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Centro deve ganhar restaurante popular: gratuito para morador de rua e entre R$ 1 e R$ 2 para pessoas carentes

Entre 2003 e 2010, a capital do Estado contava com um restaurante popular, na Rua João Pinto, quase esquina Hercílio Luz.
O almoço custava R$ 1 e foi fechado por falta de recursos públicos.

Esta semana, no entanto, as defensorias públicas da União e do Estado se uniram para pressionar a administração municipal pelo retorno das refeições para pessoas carentes.

O objetivo é garantir o direito fundamental à alimentação adequada para os grupos populacionais que se encontram em situação de insegurança alimentar e nutricional ou em vulnerabilidade social, principalmente considerando o contexto de crise agravado pela pandemia de coronavírus.

Previsto no orçamento 2021
A prefeitura foi rápida em informar que o restaurante popular está garantido a partir do próximo ano.
Segundo o colunista Fábio Gadotti, do ND Mais, a secretária de Assistência Social, Maria Cláudia Goulart, disse que já existe previsão na lei orçamentária do ano que vem e que o restaurante será implantado em parceria com empresas privadas.

Restaurante Popular no Norte (Divulgação: prefeitura de Joinville)

Na região central
O local do restaurante será no Centro da cidade, seguindo orientação dos defensores públicos. No ofício encaminhado à prefeitura, exigiram que seja instalado em uma “região que tenha grande movimentação diária de trabalhadores de baixa renda, formais, informais ou precarizados, desempregados, imigrantes e refugiados, entre outros grupos”

Joinville é o exemplo
A maior cidade de Santa Catarina, Joinville, conta com dois restaurantes populares há mais de uma década e que servem almoço e janta, além do café-da-manhã (50% do valor da refeição, quando pago).

Confira os valores:
– Gratuito – pessoas em situação de rua cadastradas no Centro Pop e crianças com até seis anos de idade, pertencentes a famílias inseridas no CadÚnico, com perfil de Bolsa Família.
– R$ 1,00 – pessoas inseridas no CadÚnico que sejam beneficiárias do Bolsa-Família, que tenham renda per capita de até meio salário-mínimo ou que recebem benefício de prestação continuada.
– R$ 2,00 – idosos inseridos no CadÚnico, com renda per capita de até um salário-mínimo e meio.
– R$ 5,00 – usuários que não se enquadram nos critérios acima, ou seja, os demais cidadãos do município independente de suas condições financeiras ou sociais.

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Atualidade

Retorno adiado – Ônibus para passear pela Ponte Hercílio Luz começa no dia 26 e será cobrado

Os micro-ônibus da linha Ponte Viva estavam programados para iniciar as atividades nesta segunda-feira, 19.
Mas a Prefeitura da Capital anunciou o adiamento para a próxima semana, em razão de ‘problemas técnicos’.

A linha começou a funcionar no início deste ano, logo depois da reinauguração da Ponte Hercílio Luz, que ocorreu em 30 de dezembro.
O serviço foi interrompido em março, por causa da pandemia.
Os veículos saem do Terminal Cidade de Florianópolis, passam pelas ruas centrais até a Ponte, atravessam, fazem o retorno no Continente e retornam ao ponto de partida, num trajeto que dura em torno de 30 minutos.

Valores
Na fase experimental, o serviço funcionou gratuitamente. Mas, agora, cada passageiro pagará R$ 4,25, o mesmo valor do ônibus executivo.
Tecnologia antiviral
Os dois micro-ônibus contarão com um aditivo antiviral nos tecidos dos bancos e estruturas internas dos veículos.
O componente possui ação antibacteriana e antiviral contra os micro-organismos envelopados, como são classificados os vírus influenza, herpesvírus e os coronavírus.

O aditivo também será colocado nos filtros dos ar condicionados e nos passamãos.

De acordo com a prefeitura, a proteção permanece durante toda a vida útil do tecido, mesmo em situações extremas de uso, manutenção e higienização, como é o caso do transporte público.

Confira o trajeto

A saída é do Terminal Cidade de Florianópolis, seguindo pela Praça XV de Novembro, Rua dos Ilhéus, Rua Visconde de Ouro Preto, Avenida Rio Branco, Rua Felipe Schmidt, Rua Jornalista Assis Chateaubriand, Ponte Hercílio Luz.
No Continente, o ônibus faz o contorno na Avenida Governador Ivo Silveira, e volta pela Ponte Hercílio Luz, Rua Jornalista Assis Chateaubriand, Felipe Schmidt, Avenida Beira Mar Norte, Rua Oton Gama D’Eça, Avenida Osmar Cunha, Rua Jerônimo Coelho, Rua Tenente Silveira, Rua Pedro Ivo, Avenida Paulo Fontes e, novamente, o Terminal Cidade de Florianópolis.

(As imagens são divulgação da PMF)

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Histórias do Centro

Há 177 anos – O passeio de Dom Pedro II e Teresa Cristina pelas ruas do Centro de Desterro

Em outubro de 1845, o casal imperial visitou a capital de Santa Catarina.
Dom Pedro II, junto com Teresa Cristina, queria conhecer de perto o interior do Brasil e passou quase um mês na atual Grande Florianópolis, entre Desterro, São José, Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas.
Ao chegar à Capital, uma multidão recebeu a comitiva no Trapiche, próximo à Praça XV de Novembro.
Essa parte da história é conhecida pela maioria dos florianopolitanos.

Mas o Floripa Centro resgata o detalhamento dos passeios feitos pelo casal nas ruas do Centro, entre os dias 15 e 19 de outubro.
A narrativa é do consagrado jornalista Celso Martins (falecido em 2018) e foi publicada na Revista Mural, de Marcos César, em 2010, baseado no jornal “O Relator Catarinense”, que foi criado na época apenas para divulgar a visita imperial.

Confira:
Acompanhe o roteiro, com imagens atuais do Google Street. Na legenda, a descrição a partir das informações de “O Relator Catarinense”.


Saindo do Palácio…

iniciaram pela rua Tenente Silveira (‘do Governador’)…

depois a rua Deodoro (‘do Ouvidor’)…

chegando então à esquina da principal rua da cidade, a Felipe Schmidt (‘do Senado’)…

continuaram pela rua Deodoro (‘do Ouvidor’)…

O passeio prosseguiu pela rua Conselheiro Mafra (‘do Príncipe’)…

Rua Conselheiro Mafra (‘do Príncipe’)…

até a Praça XV (‘Barão de Laguna’)…

Rua João Pinto (‘Augusta’)…

Rua João Pinto (‘Augusta’)…

Atual Bulcão Vianna (não existia na época)…

Bulcão Vianna (não existia na época)…

Atual Mauro Ramos (não existia na época)…

chegando até a rua do Menino Deus…

O passeio incluiu o Campo do Manejo, área militar onde foi erguido o Instituto Estadual de Educação…

Atual Anita Garibaldi (não existia na época)…

Atual Hercílio Luz (não existia na época)…

Retornando pela rua Fernando Machado (‘do Vigário’)…

Rua Fernando Machado (‘do Vigário’)…

Durante todo o passeio, o Imperador e a Imperatriz, foram “acompanhados de uma multidão de pessoas de todas as classes”, recebendo vivas permanentes das pessoas nas janelas e flores…

“À noite, a cidade ficou iluminada – “acenderam-se todos os arcos e colunas” e todas as casas “se iluminaram à profia”, junto com o “esplêndido luar”…

Além disso, “Inúmeras girândolas subiram ao ar desde que anoiteceu” e, junto ao arco do comércio, “diversos fogos de vistas se atacaram”, e tocou a banda da fragata Constituição.

A cavalo
No dia 16, após suspender uma visita à Lagoa por causa das chuvas, D. Pedro e D. Teresa Cristina visitaram a Alfândega, o Armazém de Marinha, as obras da Casa para arrecadação de artigos bélicos, a Tesouraria da Província, a Provedoria da Fazenda, e a Tipografia Provincial, todos na área central.
Na Provedoria da Fazenda quis saber detalhes da receita e os impostos cobrados. Na Tipografia, “entreteve-se por algum tempo em ver compor, e imprimir”. Depois voltou ao Palácio.
Às 17 horas, “com uma das senhoras da sua comitiva”, e autoridades, D. Pedro II deu um passeio a cavalo pela rua Esteves Júnior (do Passeio), seguindo pela Praia de Fora até a estrada de acesso à Trindade (Detrás do Morro). Dali, alcançou o Saco dos Limões, “regressando num escaler” para o Centro da cidade.

Passeio noturno
À noite do domingo, 19, os imperadores deram uma banda a pé, percorrendo “todas as iluminações da praça”.
Seguindo pela rua Conselheiro Mafra (do Príncipe), foram ver a iluminação que o cidadão Antônio Luiz Cabral “fez erigir na frente da casa de sua residência, e que, como as outras, tem sido acessas desde o dia da chegada de SS. MM.
Em todas as iluminações”, o casal foi recebido por “numerosas mirândolas, e acompanhados sempre de uma imensa multidão de povo em continuas saudações de Vivas!”

Praia de Fora
Na tarde do dia 25, SS. MM. II e comitiva deram um passeio até a Praia de Fora (região das ruas Almirante Lamego e Bocaiúva), passando pela Igreja São Francisco e o Teatro Particular Catarinense.

Teatro
No dia 26, deu um “esplêndido jantar”.
À noite, foi ao Teatro Catarinense, dirigido pelo capitão José Caetano Cardoso, que ao lado dos membros da diretoria, preparou o local para a visita.
Um coro de senhoras antecedeu a comédia “O Avaro”, seguido do “Entremez – Ensaio de uma tragédia”. Os intervalos foram “preenchidos por lindas peças de músicas”.
Como na ida, foram conduzidos em alas de sócios com tochas acessas.
A presença de oficiais dos vasos de guerra estrangeiros, “tornou a companhia a mais luzida possível”.

Agenda cheia
No sábado, dia 1º de novembro, às 17 horas, D. Pedro II visitou os navios de guerra no porto e “mandando aportar a galeota à praia da Arataca, visitou também o forte de Santana, situado na extremidade do morro denominado Rita Maria”.

No domingo, dia 2, o Conde de Irajá celebrou na Catedral o Santo Sacrifício da Missa, e fez a entrega das Primeiras Ordens a cinco estudantes de Gramática Latina, filhos de João Lino da Silva – Bartholomeu Álvaro da Silva, Francisco Duarte Silva, Domingos Luiz do Livramento e Duarte Teixeira da Silva. Depois, houve beija-mão de despedida no palácio.

Dia 6, depois do jantar, o Imperador foi ao forte de Santa Cruz, onde estava ancorada a frota imperial, retornando às 21 horas.
No dia seguinte, visitou a Escola Pública de Primeiras Letras e o Hospital Militar, “onde lhe saiu ao encontro, quase curado, o marinheiro do patacho Argos, que sofreu a amputação do braço pelo tiro da salva no dia 20 de outubro, a quem SS. MM. mandou dar 100 mil réis, assim como abonar continuadamente os seus vencimentos no estabelecimento de inválidos da Corte”.

(A imagem de abertura é da chegada do casal imperial, obra do artista Vicente Pietro, que acompanhou a comitiva. A maior parte do texto é de Celso Martins, de brilhante trajetória pela imprensa de Santa Catarina, criador do site Sambaqui Na Rede)

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Atualidade

Prefeito Gean Loureiro é internado após não passar bem durante a noite em função da Covid-19

O prefeito da Capital, Gean Loureiro foi internado, na manhã deste sábado, 17, no Hospital Baía Sul, no Centro da cidade.
Ele foi diagnosticado com a doença na segunda feira, 12, e seguia em casa, onde se recuperava bem.

De acordo com a assessoria da prefeitura, entre a noite desta sexta-feira e a manhã de hoje, Gean, de 48 anos, não passou bem, apresentando febre e outros sintomas moderados.
Por conta desse quadro, o médico que cuida de seu caso sugeriu que seria mais apropriado interná-lo para um acompanhamento mais próximo de seu estado clínico.

Na terça-feira, 13, Gean postou esta foto informando que estava trabalhando desde sua residência

 

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Agendas

Colmeias de abelhas sem ferrão serão instaladas em praças e parques do Centro da Capital

Não precisa ter medo, não!
Na Ilha de Santa Catarina há 34 espécies nativas de abelhas sem ferrão.
Por não ter essa extremidade pontiaguda, inexiste qualquer risco para a população, e os insetos podem ser manejados em áreas urbanas.

Por isso, e em razão da ameaça de extinção destas abelhas, fundamentais para a polinização das plantas, os vereadores da Capital aprovaram uma lei que estimula a instalação de colmeias em praças públicas, parques e qualquer outra área verde de lazer de Florianópolis.
Na região central da cidade existem 13 praças e dois grandes parques (da Luz e do Maciço do Morro da Cruz).

As colmeias também poderão ser instaladas em escolas, creches e centros de saúde, além de hortas comunitárias.
Caixas especiais
As abelhas nativas, chamadas de “meliponas”, são independentes e não necessitam de cuidados diários, o que facilita a manutenção das colmeias.
Na natureza, vivem em ninhos nos troncos de árvores e no chão.
Pelo projeto serão criados ‘jardins de mel’, que devem ganhar caixas especiais, seguras e confortáveis para as abelhas armazenarem cera, mel e pólen, enquanto contribuem para a polinização das plantas ao redor.
Curitiba serve de exemplo
A capital paranaense já conta com 15 ‘jardins de mel’ espalhados por toda a cidade.
O projeto começou em setembro de 2017 para promover a reintrodução e conservação das abelhas nativas e de toda a flora que dependem dos serviços de polinização para produção de frutos e sementes.Importância das abelhas
As abelhas são fundamentais para a biodiversidade e garantem a polinização urbana. Ainda são responsáveis pela manutenção da diversidade das espécies.
“As abelhas nativas sem ferrão são as verdadeiras abelhas brasileiras, que habitam nosso continente há milhões de anos. Já a abelha com ferrão foi introduzida, modificada geneticamente e se espalhou por todo continente americano”, explicou o agroecólogo curitibano Felipe Thiago de Jesus, à reportagem do G1 que tratou sobre o projeto na capital paranaense.
Guardiões das abelhas
O projeto, aprovado pela Câmara Municipal de Florianópolis no final de setembro, foi apresentado pelo vereador Marquito.
A lei prevê a capacitação ecopedagógica para a formação de guardiões das abelhas melíponas, por meio de ações interdisciplinares entre os órgãos ambientais.

A instalação dos meliponários públicos, gratuitos e pedagógicos também busca despertar o interesse pela polinização urbana, favorecendo a manutenção da biodiversidade da flora e da fauna nativas.

Ainda não há prazo definido para a efetiva instalação dos jardins de mel nas praças e parques de todo o município.

(As fotos são da Prefeitura de Curitiba. A imagem dos tipos de abelhas na Ilha de SC é da UFSC)

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Reportagens Especiais

Reportagem do portal El País – Antonieta de Barros, a florianopolitana que criou o Dia do Professor

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, o portal El País publica uma bela reportagem, que traz uma informação desconhecida pela maioria dos catarinenses.
Em outubro de 1948, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou a Lei Nº 145, que criou o Dia do Professor e o feriado escolar na data.
A proposta foi da deputada estadual Antonieta de Barros.

Registro do acervo do Memorial Antonieta de Barros

Até então, a data era comemorada informalmente em todo o país, relembrando a primeira grande lei educacional do Brasil, sancionada por Dom Pedro I em 15 de outubro em 1827, um marco para a educação brasileira.

A data somente foi oficializada no país inteiro 25 anos depois, em outubro de 1963, pelo presidente João Goulart.

Na extensa e cativante reportagem sobre a primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, a jornalista Aline Torres faz uma recopilação histórica da trajetória de Antonieta, que nasceu, trabalhou e morreu no Centro de Florianópolis.

Confira alguns trechos:

“Nasceu em Florianópolis no dia 11 de julho de 1901. No registro de batismo, na Cúria Metropolitana, realizado pelo Padre Francisco Topp, não aparece o nome do pai. A mãe era Catarina Waltrich, escrava liberta.”

“Catarina teve três filhos e os sustentava como lavadeira, serviço comum às mulheres negras da época. Também teve, com a ajuda financeira de Vidal Ramos, uma pequena pensão para estudantes. Foram esses jovens que ensinaram as letras tardiamente para a curiosa Antonieta. Alfabetizada, mergulhou por conta própria no universo dos livros.”

“Professora formada, tinha 17 anos quando fundou o curso particular “Antonieta de Barros”, com o objetivo de combater o analfabetismo de adultos carentes. Sua crença era que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão. Sua fama de excelente profissional, no entanto, fez com que lecionasse também para a elite nos Colégio Coração de Jesus, Dias Velho e Catarinense.”

Antonieta com a bancada de deputados estaduais que elegeram Nereu Ramos (ao centro) como governador, em 1935. Imagem do livro ‘Perfis Parlamentares: Nereu Ramos’

“A bandeira política de Antonieta era o poder revolucionário e libertador da educação para todos. O analfabetismo em Santa Catarina, em 1922, época que começou a lecionar, era de 65%.”

“Sua defesa acirrada pela educação fez com que ocupasse as páginas dos jornais. Além de professora, virou cronista. Não havia outra mulher em posição semelhante no Estado. Em 23 anos de contribuição à imprensa escreveu mais de mil artigos em oito veículos e criou a revista Vida Ilhoa.”

“Tinha voz numa época que as mulheres eram silenciadas. Escreveu dois capítulos da Constituição catarinense, sobre Educação e Cultura e Funcionalismo, até ser destituída do cargo pelo golpe de Getúlio Vargas.”

“Em 1937, publicou o livro Farrapos de Ideias. Os lucros da primeira edição foram doados para construção de uma escola para abrigar crianças, filhas de pais internados no leprosário Colônia Santa Tereza. A obra teve outras duas edições.”

“A grandeza da vida, a magnitude da vida, gira em torno da educação”, escreveu em seu livro.”

(As imagens não fazem parte da reportagem do El País. A foto de abertura é do site da Udesc, que a identifica como do “Álbum da normalista Maria Carolina Gallotti Kehrig – 1947“)

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Atualidade

Por que o combustível é mais caro no Centro? No Estreito, maioria dos postos vende o litro da gasolina abaixo de R$ 4

Cartel? Aluguel mais caro? Bairro de abastados? Inflação? São diversas perguntas sobre os motivos do preço alto e padronizado dos combustíveis em alguns bairros da Capital, especialmente, no Centro da cidade.

Desde o mês passado, o valor médio do litro de gasolina nos nove postos da região central ficou próximo dos R$ 4,40.
Esta semana, os preços baixaram um pouco e alguns estabelecimentos estão com promoção de R$ 4,19, como o Posto Petrobras, na Avenida Hercílio Luz, esquina Anita Garibaldi.

Posto da Hercílio Luz: R$ 4,19

Mas é só atravessar a Ponte Hercílio Luz que podemos encontrar a gasolina a R$ 3,95, como no Posto American Oil, na esquina das ruas Coronel Pedro de Moro e Tereza Cristina.

Pagamento com cartão para 30 e 60 dias (imagem desta quarta-feira, 14)

Essa média de preço está na maioria dos estabelecimentos do Estreito, assim como na maior parte dos postos das cidades da Grande Florianópolis, como Palhoça e Biguaçu.
Nesta última, os valores ficam entre R$ 3,95 e R$ 4,05.

Posto BR, ao lado do Mercado Público de Biguaçu

 

 

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Com baixa procura, recém-inaugurado container-bicicletário, perto do Mercado Público, vira loja de motos

Uma boa iniciativa parece fadada ao fracasso.
Para estimular o uso de bicicletas como meio de deslocamento de trabalhadores e estudantes na Capital, em julho, a prefeitura instalou um bicicletário próximo ao Mercado Público Municipal.
Desde o mês passado, no entanto, o container-bicicletário é utilizado como estande de uma marca de motocicletas indianas, que colocou uma enorme placa com seu logotipo, na qual também aparece a inscrição ‘bike point’.

Imagem de julho mostra a fachada original do container (Divulgação PMF)

Confira matéria do Floripa Centro em julho:
Gratuito, com locker e ducha – Container-bicicletário é instalado no Centro

Projeto continua funcionando
A finalidade original do container (instalado em área pública, ao lado do estacionamento Multi Park e na frente do Largo da Alfândega) continua firme.
Inclusive, há um atendente para receber e dar orientações aos ciclistas.
“Aqui está tudo funcionando: o espaço para guardar as bicicletas, dentro e fora do container, os lockers e a ducha”, disse, acrescentando que o movimento ‘ainda é fraco’.

Propaganda da marca de motocicletas prevalecem no espaço

O outro atendente é funcionário da marca de motos, que tem um mini escritório dentro do espaço, onde disponibiliza folders e todo tipo de informação sobre os seus produtos.
Para ver ao vivo, há duas motos em exposição.
As vendas, no entanto, são feitas na loja principal da marca, no Bairro Capoeiras, no Continente.

Conheça o container-bicicletário
É um espaço com capacidade para 16 bicicletas, instalado junto ao estacionamento existente na frente do Largo da Alfândega.

Ciclista dentro do container, em julho (Imagem divulgação da PMF)

O espaço gratuito oferece um armário com 16 lockers para guardar pequenos volumes e chuveiro para uma ducha rápida.
O funcionamento é de segunda-feira a sábado, em horário comercial.

Como utilizar
O ciclista deve apresentar documento com foto e assinar digitalmente o termo de uso por QR Code.
A guarda da bicicleta deve ser feita com correntes e cadeados, sob responsabilidade do proprietário.
As bicicletas podem ficar estacionadas por um dia, no máximo.

(Imagem divulgação da PMF)

 

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Após sete meses – Ponte Hercílio Luz reabre vão central para pedestres e multidão invade o espaço

Desde o início da pandemia, em março, a pista de rolamento da Ponte Hercílio Luz ficou fechado para pedestres e ciclistas.
O espaço que é utilizado durante a semana para a travessia de veículos, aos finais de semana permanecia fechado, como forma de prevenção contra o contagio da Covid-19.

Mas neste final de semana, no contexto da flexibilização dos protocolos, a parte central foi aberta para circulação da população em geral.
As duas passarelas laterais também estavam livres para as caminhadas.

Confira as imagens:


Feira da Imigração também funcionou durante o feriadão
Parque da Luz, ao lado da Ponte, recebeu muitos visitantes no domingo
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Atualidade

Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, anuncia que está com Covid-19

O prefeito da Capital, Gean Loureiro (DEM), anunciou na tarde desta segunda-feira, 12, que foi diagnosticado com Covid-19.

Confira o anúncio feito pelo Facebook:

“Pessoal, com a transparência que sempre tive com vocês, informo que acabei de ser diagnosticado com a Covid-19.
Tínhamos uma intensa agenda de trabalho prevista para hoje, inclusive com a vistoria técnica de diversas obras na cidade, pois, como todos sabem, mantive, na medida do possível, minha rotina e minhas obrigações como prefeito, sempre respeitando todas as regras sanitárias.
Hoje, acordei com sintomas de gripe. Por precaução, resolvi trabalhar online com os secretários. Há pouco fiz o teste e confirmou positivo.
Estou bem, com sintomas leves. A recomendação dos médicos é que eu permaneça isolado por alguns dias. Nesse período, seguirei trabalhando de casa.
Aproveito para repetir: a pandemia continua entre nós e o vírus é traiçoeiro. Por isso, refaço meu apelo: redobrem os cuidados, tripliquem as precauções, não vacilem. Essa doença não é brincadeira e não deve ser subestimada.
Bom feriado a todos vocês e vamos trabalhar (por enquanto online).”

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Histórias do Centro

Outubro de 1924 – Ciente de que morreria logo, governador Hercílio Luz construiu uma miniatura da Ponte, no Centro

Por Billy Culleton

Fragilizado pelo câncer, a personalidade mais importante de Santa Catarina mandou construir uma réplica da Ponte, que posteriormente levaria seu nome, com 18 metros de comprimento, para ser inaugurada simbolicamente em 8 de outubro de 1924.

Com esse gesto, o governador Hercílio Luz deixava claro para a população local que sua saúde não resistiria (de fato, faleceu 12 dias depois, em 20 de outubro, aos 64 anos).

Na Praça Fernando Machado (Acervo do Velho Bruxo)

(Observação: esta reportagem foi atualizada com novos dados em 12/10/20. Na versão anterior, sugeria-se que Hercílio Luz teria participado da inauguração, o que nunca foi confirmado.)

Ciente de que não tinha tempo hábil para ver a sua mais relevante obra finalizada, a solução adotada foi organizar uma solenidade ao lado da miniatura, 50 vezes menor que a original.
O local escolhido foi a Praça Fernando Machado, ao lado da Praça XV e do trapiche municipal (Miramar).

Imagem do acervo da Casa da Memória

Antes, ele tinha viajado para a França, onde se submeteu a um longo tratamento para combater a doença, mas que não deu resultado.

Retorno no dia marcado
Hercílio conseguiu chegar em Florianópolis, desde a França, no dia marcado para a inauguração simbólica (8 de outubro) e uma multidão o aguardava na praça.
Vindo do Rio de Janeiro, ele desembarcou no trapiche Rita Maria (a um quilômetro do local do evento), como informa o Jornal O Estado, de 9 de outubro de 1924.

Mas o cansaço pela viagem e o grave estado de saúde o impediram de ir até a Praça Fernando Machado e ele se dirigiu diretamente a sua residência, perto da Avenida Mauro Ramos, próximo ao atual Beiramar Shopping.
Ele faleceu sem nunca mais ter visto a réplica da obra, que ficou alguns dias exposta na praça e depois foi desmontada.

A morte de Hercílio Luz ocorreu menos de dois anos antes da inauguração da Ponte, que aconteceu em 13 de maio de 1926.

Importância da obra
Os avanços civilizatórios da época tornavam insustentável a falta de uma ligação entre a Ilha ao Continente.
Era uma necessidade urgente para a cidade, já que o isolamento não combinava com uma capital de Estado.
Era preciso facilitar a chegada das pessoas e produtos até a Ilha, o que até então era feito por meio de lanchas motorizadas, canoas a vela, botes ou baleeiras, que sofriam também por conta do forte vento, conta o jornalista Paulo Clóvis Schmitz, em reportagem publicada no jornal Notícias do Dia, em 2014.

Apesar do câncer no estômago, Luz fazia questão de fiscalizar a obra pessoalmente (Imagem de autoria desconhecida)

Segundo Schmitz, o gado era trazido a nado em direção ao Forte Santana, para ser abatido em diferentes pontos fora do Centro.
Engenheiro civil, formado na Bélgica, Hercílio Luz colocou a construção da ponte na plataforma de governo do seu terceiro mandato como governador.
“Hercílio Luz buscou recursos junto a bancos norte-americanos para erguer a ponte de ferro na Capital. O contrato foi assinado em 27 de setembro de 1920, mas houve atrasos nos repasses dos recursos e a obra só ficou pronta em 1926, sob a responsabilidade dos engenheiros norte-americanos David B. Steinman e Holton D. Robinson”, escreveu Schmitz.

Nota fiscal da American Bridge (Reprodução de documentário da SCC)

E assim nasceu o cartão postal de Santa Catarina, nunca visto finalizado pelo seu idealizador, que teve que se contentar em inaugurar um pequena réplica no meio da praça.
Mesmo assim, Hercílio Luz ficou eternizado na memória dos catarinenses, representado pelo monumento ao lado da obra, onde estão enterrados os seus restos mortais.

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Justiça – Seguranças de boate da Capital surram cliente achando que não tinha pagado a conta

Um técnico em refrigeração espancado por seguranças na saída de uma casa noturna, em Florianópolis, será indenizado em R$ 5 mil por danos morais.
A confirmação da condenação partiu do Tribunal de Justiça, nesta quinta-feira, 22.

A vítima relatou que resolveu ir embora e pagou a conta, mas foi abordado por cinco seguranças quando saía da boate. A confusão aconteceu em 2015.
O cliente foi acusado de não ter acertado seu consumo com o estabelecimento.
O que aconteceu na sequência, na versão da vítima, foi grotesco.

Agressões por 30 minutos
“Fui engasgado mediante uma gravata e arrastado. Meu amigo tentou intervir, explicou que a conta já havia sido paga, mas foi ameaçado pelos seguranças. Depois recebi socos, pontapés e caí no chão. Eles pisaram no meu rosto e no meu corpo e tiraram R$ 300 da minha carteira”, declarou à polícia e à Justiça.

Ainda segundo o autor, após cerca de 30 minutos de agressões, foi colocado para fora do estabelecimento na frente de todos, “com os olhos inchados, roupa rasgada e em uma situação deplorável”.
Saiu de lá e foi direto para a delegacia, onde registrou a ocorrência e posteriormente submeteu-se a exame de corpo de delito.

Boate isentada de responsabilidade
A ação, proposta inicialmente contra a boate e a empresa de segurança, ficou restrita posteriormente aos responsáveis pela ordem no estabelecimento.
A empresa, em sua defesa, argumentou que seus funcionários agiram de forma pacífica e que o cliente é que se comportou de forma agressiva.
Em 1ª instância, acabou condenada ao pagamento de indenização por danos morais arbitrada em R$ 15 mil.

Responsabilidade da segurança
O desembargador Rubens Schulz, relator da matéria, explicou que a responsabilidade civil do réu, nestes casos, é objetiva e prescinde de sua culpa ou dolo. Basta, acrescentou, a comprovação do ato ilícito cometido, do dano passível de indenização e do nexo de causalidade entre ambos.
“A empresa possui responsabilidade objetiva pelos atos de seus funcionários durante os serviços prestados”, pontuou.

Obrigação é de apartar briga
Schulz citou jurisprudência do próprio Tribunal: “Os prepostos da empresa de segurança têm a obrigação de apartar e neutralizar as brigas que acontecem no local, chamando a polícia ou expulsando qualquer pessoa que se portar de forma indevida. Não têm a prerrogativa de dominar um convidado mais exaltado e na sequência aplicar-lhe uma verdadeira surra.”

Indenização reduzida
Há nos autos, prosseguiu o relator, provas da agressão física, e elas estão no laudo pericial e na prova testemunhal. No entanto, explicou o magistrado, as particularidades do caso permitem a minoração do valor indenizatório de acordo com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
“Embora o autor tenha sido agredido, as agressões não lhe causaram maiores traumas físicos”, afirmou. Com isso, ele adequou o valor da indenização para R$ 5 mil, a ser devidamente corrigido. Seu voto foi seguido de forma unânime pelos demais desembargadores da 2ª Câmara Civil do TJ, Monteiro Rocha e Rosane Portella Wolff .

(Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ/SC. Imagem de abertura: divulgação Revista Segurança)

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