Dorme Sujo – O cantor-filósofo que alegra milhares de pessoas diariamente na frente do Ticen

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Por Billy Culleton

Você conhece o ‘Dorme Sujo’? Provavelmente, sim, já deve ter visto este cantor de rua que se apresenta diariamente na frente do Terminal de Integração do Centro (Ticen), divertindo as pessoas que passam diariamente pelo local.
Ex-morador de rua, o mineiro Renê Santana nasceu há 36 anos em Astolfo Dutra, perto de Juiz de Fora, e estudou até a 4ª série do ensino fundamental.

Cidadão do mundo, nos últimos nove meses está morando em Florianópolis. “Mas é só de passagem”, diz ele, que geralmente usa apenas uma bermuda nas suas apresentações.
O repertório do seu show, que dura entre duas e três horas, é absolutamente eclético. As suas músicas vão de MPB até sertanejo, passando por pagode e rock.

Você diz que canta por prazer e não pelo dinheiro que as pessoas dão…
Faço o que gosto e me divirto muito durante o show. Não estou interessado no dinheiro. Primeiro, eu faço meu mundo, curto e canto. E só recebo coisas boas, porque quem não gosta de mim, ou da minha música, nem para.

Qual a sua filosofia de vida?
A gente deve escolher o próprio caminho e arcar com as consequências dessa decisão. Eu adoro cantar, interagir e trocar energias com as pessoas. Esse é a minha principal motivação.

Por que não apostar numa carreira de cantor, mais formal?
Muitos me perguntam isso. ‘Ah, poderia cantar em bares’, ‘poderia lançar um CD’ etc.
É claro que eu, às vezes, gostaria de comer ou dormir melhor, mas a vida passa rápido para todos. Se não fizer o que te motiva, serás um morto dentro de um corpo vivo.

Qual a sua história de vida?
Sai de casa na minha adolescência e comecei a viajar pelo Brasil, sempre cantando.
Durante oito anos morei nas ruas, em várias cidades do país. Era duro, mas era minha opção. Depois, fui viajar pela América Latina, onde conheço todos os países. A maioria das vezes andava de carona, no dedo, e sempre conseguia algum pouso. Se não, um hostel barato. Atualmente, moro numa quitinete no Jardim Atlântico, na divisa com São José.

Também esteve na Europa…
Em 2018, fiquei três meses lá. Foram duas alegrias, quando cheguei e quando sai. Na Europa você é mais um imigrante e o europeu não gosta muito deles.

Até pouco tempo atrás, você se apresentava com violão. Mas agora, não mais. Por que?
Meus shows duram entre duas e três horas. O violão, em pé e dançando, me deixava muito cansado. Agora, uso uma pequena caixa de som, que ‘toca’ a parte instrumental das minhas músicas.

Como a música entrou na sua vida?
Sou autodidata no canto e aprendi a tocar com músicos que encontrei andando pelo mundo.

Por que adotou o nome “Dorme Sujo”?
A marca é tudo. Uma vez no Rio de Janeiro um cara me falou: ‘Oh, dorme sujo, vem aqui!”. Aquela frase me marcou e decidi adotá-la. Se você colocar na internet ‘dorme sujo cantor’, eu sou o primeiro que aparece.

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