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Atualidade

Lanços por toda a Ilha – Com ou sem ova, limpa, inteira: quanto custa a tainha no Mercado Público?

A safra da tainha começou oficialmente em 1º de maio.
Desde então, temos notícias de grandes lanços pelo litoral de Florianópolis e região.

O preço do peixe, no entanto, tem se mantido estável há três semanas.

Confira os valores, por quilo, apurados pelo Floripa Centro esta semana, no Mercado Público Municipal.
Os preços do mesmo produto variam dependendo do tamanho da tainha: quanto maior, mais cara!

A média de peso de cada peixe fica entre 1,5 e 2 quilos.

– Tainha limpa, sem ova, de R$ 13 a R$ 16.
– Tainha limpa, com ova, de R$ 25 a R$ 28.
– Tainha ‘suja’, com ova, de R$ 18 a R$ 22.

Reportagem relacionada:
— O ritual da pesca da tainha na década de 1950, na visão de Franklin Cascaes

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Reportagens Especiais

Patrimônio cultural – Loja de celulares abrirá no local do Ponto Chic, mas cafezinho no balcão continua

O abre-e-fecha do Café Ponto Chic, na esquina mais popular de Florianópolis, tem um novo capítulo.

Após fechar no final de março, o local foi alugado para ser uma loja de acessórios de celulares, que deve abrir em junho.
Mas o tradicional café permanecerá, ocupando um espaço de 5 metros quadrados.

Isso porque o locador é obrigado a destinar parte do ambiente para um dos patrimônios culturais imateriais da cidade: o também chamado Senadinho.

A loja de celulares deve seguir a mesma distribuição do Banco IBI (Google Street 2016)

Essa experiência já aconteceu com o Banco IBI, que ocupou o lugar entre 2005 e 2018.
O cafezinho era servido num balcão de frente ao Calçadão, bem na ‘esquininha’ da loja, e os frequentadores podiam apreciar a bebida nas mesinhas instaladas na calçada.

Também é exigido do locador que mantenha as placas de identificação com os nomes Café Ponto Chic e Senadinho.

Local fechou em março, após 10 meses aberto (Billy Culleton)

História
O Ponto Chic foi inaugurado em 1948 e se transformou num dos mais tradicionais espaços da cidade.

Em 1979, o local também passou a ser chamado de Senadinho, após ser criada a confraria “Senatus Populusque Florianopolitanus” (“Senado Popular Florianopolitano”), e fazia referência a uma célebre figura da cidade, Alcides Hermógenes Ferreira.

Assíduo frequentador do Ponto Chic e sempre elegantemente vestido, ele era chamado de senador.

Figueiredo e Jorge Bonnhausen apreciam um cafezinho, instantes antes do tumulto com os estudantes (Casa da Memória)

O comércio foi palco do famoso incidente entre o presidente João Figueiredo e manifestantes, que entraram em confronto, em 30 de novembro de 1979, num dos episódios da Novembrada.

(A imagem de abertura, da década de 1960, é acervo do proprietário Gentil Cordioli Filho, publicada no artigo “Café Ponto Chic e as transformações urbanas em Florianópolis”, de Isabella Cristina de Souza)

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Atualidade

Frio faz aumentar o atendimento das pessoas em situação de rua no Centro de Florianópolis

Por conta do frio dos últimos dias, a Prefeitura da Capital tem registrado um aumento na procura por abrigo e assistência por parte da população de rua.
Para isso, tem reforçado o atendimento no Centro, com 30 vagas emergenciais na Passarela da Cidadania e num hotel conveniado, na Avenida Hercílio Luz.

Nestes locais de acolhimento, o poder público oferece refeições, roupas e cobertores para as pessoas se protegerem das baixas temperaturas.
Diariamente, são atendidas em torno de 200 pessoas em situação de rua.

Camas na Passarela da Cidadania (Divulgação PMF)

Telefones
As solicitações de atendimento para Pessoas em Situação de Rua podem ser feitas, 24 horas por dia, por meio do número (48) 99182-6870 ou (48) 99169-3044.
Este público também pode ser direcionado diretamente para a Passarela da Cidadania.

Voluntários preparam refeições no abrigo (Divulgação PMF)

Resgate Social
Desde o dia 9 de abril de 2020, o programa Resgate Social, da Prefeitura de Florianópolis por meio da Secretaria de Assistência Social e Instituto Arco-íris de Direitos Humanos, garante atendimento à população em situação de rua da Capital.

Somente neste ano, foram 1.334 atendimentos realizados.

Este número não reflete o número de pessoas que estão em situação de rua, pois a mesma pessoa é atendida mais de uma vez.

A iniciativa faz o atendimento emergencial e de inserção da população na rede de serviços socioassistenciais, como os serviços da Passarela da Cidadania, com atendimento 24h por dia, 7 dias por semana.

O programa realizou em 2020, 4.481 atendimentos, com uma média diária de mais de 20 atendimentos com enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, que atendem chamados da população quando encontram alguma pessoa em situação de rua.

O serviço realiza abordagem e busca efetiva a pessoas em situação de rua bem como deslocamento e conduções necessárias conforme avaliação da equipe interdisciplinar.

(A imagem de abertura é da PMF)

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Agendas

Por que motocicleta não pode circular pela Ponte Hercílio Luz? É para proteger a integridade física do condutor

As ranhuras do gradil metálico que compõe o piso da Ponte Hercílio Luz podem agravar as consequências físicas para os motociclistas num eventual acidente.

Esse é o principal motivo para a proibição da circulação de motos na travessia entre a Ilha e o Continente, na Capital.

Em caso de queda, as pequenas ‘estrias’ metálicas se tornam perigosas para a integridade dos condutores.

O piso metálico também pode facilitar o deslizamento involuntário, em dias de chuva, causando acidentes.

Desde a semana passada, não há mais restrições para a circulação de carros pela Ponte: até então, exigia-se no mínimo dois ocupantes por veículos e em determinados horários.

Por isso, a Guarda Municipal preparou um vídeo mostrando que o piso da ponte não é recomendado para duas rodas.
Confira:

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Histórias do Centro

A história do único soldado de Florianópolis que combateu e morreu na Itália, na Segunda Guerra Mundial

Por Billy Culleton
Em 8 de maio de 1944, o florianopolitano Arnoldo Cândido Raulino se despedia definitivamente de sua terra.
Naquele dia, no Centro, houve um grande evento para dar adeus às centenas de expedicionários catarinenses que partiam à Itália para lutar junto aos Aliados na Segunda Grande Guerra.

Formação para a foto oficial na frente da Catedral (Acervo LBV)

Nessa segunda-feira, a concentração foi na frente da Catedral Metropolitana, onde aconteceu uma missa ao ar livre, com a presença dos 956 ‘pracinhas’ catarinenses que foram ao front, autoridades (como o governador Nereu Ramos) e milhares de pessoas, que foram liberadas dos seus trabalhos para prestigiar os catarinenses.

Foto feita desde o campanário da Catedral mostra os militares em formação na escadaria da igreja (Acervo LBV)

Após a celebração, o bispo Dom Joaquim Domingues abençoou os crucifixos que foram entregues aos militares, formados na escadaria da Catedral.

Dom Joaquim e o governador Nereu Ramos (Acervo LBV)

Segundo o “Relatório da Legião da Boa Vontade 1944”, logo depois, o contingente foi desfilando até a Praça Getúlio Vargas (Praça dos Bombeiros) para se encontrar com os alunos das escolas da cidade.
A cerimônia terminou com os discursos do representante dos expedicionários e de autoridades locais.

Homenagem na Praça Getúlio Vargas (Acervo LBV)

Catarinenses
Arnoldo Raulino, então, com 21 anos, foi um dos 47 catarinenses que morreu lutando na Itália, e o único nascido em Florianópolis.
Ao todo, faleceram 28 soldados do Exército e 19 membros da Marinha, conforme aparece numa placa que homenageia os expedicionários mortos de Santa Catarina, na Praça Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Estreito, na Capital.

No local, também há um monumento, semelhante a um obelisco, sem nenhuma identificação a não ser os símbolos das três forças armadas.

Praça Nossa Senhora de Fátima: o monumento com os símbolos da forças armadas e a placa com os catarinenses mortos (Billy Culleton)

Vítima de uma mina
Raulino faleceu em 8 de janeiro de 1945.

Única foto de Raulino que se tem conhecimento (Acervo de Rafael José Nogueira, coleção Desterro Antesdonte)

O óbito teria ocorrido acidentalmente enquanto instalava minas terrestres em Torre de Nerone, perto de Monte Castelo, no Norte da Itália.
Seu corpo foi enterrado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia.
Posteriormente, em 1960, todos os 462 brasileiros que morreram em combate foram repatriados e enterrados no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.

Segundo o Jornal O Estado, a mãe de Raulino recebeu uma carta do Exército comunicando o falecimento do filho.

Esta reportagem não conseguiu confirmar a data da publicação no O Estado

O secretário geral do Ministério da Guerra, general Canrobert Pereira, diz que ele morreu “em operações de guerra na Itália”.
É oportuno e confortador saber que o soldado Arnaldo Cândido Raulino, em terras estrangeiras, soube honrar as tradições gloriosas do soldado Brasileiro”, diz o trecho da carta.

Centro ou Coqueiros?
Há uma divergência sobre onde morava Raulino: no Boletim da Força Expedicionária Brasileira de 1948 aparece o endereço “Avenida Rio Branco Nº 199” (atualmente, o número fica próximo a Arno Hoeschl).

Boletim da Força Expedicionária Brasileira de 1948 (Acervo Desterro Antesdonte)

Já o Jornal O Estado, ao divulgar a carta recebida pela mãe do soldado florianopolitano, aponta para o Bairro de Coqueiros.

Ruas no Continente e em São Paulo
O soldado manezinho dá nome a duas pequenas ruas: na Capital, no Bairro Estreito, a via “Arnoldo Cândido Raulino” tem menos de 200 metros e é perpendicular à Avenida Araci Vaz Callado, próximo ao Estádio do Figueirense.

Cruzamento da Rua Arnoldo Raulino com Araci Vaz Callado (Google Street)

Em São Paulo, a rua “Soldado Arnoldo Cândido Raulino” mede cerca de 300 metros e fica na Vila Medeiros, na Zona Norte da cidade.

Monumento (Atualização de 17/5/2021, com base em informações do leitor Silvio Adriani Cardoso)
Arnoldo Raulino tem uma estátua em sua homenagem no Pátio Tenente Coronel Fernando Machado, no 63º Batalhão de Infantaria do Estreito.

Monumento no quartel (acervo particular de Silvio Adriani Cardoso)

Em meados de 1950 foi criado o Centro Excursionista Arnoldo Raulino (CEAR) em homenagem a este ex-expedicionário.

Arte feita no monumento representa o momento da explosão que vitimou Raulino (acervo Silvio Adriani Cardoso)

História
O grupo de catarinenses era só uma parte dos 25 mil integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), criada em agosto de 1943 para representar o país nas batalhas da 2ª Guerra Mundial ao lado dos Aliados, para enfrentar o exército alemão.
Até o final da guerra, em 1945, houve 457 combatentes brasileiros mortos na Itália.

(A imagem de abertura é do acervo da LBV. Esta reportagem foi feita a partir da pesquisa no site Taiadaweb, Relatório 1944 da LBV, jornal O Estado e a colaboração dos membros do grupo de Facebook ‘Desterro Antesdonte”)

 

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Atualidade

Acif completa 106 anos – Fundação, em 1915, aconteceu no Clube Doze de Agosto, no Centro

Em 13 de maio de 1915 foi realizada a Assembleia Geral de Fundação da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).
Na ocasião, foi eleita a primeira diretoria provisória: presidente, Emílio Blum; vice-presidente Francisco Pereira Oliveira Filho, além de Lauro Linhares, como 1º primeiro secretário, e Antônio Linhares, como 1º tesoureiro.

O evento aconteceu na antiga sede do Clube Doze de Agosto, na Rua João Pinto, na região central da Capital.
Dezenas de comerciantes participaram da assembleia e indicaram dois representantes para organizar os estatutos sociais: Oswaldo Haberbeck e Paschoal Simone.

50 anos da primeira sede própria
O ano de 1971 marca o início de uma nova fase da entidade, com a inauguração da nova sede na Rua dos Ilhéus, 118, no Edifício Jorge Daux.

Sob a presidência de Ody Varella, com destacada liderança no comércio e no esporte de Florianópolis, a inauguração (também em 13 de maio) contou com a presença de autoridades federais, estaduais, municipais e lideranças empresariais.

Ody Varella, presidente da Acif; secretário do governo, Victor Sasse; e jornalista José Nazareno Coelho, da Rádio Guarujá

A cobertura do evento foi feita pela TV Cultura e pela Rádio Guarujá.

Na mesma ocasião, o presidente Ody Varella incentivou a campanha dos 200 sócios e com muito trabalho e cooperação de todos esta cota foi atingida.

Em 1997, moderna sede
Em 1995, completando 80 anos, a Acif começa uma nova etapa na sua história.
A construção da nova sede era prioridade da nova administração, presidida por Armando Gonzaga.

O terreno na Rua Emílio Blum, que por coincidência leva o nome do primeiro presidente da Acif, com 300m², abrigou o prédio de 700m².
A novíssima sede foi inaugurada em 13 de maio de 1997 com a Banda de Música da Polícia Militar, Patrimônio Cultural de Santa Catarina.

Com a nova sede, a Associação passou a melhorar o atendimento, ampliando os serviços prestados aos associados para atender as 600 empresas que, na época, integravam o quadro de associados da Acif.

(A imagem de abertura mostra Ody Varella, presidente da Acif, Osvaldo Machado e o Barão Dietrich Von Wangenheim. As fotos são do acervo da Acif)

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Agendas

Aniversário 95º – Veja o vídeo histórico e teste seus conhecimentos sobre a Ponte Hercílio Luz

Se você acha que a Ponte Hercílio Luz é antiga, saiba que a Rainha Elizabeth é 21 dias mais velha que a estrutura que liga a Ilha ao Continente.
Enquanto a monarca da Inglaterra nasceu em 21 de abril de 1926, o cartão postal de Florianópolis foi inaugurado em 13 de maio.

Para testar seus conhecimentos sobre a aniversariante de hoje, oferecemos um questionário com 11 perguntas produzidas pelo Projeto Viva a Ponte.
– As respostas corretas poderão ser conferidas ao terminar o teste.
– Cada questão assinalada corretamente vale um ponto.
– E, para cada resposta errada, um ponto é subtraído do seu total.

Acesse aqui o teste de conhecimento.

Quer relembrar a história da construção da Ponte?
Confira este vídeo também realizado pelo Projeto Viva a Ponte:

Liberada totalmente para carros
A partir desta quinta-feira, 13, será permitido o trânsito de carros independentemente do número de ocupantes e sem limitação de horário, anunciou o governo do Estado.

(A imagem de abertura é de Felipe Bündgens, na obra Ponte Hercílio Luz, do sonho à realidade)

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Atualidade

Vídeo – Prisões e apreensões na Capital pelo furto de fios e cabos de cobre da Ponte Hercílio Luz e de sinaleiras

Uma força tarefa fiscalizou ferros-velhos e residências particulares em Florianópolis, na manhã desta quarta-feira (12), para tentar coibir o vandalismo relacionado à comercialização de fios e cabos de cobre.
Nas últimas semanas houve aumento no registro do furto desse material em diversos locais do Centro, como sinaleiras, Ponte Hercílio Luz e iluminação da Avenida Beira Mar Norte.

O trabalho conjunto reuniu Polícia Civil, Guarda Municipal de Florianópolis, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, além de Susp, Floram e Celesc.

A ação, feita em sete pontos da Capital de forma simultânea, prendeu em flagrante três pessoas por receptação.
Entre elas, a dona de um ferro-velho no bairro Monte Cristo, no Continente: no local foram apreendidos fios de cobre das operadoras de telefonia, hidrômetro de água e fios da Celesc), além e hidrômetros da Casan e fios da Celesc.

Veja vídeo da Guarda Municipal:

No Morro da Caixa, no Continente, um homem foi preso em flagrante por receptação qualificada.
Foi encontrado no imóvel cabeamento da Celesc e de entrada de energia de algumas residências.

A operação também aconteceu no Morro do Mocotó, na região central da cidade.

(Com informações e imagens da Assessoria de Imprensa da Polícia Civil)

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Reportagens Especiais

Sinos da Catedral, um deles presentes de Dom Pedro II, apresentam sinfonia diária há mais de um século

APOIO CULTURAL LOJAS FLORIANÓPOLIS

Duas vezes por dia, às 12h e às 18h, moradores, trabalhadores e visitantes da região central de Florianópolis são presenteados com a sutil melodia que vem do alto.
A bela sinfonia é produzida por cinco dos sete sinos instalados nas torres da Catedral Metropolitana, entre 1872 e 1922.
Na época, formavam o maior carrilhão da América Latina.

Os primeiros dois sinos foram presenteados à igreja: um, pelo imperador Dom Pedro II, em 1872, e que foi chamado São Joaquim.
O outro, o pequeno sino do relógio, foi doado pela Câmara Municipal em 1896.
(Atualização de 12/5/2021 – Errata: a matéria original fazia referência a dois sinos doados por Dom Pedro II).

Cinco vieram da Alemanha
Em 1914, o bispo Dom Joaquim idealizou um carrilhão buscando oferecer à cidade a imponência dos sons das campanas.
Para isso, mandou trazer cinco sinos da Alemanha.

Os sinos São José (E) e São Miguel

Os maiores ganharam nomes: São Joaquim (2.055 kg, 1,3 metro), Santa Catarina (1.457 kg, 1,05 metro), Nossa Senhora do Desterro (931 kg, 80 cm), São José (527 kg, 80 cm de altura) e São Miguel (368 kg, 63 cm).

São Joaquim (sino central), Nossa Senhora do Desterro e Santa Catarina

Eles se somaram aos dois sinos já existentes desde o final do século 19, doados por Dom Pedro e pela Câmara.

Ao todo, o conjunto pesa cerca de seis toneladas.

Os únicos dois ao ar livre: o sino doado por Dom Pedro II e o pequeno sino do relógio (à dir.), acionado por martelo

As badaladas acontecem graças a pequenos motores elétricos, programados para funcionar duas vezes por dia.

Confira as badaladas:

Subida ao campanário
A reportagem do Floripa Centro teve acesso ao campanário da Catedral para verificar a distribuição dos instrumentos de bronze: em cada torre há dois sinos, os mais pesados no andar mais baixo e os mais leves, em cima.

A centenária escada que leva aos sinos

No meio das torres, acima do relógio, os dois mais antigos.
Já o maior e mais importante sino é o único visível desde a rua e pode ser observado balançando durante o badalar.

Veja o vídeo da subida ao campanário:

Confira o passeio pela Praça XV:

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Atualidade

Que tal doar parte do seu Imposto de Renda para melhorar a vida de crianças e idosos em Florianópolis? – Saiba como

Ao invés de todo o valor do Imposto de Renda ‘ir para Brasília’, com apenas alguns cliques você pode destinar um pequeno percentual para algum dos 22 projetos sociais da Capital, ligados ao Fundo da Infância e Adolescência e Fundo Municipal do Idoso.

E não há prejuízo financeiro, ou burocrático, algum em fazer a doação!

No ano passado, a cidade poderia ter captado R$ 50 milhões para programas voltados a crianças, adolescentes e pessoas idosas, mas o valor foi de apenas R$ 1,6 milhão.

Conheça os projetos:

VÍDEO: PASSO-A-PASSO

Como destinar os recursos:

– Pessoas físicas
Os contribuintes aptos para fazer a destinação são os que declaram o Imposto de Renda no “modelo completo”.
A doação pode ser feita diretamente na declaração.
Para a ação é preciso preencher o campo próprio “Doações Diretamente na Declaração” ou falar com o contador e destinar uma parte do IR a pagar, sem nenhum custo adicional.

Mesmo quem recebe restituição pode fazer uma doação e aumentar o valor a receber.
Será necessário emitir um DARF para o recolhimento do valor a ser destinado, que será acrescentado à sua restituição e devolvido corrigido pela taxa Selic.

– Pessoas Jurídicas
No caso das pessoas jurídicas, podem contribuir empresas que optem pela tributação do Lucro Real, sendo possível destinar, aos fundos, até 1% do valor do imposto de renda devido.

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Contos de Norma Bruno Reportagens Especiais

Os loucos da nossa aldeia, uma sensível crônica de Norma Bruno

Os loucos da minha aldeia**

Por Norma Bruno
Tenho atração por gente aluada. Tenho respeito, reverência e afinidade também.
A gente se entende. Acredito que os loucos guardam segredos, que sabem coisas que nós não sabemos. Cada lugar tem seus próprios seres encantados, suas figuras bizarras, ímpares, originais.
Eles são parte fundamental daquilo a que chamamos “alma da cidade”.

Nessa aldeia viveram muitas figuras encantadas. Algumas eu conheci, outras não.
Lembro de ouvir falar da Pandorga, que tinha fama de agressiva.
Chegava nas casas e, ao invés de pedir “um pedaço de pão velho”, como faziam os pobres de antigamente, exigia o adjutório.

Quando insatisfeita, saía xingando, rogando praga.
Foi o que ela fez, certo dia, lá em casa. Insatisfeita com a esmola, ela me rogou uma praga. Eu tinha apenas seis meses de idade, tadinha de mim!
A praga só não pegou porque me levaram imediatamente pra benzer de quebranto.

Diz a Guta Orofino, minha querida amiga, que a Pandorga, cujo verdadeiro nome era Doraci, também batia lá na casa dela pedindo um pau-de-sabão e que, invariavelmente, pedia também um cobertor, mas que a dona Dilma não dava moleza.
Certa vez perguntou: “Ô Doraci, o que é que tu fizeste com o cobertor que eu te dei no ano passado?”.
Ao que ela respondeu, peremptória: “Sim, se chega hóspede, o que é que eu ofereço?”.

Outra vez chegou, toda chorosa, reclamava que tinha sido assaltada.
A dona Dilma disse: “Ô criatura, e o que é que tu tinhas pra ser roubado?”.
Ela respondeu, desacorçoada: “O saco da esmola…”.

Tinha o Marrequinha, que em sua loucura encarnava um guarda de trânsito e ficava no meio da rua, no Centro, com os braços abertos, organizando um interminável fluxo de automóveis imaginários, segundo as suas próprias referências caóticas.

Também tinha o Papo Amarelo, que usava um lenço dessa cor amarrado no pescoço e xingava de nome feio quando alguém o chamava pelo apelido.
Dizem que era lá da Lagoa ou da Barra, não se sabe ao certo.
Sabe-se que era devoto do Senhor dos Passos e que não perdia uma procissão.
Certa vez, acompanhando o Filho de Deus na descida do Hospital de Caridade, ele cantava contrito aquele hino que diz: “Bendiiitoo, louvado seejaa…”, quando alguém gritou: “Papo Amareloooo!”.
Ele não contou tempo. Sem perder o ritmo e acompanhando a melodia, emendou: “Papo Amarelo é a puta que pariiiuuu…”.

Outra figura encantada da aldeia era a Nega Tita e dela eu lembro, pois já era mocinha quando a conheci.
Ela era parda, entanguida, de pernas tortas.
Era toda agitadinha e tornava-se muito desbocada quando os rapazes faziam escarne dela.
Tinha uma escadinha de filhos e já faz parte do folclore o que ela disse, certo dia, quando abordada por uma daquelas senhoras piedosas que sobem o morro atrás de criança pra criar.
“Cês qué minino? Então vão dá como o di!”

O Beto do Box me contou que a Tita, coitada, morreu atropelada em frente ao Instituto de Educação, abraçada a duas tainhas ovadas que ele acabara de dar pra ela.
Era Quinta-feira Santa. Não se pode precisar a sua idade, data de nascimento, essas coisas, até porque vida de pobre não deixa rastro, mas o Beto calcula que ela devia ter uns setenta e poucos anos quando morreu, em 2001.

De louco tinha também o Bento, um homem dócil e gentil que morava lá pras bandas da Ferrugem – a Pedreira – na Costeira do Pirajubaé.
O Bento usava uma barba longa até o peito, andava em trapos e carregava nos ombros um cajado com um fardo amarrado na ponta.
Caminhava sem parar. Saía da Costeira bem cedinho, passava na frente da casa do meu avô, no Saco dos Limões, e ia andando toda vida, toda vida, até o Centro.
Voltava no fim da manhã e já no começo da tarde reiniciava a caminhada.
Depois voltava. O povo perguntava: “Ô Bento! Quantas veiz hoje?”.
Ele sorria e recomeçava a sua sina.
Trazia os dedos cheios de anéis – argolas, arruelas, molas e porcas de parafuso que ele ia encontrando pelo caminho e metamorfoseando em lindas joias.

Também viveu por aqui a Martha Rocha que, segundo a minha mãe, tinha esse codinome porque, como a eterna Miss Brasil, ela também andava muito pintada.

Lembro o Bispo, nascido Osmarino, não se sabe onde, um homem atarracado, de cabelos brancos que, desde que incorporou um alto signatário de Igreja, transformava retalhos de pano em paramentos litúrgicos, amarrando-os na cintura, como túnica.
Vestia-se, invariavelmente, de roxo ou verde; no peito usava uma corrente com um medalhão e um crucifixo.
Na cabeça, um solidéu, como deve ser.
Tudo concebido e confeccionado por ele mesmo. Esse eu também conheci.

Faltou dizer
Infelizmente, com a decadência das áreas centrais das cidades e aprisionados que estamos em condomínios fechados e shoppings centers, raramente se vê um louco andarilhando pelas ruas, hoje em dia.
Um sinal contundente de que as cidades empobreceram.

* A “louca” mais famosa da Aldeia atendia pelo codinome Traça, minha personagem mais querida, será tema da minha próxima crônica.

** Excerto da crônica Metamorfose, do livro A Minha Aldeia, 2004.

(A foto de abertura é do Pixabay)

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Atualidade

Biblioteca Pública retoma empréstimos de livros, mas consulta presencial é somente para pesquisadores

A Biblioteca Pública de Santa Catarina ampliou os dias de atendimento dos serviços presenciais, após interrupção temporária devido à pandemia.

O empréstimo de livros a todos os usuários e o atendimento presencial voltado exclusivamente a pesquisadores ocorrerão somente mediante agendamento prévio, de segunda a sexta-feira.

Saiba como pedir um livro
O serviço de empréstimo de livros ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. Conforme as regras, não será possível a entrada de mais de uma pessoa no hall da Biblioteca.

Para fazer o agendamento é necessário seguir algumas etapas:

1) Acesse a plataforma de Acervo Online Sábio.
2) Escolha os títulos que você gostaria de pegar emprestado.
3) Acesse o formulário de atendimento e preencha com o TÍTULO e o AUTOR dos livros desejados.
4) Escolha o dia e horário para pegar os livros escolhidos.
6) Envie o formulário e aguarde 24 horas para ter a resposta sobre o agendamento.

O limite de empréstimo é de cinco livros por pessoa.

Apenas pesquisadores podem ficar na Biblioteca (Acervo FCC)

Agendamento para pesquisadores
O atendimento presencial voltado exclusivamente a pesquisadores com necessidades urgentes e demoradas (peritos, estudantes que estão finalizando teses de doutorado, mestrado, entre outras pesquisas mais extensas) ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 12h às 17h30.

Para agendar o atendimento presencial, é necessário preencher o formulário abaixo com dados que permitirão à equipe da Biblioteca entrar em contato com os interessados.

Após o envio, a equipe entrará em contato em até 48 horas. As informações sobre o status de disponibilidade de data, horário e acervo serão somente por e-mail.

— Clique aqui para acessar o formulário de agendamento

Os horários de agendamento são reservados apenas para uma pessoa por turno, sendo duas pessoas por dia, para garantir a segurança dos usuários e da equipe técnica, evitando aglomerações.

Biblioteca fica na Rua Tenente Silveira, no Centro (Acervo FCC)

Quarentena para obras
Por medida de segurança, os livros devolvidos pelos usuários e o acervo manuseado pelos pesquisadores serão imediatamente colocados em uma caixa por 15 dias corridos após o uso. Ou seja, pode variar a disponibilidade do acervo para o público.

Para devolver as obras, basta deixá-las na caixa especialmente destinada a este fim, localizada na recepção da BPSC.

Para ampliar o número de usuários atendidos, não será possível fazer novo agendamento em um período de 15 dias após a devolução.

Em caso de dúvidas, o e-mail para contato é emprestimobpsc@fcc.sc.gov.br .

(Com informações da Fundação Catarinense de Cultura. A foto de abertura é do Google Street)

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