Passarela embaixo da Ponte Pedro Ivo – Apesar do preconceito, um belo passeio entre a Ilha e o Continente

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Por Billy Culleton

Falta de segurança é o primeiro conceito que surge na cabeça da maioria dos florianopolitanos quando se fala na passarela que existe embaixo da Ponte Pedro Ivo Campos.
E não é por acaso. Em geral, as reportagens jornalísticas sobre o local reforçam essa ideia, embora sem qualquer dado estatístico.

Mas o constante vai-e-vem de pedestres e ciclistas durante todo o dia (e à noite) mostra o contrário.
São centenas de pessoas, a maioria trabalhadores, que utilizam o maravilhoso ‘calçadão’ de três metros de largura e que tem uma das melhores vistas da Baía Sul.

Os 1.250 metros que ligam a Ilha ao Continente podem ser percorridos com tranquilidade, sem qualquer contratempo.
A longa parede lateral é uma mistura de grafites e pichações.
Inaugurada em 1991 junto com a ponte, a passarela fica a uma altura de 30 metros, com relação ao mar.

Os pescadores artesanais que frequentam a passarela à espera de anchovas, cardosinhos ou bagres dão um ar de ‘autoridade’ ao lugar, o que afugenta possíveis aproveitadores, de ‘má índole’.

Ao longo do trecho também existem duas câmaras da Polícia Militar.
Por isso, entre os pacientes pescadores há uma certeza: ninguém é incomodado aí.

Assim, fica a dica para conhecer este recanto escondido da Capital.
Além de aproveitar uma caminhada ou pedalada, num lugar coberto (xô, sol e chuva!), em 15 minutos você e sua família podem chegar ao belo Parque de Coqueiros, logo aí, no Continente.

Ah, sim! Eventualmente, passam pelo local moradores de rua e consumidores de drogas. Como na maioria dos locais que frequentamos na Capital…

É proibido pescar
Um detalhe que é ignorado pela maioria: é proibido pescar na passarela.
Pelo menos é o que indica a deteriorada placa do Deinfra, que faz referência à Lei Nº 9605/98, Art. 34. A norma bane a pesca “em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente, com pena prevista de detenção de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente”.

Procurada pelo Floripa Centro, a Assessoria de Comunicação do Deinfra disse que a fiscalização é responsabilidade da Polícia Ambiental.
“Só não pode pescar no vão central, em cima do canal”, explicou o Sargento Elesbão, do 1º Batalhão da Polícia Ambiental, cuja sede fica no Estreito, perto das pontes. “Quando alguém pesca nessa área a gente vai até o local e pede para se deslocar para os lados”.

Como chegar:
– Pelo lado insular, chegar à passarela é mais complicado. Embora fique a poucos metros do Terminal Rodoviário Rita Maria, não há qualquer forma de atravessar a Avenida Beira Mar com segurança (em julho, o Floripa Centro denunciou que a atual reforma não prevê a continuação da passarela até o outro lado da avenida).
Assim, só pode-se chegar desde o Trapiche da via, caminhando 1,5 quilômetro. Vindo do Centrosul também deve se andar 1,2 quilômetro.

– Também é possível deixar o carro no estacionamento dos clubes de remo, embaixo das pontes, e iniciar o passeio.

– Pelo Continente, o acesso é muito tranquilo: sobe-se pela Rua 14 de julho, no Estreito, perto da Comcap.

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