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Lâmpada apagada na sua rua? Confira o aplicativo e o telefone gratuito que resolvem o problema

A boa prestação de serviço em iluminação pública é fundamental para a garantia da segurança de pedestres, motoristas e comunidade em geral.
Para tanto, é importante oferecer canais facilitados para solicitações de manutenção de lâmpadas piscando, apagadas à noite ou acesas de dia, por exemplo.

Em Florianópolis a gestão da iluminação pública é feita por uma empresa privada que disponibiliza duas formas de comunicação direta com o cidadão:

1 – Telefone gratuito: 0800-645-6405.
2 – Aplicativo no celular: SQE Luz – Iluminação Pública, disponível gratuitamente no Google Play.

O prazo para atendimento é de até dois dias, considerando condições normais de tempo. Em caso de falta de energia, o consumidor deve ligar para a Celesc pelo telefone 0800-048-0196.

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Reportagens Especiais

A troca já começou – Você concorda com a substituição das luminárias ‘coloniais’ do centro histórico da Capital?

Por Billy Culleton

Afinal, quais são os postes de iluminação pública originais da Florianópolis antiga?
É por este questionamento que deve começar o debate sobre a substituição em andamento das luminárias em estilo colonial, nas vias do Centro.

No calçadão da Conselheiro Mafra, entre a Praça Fernando Machado e a Jerônimo Coelho, a prefeitura já instalou cinco novos postes.
Eles têm uma única coluna de ferro de sete metros de altura, com lâmpadas de led e que causam pouco impacto visual na paisagem.

Esses novos postes substituem as luminárias de estilo colonial, com três lâmpadas em formato de forquilha, que podem ser encontradas também nos demais calçadões da região central (como Felipe Schmidt) e na Praça XV de Novembro.

Retrospectiva
Imagens antigas de Florianópolis desde a década de 1910 (quando iniciou-se a iluminação pública com eletricidade) mostram diversos estilos de luminárias e postes nas ruas da cidade.

São lâmpadas penduradas por fios, que ficavam no meio das ruas.

Ou postes altos, de oito metros, nas calçadas, com uma haste horizontal avançando para o interior das vias.

Mas também existiam os postes menores, de três a quatro metros, para iluminação de praças e passeios.
A maioria destes últimos corresponde a um design simples, reto, com apenas uma luminária em cima.

Postes originais
As luminárias em estilo colonial também aparecem nas fotos do século passado: podem ser vistos na Praça XV, na Avenida Hercílio Luz e na entrada continental da Ponte Hercílio Luz.

Nos calçadões só foram instalados na década de 1990, após a transformação em vias exclusivas para pedestres, iniciada no final da década de 1970.

Valorizar o contemporâneo
“Não se deve falsear o histórico”, explica o arquiteto e historiador Fabiano Teixeira dos Santos, doutorando em Arquitetura pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Nos últimos anos, segundo ele, ganhou força no Brasil e no mundo, um novo conceito na revitalização de áreas históricas, contrariando a anterior, que insistia em inserir elementos antigos que não correspondiam à realidade.

“Essas luminárias coloniais nunca fizeram parte da paisagem dos calçadões”, disse, acrescentando que é importante respeitar a autenticidade.

“Em espaços históricos revitalizados também podem ser colocados elementos contemporâneos que valorizem o nosso tempo, já que nem tudo o que é histórico é mais bonito do que o atual”.

Sem valor cultural
“As luminárias coloniais da Praça XV são originais e serão mantidas sempre”, explica Marilaine Schmitt, gerente do Serviço do Patrimônio Histórico da Capital (Sephan).

“Já as existentes nos calçadões são réplicas que não têm nenhum valor cultural”.

Em toda a Praça existem 28 destas luminárias de ferro, instaladas na década de 1950.
Na base de cada uma delas aparece a inscrição “F. Guanabara – Rio de Janeiro”, que remete ao local de fabricação dos postes.

O que diz a prefeitura
A Prefeitura da Capital informou que em 2020 realizou, na Conselheiro Mafra, a troca de cinco postes antigos que estavam danificados.
Foram instalados novos postes, com luz de led, que são mais econômicos.

Questionada sobre a possibilidade de substituição gradual das demais luminárias ‘coloniais’ nos calçadões, a administração municipal disse que existe um projeto em estudo, mas que ainda não está finalizado.

Debate
As luminárias existentes nos calçadões são obsoletas para os padrões modernos: iluminam menos que as de led e gastam mais energia.

Ao mesmo tempo, exigem constante manutenção, já que, além de serem antigas, frequentemente, são danificadas pelos caminhões que abastecem os comércios locais à noite.
Os motoristas calculam a passagem do veículo pela base do poste e esquecem que em cima, a três metros, a luminária ‘se abre’ em forma de garfo.
Em todos os casos, está aberto o debate entre os que apoiam a manutenção de um charmoso ‘falso histórico’ e os progressistas, que preferem postes mais sóbrios e úteis.

(As imagens antigas são do acervo do arquiteto Fabiano Teixeira dos Santos e também da Casa da Memória. As fotos atuais são de Billy Culleton)

Leia também:
— Poste de luz que poderia cair e atingir pedestres é consertado na Rua Conselheiro Mafra

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Feitos em 1966 – Mosaicos inéditos de Hassis são recuperados na Praça Olívio Amorim, no Centro

As representações de rendeiras trabalhando na produção da renda de bilro voltarão a ser apreciadas na Praça Olívio Amorim, na Avenida Hercílio Luz.

O local está sendo revitalizado pela Prefeitura da Capital desde o ano passado.
Atualmente, as obras estão centradas na recuperação do piso petit pavê com desenhos de um dos artistas mais importantes da Ilha, Hiedy de Assis Corrêa, conhecido como Hassis.
Além de mostrar as rendeiras trabalhando, há decoração apenas de bilros no piso interno e as calçadas do entorno.

Bilros contornam toda a praça (Imagem Google Street)

A arte de Hassis em mosaicos foi feita em 1966, um ano depois de ter produzido 47 painéis que podem ser apreciados na Praça XV.

Tradições da Ilha também no piso da Praça XV (Billy Culleton)

Já em 1967, criou obras no piso do Largo Benjamin Constant e da Praça Osvaldo Bulcão Viana, todas no Centro.

“Playground and pet place”
Os serviços na Praça Olívio Amorim, que custarão R$ 518 mil, haviam parado temporariamente em 21 de dezembro (em razão do recesso de final de ano da empresa contratada para a reforma) e foram retomadas esta semana.

Etapa de recuperação do piso petit pavê (Leonardo Sousa, PMF)

As obras incluem a implantação de playground (brinquedos infantis) e pet place (local para os cachorros), bem como de equipamentos urbanos como bancos, mesas, lixeiras e bicicletário, e a substituição da academia de ginástica voltada à terceira idade.
Também haverá uma reformulação da iluminação do local.

Quem foi Hassis
Hassis nasceu em Curitiba em 1926, mas passou a residir em Florianópolis desde os dois anos de idade, cidade onde faleceu em 2000.
Sua carreira nas artes plásticas sempre foi marcada por desenhos e pinturas ligados ao folclore ilhéu.

Especialista em mostrar as tradições da Ilha (Acervo Fundação Hassis)

Conheça mais sobre o artista no site da Fundação Hassis.

Placa some da Praça XV
Em agosto de 2020, o Floripa Centro mostrou o desaparecimento da placa que explicava os 47 painéis de Hassis, na Praça XV.
Porém, passados quatro meses, a placa ainda não foi recolocada.
— Piso da Praça XV tem 47 painéis de Hassis retratando o cotidiano da Ilha. Mas a enorme placa explicativa sumiu!

Leia também:
Na Avenida Hercílio Luz – Praça que homenageia prefeito morto no cargo é interditada para reforma

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Prefeitura lança plano que prioriza a revitalização do centro histórico da Capital

O prefeito Gean Loureiro anunciou nesta segunda-feira, 4, o Plano de Retomada Econômica de Florianópolis, que busca gerar mais empregos na cidade.

Para isso, serão investidos R$ 80 milhões em diversas obras por todo o município.
Na região central, a prioridade é a revitalização das ruas da parte leste do Centro, do outro lado da Praça XV, que inclui as ruas João Pinto, Tiradentes, Nunes Machado e Fernando Machado.

Paralelepípedos x paver
As obras devem melhorar a acessibilidade, uniformizando as vias e as calçadas.
O projeto original previa a troca de todos os paralelepípedos por paver (blocos de concreto intertravados).
Porém, diante da resistência de arquitetos e entidades de preservação histórica, somente haverá a substituição em algumas ruas.
O entorno da Praça XV, por exemplo, continuará com paralelepípedos.

Prefeito Gean Loureiro anuncia investimentos durante live (Divulgação PMF)

Nova ponte na Lagoa
A prefeitura também anunciou o início de diversas obras pela cidade.
Entre elas, o engordamento das praias de Jurerê e Ingleses, a nova ponte da Lagoa da Conceição e o molhe do Rio Sangradouro, na Praia da Armação, além da construção da Avenida Internacional dos Ingleses.

Junto com as obras, Gean Loureiro afirmou que será ampliado o programa que facilita a abertura de empresas e que vai inaugurar a Casa do Empreendedor, para servir de apoio aos novos empresários do município.

(A imagem de abertura é divulgação da PMF)

Reportagens relacionadas:
— Novo Pró-Cidadão, próximo à Praça XV, abre as portas ao público

—- Hospedou o presidente Médici – Prédio do melhor hotel da Capital, na década de 1970, sediará órgão municipal

 

 

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Reportagens Especiais

Morre o vendedor de amendoim mais querido do Centro

O Centro está mais triste neste final de ano.
Partiu o homem que alegrava a todos ao seu redor, sempre com uma piada na ponta da língua.

Nilson Amaral, conhecido apenas como Amendoim, sofreu um infarto na manhã desta quinta-feira, 31, no ponto de ônibus da Caieira do Saco dos Limões, próximo de sua residência.
Ele estava indo para a região central de Florianópolis para ganhar seus últimos trocados de 2020 quando desfaleceu.
O Samu foi chamado, mas nada pôde fazer.

Registro desta semana na inauguração do ‘Chopp do Mercado’, novo bar no Mercado Público

Medalha Manezinho da Ilha
Em 2017 foi homenageado pela Câmara de Vereadores com a Medalha “Manezinho da Ilha Aldírio Simões”, que reconhece os personagens relevantes da cidade.
Orgulhoso, foi uma espécie de consolo pela proibição que recebeu de vender amendoim no recém-reformado Mercado Público.

Por causa dessa restrição, entrou em depressão e sofreu um primeiro infarto, há dois anos, do qual se recuperou, após ser submetido a uma grande cirurgia no peito.

Frases marcantes
Muito parecido com o ‘baixinho da Kaiser’, era conhecido por seu bom humor, que contagiava a todos.
E o usava muito bem para fazer amizades e, logicamente, para vender amendoim aos apreciadores de chopp do Mercado Público e do entorno.

Se está ruim para nós, imagina para a classe média” e “Olha o viagra genérico, aqui, gente!

Publicitário Mauro Ferreira fez uma caricatura para o ‘site’ do Amendoim

Oferecia três medidas de amendoim, em copinhos de cachaça: o ‘bolsa família’ (pequeno), ‘vale refeição’ (médio) e o ‘cartão corporativo’ (grande).

Após ouvir algumas de suas frases era difícil não comprar alguma de suas medidas, que ele servia junto com uma gargalhada espontânea.

O Centro sentirá muita falta de sua alegria!

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Atualidade

Florianopolitana busca apoio da Justiça para deixar de pagar prestações do carro por causa da Covid

Uma mulher ajuizou ação na Justiça da Capital para suspender a cobrança das parcelas de financiamento de um veículo, durante a pandemia da Covid-19.
Ela argumentou que não tem mais condições de manter o pagamento ao banco financiador, em razão da redução de sua renda.
A consumidora também exigia manter a posse do carro, enquanto durar o decreto estadual que reconheceu o estado de calamidade pública.

Decisões
Após ter o seu pedido negado em primeira instância, a mulher recorreu ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que julgou o caso neste mês.

Ela defendeu que a teoria da imprevisão permite a revisão do contrato de financiamento, ao se considerar a redução da sua renda em razão dos efeitos da Covid-19.
Também apontou a resolução do Banco Central, que autoriza a renegociação de dívidas e a prorrogação do seu vencimento por 60 dias ou mais.

Inadimplência conveniente
Para os desembargadores, a prorrogação do prazo de vencimento das parcelas do contrato de financiamento não se reveste de amparo legal.

“Não se ignora que as medidas de enfrentamento da pandemia de Covid-19 tenham limitado ou impedido o exercício de atividades econômicas com redução da renda e, por consequência, da capacidade de pagamento. Contudo, tal evento não assegura à agravante o direito de adimplir sua obrigação quando lhe for conveniente, tampouco se presta para impor à agravada a renegociação do contrato ao arrepio do disposto no artigo 314 do Código Civil”, anotou o relator do processo, desembargador Jânio Machado.
Os demais integrantes da 5ª Câmara de Direito Comercial do Tribunal de Justiça acompanharam o parecer e negaram o pedido, por unanimidade.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ/SC. A imagem de abertura é do Pixabay. A outra foto é de Marcos Santos, da USP)

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Histórias do Centro

Um século depois de desativação do cemitério, ainda têm túmulos no Parque da Luz? Desvendamos o mistério

O Cemitério Municipal de Florianópolis, no Centro, foi desativado no início da década de 1920 e transferido para o Bairro Itacorubi.
O motivo: a construção da Ponte Hercílio Luz, inaugurada em 1926.

A maioria dos restos mortais foi exumada e levada para a nova necrópole.
Porém, nem todos.

Cemitério municipal antes da Ponte (Acervo Casa da Memória)

Como descreve a historiadora Elisiana Castro.
“Os termos de exumações apresentam aproximadamente 800 exumações e algumas retiradas de ossadas, não permitindo afirmar a transferência de todos os que ali estavam enterrados”, relata ela na pesquisa “Aqui jaz um cemitério: a transferência do cemitério público de Florianópolis (1923-26)”, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Na época da transferência, o número de sepultados aproximava-se dos 30 mil.

Depois de desativado, durante décadas estudantes de Medicina da Capital coletavam, ali, ossadas para pesquisas.

É por isso, que tanto chamam a atenção duas estruturas rentes ao chão, numa das entradas do Parque da Luz, próximo à Ponte Hercílio Luz.

As ‘sepulturas’ encontram-se próximas a entrada insular da Ponte

Estão lado a lado, com dois metros de comprimento e 80 centímetros de largura, cada uma.
E ninguém sabe o que são: nem a Secretaria Municipal de Patrimônio Histórico, nem os funcionários da Floram que ali trabalham e nem a Associação do Parque da Luz.

Registro fotográfico desvenda o mistério
Em 1964 foi instalada no local uma fábrica de artefatos de cimento, fruto da criação do Plano de Desenvolvimento Municipal (Pladem), que originou a Comcap.

Ali se produziam, principalmente, lajotas que eram utilizadas para o calçamento das vias da Capital.
A Rua Adolpho Konder, na saída da Ponte Hercílio Luz, foi a primeira da Capital a receber calçamento de lajotas.

O galpão da fábrica de cimento (à esq.) e a sede do DER (Acervo Lúcio Dias Filho)

E as tais ‘sepulturas’ são as bases da estrutura dessa fábrica que funcionou até a metade da década de 1960.
A poucos metros também podem ser vistas sapatas que sustentavam os guinchos utilizados para produzir os artefatos de cimento.

Estrutura dos guinchos da fábrica de artefatos de cimento

Incêndio criminoso
Na foto do início da década de 1970 pode-se identificar, à esquerda, um galpão abandonado, que permaneceu no local, mesmo após a transferência da fábrica para o Itacorubi.

A imagem é do acervo de Lúcio Dias Filho, um dos idealizadores do Parque da Luz.
Segundo ele, no início da década de 1990, por iniciativa particular, a estrutura de madeira foi restaurada e transformada em local de acolhimento para pessoas em situação de rua.

Porém, devido ao interesse imobiliário da área, o galpão sofreu incêndio criminoso e foi completamente destruído.

Sede do órgão estadual
Já à direita, podemos observar uma edificação de madeira de dois andares, onde funcionou por muito tempo o Departamento de Estradas e Rodagem do Estado de Santa Catarina (atual Deinfra) e o escritório da Ponte Hercílio Luz.

A estrutura foi demolida na década de 1980, sendo ocupada posteriormente por uma lanchonete. Em 2010, o estabelecimento foi obrigado a sair do local por ordem judicial. Atualmente, existe um parquinho infantil.

Conheça a história do Parque da Luz:
—– A redescoberta do Parque da Luz – De cemitério municipal a uma área verde privilegiada no Centro da Capital

—– O Parque da Luz já foi morro – Entulho do antigo cemitério, com ossadas, foi usado para aterrar a Beira Mar Norte

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Descarte de medicamentos vencidos nas farmácias – Uma boa ação ambiental para incorporar na nossa rotina

O antibiótico que sobrou do último tratamento ou a pomada que está guardada no fundo da caixa de remédios é um grande poluidor do meio ambiente.
Quando descartados no lixo comum ou no vaso sanitário essas drogas vão parar em aterros, lixões, estações de tratamento de água/esgoto ou no lençol freático.

Nova legislação normatiza recolhimento de medicamentos (Carlos Severo, Fotos Públicas)

Para evitar isso, entrou em vigor, em 3 de dezembro, o Decreto Federal Nº 10.388 que normatiza a logística reversa de medicamentos domiciliares ou em desuso.
Na prática, as farmácias devem receber os medicamentos vencidos e fazer parte de uma rede de descarte adequado.

Por enquanto, a legislação não obriga os estabelecimentos a receber os produtos descartados.
Mas, nós, como clientes, podemos dar preferência para as farmácias que aceitam o descarte.

Algumas farmácias no Centro
Recebem: Catarinense, Preço Popular e Sesi.
Não recebem: Farmácia do Trabalhador e Panvel.

Descarte corretamente:
Se seu medicamento venceu e você só percebeu agora, não jogue no vaso sanitário ou no lixo!
Agora que você sabe dos riscos que isso pode causar, leve os medicamentos até um ponto de coleta para o descarte ambientalmente correto.

Confira vídeo sobre o tema:

(Com informações do site Ecycle. A imagem de abertura é de João Gomes, do site Fotos Públicas)

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Histórias do Centro

Natal de 1995 – Maior enchente da história de Florianópolis completa 25 anos

A população do Centro da Capital nunca tinha vivenciado algo semelhante: as principais vias, como as avenidas Hercílio Luz, Mauro Ramos e Osmar Cunha se transformaram em rios.

Os desmoronamentos no Maciço do Morro da Cruz causaram mortes, derrubaram casas e encheram de lama as ruas próximas, destruindo parte do Instituto Federal de Santa Catarina.

As vias de acesso ao Norte e Sul da Ilha ficaram interditadas e a cidade parou.

Tudo foi conseqüência dos 165 milímetros de chuva que caíram entre as 9h da manhã do dia 24 de dezembro e as 10h do dia 25, há exatos 25 anos.
Somou-se, ainda, uma incomum maré alta que não permitiu o escoamento da água.

Em Florianópolis, as regiões mais atingidas foram o Centro, Trindade, Agronômica, Itacorubi, Saco dos Limões e Rio Tavares.

Mortes por toda Santa Catarina

“As consequências daquele episódio foram dramáticas. A enchente afetou 50 municípios catarinenses, com um total de 28 mil desabrigados e 40 mortos. Além da Grande Florianópolis, o Sul do Estado foi fortemente alcançado pelo fenômeno natural. Houve dois mortos em Palhoça e um em Florianópolis”, escreveu o jornalista Carlos Damião, no Jornal Notícias do Dia.

No total, cerca de 200 casas apresentaram risco de desabamento em regiões ambientalmente frágeis (encostas) e quase sete mil pessoas ficaram desabrigadas, descreveu Damião.

Instituto Federal, na Mauro Ramos, foi invadido pela lama (Acervo IFSC)

“Algumas estradas, como as SCs 401 e 404, foram interditadas. O asfalto do Morro da Lagoa foi inteiramente destruído pela força da enxurrada. O prefeito de Florianópolis, Sérgio Grando (1993-1997), buscou ajuda da União e do governo do Estado para recuperar o sistema viário e proteger os moradores das encostas”.

(As fotos são do acervo do IFSC)

Confira imagens, em vídeo do IFSC:

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Histórias do Centro Reportagens Especiais

Curiosidades do Centro – Veja as fotos atuais do antigo mictório público de Florianópolis, ativo até 1980

A área de 10 metros quadrados guarda parte da história da Capital.
O Castelinho, ao lado do Terminal Urbano Cidade de Florianópolis, foi construído há 110 anos para dar início ao saneamento básico da cidade.
Ali funcionou uma estação de elevação mecânica da rede de esgoto, movida a eletricidade, que bombeava os detritos para o mar.
Entre as décadas de 1950 e 1960, o empreendimento foi desativado e se transformou num mictório público, que funcionou até a década de 1980.

A pequena edificação, em estilo neoclássico, contava com quatro mictórios individuais, unidos num muro de um 1,2 metro de altura.
Inadmissível para os padrões de higiene atuais.
Pior ainda: por causa das portas no ‘estilo cowboy’, desde a calçada era possível
ver fugazmente o interior do local, com homens em pé, de costas, fazendo as suas necessidades.

Estado atual
O interior do castelinho encontra-se completamente abandonado, com paredes rachadas e sujeira no chão. O único que existe dentro são os mictórios.
Após ser mictório público, durante 15 anos sediou o Museu do Saneamento, que desde então está sob a responsabilidade de Casan.

Em julho de 2019, o Floripa Centro mostrou o abandono do local. Na semana seguinte, a Casan pintou o ‘Castelinho’ e prometeu fazer uma licitação para restaurar e abrir o espaço.
A revitalização incluiria a antiga bica d’água que tem ao lado, junto com o poste de iluminação (do início do século passado) que funcionava a querosene e a balaustra (onde chegava o mar) que está danificada.

O prazo era até o final do ano passado, mas até agora, nada foi feito.

Como foram feitos os registros
O local está clausurado com tapumes pregados nas portas de acesso.
Por isso, a reportagem conseguiu uma cadeira emprestada de uma lanchonete próxima, subiu nela e fez as imagens por uma pequena janela redonda que fica entreaberta.

Era possível apenas inserir o celular pela fresta, sem ter uma visão do que estava sendo fotografado.

Imagem do mictório em 1975 (Acervo Jornal O Estado)

Assim, as fotos não ficaram com a melhor qualidade, mas servem para ter uma ideia do interior desta edificação histórica que está abandonada no coração da cidade.

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Mercado Público – Faltam equipamentos contra incêndio e há problemas com o teto retrátil, aponta força-tarefa

O Ministério Público, junto com entidades civis de Florianópolis, vistoriou o Mercado Público municipal esta semana e constatou problemas de acessibilidade e falta de equipamentos e outros itens de segurança contra incêndio.
Após a conclusão dos relatórios, a 30ª Promotoria de Justiça da Capital, que coordena o grupo, deve fazer uma recomendação ao município requerendo providências para garantir a segurança de quem frequenta e trabalha nesse espaço público.

“Nos causou uma certa apreensão, a inexistência ou inoperância de alguns itens de prevenção a incêndios. Com relação à acessibilidade, foi constatado que muitos itens estão em desacordo com as normas técnicas”, explicou o promotor de Justiça Daniel Paladino.
“Isso será objeto de uma recomendação do Ministério Público à Prefeitura da Capital dando um prazo para que o Município regularize esses problemas”.

Teto retrátil
Inaugurado em 2016, a um custo de R$ 4 milhões, o teto retrátil nunca cumpriu com seu principal objetivo: abrir e fechar, quando necessário.
Nos últimos tempos tem permanecido fechado constantemente, pois após abrir há enormes dificuldades para ser fechado.
“Isso causa prejuízos aos comerciantes”, afirma o presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Público, Aldonei de Britto, à reportagem do Balanço Geral do ND+.

Confira a reportagem do Balanço Geral:

Quem integra a força-tarefa
A força-tarefa Estruturas foi criada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para mapear e inspecionar imóveis e equipamentos públicos, pertencentes às esferas municipal e estadual, em situação de abandono ou má conservação e propor acordos para a correção dos problemas encontrados.

Além do MPSC, o grupo é integrado por representantes da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE), do Conselho Comunitário de Segurança Centro e Ingleses (Conseg), da Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis (CDL), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA/SC), do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil de Florianópolis, da Polícia Civil, da Prefeitura Municipal de Florianópolis e da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE).

A vistoria teve a participação, também, da Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC), da Associação de Surdos da Grande Florianópolis (ASGF) e o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede/SC).

(Com informações do MPSC e do ND+. A imagem de abertura é do ND+)

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Comidas natalinas para pessoas em acolhimento no Centro: crianças, moradores de rua e mulheres violentadas

A Prefeitura de Florianópolis vai promover durante esta semana refeições com comidas típicas natalinas para pessoas acolhidas pelo município.
Entre os atendidos estão crianças, adolescentes, mulheres vítimas de violência e pessoas em situação de rua.

Todas as pessoas já estão nos espaços e, ao longo desta semana, cada local terá um dia para receber a comida natalina.

“Estas pessoas, que não passam o Natal em família têm na nossa equipe a visão familiar. Estamos felizes em poder ofertar essa refeição, que é um pequeno gesto em um ano tão complicado para toda a sociedade”, disse a Secretária de Assistência Social, Maria Cláudia Goulart da Silva.

Nesta terça-feira, 22, a refeição será servida na Passarela da Cidadania.
Em todo os locais serão seguidos todos os protocolos sanitários.

Locais e datas:

22/12 – Passarela da Cidadania: jantar das 15h às 21h.

22/12 – Casa Rosa/Centro – Pessoas em Situação de Rua: almoço Casa de Acolhimento e café da tarde na Casa de Passagem.

22/12 – Abrigo crianças e adolescentes: almoço.

24/12 – Casa de Passagem/Capoeiras – Pessoas em situação de rua: jantar.

24/12 – Casa de Passagem para mulheres em Situação de Violência: jantar.

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