A demonstração de que os efeitos econômicos da pandemia não afetaram significativamente os negócios de um tradicional restaurante do Centro de Florianópolis levou a Justiça a negar a redução de aluguel pleiteada pelo estabelecimento.
O valor original de R$ 52 mil já havia sido reduzido pela metade, em decisão de abril do ano passado, com efeito até dezembro.
Vencido o prazo, a administração do restaurante formulou novo pedido no Poder Judiciário para prorrogar o benefício.
Os locadores, no entanto, foram contrários à solicitação e mostraram que os inquilinos estavam abrindo uma filial em Coqueiros.
Para isso, locaram um imóvel e realizaram ampla reforma, com investimentos próximos a R$ 1 milhão.
A iniciativa demonstraria que a pandemia não teria afetado significativamente o estabelecimento.
A administração do restaurante confirmou a abertura da filial e alegou que o pacto, envolvendo a filha dos sócios da empresa, foi firmado antes da pandemia.
Informou, ainda, o financiamento do valor para as obras do prédio locado para o novo empreendimento.
Embora o imóvel da filial tenha sido alugado antes da pandemia, o Juízo da 5ª Vara Cível da Capital destacou o fato de que a inauguração do empreendimento está prevista para o segundo semestre deste ano, ou seja, está mantida sua expansão.
O entendimento, portanto, foi de que não há probabilidade do direito para embasar o novo deferimento da tutela. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.
(O texto, editado, é da Assessoria de Comunicação do TJ/SC. As imagens são meramente ilustrativas, do acervo do Pixabay)
Uma pane elétrica no painel teria sido a causa do incêndio que consumiu um carro Santana, na tarde desta quinta-feira, 11, na região central de Florianópolis.
O veículo transitava pela Rua Francisco Tolentino quando, próximo da esquina com a Padre Roma, começou a pegar fogo.
O motorista estacionou e tentou apagar o foco com o próprio extintor, sem sucesso.
Quando os bombeiros chegaram, poucos minutos depois, o carro já estava tomado pelas chamas.
(Com informações e imagens da Guarda Municipal de Florianópolis)
Levantamento nos nove postos de combustível do Centro foi feito nesta quarta-feira, 10, e mostrou diferença de até R$ 0,86 por litro da gasolina comum.
Isso significa que enchendo um tanque de 60 litros pode-se economizar até R$ 51.
Cinco postos têm preços inferiores a R$ 5.
O combustível mais barato continua sendo o da Mauro Ramos, ao lado do Ibama (R$ 4,72).
Mas se não quiser ficar muito tempo na fila, pode-se optar pelos estabelecimentos próximos: nessa mesma avenida, por exemplo, na esquina da Clemente Rovere, também custa R$ 4,72.
Entre a noite desta segunda-feira, 08, e a madrugada desta terça-feira, 9, foram 1.834 descargas elétricas na Grande Florianópolis, em uma área de 30 quilômetros.
A informação é da Defesa Civil de Santa Catarina e foi colhida na plataforma Earthnetworks.
As chances de um raio atingir uma pessoa são pequenas, mas eles podem causar lesões graves ou fatais.
A Defesa Civil recomenda alguns cuidados para situações que envolvam tempestades elétricas.
É importante evitar atividades externas, como soltar pipas, e carregar objetos como canos e varas de pesca. Também é essencial evitar andar de bicicleta, carros conversíveis, motocicleta ou a cavalo.
Vias que conectam com a Avenida Mauro Ramos e são rota de deslocamento para o Maciço do Morro da Cruz estão recebendo melhorias: o serviço principal é de pavimentação, mas também envolve a recuperação dos sistemas de drenagem e nova sinalização.
A Prefeitura de Florianópolis está revitalizando, em um mesmo pacote, as ruas Major Costa, Crispim Mira, Monsenhor Topp e Travessa Elisabete de Melo Pereira.
As obras estão sendo executadas numa via por vez para minimizar o impacto na mobilidade urbana.
Na Major Costa, o asfalto foi concluído e, atualmente, as equipes trabalham no nivelamento dos bueiros e caixas de drenagem.
Na sequência serão executados os serviços de pintura e sinalização.
Próximas vias
Os trabalhos nas demais ruas iniciam nos próximos dias, com melhorias no sistema de drenagem da Monsenhor Topp, no trecho próximo ao Supermercado Imperatriz.
Em seguida, começam os serviços na camada de base, após a retirada das lajotas e paralelepípedos, que será toda refeita para receber a nova pavimentação com asfalto.
O cronograma seguinte será na Travessa Elisabete de Melo Pereira e Rua Crispim Mira.
O investimento total nestas vias da região central é de R$ 1 milhão e abrange uma extensão de 1,2 mil metros.
A previsão de conclusão é para agosto deste ano.
Mais Asfaltaço
A Operação Asfaltaço, programa de revitalização da infraestrutura de mobilidade de Florianópolis, também tem obras em outros bairros da Capital.
Atualmente, o trabalho está sendo executado na Avenida Álvaro Tolentino, marginal da Via Expressa Continental, e na Rua Antônio Carlos Ferreira, na Comunidade do Morro do Horácio, na Agronômica.
Na Álvaro Tolentino, as equipes trabalharam na nova drenagem e já retiraram a pavimentação antiga de lajotas. Também foi concluída a preparação da base para a pavimentação nova com asfalto.
Do 1,4 quilômetro de extensão, cerca de 900 metros já foram revitalizados.
Ainda no início desta avenida, nos primeiros 240 metros, calçadas acessíveis foram construídas. A via, que é de mão única com duas faixas de rolamento, vai ganhar também, de forma inédita, uma ciclofaixa em sua extensão, além de sinalização, estrutura e execução de iluminação.
O investimento é de R$ 2,6 milhões e o prazo de entrega é setembro.
Na Rua Antônio Carlos Ferreira, na Agronômica, está sendo executada a fresagem para recuperação da capa asfáltica e melhorias nas camadas profundas da via.
O investimento da Prefeitura Municipal de Florianópolis nesta via é de R$ 1,7 milhão. A conclusão está prevista para maio deste ano.
Mercado Público, o novo normal em tempos de lockdown
Os clientes que foram comprar o tradicional peixe, no sábado pela manhã, precisaram de uma dose extra de paciência.
Ao atingir o número máximo de pessoas na parte interna, foi necessário organizar uma fila no vão central do mercado, onde os bares e restaurantes estavam fechados.
Nova tecnologia, mas a mesma baixa temperatura
Num supermercado do Centro da Capital a aferição da temperatura dos clientes, na entrada, está sendo feita automaticamente por um termômetro digital: o resultado aparece em cima da cabeça da pessoa, num monitor de vídeo.
A questão é que a maioria dos resultados aponta para temperaturas em torno de 35º, problema já denunciado pelo Floripa Centro, em diversas reportagens. Na foto, 35.1º e 35.3º
Mais uma enorme farmácia no microcentro
Enquanto outros comércios penam com o baixo movimento devido à pandemia, as farmácias parecem que vão “de vento em popa”.
Na esquina da Jerônimo Coelho com a Conselheiro Mafra abrirá em breve mais uma farmácia Preço Popular, exatamente na frente de outra (Panvel), ao lado do Mercado Público.
Casa Elías revitaliza a fachada
Após uma longa espera pela permissão da Prefeitura para poder reformar o prédio, os donos da Casa Elías, na Rua João Pinto, começaram a dar uma cara nova à fachada da histórica loja, situada em área tombada.
Vacina contra a gripe só em abril (Atualização, 18h)
No ano passado, a vacinação contra a gripe começou em março, como medida de prevenção contra a Covid-19.
Este ano, no entanto, a campanha nacional de vacinação gratuita para grupos prioritários deve iniciar em abril.
Clínicas particulares, por sua vez, já fazem propaganda da vacina, mas ainda não receberam as doses. (Na versão anterior, foi divulgado erroneamente que clínicas particulares já tinham a vacina contra a gripe. Desculpas!)
Por Billy Culleton
Em 1827, a parte insular de Florianópolis foi objeto da ambição de um grupo de soldados alemães que prometiam criar a “República Germânica da Ilha de Santa Catarina”.
Com 424 km², seria um dos menores países do mundo, embora existam pelo menos outras 10 nações com território inferior ao da Ilha: entre elas, Malta, San Marino e Mônaco.
O plano obteve o apoio da Argentina, na época em conflito com o Brasil, na chamada Guerra Cisplatina.
O acordo para levar adiante a iniciativa foi assinado, em 3 de novembro de 1827, pelo governador de Buenos Aires Manuel Dorrego e dois mercenários alemães que atuavam no Brasil: Karl Anton Martin Hein e Friedrich Bawer.
Os germânicos diziam representar parte dos 4 mil soldados da Alemanha que prestavam serviço temporário ao império brasileiro.
Essa ‘multidão’ de mercenários alemães tinha sido arregimentada na Europa, entre 1823 e 1825, com a promessa de altos salários e tratamento diferenciado.
A realidade no país tropical, no entanto, mostrou-se diferente.
Os soldados alemães estavam insatisfeitos, amargurando uma vida dura, com pagamentos inferiores ao combinado.
Ao mesmo tempo, eram discriminados e tratados com rudeza pelos oficiais portugueses e brasileiros, como conta o escritor Nelson Adams Filho, no livro a “Maluca Viagem de Dom Pedro I pelo Sul do Brasil”.
Sabendo dessa indignação, os dois aventureiros alemães, radicados no Rio de Janeiro, vislumbraram a possibilidade de conseguir recursos junto ao governo de Buenos Aires, acenando com uma revolta dos batalhões de mercenários.
Governo argentino rejeita proposta Apresentando-se como representantes dos militares alemães, em fins de 1826, conseguiram uma audiência com o presidente Bernardino Rivadavia para detalhar a proposta.
“O episódio seria pitoresco, se não fosse estarrecedor: apresentaram o plano mirabolante de conquistar a Ilha de Santa Catarina e nela proclamar uma república independente, com o apoio internacional da Argentina”, contou a escritora florianopolitana Leatrice Moellmann Pagani, no artigo “As migrações dos séculos XIX e XX – Parte I – Os alemães”, publicado na Revista dos Amigos do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina.
O presidente argentino repeliu a proposta.
Novo responsável pela guerra aceita acordo
Mas pouco tempo depois a direção da guerra passou para o governador da Província de Buenos Aires, coronel Manuel Dorrego.
“Hein e Bawer renovaram a proposta e Dorrego, na ânsia de acabar a guerra, acreditou nos alemães, vislumbrando uma forma de enfraquecer moral e militarmente o Imperador Dom Pedro I e forçá-lo a aceitar negociações de paz”, afirmou o coronel Juvêncio Lemos, no livro de sua autoria “A Saga no Prata”.
Em fins de 1827, Dorrego convocou os dois mercenários, informando-os que navios argentinos estavam sendo preparados para recolher os alemães, que iriam se sublevar no Rio de Janeiro, e levá-los para Santa Catarina.
Mercenários preparam o ataque
Com essa informação, os alemães decidiram se separar: Hein permaneceria em Buenos Aires, encarregado de receber os recursos financeiros combinados, devendo seguir para o Rio de Janeiro junto com a esquadra vizinha que iria buscar as tropas rebeladas.
Bawer seguiria para a capital brasileira, com o objetivo de coordenar as providências locais.
No Rio de Janeiro, ele fez alguns contatos com oficiais mercenários e ficou na expectativa de receber os recursos.
Esse dinheiro, porém, nunca chegou.
Frustrou-se, assim, o sonho dos alemães em criar a “República Germânica da Ilha de Santa Catarina”, que transformaria em germânicos os 18 mil açorianos que habitavam a Ilha naquela época.
Revolta dos mercenários no Rio
Mas de fato, a esperada revolta dos soldados-mercenários aconteceu no Rio de Janeiro, em 9 de junho de 1828.
Mas não teve nenhuma ligação com o plano de criar um novo país.
Os alemães do 2º Batalhão de Granadeiros se rebelaram contra o império, na chamada “Revolta dos Mercenários”.
O estopim foi o injusto, desumano e fatal castigo corporal aplicado em um soldado granadeiro alemão.
A seguir rebelou-se outra unidade de mercenários, o 3º Batalhão de Granadeiros.
O movimento foi sufocado pelo governo imperial, sendo que Bawer fugiu para Buenos Aires, pondo fim ao plano mirabolante.
Porto da cidade cobiçado por Inglaterra, em 1808 *
O historiador Laurentino Gomes, no seu livro 1808, conta que Dom João VI negociou a entrega do Porto de Santa Catarina à Inglaterra.
“Segundo o historiador Melo Moraes, na véspera da partida (da comitiva imperial, rumo ao Brasil), em Lisboa, o representante britânico Lord Strangford teve uma reunião com o ministro Antônio de Araújo, na qual avisou que o almirante Sidney Smith só levantaria o bloqueio naval e permitiria a saída da esquadra portuguesa mediante as seguintes condições: “A abertura dos portos do Brasil, a concorrência livre e reservada para a Inglaterra, marcando-lhe, desde logo, uma tarifa de direitos insignificante; e até que um dos portos do Brasil (o de Santa Catarina) fosse entregue à Inglaterra”. Araújo teria reagido com irritação, mas o fato é que, com exceção do porto exclusivo em Santa Catarina, todas as exigências seriam atendidas depois da chegada ao Brasil.”
* Informação acrescentada em 15/3/21 por sugestão do leitor Esperidião Amin.
Metade dos internados por Covid da Capital tem menos de 60 anos.
Dos 122 que estão nos hospitais, 58 são pacientes com até 59 anos.
Dezenove deles, tem idade entre 30-39 anos, 16 (40-49 anos) e 18 (50-59 anos).
Desse total, 102 pessoas estão nas UTIs.
Apenas 24 tinham alguma comorbidade, representando 20% dos pacientes.
As informações constam no Covidômetro, plataforma on line da Prefeitura de Florianópolis.
Outro dado preocupante: a totalidade de leitos de internação (218) na rede hospitalar da cidade está ocupada.
Os casos confirmados na cidade desde o início da pandemia chegam a 62,6 mil (12% da população) e os recuperados somam 59,9 mil.
Duplica a média diária de mortes
A cidade já conta 484 mortes pela Covid (297, com comorbidades, representando 61%).
São 150 óbitos desde o início do ano (64 dias): uma média diária de 2,3 mortes.
Em 2020 foram 334 vítimas fatais: nos 275 dias entre 31 de março (quando se registraram as primeiras duas mortes) e 31 de dezembro, a média de óbitos foi de 1,2 por dia.
2% da população transmite o vírus
O número estimado de infectantes em Florianópolis é de 10,5 mil pessoas.
Ou seja, no momento, cerca de 2% da população é potencialmente transmissora do vírus.
O termo ‘infectantes’ se refere a um número projetado por cálculos matemáticos, baseado nos casos confirmados, em análise e ativos.
Aumento de 30% nos casos ativos
Já os ‘casos ativos em acompanhamento’ aumentaram 30% em pouco mais de um mês. Em 26 de janeiro, o Floripa Centro divulgou que eram 1,6 mil ativos.
Atualmente, são 2,1 mil.
O termo ‘casos ativos em acompanhamento’ diz respeito ao número de casos que estão diagnosticados por meio de testes e que estão sendo acompanhados pela Vigilância Epidemiológica.
Na região central, 67 mortes
O Centro chegou a 47 mortes, o maior número entre os bairros da Capital.
Embora o Monte Serrat (15 óbitos) e a Prainha (cinco mortes) façam parte do Centro, no Covidômetro aparecem separados.
Assim, somados estes dois ‘bairros’, a região central atingiu 67 vítimas fatais.
Na sequência, seguem Estreito (29) e Ingleses (26).
Vacinas
Florianópolis já vacinou 20.286 pessoas, representando 4% da população de 508 mil pessoas.
A Prefeitura da Capital finalizou, na semana passada, a reinstalação de 40 postes de iluminação pública na Avenida Beira Mar Norte.
Todos eles tinham sido derrubados por veículos envolvidos em acidentes, que, geralmente, terminam em cima da ciclovia ou da calçada.
Desses 40, atualmente tem 39: um ‘novinho em folha’ já foi ‘arrancado’ esta semana no trecho entre a Casa do Governador e o Koxixo’s.
Na madrugada desta quinta-feira, 4, outro grave acidente na via terminou com o carro no meio-fio da ciclovia, também próximo à Casa do Governador.
O veículo em alta velocidade fazia o trajeto Centro-Bairro: se ‘perdeu’, bateu numa árvore e só parou do outro lado da avenida, ao lado da ciclofaixa.
O motorista sofreu ferimentos leves.
Reportagem alertou para riscos em agosto
Esses dados confirmam a necessidade de aumentar os trechos com guard rails na via.
Reportagem do Floripa Centro de agosto de 2020 mostrou os riscos para quem caminha ou circula de bicicleta no local.
Com base na ausência dos postes de iluminação, a matéria apresentou os trechos de maior incidência de acidentes, entre o Centro Integrado de Cultura (CIC), na Trindade, e o Elevado Dias Velho.
Os três principais locais que exigem a colocação urgente de guard rails ficam entre o Supermercado Angeloni e a Casa do Governador; na frente da Praça Celso Ramos (próximo ao Beiramar Shopping) e no acesso ao Elevado Dias Velho.
Neste último trecho, em menos de 100 metros faltavam três postes, sequencialmente, mas que, agora, foram reinstalados.
O que diz a Prefeitura
No ano passado, a Prefeitura de Florianópolis, através do Serviço de Iluminação Pública (Cosip), informou que, nos meses seguintes, iria realizar “uma manutenção geral dos postes da Avenida Beira-Mar Norte, incluindo a recolocação dos que estiverem faltando, em razão de acidentes de trânsito”.
Isso foi cumprido!
Já com relação à colocação de guard-rails, a prefeitura afirmou em agosto que não dispunha de contrato para execução desse serviço, mas que isso seria providenciado.
Em novo contato do Floripa Centro com o secretário de Mobilidade Urbana da Capital, Michel Mittmann, nesta quinta-feira, 4, ele informou que a série de acidentes com invasão da calçada é motivo de preocupação.
“A nossa equipe está trabalhando neste sentido. Não somente ali, mas em outros pontos”, limitou-se a afirmar o secretário.
Confira vídeo com imagens da Guarda Municipal (8/2020):
Trechos com guard rail
Em locais onde, historicamente, os acidentes são mais frequentes, como nas curvas, já existem guard rails.
Ao longo dos sete quilômetros entre o CIC e o Elevado Dias Velho há cinco locais com proteção lateral (no sentido bairro-Centro, ao lado do mar):
– Frente ao CIC.
– Frente ao Angeloni.
– Entre o Mc Donalds e Edifício La Perle.
– Próximo à Ponte Hercílio Luz.
– Curva de acesso ao Elevado Dias Velho.
Esses trechos medem entre 200 metros e 300 metros cada um e protegem tanto pedestres quanto ciclistas.
Os guard rails amassados ao longo da via são mais uma prova de que a proteção é imprescindível.
Durante muitos anos convivemos com o mito de que o isopor não era reciclável.
Ledo engano!
Revendido por R$ 1,00 o quilo, o material, composto principalmente de plástico, é totalmente reaproveitável.
Mas, segundo pesquisa da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), somente 7% da população brasileira sabe disso.
Assim, para incentivar e facilitar a reciclagem estão sendo instalados pontos de entrega nas ruas da cidade.
No Centro já existem em três locais: na Avenida Hercílio Luz, no Largo São Sebastião (Praça dos Namorados) e no Mirante da Beira Mar (nos altos da Felipe Schmidt).
A eles se somam outros sete pontos em alguns bairros da cidade: Coqueiros, Estreito, Santa Mônica, João Paulo, Parque São Jorge e Trindade.
Por enquanto, é um projeto piloto: se der certo, será ampliado para as demais regiões da Capital.
Os pontos de entrega estão sendo instalados ao lado dos contentores que recebem vidros (existem 90 em todo o município).
Volume diminui 95%
O isopor será encaminhado para a Associação de Coletores de Materiais Recicláveis, no Itacorubi, onde o processo de aglutinação retira 95% dos espaços (formado por ar).
O material é transformado num novo produto: o “pãozinho”, como costuma ser chamado.
O tratamento reduz o volume e os custos de logística de transporte.
Parcerias
Para viabilizar o programa, a Prefeitura da Capital assinou um termo de parceria e cooperação técnica com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), de São Paulo, e com a Indústria de Molduras Santa Luzia, de Braço do Norte.
Valor agregado
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Fábio Braga, estimular a entrega das embalagens de isopor em cabines coletoras permite agregar qualidade e valor ao material.
Com melhor separação, facilita o tratamento e o preço de venda do material pode aumentar em até três vezes.
Importante reforçar que, caso você não consiga levar o isopor até os pontos de entrega, o material pode ser descartado junto com os demais recicláveis para a coleta da Comcap.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Comcap)
Por Billy Culleton
Fragmentos de cerâmica indígena com centenas de anos, além de louças, tigelas e vasilhames do século 19 são alguns dos objetos que podem ser encontradas na praia frente ao Forte Santana, na Avenida Beira Mar Norte, na região central da Capital.
No início, parecia um grande furo desta reportagem, descoberto por acaso em visita in loco ao local.
Investigação posterior na internet, no entanto, mostrou que pesquisadores já tinham identificado o sítio arqueológico há mais de duas décadas.
E comunicado às autoridades.
Mas o apelo pela preservação da área foi em vão: não existe nenhuma placa explicativa ou de advertência que possa coibir o saque das peças históricas.
A pesquisa
Em 1999, arqueólogos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) realizaram a coleta de cerâmicas, louças e vidros na praia embaixo da Ponte Hercílio Luz.
Do levantamento surgiu o livro “Arqueologia das fortificações: perspectivas”, organizado por Fernanda Codevilla Soares, e que traz, ainda, dados arqueológicos dos demais fortes da Grande Florianópolis.
Cerâmica dos Carijó
Do material exumado, uma peça que chamou muito a atenção dos pesquisadores foi o fragmento de cerâmica indígena dos índios Carijó, da nação Tupi-Guarani.
“Sabemos que no período do contato, em 1550, o local onde está fixado o Forte era transitado pelos Carijó, como relata Hans Staden (aventureiro alemão que visitou Santa Catarina e escreveu o livro “Duas viagens ao Brasil”).
Isto sugere que este fragmento seja de uma base de contato entre indígenas e colonizadores europeus”, aponta a obra.
Outro material predominante na amostra é a louça branca com decoração impressa, pintada a mão ou mista.
Também fragmentos de pratos, tigelas e xícaras com motivos orientais (do Japão e China), com um repertório muito diverso de técnicas decorativas.
Como está hoje?
Atualmente, as peças históricas continuam a aflorar na linha de praia do Forte Santana em razão da ação erosiva provocada pela mudança da dinâmica das correntes dentro do canal, que altera as marés, conforme explicam os especialistas da Fapesc.
Na visita feita por esta reportagem é possível ver inúmeros objetos parecidos aos catalogados pelos arqueólogos.
São pedaços de cerâmica, similares aos indígenas, e fragmentos de louças antigas.
Uma delas é da marca brasileira “Adelinas, de São Caetano do Sul” (fábrica que funcionou entre 1929 e 1947).
A empresa foi mencionada, há duas décadas, na obra da Fapesc.
Peças estrangeiras
Entre as peças catalogadas pelos pesquisadores catarinenses, a marca estrangeira mais encontrada foi a inglesa J. & G. Meakin (1851), fabricada na China.
Outras marcas brasileiras também estão presentes como as catarinenses Schmidt, de Pomerode, e Santa Terezinha, de São Bento do Sul.
No levantamento feito em 1999, também foram encontrados fragmentos de grés, provavelmente de garrafas, sendo um destes de origem holandesa, e um braço e uma perna de bonequinhas de porcelana.
A grande variedade de objetos coletados corresponde há décadas de utilização do forte e a um padrão de consumo bem variado, de louças mais caras a tipos mais populares.
Onde se encontram os objetos?
O material recolhido pela Fapesc foi armazenado no Museu Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, na Universidade Federal de Santa Catarina.
Uma pequena coleção de referência do sítio também encontra-se no Laboratório de Documentação e Arqueologia da Universidade do Recôncavo da Bahia.
Ministério Público e Iphan
De acordo com a publicação, a ameaça de continuidade da erosão no Forte Sant’Anna e as sucessivas intervenções urbanas sem pesquisa arqueológica suscitou um grupo de historiadores e arqueólogos a elaborarem, em julho de 1999, um documento que foi entregue para a Procuradoria da República em Santa Catarina e para a 11ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Neste ofício são relatadas as constantes destruições e mutilações de sítios arqueológicos presentes no perímetro urbano de Florianópolis.
De acordo com a documentação do Ministério Público, a representação ofertada por Fabiana Comerlato e outros foi ratificada ao arquivamento em 2002.
O que diz o Iphan
O Floripa Centro questionou o Iphan sobre possíveis ações para preservar o sítio arqueológico.
Segue a resposta de Maria Eduarda da Rosa, do Apoio Administrativo do Gabinete da presidência do Iphan:
“Os trabalhos de arqueologia usualmente são feitos previamente a intervenções em solo, o que está acontecendo no Forte Santana. No momento não há previsão de expansão das intervenções para a área externa do Forte e assim não há projeto para recolhimento de possível material na parte externa do Forte. De toda forma, nossos arqueólogos farão vistoria no local para aferir se trata-se material arqueológico e sendo, o mesmo será recolhido”.
A arte urbana estampada ao longo dos 1,5 mil metros de parede já pertence ao passado.
A atual reforma geral na Ponte Pedro Ivo Campos não poupou os clássicos grafites que enfeitavam a passarela de pedestres que liga a Ilha ao Continente.
Eram dezenas de desenhos e pinturas que representavam a arte produzida por grafiteiros de Florianópolis e de vários lugares do país.
Quando a reforma da passarela começou, em maio de 2020, representantes do projeto Street Art Tour, que busca valorizar a arte de rua na cidade, procuraram a Secretaria Estadual de Infraestrutura com o intuito de evitar a desaparecimento dos desenhos da passarela.
“Existe a nossa vontade de preservar alguns desses grafites”, afirmou ao Floripa Centro, na época, Arturo Valle, um dos membros do Street Art Tour.
Confira o vídeo feito pelo Floripa Centro, em maio de 2020, com todos os grafites da passarela:
Digitalizado para ser apreciado no aplicativo
Mas por questões técnicas era impossível a manutenção da arte, no contexto da reforma da Ponte.
As paredes são de metal e para eliminar a corrosão que tomava conta da estrutura era necessário remover os desenhos, o que está sendo feito com hidrojateamento.
O Street Art Tour, então, decidiu fotografar todos os grafites para, posteriormente, disponibilizar os arquivos digitalizados no aplicativo do movimento.
“Estamos fazendo a catalogação dos grafites, com o nome dos artistas e as datas da produção”, informa Rodrigo Rizo, da Street Art.
Ele lembra que grafiteiros de renome nacional deixaram a sua marca na passarela ao longo de 30 anos, entre eles, Gêmeos e Boleta.