Categorias
Atualidade

Um dia após reportagem mostrando ‘drible’ na lei, ônibus interestaduais são liberados em Florianópolis

Atualização de 25/9/2020:
Passageiros de ônibus intermunicipais e interestaduais já podem voltar a embarcar e desembarcar em Florianópolis. Em decreto publicado no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (24) à noite, a prefeitura autoriza o ingresso na Capital de veículos de transporte rodoviário, público ou privado de turismo e de fretamento para transporte de pessoas, mediante cumprimento de protocolo expedido pela Secretaria de Saúde (texto do site NSC Total).

Abaixo matéria de 23/9/2020:
Quer viajar de ônibus para outra cidade? Compre passagem na Rodoviária e embarque nos municípios vizinhos
A Prefeitura de Florianópolis ainda mantém a proibição para a circulação de ônibus intermunicipais e interestaduais, por causa da pandemia.
Porém, as empresas de ônibus encontraram um jeito de driblar essa determinação: vendem as passagens para todos os destinos do país no Terminal Rita Maria, mas realizam o embarque nas cidades vizinhas de São José e Biguaçu, que não têm restrições.

Controle de temperatura na entrada da rodoviária (Billy Culleton)

A placa na entrada da Rodoviária indica o local do embarque e desembarque de cada uma das 19 empresas que oferecem o serviço: a maioria é no posto de combustível Nadin, na BR-101, em Biguaçu.
As outras, são em São José, em três endereços diferentes: Campinas, Roçado e Capoeiras.

Custo extra
A estratégia é uma saída para os florianopolitanos que precisam viajar para o interior de Santa Catarina ou para outros estados.
A opção, no entanto, traz um custo extra para o passageiro que precisa se deslocar entre 7 km e 18 km para chegar ao local de embarque.
De Uber, saindo do Terminal Rita Maria (durante o dia), custa em torno de R$ 20 até São José, e R$ 30, até Biguaçu.

Posto de combustível, na BR-101, é o embarque e desembarque em Biguaçu (Imagem Google Street)
Antiga garagem da Pluma, às margens da 101, é um dos locais em São José (Imagem Google Street)

 

Categorias
Agendas

Comércio do Centro volta a funcionar no horário normal e ônibus circularão no sábado

Todas as lojas da Capital funcionarão das 9h às 19h, a partir desta quarta-feira, 23.
Embora o decreto municipal Nº 21.991 tenha autorizado a retomada do horário convencional desde esta segunda-feira, 21, muitos comércios ainda estavam abrindo às 10h.

A loja de calçados Pittol, por exemplo, vai se adequar ao novo horário somente a partir de amanhã (23).

Os shoppings centers passarão a funcionar todos os dias, das 12h às 20h e as praças de alimentação até as 22h.

Ainda no decreto, os bares, restaurantes e similares, a partir de sexta-feira, 25, poderão receber os clientes até a 0h e encerrar as atividades à 1h.

O decreto assinado pelo prefeito Gean Loureiro em 18 de setembro também autoriza os estabelecimentos comerciais como lojas de departamentos, lojas de materiais de construção, de comércio de veículos, de roupas e similares, a funcionar todos os dias a partir das 6h.
No Centro, no entanto, lojas de material de construção, como Casas da Água, abrem às 7h.

Ônibus depois de seis meses
A partir deste sábado, 25, o transporte coletivo urbano municipal de Florianópolis voltará a funcionar também aos sábados, até às 14 horas.
Será o primeiro sábado com ônibus desde o início das medidas restritivas por causa da pandemia, em março.

CDL comemora decreto
O presidente da CDL de Florianópolis, Ernesto Caponi, comemorou a decisão.
“Embora a prova de roupas ainda não esteja autorizada, pois Florianópolis ainda consta em nível grave, a retomada do horário é uma conquista para o setor produtivo”, comenta Ernesto Caponi.

Categorias
Atualidade

Região central da Capital contará com novo centro de saúde para atender trabalhadores de todos os bairros

As pessoas que trabalham no Centro e não conseguem frequentar os postos de saúde de seus bairros por causa dos horários de atendimento terão uma nova opção a partir de 2021.

O novo centro de saúde será na Rua Santos Dumont, na frente da Praça Pereira Oliveira, nos fundos do Teatro Álvaro de Carvalho e beneficiará cerca de 1,5 mil pessoas por mês.

Este mês está sendo concluída a primeira etapa das obras, que inclui a recuperação estrutural do Edifício Rosa Boabaid, doado ao município pela Casan, e que custou R$ 500 mil.
A segunda fase, que depende de um processo licitatório a ser lançado em outubro, será para a troca de janelas, pintura e instalação da parte elétrica.
A Prefeitura está captando orçamentos e ainda não tem a estimativa do custo final desta etapa da obra.

A previsão é que no segundo semestre de 2021 a população conte com o terceiro centro de saúde na região central da cidade, além da Policlínica Municipal do Centro, na Avenida Rio Branco, e do Centro de Saúde da Prainha, na Rua Silva Jardim.
Em agosto de 2019, o Floripa Centro já havia antecipado a abertura do Centro de Saúde, que estaria pronto este ano, porém, o prazo foi estendido por mais tempo.

Categorias
Atualidade

Decisão judicial na Capital – Professora com filho autista terá redução de jornada sem corte salarial

A Justiça de Florianópolis julgou procedente pleito de uma professora estadual que buscava reduzir sua carga horária para poder se dedicar ao filho, que tem transtorno do espectro autista.

A decisão do juiz Fernando de Castro Faria, titular do Juizado Especial da Fazenda Pública da comarca da Capital, nesta semana, determina que o Estado, no prazo de 15 dias, promova a adequação da jornada de trabalho da profissional para 20 horas semanais, sem redução de vencimentos, pelo prazo inicial de um ano, possibilitada a prorrogação do benefício com a apresentação de novos laudos técnicos.

Segundo o magistrado, o pedido da mãe encontra amparo na legislação estadual, na Constituição e na Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.

Na esfera administrativa, contudo, a pretensão foi rechaçada pela administração, com base em diagnóstico que – embora tenha identificado o autismo do jovem – apontou a necessidade dele receber “estímulos intensos” para desenvolver seus papéis ocupacionais em diferentes áreas da vida. Para a burocracia estatal, esta situação não equivale ao significado de “dependência nas atividades básicas da vida diária” exigido pela legislação que trata do tema.

“Embora a conclusão do laudo tenha sido desfavorável, entendo presentes os requisitos para a concessão do benefício, porquanto demonstrado que o filho necessita de atenção especial, o que demanda o acompanhamento da mãe em suas atividades. Dito laudo assevera que o filho necessita de ‘estímulo intenso para desenvolver seus papéis ocupacionais em diferentes áreas da vida, tais como educacional, laborativa e de autocuidado’, do que se conclui a necessidade de acompanhamento da mãe nas grandes áreas que envolvem o desenvolvimento do filho”, assinalou o juiz.

O magistrado fez questão de destacar a Lei n. 12.764/2012, que prevê no § 2º do art. 1º que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais.

O magistrado, na sentença, negou apenas o pedido de indenização por danos morais formulado pela professora por conta da negativa do Estado.
“Isso porque o equívoco na interpretação da legislação e dos próprios pareceres emitidos não enseja, por si, a procedência do pedido formulado.

No caso, destaque-se que houve a observância do processo administrativo e o indeferimento foi devidamente fundamentado, embora de forma diversa da conclusão adotada nesta sentença”, concluiu.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A foto de abertura é divulgação da Life Medicamentos)

Categorias
Agendas

O encontro das águas de diferentes tons, embaixo da Ponte Hercílio Luz, é causado pelo vento Noroeste

A reabertura da Ponte Hercílio Luz está permitindo ver um fenômeno que sempre aconteceu, mas que a maioria da população de Florianópolis desconhecia.
Isso, porque o fato só pode ser apreciado claramente de cima da ‘Velha Senhora’.

O mar em duas tonalidades contrastantes: as águas mais próximas à costa ficam marrons, mexidas pela correnteza, por causa do vento Noroeste.
E as águas que correm pelo canal, mais ao centro da Baía Norte, mantêm a tonalidade esverdeada, tradicional.

Na manhã desta quinta-feira, 17, novamente foi possível observar o ‘encontro das águas’, nos remetendo a Manaus, com os rios Negro e Solimões.

Em junho, o Floripa Centro já tinha mostrado o fenômeno.
Confira aqui.

Categorias
Agendas

Histórico de tentativas de suicídio na Ponte Hercílio Luz impulsiona campanha de prevenção

Envelopes amarrados nas grades laterais do espaço de pedestres chamam a atenção na Velha Senhora.
Uma motivação para recomeçar”, está escrito no lado de fora.
Dentro, um papelzinho com outro recado:
A vida é feita de desafios, por mais difícil que eles sejam, te farão mais forte. Não desista”, acompanhado de um número de telefone disponível para quem quiser ligar (11 – 4200-0034).
A campanha da entidade paulista Help, faz parte do mês internacional da luta contra o suicídio, em setembro.
Confira vídeo institucional:

Dados em SC e na Capital
Em Santa Catarina, os óbitos registrados por suicídio em 2020 até 2 de setembro, totalizaram 404, sendo 321 homens e 83 mulheres.
O Sistema de Informação de Mortalidade do Estado aponta que a maior parte das pessoas que cometeram suicídio tinha entre 40 e 49 anos (159 mortes).

Paradoxalmente, foram 1.737 tentativas de suicídio entre mulheres e 941, entre homens.
A faixa etária que mais registou tentativas de suicídio neste ano foi entre 20 e 29 anos.

Já Florianópolis tem uma média de 30 suicídios por ano.

Histórico da Ponte
O local escolhido para a campanha é emblemático, pois desde a sua inauguração, em 1926, há registros de incidentes contra a própria vida na Ponte Hercílio Luz.
Na época em que ainda se publicavam os suicídios nos meios de comunicação, o jornal O Estado, em 1934, registra que uma mulher se atirou da ponte e dá detalhes do ocorrido.
Atualmente, a recomendação é evitar a divulgação de suicídios, pois isso incentivaria as pessoas a tirar a própria vida.

O Floripa Centro apagou os nomes dos envolvidos, por respeito, caso ainda existam familiares da vítima

Matérias relacionadas
— Jovem estaciona moto na cabeceira insular e se joga da Ponte Hercílio Luz

— Solidariedade e orientação – Sites oferecem ajuda on line para lidar com as consequências do isolamento

Tentativa de suicídio na ponte, em maio de 2019, foi abortada pelos bombeiros (Billy Culleton)

Precisa de ajuda e quer conversar? Ligue gratuitamente para o número 188

Situações de vulnerabilidade
Conforme a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados através de ações de prevenção.
Uma vez que não existe uma causa única ou isolada, o que se costuma atribuir como motivo, em geral, é a expressão final de um processo de crise vivido pelo indivíduo, que deseja livrar-se de um sofrimento para o qual não está encontrando saída.

CLIQUE NA FIGURA ABAIXO PARA ACESSAR O SITE DO CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA:Antes de consumar o ato, o mais comum é que a pessoa já tenha demonstrado diversos sinais e que já tenha procurado ajuda para esse sofrimento.
Estar atento a esse processo e lidar adequadamente com ele tem o potencial de gerar desfechos favoráveis.

Como identificar uma pessoa sob risco de suicídio
Existem indícios de que uma pessoa pode estar em maior risco para o suicídio. Alguns aspectos em sua história de vida e em seu comportamento podem ajudar a identificar quem precisa de maior atenção:

– História de tentativa de suicídio no passado;
– Diagnóstico de transtorno psiquiátrico, especialmente depressão, esquizofrenia ou uso abusivo de álcool ou drogas;
– História familiar de suicídio;
– Perda importante recente: morte, separação;
– Mudanças de comportamento recente: irritabilidade, tristeza, pessimismo, apatia;
– Mudanças do hábito alimentar e do sono;
– Sentimentos persistentes e exagerados de culpa, vergonha e incapacidade;
– Sentimentos persistentes de solidão, impotência, desesperança;

Categorias
Histórias do Centro

Vídeo recuperado – Travessia da Ponte Hercílio Luz na década de 1980, com fundo musical de Luiz Henrique Rosa

Um vídeo da década de 1980 mostra que, após a interdição em 1982, pedestres, ciclistas, motociclistas e carroceiros continuaram a utilizar a Ponte Hercílio Luz até 1991, quando foi interditada completamente.

Um vídeo que está circulando nas redes sociais mostra a população aproveitando a Velha Senhora.
As imagens contam com o fundo musical de Luiz Henrique Rosa cantando “Ponte Hercílio Luz” que, anos depois, também foi interpretada por Martinho da Vila.

Quem foi Luiz Henrique Rosa:
Luiz Henrique Rosa nasceu em Tubarão em 25 de novembro de 1938 e foi um grande compositor brasileiro de bossa nova e MPB.

Aos 11 anos mudou-se com a família para a Capital, lugar que homenageou até as últimas canções.
Aos vinte e poucos anos teve um programa na Rádio Diário da Manhã, onde tocava suas próprias composições e os sucessos da época.
Antes de compor as estimadas 200 canções, Luiz Henrique também tocou em festas, bares e bailes.

Em 1960 excursionou por todo o Sul brasileiro a convite do pianista gaúcho Norberto Baldauf, acompanhando seu conjunto melódico.

Em 1961 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se apresentou em diversos night-clubs e onde também gravou seu primeiro disco.
Um compacto com duas músicas, Garota da Rua da Praia e Se o Amor É Isso, composições em parceria com Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho.
No Beco das Garrafas teve a oportunidade única de tocar ao lado de Elis Regina. Surgindo no templo da bossa nova, despontou com um balanço diferente, ao lado de nada menos que Jorge Ben, além da cantora iniciante Flora Purim, em 1963.
Ao lado de feras como Os Cariocas, Tamba Trio de Luiz Eça, Bossa Rio, Copa Trio e as iniciantes Quarteto em Cy que se apresentavam nas Boates Bottles Bar, Little Club e Bacharat, disputava as canjas das tardes domingueiras ao lado de músicos como Sérgio Mendes.
Em 1964, quando gravou seu primeiro LP, A Bossa Moderna de Luiz Henrique, conquistou as paradas de sucesso em todo o país, tendo arranjadores J.T.Meirelles e Dom Salvador Filho.

Em 1965, no auge da bossa nova no Brasil, Luiz Henrique partiu para os Estados Unidos.
Em Nova York, conviveu com grandes músicos norte-americanos, como Stan Getz, Oscar Brown Jr., Billy Butterfield, Bobby Hacket e Liza Minnelli, entre outros.
E com muitos brasileiros, como Sivuca, Hermeto Pascoal, Walter Wanderley, João Gilbertoe Airton Moreira.
O músico permaneceu nos Estados Unidos até 1971, quando então voltou à sua amada ilha.
Em 1976 lançou seu último LP, Mestiço.

Morreu aos 46 anos, em 1985, quando completaria 25 anos de carreira, vítima de um acidente automobilístico.

Em 2003 foi organizado, em sua homenagem, o CD ‘A Bossa Sempre Nova de Luiz Henrique’, para o qual os músicos Martinho da Vila, Elza Soares, Ivan Lins, Luiz Melodia, Sandra de Sá, Biá Krieger e Toni Garrido foram convidados a interpretar e gravar suas composições.

Em 2009, Liza Minnelli lançou a coletânea ‘Liza A&M the complete A&M Recordings’, com grandes sucessos de sua carreira, e incluiu três canções de Luiz Henrique Rosa, gravadas originalmente pelos dois na década de 1960.

(O vídeo é de autoria desconhecida. Se alguém souber o autor, favor, fazer contato com o Floripa Centro, que dará os créditos correspondentes. Informações sobre Luiz Henrique Rosa obtidos na Wikipedia)

Categorias
Atualidade

Vídeo cômico – Manezinhos de carro na Ponte Hercílio Luz: trepidação provoca ‘coshquinha’ em motorista

Um vídeo postado nas redes sociais mostra uma cena engraçada da passagem de integrantes de uma família de ascendência açoriana, conhecidos como manés, pela Ponte Hercílio Luz, aberta para o tráfego de veículos particulares nesta segunda-feira, 14.

Nas imagens pode-se ver o motorista relatando, com o sotaque característico, que o carro treme ao passar pelo novo piso de gradil de ferro.
Ah, não, coisa ruim, barulho embaixo da bunda, rrrr… Tá doido, né, mãe? Tásh goshtando?, diz o motorista.
Ah, não, não passo mash!, responde a idosa, ao lado, sorrindo.
Credo, parece que tem um negócio coçando o rabo. Não goshtei, não. Dá até coshquinha!, conclui o motorista, entre risadas.

Piso da ponte já foi de madeira e asfaltado
Quando foi inaugurada, em 1926, a passagem dos veículos era feita em cima de trilhos de madeira.
Anos depois, foi asfaltada até sua interdição em 1982.

Categorias
Histórias do Centro

Hospedou o presidente Médici – Prédio do melhor hotel da Capital, na década de 1970, sediará órgão municipal

Por Billy Culleton
Com localização privilegiada na região central de Florianópolis, luxuoso e com a frente voltada para o mar da Baía Sul, o Hotel Royal era o preferido de autoridades e artistas que visitavam a cidade.
Inaugurado em 1º de janeiro de 1960, o estabelecimento (na Rua Osmar Rigueira, entre as ruas João Pinto e Antônio Luz) contava com 100 quartos, sendo 20 deles com banheiro privativo, um diferencial, na época.

Todas as unidades habitacionais tiveram desde o início, geladeira e televisão. “Foi o primeiro hotel da cidade a utilizar suporte de televisão, quando ainda nem existia para vender”, contou o proprietário-fundador Mário Rigueira à pesquisadora Fabíola Martins dos Santos.
Ela escreveu a dissertação de mestrado “Uma análise histórico-espacial do setor hoteleiro no núcleo urbano central de Florianópolis (SC)”, aprovada pela Universidade do Vale do Itajaí, em 2005, na Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria.

Foto do livro ‘Florianópolis: uma viagem no tempo (2004)’, de Beto Abreu

Em 1971, o hotel foi totalmente reservado para atender o presidente Emílio Médici, e toda a sua comitiva, que visitou a Capital durante dois dias.
Artistas de renome nacional, como Fernanda Montenegro e Fernando Torres, também se hospedavam ali e adoravam curtir o famoso piano-bar, no estilo Art Déco.

Alagamento e decadência
Na época era o mais luxuoso hotel da cidade, geralmente com 100% da ocupação, chegando a hospedar 36 mil pessoas por ano.
Porém, em meados da década de 1970 começam a aparecer outros hotéis na cidade e a vista é ofuscada pela construção do aterro da Baía Sul, que afastou o mar do hotel.
A partir de 1980 passou a sentir drasticamente a queda na ocupação, que alcançou 19% naquele ano.

Postal da década de 1960, publicada por Carlos Damião, no ND, em 2015

Outro fator importante para a decadência, de acordo com Fabíola dos Santos, foi a construção do Terminal Urbano Cidade de Florianópolis, em 1986, quando o edifício foi praticamente encoberto.
Ainda ocorreu o fechamento da Rua Antônio Luz, que dava acesso ao estacionamento do hotel.
Em 24 e 25 de dezembro de 1995, o empreendimento foi atingido pela grande enchente, tendo o porão e a área térrea totalmente inundados e teve que fechar durante 20 dias.
O proprietário encerrou as atividades do hotel em 2005 para transformá-lo num prédio com salas comerciais, mas desde 2015 o edifício está sem uso.
Revitalização
O prédio está sendo totalmente recuperado pelo proprietário para receber as instalações da Secretaria Municipal de Finanças.
A iniciativa faz parte da revitalização da região Leste do Centro promovida por várias entidades, com o apoio da prefeitura, que também abrirá o novo Pró-Cidadão (e Procon) em edificação ao lado do antigo Hotel Royal.
No contrato de cinco anos, foi combinado um aluguel mensal de R$ 40 mil. A prefeitura informa que, atualmente, o órgão municipal paga R$ 89 mil por mês no prédio da Rua Arcipreste Paiva, próximo à Catedral.

(Foto de abertura de autoria desconhecida. As fotos atuais são de Billy Culleton)

Categorias
Reportagens Especiais

Espaço de quatro vagas de estacionamento para privilegiados do serviço público será devolvido a pedestres

As ‘imorais’ vagas de estacionamento existentes na frente do Edifício das Diretorias, na Rua Tenente Silveira, no Centro da Capital, estão com seus dias contados.
Elas ocupam uma área de 45 metros quadrados sobre a calçada e são reservadas para veículos oficiais do governo do Estado, especificamente da Secretaria de Infraestrutura (SIE), que tem a sua sede no prédio.

O órgão anunciou esta semana que vai revitalizar toda a área externa do edifício, o que inclui a “integração das vagas frontais ao espaço de pedestres”.
Para esse fim, a secretaria lançou um concurso público nacional que selecionará um projeto de arquitetura e engenharia contemplando ainda escadas e rampa de acesso ao edifício, reforma das calçadas e piso.
Prédio modernista de 1961
Considerado o primeiro prédio modernista de Florianópolis, o Edifício das Diretorias foi inaugurado em 1961.
Na época, com poucos pedestres e carros circulando pelo Centro, as quatro vagas na frente poderiam se justificar.
Mas, após seis décadas e com um amplo estacionamento interno da própria secretaria, a manutenção das vagas exclusivas para servidores públicos, num espaço para pedestres, não tem mais sentido.

Imagem registra as três opções dos pedestres: na calçada estreita (à esq.), em cima das vagas (quando desocupadas) e na faixa de rolamento da rua (à dir.)

Floripa Centro alertou sobre situação em 2019
Em julho do ano passado, o Floripa Centro publicou uma reportagem denunciando a absurda situação de pedestres se espremendo numa estreita calçada, ao lado das vagas exclusivas para veículos da secretaria.

Na época, também foi mostrada a existência de uma obsoleta guarita para controlar o acesso ao estacionamento interno da secretaria, que ocupa metade da calçada.
Pois ela também vai desaparecer, de acordo com o edital do concurso.
Prioridade para o coletivo, diz secretário
“A SIE está inovando suas ações de infraestrutura. O concurso visa obter propostas colaborativas que priorizem as pessoas com a revitalização desta área. Queremos agregar qualidade na vida dos cidadãos que utilizam a cidade nos limites do Edifício das Diretorias e seu entorno imediato, garantindo a acessibilidade, tanto ao prédio como à área externa, e contribuindo para a urbanidade. Estamos pensando no coletivo e na responsabilidade social”, afirma o secretário da Infraestrutura, Thiago Vieira.
O concurso
O estudo vencedor, além da premiação de R$ 5 mil, será contratado para desenvolver a elaboração do projeto executivo de arquitetura e de engenharia, no valor de R$ 36 mil.
Os segundo e terceiro colocados também receberão premiações nos valores de R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
Podem participar do concurso somente equipes de profissionais compostas por arquiteto, urbanista e engenheiro civil, devidamente inscritos em seus respectivos conselhos profissionais.

As inscrições para a seleção dos trabalhos estão abertas até 14 de outubro de 2020, pelo e-mail: siecompras@sie.sc.gov.br .

(As fotos desta reportagem são as mesmas publicadas na matéria sobre o assunto, em julho de 2019. Com informações da SIE)

Categorias
Atualidade

Na Avenida Hercílio Luz – Praça que homenageia prefeito morto no cargo é interditada para reforma

O entorno da Praça Olívio Amorim começou a receber tapumes nesta quarta-feira, 9, que a deixarão completamente fechada ao público até dezembro.
O espaço de 2,7 mil metros quadrados será completamente revitalizado, com um investimento de R$ 457 mil da Prefeitura de Florianópolis.
Entre as inovações, a implantação de um parque infantil (inexistente hoje) e de um espaço pet, exclusivo para cachorros, além de um bicicletário.
A obra inclui a substituição da academia, recuperação do piso petit pavê e novas mesas para jogos.
Os três estabelecimentos existentes na praça poderão continuar com as atividades normalmente: o tradicional Cachorro Quente do Afonso, na esquina, a banca de revistas, ao lado, e a floricultura, no meio da quadra.
Embora o tapume avance 20 centímetros sobre a rua, os taxistas que trabalham no ponto de táxi, na outra esquina, permanecerão no local.

Quem foi Olívio Amorim: o prefeito que morreu no cargo em 1937
– Nasceu em 10 de julho de 1888, em Biguaçu.
– Em 1910, foi eleito vereador da cidade.
– Em 1935, elegeu-se deputado estadual pelo Partido Liberal Catarinense (PLC): tomou posse e renunciou ao mandato legislativo após ser nomeado prefeito de Florianópolis pelo governador-interventor Nereu Ramos.
– Ocupou o cargo por dois anos, até 1937.
– Entre as realizações de seu governo, inaugurou o monumento em homenagem a Hercílio Luz, situada na cabeceira insular da ponte de mesmo nome, em 1936.
– Morreu de ‘doença’ em 22 de julho de 1937, aos 49 anos, enquanto ocupava o cargo de prefeito da Capital, como publicou o Jornal O Estado, do dia seguinte ao falecimento.

Confira vídeo do local:

Categorias
Reportagens Especiais

Veículos usados pela Prefeitura de Florianópolis estão emplacados em São José

A Superintendência de Serviços Públicos (Susp), órgão da administração municipal da Capital, evita falar sobre o assunto

A Prefeitura de Florianópolis utiliza veículos com placas de São José para realizar a fiscalização do comércio ambulante na Rua Conselheiro Mafra, no Centro da Capital.
A justificativa seria que são alugados de uma empresa da cidade vizinha.
Na terça-feira, 8, a reportagem do Floripa Centro entrou em contato com a assessoria de imprensa da Superintendência de Serviços Públicos (Susp), questionando sobre quantos carros com placas de São José são alugados pela prefeitura.
Diante da falta de retorno, na quarta-feira, 9, insistiu.
“A Secretaria de Administração informa que vai verificar essa situação hoje”, foi a resposta, no mesmo dia.
Porém, até a publicação desta matéria, na tarde de sexta-feira, 11, ainda não havia novo posicionamento da Susp.

Desinformação sobre a empresa
A Duster fotografada pelo Floripa Centro está em nome da Lockbem, uma locadora que teria sede na Praia Comprida, em São José.
Na internet tem poucas informações sobre a empresa e o endereço na Rua João Amaral Rios, aparentemente, não corresponde à locadora.
Já os telefones que aparecem no Google são inexistentes.
Arrecadação para o município
O fato de alugar veículos de outras cidades, caso o preço seja menor, não significaria qualquer ilegalidade.
Apenas chama a atenção, pois o emplacamento no próprio município representa mais arrecadação para a cidade.

Sair da versão mobile