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Ponte Hercílio Luz e Catedral servem de cenário para novo projeto musical da Camerata Florianópolis

Para marcar as quase três décadas de história, a Camerata Florianópolis iniciou, esta semana, as gravações de um DVD e um CD interpretando algumas das mais famosas obras da música clássica.
O projeto é uma homenagem especial a Florianópolis e deverá ser apresentado no aniversário da cidade, em 23 de março.

O DVD terá, além das imagens da orquestra no estúdio de gravação, cenas cinematográficas da cidade, captadas com equipamentos de última geração: no Centro, houve gravação na Ponte Hercílio Luz (no domingo) e na Catedral Metropolitana (na segunda-feira).

Gravação na Catedral, nesta segunda-feira, 8

Valorização musical da cidade
O projeto também percorreu diversas praias, parques e praças da cidade.

Na Casa de Retiros do Morro das Pedras

É a primeira vez que a Camerata grava um DVD enaltecendo as belezas e peculiaridades de Florianópolis.

Conforme o maestro Jeferson Della Rocca, o objetivo principal deste novo projeto é “prestar uma homenagem à Capital através de um produto cultural único, valorizando a música orquestral de grandes mestres da música clássica e as belezas naturais e históricas da cidade”.

Nas dunas da Praia da Joaquina

Estudantes beneficiados
Os DVDs e CDs serão entregues gratuitamente a estudantes da rede pública de ensino e participantes de projetos de inclusão social.
A direção cinematográfica do projeto tem a assinatura de Fernando Pereira Oliveira, da empresa 30 por Segundo.
A iniciativa se tornou possível através da Lei de Municipal de Incentivo à Cultura. Aprovado ano passado, o projeto tem o apoio do Shopping Iguatemi Florianópolis e do Angeloni.

Violinista Iva Giracca, da Camerata, na mítica cena de Marilyn Monroe, desta vez na Ponte

História da Camerata
Fundada pelo maestro Jeferson Della Rocca em 1994, a Camerata Florianópolis completou 27 anos no dia 10 de janeiro, data em que ele conduziu o concerto inaugural da orquestra.
O trabalho realizado influenciou o crescimento cultural catarinense, principalmente no desenvolvimento de uma cultura erudita e democratização do acesso a espetáculos desta natureza.

(As fotos são de Tóia Oliveira)

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Novo mirante da Ponte Hercílio Luz – Iniciada a revitalização da área que era ocupada pela Teixeira Duarte

O governo do Estado começou a revitalizar o terreno de 600 metros quadrados, localizado ao lado da Ponte Hercílio Luz, na cabeceira insular.
O espaço terá o piso renovado e contará com bancos e canteiros com flores, possibilitando que a população admire a ‘Velha Senhora’ e seu entorno por um novo ângulo.

A área foi utilizada pela empresa portuguesa Teixeira Duarte, durante cinco anos, como escritório e canteiro de obras, enquanto reformava a Ponte.

O terreno pertence ao Estado e ao município de Florianópolis.
Mas ambos ainda não têm projetos definitivos para a ocupação do local.

“A Prefeitura de Florianópolis informa que a área que vinha sendo ocupada pela Teixeira Duarte Engenharia e Construções, na cabeceira insular, pertence parte ao município e parte ao Estado. E que, no momento, está sendo analisado o seu melhor aproveitamento”, informou a Secretária Municipal de Infraestrutura ao Floripa Centro, em dezembro.

Naquela época, o governo do Estado informou que “a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade faria um levantamento para recompor a área”.

——- Adeus, Teixeira Duarte! Muito obrigado! O seu trabalho ficou para a história de Florianópolis

—— Construção do Museu da Ponte Hercílio Luz deve começar a sair do papel no primeiro semestre de 2021

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Frente à Ponte Hercílio Luz – Árvore de 15 metros ameaça cair e interdita calçada e entrada do Parque da Luz

As recentes chuvas e fortes ventos causaram a inclinação de um enorme Garapuvu, que apresenta alto risco de queda sobre o passeio existente frente à Ponte Hercílio Luz, na Ilha.
A árvore de 15 metros de altura está localizada numa das entradas do Parque da Luz, que está interditada.

A área da possível queda também está demarcada com fitas zebradas e fechada para o trânsito de pedestres.
Muitas pessoas, entretanto, desconhecendo o perigo, têm passado por baixo das fitas e continuado sua caminhada normalmente.

Confira o vídeo da Arboran:

Alerta para pedestres
A Associação do Parque da Luz, a empresa de gestão ambiental Arboran e a Floram estão tentando providenciar o corte da árvore símbolo de Florianópolis, que tem madeira mole e pouca resistência para fortes ventos.

Tradicionalmente, sua madeira era usada por pescadores manezinhos para a construção da canoa de um pau só.
O Garapuvu, tombado como patrimônio da cidade em 1992, não pode ser derrubado por iniciativa do homem.

Detalhe: no alto da árvore tem um ninho de João-de-barro, hospedando um casal destas aves.

Prejuízo
As tempestades dos últimos dias também danificaram outras árvores menores no Parque.
Algumas ‘deitaram’ e foram cortadas pela Arboran e Floram, assim como galhos que ameaçavam cair.

Várias árvores e galhos foram cortados (Divulgação Arboran)

 

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Veja fotos antigas – Congestionamento para acessar Ponte Hercílio Luz relembra engarrafamentos da década de 1970

O fechamento da Via Expressa Continental em razão da queda de uma barreira, logo na saída da Ilha, trancou a Ponte Colombo Salles, na manhã desta segunda-feira, 25.
Por isso, como alternativa, a Ponte Hercílio Luz foi liberada para todo tipo de veículos.

Acesso à Ponte: Rua Felipe Schmidt em 1974 e nesta segunda-feira, 25

A iniciativa provocou grandes congestionamentos nas vias de acesso à ‘Velha Senhora’, principalmente, na Rua Felipe Schmidt, a partir do cruzamento com a Padre Roma, a 800 metros da ponte.
Motoristas demoravam em média 15 minutos para percorrer o trecho.

O fato relembra Florianópolis até 1975, quando foi construída a primeira ponte de concreto, a Colombo Salles, que desafogou o trânsito na cidade.
Até então, era muito comum o ilhéu passar muito tempo dentro do veículo para entrar ou sair da Ilha pela única via possível: a Ponte Hercílio Luz.

Acesso continental da Ponte também tinha congestionamento pelas manhãs. À direita, Ponte Colombo Salles sendo construída no início da década de 1970 (Imagem de autor desconhecido)
Veículos chegando na área continental entre as décadas de 1950 e 1960 (Acervo Casa da Memória)
Acesso à Ponte nesta segunda-feira (Fotos Billy Culleton)
Trânsito ficou parado na altura do Parque da Luz, frente ao Lindacap
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O ‘rei dos manés’ partiu há 17 anos – Conheça mais sobre Aldírio Simões, que consolidou o orgulho ilhéu

Em 22 de janeiro de 2004 faleceu, aos 62 anos, um dos mais autênticos representantes manés: o jornalista e escritor Aldírio Simões.
O Floripa Centro escolheu três textos já publicados de pessoas próximas que relembram o melhor do ‘rei dos manés’:

Aldírio Simões, sou ilhéu graças a Deus”, por Antunes Severo, com Raúl Caldas Filho
A carreira profissional de Aldírio se fez no jornalismo impresso, no rádio e na televisão de Florianópolis, mas logo se estendeu pelo Estado afora graças a participação que teve no jornal A Notícia, de Joinville, e na TV SBT/SC.
Já sua vida literária data dos anos 1990 quando lançou quatro livros: Domingueiras – sou ilhéu, graças a Deus (1990), Retratos à luz da pomboca (1997), Fala Mané (1998) e O pirão nosso de cada dia (1999).

O primeiro livro, lançado pela editora Papa-Livro, é saudado pelo editor Vilson Mendes com estas palavras: “A partir deste momento, o jornalista Aldírio Simões assume uma posição importante na literatura ilhoa, quando coloca à disposição de inúmeros leitores a preciosidade de seu livro Domingueiras – Sou ilhéu graças a Deus”.

Aldírio no seu programa Bar Fala Mané (Reprodução SBT, via ND)

A apresentação do livro é feita pelo já veterano jornalista e escritor Raul Caldas Filho, conforme reproduzimos a seguir.
“Com suas Domingueiras publicadas antes em jornais e agora agrupadas neste livro, Aldírio Simões transformou-se no mais genuíno porta-voz da herança pitoresca açoriana existente na cidade erguida sobre a Ilha de Santa Catarina, a ex-Nossa Senhora do Desterro e atual Florianópolis.

Estas crônicas, estórias, histórias, casos e causos, com seus personagens picarescos e extrovertidos (reais, ou inventados), refletem, com total fidelidade, o espírito gozador e criativo do habitante da Ilha-Capital.

Emérito frequentador de botequins – a minha essência é o botequim, ele costumava dizer – e participante efetivo de inúmeras rodas de piadistas, Aldírio é o captador por excelência da inventividade ilhoa.
Na verdade, durante toda a sua trajetória ele aparelhou-se para tal missão.

Nascido às margens do Rio do Braz, no distrito de Canasvieiras, onde passou parte da infância, mas com passagens por diversos bairros do Centro, Aldírio Simões teve uma vivência ao mesmo tempo caiçara (ou beira-de-praia) e urbana.

É, portanto, um autêntico Manezinho da Ilha e também um típico ilhéu urbano, nostálgico, cultuador dos tempos em que o mar ficava mais perto e a vida desterrense era bem mais serena, mas nem por isso, menos divertida.

Ele iniciou as suas atividades jornalísticas no antigo O Estado, da Rua Felipe Schmidt, onde exerceu diversas funções, entre elas a de paginador, repórter policial e repórter esportivo.
Mas, tendo também o samba nas veias e sendo um festeiro nato, presente, sempre que possível, a uma boa batucada nos morros, foi com suas reportagens carnavalescas que Aldírio começou a se projetar.

Este mesmo vírus levou-o a promover diversos eventos ligados ao samba, ao carnaval e a manifestações populares da cidade.
E foi um dos fundadores da Banda Mexe-Mexe, que marcou época no final dos anos 1970 e início dos 1980.

As Domingueiras começaram a ser escritas para o jornal O Estado em 1983. Mas com a transferência de seu titular para o Diário Catarinense em 1988, onde passou a assinar uma coluna, Clube do Samba, as crônicas mudaram de veículo.

Suas entrevistas com conhecidos personagens da cidade alcançaram também considerável Ibope.
Aldírio foi ainda o idealizador do troféu Manezinho da Ilha, que todos os anos é concedido a uma plêiade de figurões ilhéus, caiçaras ou urbanos.

Ao passar essas histórias para o papel (muitas já incorporadas ao anedotário da Ilha), Aldírio resgata usos e costumes que estão desaparecendo, soterrados pelos novos tempos e novos hábitos de uma cidade que cada vez mais se moderniza (nem sempre para melhor).

São ruas e bairros antigos que reaparecem, ao lado de localidades do interior da Ilha, com suas bruxas, crendices e tradições açorianas, além de expressões populares, pratos e bebidas típicas, bares e restaurantes de ontem e de hoje, que servem de cenário às aventuras dos pitorescos personagens.

Para aqueles que viveram nas plagas desterrenses entre os anos 1940 e 1960 essas páginas têm o sabor de uma viagem no tempo, à maneira das histórias em quadrinhos publicadas nos gibis daquela época.
E para os que chegaram depois, As Domingueiras funcionam como um verdadeiro aprendizado do que é o espírito ilhéu.

Leiam e divirtam-se com estas fatias de vida, que só poderiam ter acontecido (ou imaginadas) na cidade dos casos e ocasos raros”.

Memórias do Box: Aldírio Simões, o rei dos manés, por Beto Barreiros
“Nascido perto do Rio do Brás, em Canasvieiras, o jornalista Aldírio Simões era o maior conhecedor da alma dos ilhéus.
Era grande amigo do poeta Zininho – compositor do Rancho de Amor a Ilha. Moravam no mesmo prédio, onde ele convenceu a construtora para dar o nome do poeta ao residencial, o que acabou acontecendo.

Com seu grande amigo Zininho (Acervo Casa da Memória, via Vandrei Bion)

Na sua coluna Domingueiras, publicadas no extinto jornal O Estado, contava os “causos e ocasos” que colhia visitando todos os cantinhos e principalmente os bares por onde passava todos os dias para beber uma cachacinha.
Dizia que o Mercado Público era o escritório dele.

Com o seu programa na TV chamado Bar Fala Mané, entrevistava as figuras folclóricas.
Música também era o forte do seu programa, principalmente samba e pagode, que ele adorava.
Publicou vários livros e lançou o primeiro Dicionário da Ilha, onde tive participação, anotando no meu balcão as frases de autênticos manés, que quem é de fora não entende nada do que estão falando.
Foi um sucesso.

Criou o Troféu Manezinho da Ilha, com concorrida premiação anual, onde destacou todos os personagens importantes para a cultura local.
Antes do troféu, chamar alguém de mané era pejorativo, após, motivo de orgulho.
Por onde ando, vejo a presença do Aldírio em todos os lugares. Partiu em janeiro de 2004, e levou com ele a alma da cidade.”

Naquela mesa tá faltando ele, por César Valente, com Chico Amante
Hoje vamos homenagear o inesquecível Aldírio Simões.
Manezinho e criador de manezinhos, era visto pelos nativos como uma voz em defesa dos valores que, aos poucos, vão desaparecendo, soterrados por novos costumes, novos sotaques, novas gerações.

Por isso, convidei o grande Chico Amante, com quem o próprio Aldírio se aconselhava sobre assuntos da cidade, para escrever um artigo especial (que está aí embaixo), para que a gente pudesse lembrar do Aldírio a partir de uma visão privilegiada.
O Chico é escritor e reuniu em livro a biografia dos homenageados com o Troféu Manezinho da Ilha.
Um documento fundamental para ajudar a entender esta nossa cidade.

Aldírio abraça o amigo Chico Amante na Mercearia Ori, no Abraão, onde existe uma placa em sua homenagem (Acervo Chico Amante, via César Valente)

Aldírio dirigiu a Fundação Franklin Cascaes de 1989 a 1992 e segundo o atual superintendente, Vilson Rosalino, “ele contribuiu de forma expressiva para o resgate e valorização das tradições florianopolitanas, incentivou como poucos a continuidade das manifestações culturais populares, reconhecendo a singularidade da história, do jeito de ser, de se expressar e de se relacionar com o mundo, do autêntico manezinho”.

Nos bares mais simples da Ilha, nos locais onde ainda se pratica o bom esporte da conversa entre amigos, no coração dos florianopolitanos, este final de semana terá, com certeza, pelo menos um minuto de silêncio de reverente e saudosa lembrança.

E já se passaram dois anos, por Francisco Hegidio Amante
Isso mesmo. Amanhã (22), fazem dois anos que o grande Manezinho da Ilha, Aldírio Simões nos deixou em circunstâncias trágicas.

E nunca é demais rememorarmos a trajetória dessa figura ímpar, que com dignidade e inteligência soube muito bem representar e defender nossa cidade frente às inúmeras tentativas de distorcer nossos costumes e nossas tradições, com a incursão de culturas alienígenas.

Tela de Leonardo Furtado Duarte, via Cláudia Barbosa

Conheci o Aldírio nos idos de 1956, quando ele, ainda garoto, ingressou na firma João Moritz S/A., vindo da não menos famosa Confeitaria Chiquinho, para desempenhar as funções de balconista na A Soberana, da Rua Felipe Schmidt, esquina com a Praça XV.

E ali se notabilizou pela forma carinhosa com que atendia a clientela, notadamente às senhoras a quem fazia questão de chamá-las de “madame”, algo bastante inusitado e uma forma de reverência àquelas pessoas que, aliás, faziam questão de serem atendidas pelo Manezinho.

Entretanto, a função de balconista era muito pouco para a capacidade e a inteligência dele, que pretendia alçar vôos muito mais altos na vida.
Por isso resolveu ir buscar a sorte no Rio de Janeiro, permanecendo por lá por alguns anos.
Entretanto, o cheiro característico da maresia da Ilha, aliado às amizades que havia deixado e alguns dos pontos que caracterizavam a rotina de Florianópolis, como, por exemplo, o Miramar e o Mercado Público, juntou sua trouxa e retornou para cá, agora com mais experiência e disposto a trabalhar no ramo jornalístico.

Assim, visitando as redações dos jornais da cidade, encontrou na pessoa do jornalista Wilson Libório de Medeiros, do Jornal O Estado, recém instalado nos altos da Felipe Schmidt, o “padrinho” que necessitava para dar início a essa nova e fascinante atividade.
Mas, como qualquer iniciante, sua primeira função foi de paginador.

A partir de então sua carreira foi meteórica, passando a atuar não somente na imprensa escrita, como também em rádios e posteriormente na televisão, tendo criado, dirigido e apresentado um sem número de programas, culminando com o inigualável e até hoje insubstituível “Bar Fala Mané”, de saudosa memória.

Também ingressou na Prefeitura Municipal, onde galgou passos importantes em sua carreira profissional, culminando com a Superintendência da Fundação Franklin Cascaes e a Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo.
Apaixonado pelo Carnaval, foi seu coordenador oficial por várias décadas, incentivando as Escolas de Samba e os tradicionais Blocos de Sujos, este últimos de tanto sucesso em anos passados.

Suas promoções transcenderam a mais de uma dezena, e destacando-se a Maratoma, os Torneios de Dominós, a Parufest, os banhos de mar à fantasia, e tantas outras.
Criou a famosa Banda Mexe-Mexe, nos moldes da Banda de Ipanema, do Rio de Janeiro, nomeando sua rainha a nossa querida Marisa Ramos.
Criou também o Bloco Carnavalesco Ânsia de Vômito, que antecipava os festejos momescos, nos moldes do que hoje faz Bloco Berbigão do Boca.

E desde 27 anos atrás, tive a felicidade de vê-lo meu vizinho no Abraão, juntamente com outro Manezinho famoso, o poeta Zininho.
Daí em diante, consolidou-se uma amizade indissolúvel, e tornei-me, involuntariamente, seu confidente e seu conselheiro, principalmente quando algo sobre nossa cidade fugia de sua memória e ele precisava para ornamentar suas inconfundíveis crônicas no jornal.

E a Ilha e os Manezinhos, no fatídico 22 de janeiro de 2004, perderam o seu maior porta-voz; uma voz atuante em defesa de nossos interesses culturais, folclóricos, usos e costumes, que não media esforços para manter acima de qualquer coisa, tudo aquilo que sempre nos pertenceu e que diuturnamente “alienígenas” tentam de todas as formas nos roubar.

Porém, jamais deixaremos a peteca cair. Em memória do Aldírio, iremos defender com intransigência toda a sua obra, dignificada pela sublime atuação profissional e o comportamento exemplar no seio de nossa sociedade.

Estejas onde estiveres, Aldírio, já assumimos tua trincheira em defesa de nossa cidade e de nosso povo, na certeza de que, irmanados pelo ideal que sempre norteou tua existência, haveremos de manter viva a tua memória e os sagrados anseios do povão, justamente aquele povão que sempre reverenciou tua pessoa, prestigiou e foi solidário com o teu trabalho.

Sabemos perfeitamente que a municipalidade está a dever a perpetuação de tua memória, seja através da concessão de teu nome a um logradouro, à altura do teu trabalho de defesa e promoção de nossa cidade e de nossa gente, ou erigir em algum lugar uma estátua que torne perene a tua imagem.

Aliás, há alguns meses enviei uma foto da estatueta que mandei confeccionar pelo Plínio Verani, para a Fundação Franklin Cascaes, sugerindo sua colocação naquele protótipo do Miramar da Praça Fernando Machado, desde que o mesmo fosse coberto e colocada as muretas em seu redor, porém, ninguém na Fundação teve a gentileza de responder à correspondência.

Descanse em paz, mô pombo, até um dia na eternidade e um beijo no fundo do teu coração!
Do teu saudoso e eterno Amigo, Chico Amante

(Os textos foram publicados com autorização dos autores. A imagem de abertura é reprodução do SBT, via ND) 

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Após 10 meses, reabre Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa

O Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, no Centro de Florianópolis, reabriu nesta terça-feira, 19, para atendimento ao público externo.
As visitas somente acontecerão mediante agendamento.

Serão feitas visitas guiadas com, no máximo, sete pessoas por grupo, a partir de um roteiro estabelecido que segue protocolos sanitários de segurança para evitar contágios por Covid-19.

O agendamento poderá ser feito das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira, na recepção do MHSC ou pelo telefone (48) 3665 6363.
As visitas ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, e aos sábados, das 10h às 14h.

É importante destacar que não será permitido tocar ou manusear o acervo.
Os visitantes deverão, obrigatoriamente, usar máscara e respeitar o distanciamento físico.
O local terá álcool em gel à disposição do público. Antes de iniciar a visita guiada, será exibido um vídeo com orientações.

Museu da Imagem e do Som
A partir desta terça-feira, 19, o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) reabre ao público externo, porém em horário diferenciado: das 13h às 19h, de terça a domingo.

Na entrada haverá medição de temperatura e controle do uso obrigatório de máscaras. Somente poderão entrar oito pessoas por vez e não será permitido tocar nos objetos expostos.

Quem visitar o MIS/SC poderá conferir a mostra O que Vem antes da nuVem, que estava em cartaz antes da pandemia.
A exposição faz um passeio no tempo mostrando suportes, mídias e players que fizeram história no registro de vídeos, fotografias e músicas até o momento atual, com o advento da digitalização dos arquivos.
Estarão expostas cerca de 50 peças que revelam como era feito o armazenamento e como eram os meios de reprodução antes do surgimento das chamadas “nuvens”.

O MIS/SC está localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC) onde o acesso também será das 13h às 19h, de terça a domingo, respeitando o distanciamento mínimo de 2 metros entre as pessoas e com obrigatoriedade de uso de máscaras.

(As imagens são divulgação da FCC)

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Motorista de aplicativo de Florianópolis é homenageado com mural em prédio do Centro

No final de 2018, Mário Mariano de Assis, 64, tinha completado duas décadas como motorista de ônibus quando foi demitido.
Em 2019, decidiu se ‘aventurar’ como motorista de aplicativo.
Em poucos dias foi aceito pela 99 e começou a rodar pela Grande Florianópolis.

No ano passado foi surpreendido com o contato da empresa que o tinha escolhido para ter a sua figura exposta num mural, no Centro da Capital.

Ele representaria a classe dos motoristas de aplicativos, pela sua persistência e superação diante das dificuldades enfrentadas a partir da pandemia do Coronavírus.

Mário de Assis orgulhoso junto ao grafite (Instagram do Mário)

A grafiteira local Gugie ficou com a responsabilidade de retratar seu Mário, na lateral do Edifício Schweidson, na Rua Tenente Silveira, quase esquina com a Trajano.

A pintura de 700 m2 mostra, em primeiro plano, o motorista junto com sua esposa Elza.
E numa pequena janela, que representa o coração de Mário, o casal está na companhia de seus cinco netos.
“Minha proposta foi valorizar a história e dignidade deste motorista, o retratando com seus afetos”, escreveu Gugie, no Instagram.

Lateral do Edifício Schweidson, na Rua Tenente Silveira (Paulo Pimentel, Instagrafite)

 

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Nomes de praças no Centro homenageiam figuras ilustres, porém, os monumentos são de outras personalidades

A Praça Olívio Amorim, na Avenida Hercílio Luz, é um tributo ao ex-prefeito de Florianópolis, que morreu no cargo em 1937.
Mas o único busto no local é do escritor Olavo Bilac.

Esse aparente contrassenso é um de três casos entre as praças do Centro da Capital.

Outro exemplo é a Praça Pereira Oliveira, ao lado do Teatro Álvaro de Carvalho.
O nome homenageia Antônio Pereira da Silva Oliveira, prefeito da Capital e governador do Estado após a morte de Hercílio Luz, em 1924.

Na área, no entanto, existe apenas um busto: o do governador Vidal Ramos, pai de Celso e Nereu.

Busto de Vidal Ramos emoldurado por dois obeliscos (Acervo Mapio)

Três monumentos, nenhum para Getúlio
Já na Praça Getúlio Vargas, conhecida como Praça dos Bombeiros, há três monumentos.
Nenhum deles homenageando o ex-presidente, embora exista uma reprodução da carta-testamento escrita por ele antes de se suicidar.

No espaço público tem o monumento a Anita Garibaldi, o primeiro de Santa Catarina para a heroína lagunense.

Também existe a estátua do médico e político Antônio Vicente Bulcão Vianna, atuante na década de 1920-1930.

Bulcão Viana é o que mais se destaca na Praça dos Bombeiros (Blog Casas Antigas)

E o busto do empresário Carl Hoepcke, falecido em 1924.

Nome e estátua no mesmo local
Logicamente, sobram exemplos de espaços de lazer públicos na região central em que coincidem o nome e as estátuas do homenageado.

Entre eles, a Praça Fernando Machado, ao lado da Praça XV; a Praça Lauro Müller, na frente do Beiramar Shopping, e a Praça Celso Ramos, na Beira Mar Norte.

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Dupla que furtou pássaro de R$ 1,5 mil vai para prisão e animal, que estava na gaiola, ganha liberdade

Dois homens foram condenados pela Justiça catarinense, esta semana, por furtar um pássaro silvestre, conhecido como “Trinca-ferro”, que é muito valioso por seu canto.
A dupla foi flagrada, na Grande Florianópolis, quando ainda estava com a gaiola em mãos, a bordo de uma moto.
Houve perseguição policial e na tentativa de fuga, eles atropelaram um militar e deixaram a gaiola cair ao chão.
Nesse momento, o passarinho aproveitou para fugir.

“Trinca-ferro” é avaliado em R$ 1,5 mil
O fato aconteceu em 2019, quando a dupla resolveu furtar o passarinho, avaliado em R$ 1,5 mil, de uma residência.
Após flagrar os assaltantes à distância, a vítima acionou a Polícia Militar, que conseguiu abordar os criminosos num loteamento próximo.
A gaiola caiu e o “Trinca-ferro” ganhou a liberdade.

Passarinho ganhou liberdade graças aos ladrões (Acervo blog trincaferro)

Apesar disso, os ladrões continuaram em fuga. Na saída do loteamento, um policial tentou abordar a dupla e acabou atropelado.
Os criminosos caíram e foram capturados em flagrante.

O condutor da moto foi condenado pelos crimes de furto e lesão corporal, a quatro anos de reclusão em regime fechado.
Já o carona pegou três anos de prisão.

Dupla condenada foi condenada a 3 e 4 anos de prisão (Acervo Jusbrasil)

Dupla recorre ao TJ, que muda decisão
Os ladrões foram condenados em 1º grau por tentativa de latrocínio, mas recorreram ao Tribunal de Justiça (TJ).
A 3ª Câmara Criminal confirmou a condenação, mas adequou a pena de ambos, ao desclassificar o crime para tentativa de furto e lesões corporais.
“In casu, como dito, a confissão dos acusados encontra pleno amparo nos demais elementos de prova constantes no caderno processual, de modo que não há falar em absolvição por insuficiência de provas, porquanto, devidamente comprovada a participação efetiva de ambos na empreitada criminosa”, anotou o desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann, relator do processo.
A decisão foi unânime e contou com os votos dos desembargadores Ernani Guetten de Almeida e Getúlio Corrêa.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ/SC)

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Ponte Hercílio Luz – Aumenta de oito para 21 horas por dia o horário para tráfego de veículos particulares

A partir da próxima segunda-feira, 18, o tráfego de veículos na Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, terá o horário ampliado.
O horário para a passagem de veículos particulares com dois ou mais passageiros será das 9h até as 6h, representando 21 horas ao dia.
Atualmente, eles só podem trafegar das 11h às 19h (oito horas).

A decisão foi tomada em conjunto entre a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Prefeitura de Florianópolis, Polícia Militar e Guarda Municipal.

“A Ponte Hercílio Luz é o principal cartão-postal de Santa Catarina. Mas também é um equipamento cultural, turístico e de mobilidade. Por isso, estamos procurando fazer o uso equilibrado da estrutura. Com essa ampliação do horário, iremos facilitar o acesso entre o Continente e a Ilha”, reforça o secretário de Estado da Infraestrutura, Thiago Vieira.

Moto continua proibida
O tráfego de ônibus, táxis, veículos oficiais e de emergência seguirão autorizados a circularem em todos os horários.
Entre às 6h e 9h será priorizado o transporte coletivo. A passagem de motocicletas segue proibida.

Fechada aos finais de semana
Nos fins de semana e feriados a Ponte Hercílio Luz permanecerá fechada para o tráfego de veículos. A fiscalização é realizada pela Polícia Militar e Guarda Municipal de Florianópolis.

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Lâmpada apagada na sua rua? Confira o aplicativo e o telefone gratuito que resolvem o problema

A boa prestação de serviço em iluminação pública é fundamental para a garantia da segurança de pedestres, motoristas e comunidade em geral.
Para tanto, é importante oferecer canais facilitados para solicitações de manutenção de lâmpadas piscando, apagadas à noite ou acesas de dia, por exemplo.

Em Florianópolis a gestão da iluminação pública é feita por uma empresa privada que disponibiliza duas formas de comunicação direta com o cidadão:

1 – Telefone gratuito: 0800-645-6405.
2 – Aplicativo no celular: SQE Luz – Iluminação Pública, disponível gratuitamente no Google Play.

O prazo para atendimento é de até dois dias, considerando condições normais de tempo. Em caso de falta de energia, o consumidor deve ligar para a Celesc pelo telefone 0800-048-0196.

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Prefeitura lança plano que prioriza a revitalização do centro histórico da Capital

O prefeito Gean Loureiro anunciou nesta segunda-feira, 4, o Plano de Retomada Econômica de Florianópolis, que busca gerar mais empregos na cidade.

Para isso, serão investidos R$ 80 milhões em diversas obras por todo o município.
Na região central, a prioridade é a revitalização das ruas da parte leste do Centro, do outro lado da Praça XV, que inclui as ruas João Pinto, Tiradentes, Nunes Machado e Fernando Machado.

Paralelepípedos x paver
As obras devem melhorar a acessibilidade, uniformizando as vias e as calçadas.
O projeto original previa a troca de todos os paralelepípedos por paver (blocos de concreto intertravados).
Porém, diante da resistência de arquitetos e entidades de preservação histórica, somente haverá a substituição em algumas ruas.
O entorno da Praça XV, por exemplo, continuará com paralelepípedos.

Prefeito Gean Loureiro anuncia investimentos durante live (Divulgação PMF)

Nova ponte na Lagoa
A prefeitura também anunciou o início de diversas obras pela cidade.
Entre elas, o engordamento das praias de Jurerê e Ingleses, a nova ponte da Lagoa da Conceição e o molhe do Rio Sangradouro, na Praia da Armação, além da construção da Avenida Internacional dos Ingleses.

Junto com as obras, Gean Loureiro afirmou que será ampliado o programa que facilita a abertura de empresas e que vai inaugurar a Casa do Empreendedor, para servir de apoio aos novos empresários do município.

(A imagem de abertura é divulgação da PMF)

Reportagens relacionadas:
— Novo Pró-Cidadão, próximo à Praça XV, abre as portas ao público

—- Hospedou o presidente Médici – Prédio do melhor hotel da Capital, na década de 1970, sediará órgão municipal

 

 

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