgados no ano anterior, várias cidades tiveram aumento na riqueza em 2018.
Joinville teve alta de 12% e atingiu R$ 31 bilhões ou 10% do PIB catarinense.

Itajaí (16%) foi o que mais cresceu entre os 20 municípios de maior PIB, com geração de R$ 25 bilhões.
Florianópolis (R$ 21 bilhões), Blumenau (R$ 17 bilhões) e São José (R$ 10 bilhões) completam os cinco maiores PIBs.

Palhoça teve 2º maior crescimento em SC
Depois de Itajaí, as maiores taxas de crescimento entre 2017 e 2018 foram em Palhoça (13,6%), Joinville (12,4%), Brusque (8,3%), Chapecó (8%) e Florianópolis (7,9%).

 

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Atualidade

Procon faz pesquisa dos alimentos natalinos – Compare os preços dos três supermercados do Centro

O Procon municipal finalizou esta semana a pesquisa de preços de produtos da ceia de Natal.
Entre os alimentos pesquisados, estão aves e carnes suínas, panettones, chocottones e espumantes.

No caso do chester e ave natalina, não houve diferença: ele foi encontrado pelo mesmo valor em todos os estabelecimentos que tinham o produto disponível, por R$ 19,89.

Já os espumantes pesquisados apresentaram 52% de diferença entre o menor e maior valor.
O Procon da Prefeitura de Florianópolis ressalta que os valores são meramente informativos, pois podem sofrer alteração por parte dos estabelecimentos pesquisados.

Consumidores que desejarem fazer denúncias ou reclamações, caso identifiquem cobrança ou aumento abusivo no preço de algum item, podem acessar o site procon.pmf.sc.gov.br.
Lembrando que o Procon municipal atende apenas por agendamento, que deve ser feito no link bit.ly/agendamentopmf.

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Agendas

Coral mais antigo de Florianópolis, em atividade, completa 70 anos e lança vídeo comemorativo

Em dezembro de 1950 fiéis da Catedral Metropolitana fundaram o Coral Santa Cecília com o objetivo de solenizar as celebrações religiosas que ocorriam no templo.

Graças ao sucesso da iniciativa, até a década de 1960, era considerado o coral oficial da Capital.
E para comemorar as sete décadas de atuação, nesta quinta-feira, 17, às 19h30min, será lançada um vídeo que conta a história do grupo vocal, no canal do coral no Youtube.

Coralista há 63 anos
A produção traz depoimentos de ex e atuais integrantes, desde a formação do coral, como informa o colunista Marcos Cardoso, no ND+ de hoje.
A coralista mais antiga em atividade é Maria do Carmo Bonatelli, a Carminha, que completa 63 anos de dedicação ao Santa Cecília em 2020, escreveu Cardoso.

Maria do Carmo Bonatelli, coralista desde 1957, recebe reconhecimento da Assembleia Legislativa (Divulgação Alesc)

Além dela, gravaram testemunhos alguns dos vários casais que se conheceram no coro, organistas e ex-dirigentes, como Dauth Emmedörfer, que presidiu o grupo por muitos anos e até hoje é chamado de “eterno presidente”.

O coro tem atualmente 30 componentes e é presidido e regido pelo professor Pedro Cabral Filho que, em 2017, sucedeu o padre Ney Brasil Pereira, após a morte do religioso.

Padre Ney Brasil marcou história
A partir de 1953, o grupo contou com a regência do Padre Agostinho Staehelin, que conduziu o coral ao longo de duas décadas.

Padre Ney Brasil, além de reger o coral, também se destacou no trabalho junto à Pastoral Carcerária (Acervo Alesc)

Em 1973, assumiu a regência o Padre Ney Brasil que priorizou a solenização das celebrações litúrgicas na própria Catedral.

Nos concertos “de aniversário” do coral, têm sido apresentadas, com orquestra, várias peças importantes do repertório coral, como Missas de Mozart, de Haydn e Te Deum de Mozart, além da “Ode a Santa Cecília”, de Haendel, coros de óperas de Verdi e de Carlos Gomes.

Fita cassete em 1998
Depois de ter gravado várias fitas cassetes, o coral gravou em 1998, o seu primeiro CD, “Natal na Catedral”, e lançou o segundo, com título “Senhor dos Passos na Catedral”, em maio de 2000.

Apresentação do Santa Cecília na Catedral Metropolitana (Divulgação)

Completando a trilogia, lançou em 2002, o CD “Páscoa na Catedral”. Em 2004 lançou o CD de “Cantos folclóricos e populares”. Em 2005 gravou o CD A Eucaristia na Catedral.

Seu último CD foi lançado em 2007 com o título: Centenário da Catedral, do qual consta o “Hino do Centenário”, de autoria do Padre Ney Brasil.

Coral de Florianópolis
Outro coral importante da cidade é a Associação Coral de Florianópolis, fundado em 1960.
Abaixo, o concerto virtual do grupo vocal realizado em setembro, para comemorar seus 60 anos.

(A foto de abertura é do acervo do site www.neybrasil.com.br)

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Reportagens Especiais

Construção do Museu da Ponte Hercílio Luz deve começar a sair do papel no primeiro semestre de 2021

Em outubro, a empresa Teixeira Duarte entregou oficialmente a Ponte, completamente restaurada, ao governo do Estado.
O final desta etapa histórica abriu espaço para novas iniciativas relacionadas ao cartão postal de Florianópolis.
Uma delas é a construção de um local que abrigue o tão aguardado museu da ‘Velha Senhora’.

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão do governo do Estado, é responsável por levar adiante o projeto.
O local ainda é incerto e nem sequer existe um projeto definitivo do memorial.

“Em janeiro já vamos apresentar o assunto ao governador Carlos Moisés para darmos início a este importante empreendimento”, afirma Diego Fermo, diretor de Patrimônio Cultural da FCC, prevendo avanços importantes já para o primeiro trimestre de 2021.

Local onde ficava a administração da Teixeira Duarte é uma das opções para instalação do museu (Billy Culleton)

Existem duas possibilidades para o financiamento da obra, calculada inicialmente em R$ 2 milhões: captar recursos via Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), implementado pela Lei Rouanet, ou utilizar orçamento próprio do governo do Estado.

Museu já existiu
Em 1990 o governador Casildo Maldaner inaugurou o Museu da Ponte, localizado na cabeceira insular, onde se encontrava o canteiro de obras da Teixeira Duarte, que está sendo desmontado.

O museu em reportagem do Diário Catarinense de 1993

O memorial funcionou durante 15 anos, mas foi fechado por falta de estrutura e manutenção.
O acervo, principalmente fotos, peças, mapas e equipamentos utilizados na construção, foi encaminhado ao Arquivo Histórico do Estado.

Projetos
Desde que o museu foi desativado, em 2005, foram formulados inúmeros projetos para sua reconstrução.

Entre eles, um maior, que forma um grande parque, unindo a parte insular e continental, com duas sedes, contemplando o memorial e um centro cultural e histórico.
Agora, um projeto viável, segundo a FCC, seria instalar a sede do museu no seu local original, na entrada insular da ponte.

Em 2013, a empresa Espaço Aberto apresentou um projeto para a construção do Museu Hercílio Luz, cujas imagens estão sendo usadas nesta reportagem.
São desenhos arquitetônicos que servem apenas para vislumbrar como poderia ser o futuro memorial da ponte.

Reportagens relacionadas:
—— Conheça o cemitério onde ‘descansam’ os restos da Ponte Hercílio Luz, na Capital
—— Adeus, Teixeira Duarte! Muito obrigado! O seu trabalho ficou para a história de Florianópolis

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Atualidade

Nos últimos 30 dias, Florianópolis registra 71 óbitos por Covid – Média de 2,3 vidas perdidas por dia

A Capital chegou a 267 vítimas fatais pelo Coronavírus, 71 entre 13 de novembro e 13 de dezembro (último registro do Covidômetro).
No Centro, no mesmo período, houve 12 mortes, de um total de 40 registradas em nove meses.

Desde o início da pandemia, 38 mil pessoas foram infectadas pela Covid em Florianópolis.
Há 1,5 mil casos ativos, sendo 159 na região central que inclui o Monte Serrat, no Maciço do Morro da Cruz.

Os dados são da Sala de Situação da Prefeitura de Florianópolis.

Na plataforma, chamada de Covidômetro, é possível acompanhar a evolução da doença em todos os bairros da cidade.

 

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Agendas

Funcionários da Floram recebem curso de poda de empresa contratada pela Associação do Parque da Luz

Centenas de árvores do Parque da Luz, no Centro, foram podadas esta semana como medida de segurança e preservação.

A iniciativa foi possível graças a uma parceria entre a Associação do Parque da Luz e a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), que permitiu a empresa Arboran a dar um curso teórico e prático para os funcionários municipais.
Dois engenheiros florestais orientaram sobre as melhores técnicas para realizar as podas.
Objetivo da ação também foi retirar galhos que apresentavam riscos de queda ou com fungos.
Ao mesmo tempo, buscou-se aumentar a iluminação natural e artificial da área, retirando galhos nas copas das árvores, garantindo a saúde da flora.

Escola de dança
No final de semana, uma escola de dança aproveitou a revitalização do parque para gravar uma apresentação de final de ano, que será transmitida pelo Youtube para os familiares das alunas.
Cinco meninas mostraram seus talentos interpretando clássicos da dança infantil.

Confira o vídeo:

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Histórias do Centro

Desde 1940 – Bar mais antigo de Florianópolis, em atividade, vai fechar as portas

Por Billy Culleton
A média de idade dos frequentadores é um pouco menor do que as oito décadas em que o Bar Glória está aberto, no Estreito.
A maioria dos clientes (todos homens!) tem mais de 60 anos, são nativos do bairro e consideram o local como um clube familiar, onde o principal é confraternizar (bebendo!) com os parceiros de balcão.

O estabelecimento é um dos últimos botecos à moda antiga: um único atendente pouco sociável, uma televisão antiga ligada na Globo e fregueses que se conhecem desde jovens e que fazem piadas ‘típicas manés’ uns com os outros, o tempo todo.

Se antes, ainda era servida a tradicional almôndega, agora é só bebida: cerveja, destilados, cuba livre e vinho de garrafão.
Tudo, a preços acessíveis para a maioria dos aposentados que ali vão diariamente, principalmente, antes do meio-dia e no final de tarde dos dias úteis (nos finais de semana, sempre tem um churrasquinho, para o almoço, feito na calçada).

História
Foi o manezinho Orivaldo Peixoto que abriu o bar em 1940, quando a Rua Coronel Pedro Demoro, uma das mais importantes do Continente, ainda era de paralelepípedos.
Na década de 1980, o estabelecimento foi assumido por Osmar, irmão do fundador, e seu filho Alexandre, hoje com 49 anos, que é o atual responsável, e atendente, do Glória.

Alexandre, há 40 anos atrás do balcão

Decoração diferenciada
Além dos quadros, com desenhos da Florianópolis antiga, a principal decoração é uma caixa registradora enferrujada (e empoeirada), de mais de 70 anos, em cima do desgastado balcão de fórmica (o dono ainda guarda, ali, as notas de valor baixo).

Também tem um antigo baleiro de vidro, com chicletes (similares aos ‘Ping Pong’), balas de hortelã, paçoca e bombons Amor Carioca.

O grande espelho horizontal na parede atrás do atendente permite cuidar do bar, mesmo de costas.

Em cima, a tradicional prateleira de bebidas expõe algumas garrafas vazias (que parecem cheias) de poucos tipos de destilados.
Apenas os consumidos no dia-a-dia do boteco.

Para fumar é só caminhar dois metros até a calçada, onde a tragada é autorizada.

Dominó
No fundo do estreito bar de três metros de largura, tem uma pequena sala escura onde os ‘véio’ jogam dominó.
Apostou cerveja, pague antes no balcão!”, diz o aviso escrito a mão, numa folha colada na parede, junto à entrada do único banheiro do estabelecimento.

Ao lado, o tradicional placar (também num papel improvisado) com a lista dos últimos ganhadores e perdedores, com direito ao nome dos que levaram uma ‘lisa’ ao longo do ano.

Tudo termina
O prédio (que tem um restaurante ‘panorâmico’ em cima) foi colocado à venda em 2018.
Sem interessados, neste final de ano, o dono desistiu de vender e decidiu reformar a edificação para alugar novamente.

A obra começou numa pequena sala ao lado e, no início de janeiro, é a vez do bar.
O proprietário do imóvel ofereceu a Alexandre, responsável pelo Glória, para continuar no local após a reforma.
“Ah, não sei se volto… é muito trabalho e preocupação para pouco retorno financeiro”, diz ele, que está atrás desse balcão há quatro décadas.
“Quem sabe coloco algum negócio na minha casa”.

Filosofia de boteco
O certo é que o célebre Bar Glória, jamais será o mesmo, mesmo numa improvável reabertura.

Aquele que durante 80 anos proporcionou grandes satisfações aos seus clientes, encurtou muitas trajetórias e proporcionou inúmeras dores de cabeça aos familiares dos frequentadores.
É a vida…!



(A foto de abertura  é acervo de Alexandre Peixoto, dono do bar. Algumas fotos estão fora de foco porque são flagrantes ‘ao vivo’, sem nenhuma preparação…)

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Atualidade

Multa de R$ 40 mil – Pressão para que a Celesc retome o atendimento presencial no Centro de Florianópolis

Em novembro de 2019 a Celesc surpreendeu a população florianopolitana e fechou a concorrida central de atendimento na Rua Saldanha Marinho, a duas quadras da Praça XV, que atendia cerca de 5 mil pessoas por mês.

Sem qualquer consulta prévia, a empresa decidiu que o usuário só seria atendido pessoalmente numa região ‘deserta’ do Itacorubi (Parque São Jorge), a 10 quilômetros do Centro e com poucos ônibus disponíveis.

Local do atendimento presencial no Itacorubi: sem cartório, nem xerox por perto (Imagem Google Street)

O Procon municipal reagiu imediatamente e exigiu a retomada do atendimento na região central, inclusive entrando com uma ação judicial.

Na época, a Celesc alegou que economizaria R$ 28 mil por mês e que a maioria dos serviços poderia ser acessada pela internet.

Falta de alvará
Agora, após um ano de sofrimento dos usuários, o Procon voltou à carga.
Nesta quinta-feira, 10, multou a Celesc em R$ 40 mil por dificultar o acesso da população aos serviços da empresa e por não possuir alvará de funcionamento no Itacorubi.

Agente do Procon formalizando a multa (Divulgação PMF)

Lucro de R$ 283 milhões
De acordo com a colunista de Economia da NSC Total, Estela Benetti, a Celesc teve, em 2019, um lucro líquido de R$ 283,6 milhões, 72% superior ao de 2018.

Três ônibus
“O Centro sempre foi a melhor opção para o atendimento, já que tem um melhor acesso para os moradores da cidade de uma maneira geral”, disse o diretor do Procon de Florianópolis, Fernando Fernandes.
Ele informou que moradores do Norte e Sul da Ilha e do Continente, além dos moradores do Centro, tiveram o acesso dificultado, precisando por vezes pegar três ônibus para chegar até a Celesc e conseguir atendimento presencial.

Reclamação da população
A agência no Centro, na Rua Saldanha Marinho, foi inaugurada em 2013 (ao lado da loja de atendimento da Casan) após as reclamações de usuários que, para receber atendimento, tinham que se dirigir até Capoeiras, na Avenida Ivo Silveira.
Antes disso, e até 2010, a Celesc atendia no Largo Fagundes, perto das Lojas Americanas.

Novembro de 2019: no primeiro dia após o fechamento do atendimento no Centro: usuários surpresos com medida (Billy Culleton)

Justificativa da Celesc
Com o fechamento da loja no Centro, em 2019, a Celesc informou que economizará R$ 28 mil por mês.
A empresa justificou a decisão. “No intuito de estreitar e melhorar a relação com seus clientes, a Celesc vem realizando investimentos para além das lojas físicas, oferecendo opções virtuais de atendimento como Agência Web, App Celesc e um sistema de vídeo-monitoramento a ser disponibilizado nas lojas com maior movimento”.

(A foto de abertura é divulgação PMF)

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Agendas

Exclusivo – IBGE sobre Florianópolis: maternidade tardia, aumento de divórcios e mais uniões homossexuais

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 9, as Estatísticas do Registro Civil 2019 de todo o Estado de Santa Catarina.
Atendendo ao pedido do Floripa Centro, o órgão fez o recorte sobre os dados da Capital.

Confira os resultados:

Maternidade após os 30 anos
Em Florianópolis, predominou no ano passado o grupo das mulheres que foram mães entre os 30 e 34 anos (26,2%).
Em Santa Catarina, prevaleceu o grupo de 25 a 29 anos.
Na Capital, mesmo o grupo de 35 a 39 anos (21,3%) é maior que o das mães de 25 a 29 (20,5%).

Menos nascimentos
A pesquisa também aponta que Florianópolis foi, em 2019, a segunda cidade catarinense com mais nascimentos, atrás de Joinville.
Houve uma queda de 3,6% em Florianópolis, ou 230 nascimentos a menos que em 2018.
No ano passado houve 6.103 nascidos na Capital, ante 7.783 em Joinville.

Mais meninos que meninas
Como no Estado, em Florianópolis nasceram mais homens (51,7%) que mulheres (48,3%).
Em Santa Catarina, o nascimento de homens correspondeu a uma parcela levemente menor (51,4%) do total.

Casamentos: estabilidade
Florianópolis, com 2.225 casamentos em 2019, também foi superada neste quesito por Joinville, que teve 3.625 casamentos no ano passado.
O aumento de casamentos na Capital, em relação a 2018, foi de apenas 24 casamentos, ou 1% a mais.
Os cônjuges de 30 a 34 anos eram maioria (574 casamentos), seguidos pelos de 25 a 29 anos (457) e de 35 a 39 anos (400).

Mais uniões homossexuais
Na Capital, houve 26 casamentos de pessoas do mesmo sexo (em Joinville, foram 24).

Aumentam divórcios
O número de divórcios em Florianópolis teve aumento de 24,4%, passando de 713, há dois anos, para 887, no ano passado.
Em 7 de cada 10 divórcios houve comunhão parcial de bens.

Guarda compartilhada prevalece
A guarda compartilhada é bem mais comum na Capital (43%) que no Estado (28,2%), que tem um índice um pouco superior ao verificado no país (26,8%).

Menos mortes violentas
Dos 2.607 óbitos registrados em Florianópolis em 2019, 126 foram violentos.
Essa proporção, 4,8%, é menor que a estadual, de 7,5%.
Como também ocorre no Estado e no país, as mortes violentas masculinas são as mais comuns, tendo sido o caso, na Capital, de 98 das 126 mortes.
Com 25 dessas mortes, o grupo de idade de 20 a 24 anos foi o mais vitimado.

(As ilustrações da imagem de abertura são do Pixabay)

 

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Atualidade

Dois mil lesados – Procon fecha banco no Centro por prática abusiva na concessão de crédito consignado

O Procon estadual emitiu uma Medida Cautelar, nesta quarta-feira, 9, para suspender as atividades do Banco BMG por 48 horas, em toda Santa Catarina.
Neste período, a instituição bancária fica impedida de formalizar empréstimos que venham a exigir descontos de correntistas, aposentados e pensionistas.
Em Florianópolis, a agência fechada está localizada na Avenida Hercílio Luz, esquina com a Rua Fernando Machado.
Como funcionava o golpe
A medida foi tomada após o Procon receber cerca de 2 mil reclamações contra o banco desde o início do ano, por descontar, do salário dos consumidores, valores referentes ao crédito consignado.
Os descontos, que não tinham sido contratados, ocorriam direto na conta e via cartão de crédito.

Em um primeiro momento, um valor era depositado na conta. Depois era realizado um débito mensal sem o consentimento do consumidor. Todos tentaram, mas não conseguiram devolver a quantia.

Multa de R$ 100 mil
O diretor do Procon-SC, Tiago Silva, explica que é vedado ao fornecedor enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto ou fornecer qualquer serviço, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
Isso é considerado prática abusiva. “Sempre que há condutas praticadas com má-fé ou que não esteja em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor, é legítima a atuação do Procon para aplicar as sanções administrativas previstas em lei”, ressalta o diretor.

Caso o BMG venha a descumprir o que estabelece a Medida Cautelar, poderá sofrer uma multa diária de até R$ 100 mil, além de caracterizar crime de desobediência, de acordo com o Código Penal.

Orientações e cuidados
– Verificar no site do INSS a rede de bancos e financeiras credenciados para esse tipo de crédito;

– Pesquisar quais bancos oferecem as melhores taxas e condições;

– Especial atenção às ligações para oferecer crédito: não informe seus dados pessoais, nem bancários já que não é possível afirmar quem está oferecendo;

– Verificar o impacto que o valor das parcelas causará no seu orçamento;

– Não entregar seu cartão de banco/beneficiário ou qualquer documento para desconhecidos ou terceiros (amigos, parentes etc.);

– Para obter o crédito consignado não é necessário contratar outro produto ou serviço do banco ou financeira que está oferecendo o empréstimo. Essa prática é chamada de venda casada e, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, é considerada abusiva;

– Não pegue dinheiro para emprestar aos outros: uma das formas mais comuns de endividamento de aposentados é pegar dinheiro para ajudar parentes, já que quem assume o débito se o parente não pagar é quem contratou o empréstimo;

– O banco deve fornecer informações prévias e adequadas sobre: valor total financiado com e sem juros; taxa mensal e anual de juros; acréscimos remuneratórios, moratórios e tributários e o valor, quantidade e periodicidade das prestações. Todos estes dados devem constar do contrato, assim como a identificação e assinatura das partes. Uma via deste documento deve sempre ser entregue ao consumidor.

(Informações repassadas pelo Procon/SC)

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Reportagens Especiais

Natal – Pela primeira vez na história, Florianópolis poderá ver a Estrela de Belém, que guiou os reis magos

A partir da próxima semana, os florianopolitanos que olharem em direção ao pôr-do-sol, no início da noite, poderão observar uma luz extremamente brilhante.
A luminosidade será consequência do alinhamento dos dois maiores planetas do sistema solar: Júpiter e Saturno.

O evento astronômico leva o nome de Estrela de Belém, já que o fenómeno também aconteceu no início da era cristã, servindo de referência para os reis magos encontrarem a manjedoura onde nasceu Jesus.

Reis Magos seguem a Estrela de Belém (Acervo Galeria do Meteorito)

A última vez que ocorreu esta conjunção planetária foi há 800 anos, três séculos antes da chegada dos colonizadores europeus a América.
O fenômeno poderá ser visto em todo o mundo, mas, segundo os astrônomos, os melhores lugares serão os próximos à linha do Equador.

Melhor dia: 21 de dezembro
O alinhamento de Júpiter e Saturno ocorrerá entre os dias 16 e 21 de dezembro, em horizontes abertos, imediatamente após o pôr-do-sol.
Com o passar dos dias a distância entre os pontos vai diminuir.
No dia 21 será o afastamento mínimo, parecendo ‘uma única estrela’ brilhante.

O sistema solar: em destaque Júpiter, o maior, e Saturno, com os anéis (Acervo Getty Images – BBC)

Registro bíblico
Se do outro lado do mundo, em Jerusalém, a estrela veio do Oriente, na América, virá do Ocidente.

O evangelista Mateus registra o evento na Bíblia.
Depois que Jesus nasceu na cidade de Belém, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Explicação científica
A luminosidade no horizonte será formada por dois pontos brilhantes, muito próximos, sendo Júpiter o maior.

Registro astronômico similar foi no século 13, há 800 anos (Imagem Jornal Ciência)

Segundo os astrônomos, ouvidos pelo site RGL, as conjunções são raras porque cada planeta demora um tempo diferente para girar em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva um ano. Já os planetas Júpiter e Saturno completam a volta em 12 e 30 anos, respectivamente.

“Todos os corpos celestes estão em movimento. O Sol e os planetas se movimentam em uma linha no céu chamada Eclíptica. Quando ocorre um cruzamento entre os planetas a gente chama de conjunção”, afirmou Felipe Navarete, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, ao site RDL.

Segundo ele, o fenômeno mais similar ocorreu no século 13, há quase 800 anos.
O pesquisador explicou que, apesar de os planetas estarem próximos, a distância ainda vai ser de quase 700 milhões de quilômetros.

(A imagem de abertura foi obtida no site Encantos de Santa Catarina)

 

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Histórias do Centro

Uma canção é inspirada no mar do Centro – Três sucessos de Gilberto Gil têm relação direta com Florianópolis

Em janeiro de 1986, o cantor Gilberto Gil estava hospedado no Hotel Diplomata, no Centro da Capital, quando recebeu a ligação de Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso, pedindo para que o baiano escrevesse somente a letra de uma música, já que a melodia instrumental estava pronta.
Em seu site oficial, Gil descreve como se deu o processo de composição da letra de “A Novidade”, como conta o site Sereismo:

Fui pro hotel e botei a fita no gravador. Depois de umas quatro passadas, saí anotando. Eram mais ou menos duas da tarde. Às três horas eu estava ligando pro estúdio já para passar a letra. Foi uma coisa assim: bum!”, disse Gil, inspirado com as belezas do mar da Baía Sul, que conseguia admirar pela janela do quarto do atual Hotel Intercity, na frente do Terminal Rodoviário Rita Maria.
A música teve um enorme sucesso junto ao público, com uma abordagem social, que mostrava a desigualdade no país, na metáfora da sereia: “A novidade veio dar à praia/Na qualidade rara de sereia… /Ó, mundo tão desigual..”

Tese de doutorado garante que Gil falava nas desigualdades de Florianópolis
O Paradoxo Da Sereia – Um Estudo Longitudinal Sobreviver De Jovens Em Florianópolis”, é o título da tese de doutorado de Dóris Regina Marroni Furini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de 2009.

“O título dessa tese foi inspirado na música de Gilberto Gil, que, comovido com as belezas e mazelas da ilha de Santa Catarina, canta seu lado encantador e o outro, desigual”, afirma no resumo da pesquisa.
E continua: “Para o poeta, Florianópolis é uma sereia, estendida na areia – Metade o busto de uma deusa maia, metade um grande rabo de baleia. É o paradoxo da beleza e do horror: de um lado este carnaval, do outro a fome total. Vivem nesta ilha/sereia poetas e esfomeados”.

Confira o vídeo de “A novidade”:

Leia também:
Cinco vereadores mudam o voto e Câmara de Florianópolis rejeita concessão de cidadão honorário a Gilberto Gil

Sandra: homenagem às mulheres durante a prisão
Após ser preso em Florianópolis, em julho de 1976, ele foi internado no Instituto Psiquiátrico de São José.
Na clínica, ele compôs “Sandra”, uma homenagem às mulheres com quem conviveu naquele período.

Gil conta, no seu livro “Todas as Letras” quem era cada uma destas mulheres da canção
Todas as meninas mencionadas em Sandra foram personagens daqueles dias”, publicou o site Música em Prosa:

a) Maria Aparecida, Maria Sebastiana e Maria de Lourdes me atenderam no hospício durante o internamento imposto pela justiça enquanto eu aguardava o julgamento. A de Lourdes me falava a toda hora: ‘Você vai fazer uma música pra mim, não vai?’ ‘Vou’.

b) Carmensita: essa – foi interessantíssimo -, logo que eu cheguei, ela veio e me disse, baixinho: ‘Seja bem-vindo’.

c) Lair era uma menina de fora, uma fã que foi lá me visitar.

d) Salete era de lá: ‘Meu café é muito ralo’, me falou. ‘É exatamente como eu gosto, chafé’, respondi.

e) Cíntia: também de Curitiba, como Andréia. Quando passamos pela cidade, me levou ao sítio dela uma tarde; foi quem me deu uma boina rosa com a qual eu compareceria ao julgamento mais adiante, em Florianópolis, e com a qual eu apareço no filme Os Doces Bárbaros.

f) Ana: ficou minha amiga até hoje; de Florianópolis.

g) Dulcina, que era a mais calada, a mais recatada de todas na clínica, a mais mansa – era como uma freira -, foi a única que um dia veio e me deu um beijo na boca.
Sandra, citada no final da letra, era minha mulher.

Confira o vídeo de “Sandra”:


A gaivota: símbolo da liberdade

Na clínica psiquiátrica, Gil também compôs a canção “A gaivota”, que fez sucesso na voz de Ney Matogrosso.
A música surgiu após o cantor visitar a Barra da Lagoa e passar pela inspiradora Lagoa da Conceição.
“Gaivota menina/De asas paradas/Voando no sonho/Daguas da lagoa”
“Gaivota na ilha/Sem noção da milha/Ficou longe a terra/Gaivota menina”

Confira o vídeo de “A Gaivota”:

(Fotos de abertura e sequência obtidas do Jornal da Paraíba)

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