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Por estar causando prejuízo a Florianópolis, Ticen terá nova administração para explorar espaço no Centro

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O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) determinou que a Prefeitura da Capital se abstenha de prorrogar o contrato para administração e exploração dos seis terminais de ônibus da Capital.

A medida inclui o Terminal de Integração do Centro (Ticen), o maior da Grande Florianópolis.

Desde 2001, o sistema está sob a responsabilidade da Companhia Operadora dos Terminais de Integração S.A. (Cotisa).

Segundo o TCE, a iniciativa é necessária em razão da atual fórmula remuneratória da Cotisa.
“Há condicionantes completamente desconexas com a atual realidade de mercado. O que configura notório prejuízo à administração pública e contrariedade ao princípio da eficiência”.

Contrato inclui exploração de publicidade e de quiosques (Google Street)

A decisão da Corte também orienta a Prefeitura a iniciar imediatamente os procedimentos para o encerramento do contrato em vigor, previsto para agosto de 2022.

Para isso, deve haver notificação formal da empresa e a realização de levantamento de bens móveis e imóveis, assim, como a apuração de eventuais pendências entre as partes.

O texto também estabelece o início imediato da avaliação sobre a melhor forma de uma futura administração dos terminais (direta ou por concessão), com parâmetros e indicadores atualizados dos serviços prestados.

Confira os seis terminais incluídos na medida:
– Terminal de Integração do Centro (Ticen)
– Terminal de Integração de Canasvieiras (Tican)
– Terminal de Integração de Santo Antonio de Lisboa (Tisan)
– Terminal de Integração da Trindade (Titri)
– Terminal de Integração da Lagoa (Tilag)
– Terminal de Integração do Rio Tavares (Tirio)

(A imagem de abertura é da PMF)

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Atualidade

Vacina chega aos jovens de Florianópolis: última etapa para pessoas acima de 30 anos é nesta semana

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Com a chegada de novas doses, a Prefeitura de Florianópolis retoma a vacinação por faixa etária nesta terça-feira, 10 de agosto.
Nesta ação, serão vacinadas pessoas de 30 anos ou mais.

Na sequência, a imunização será para jovens com 29 anos ou menos.
Além deste público, pessoas de grupos anteriores, gestantes, lactantes e puérperas também poderão se vacinar no prédio da UFSC, no Centro de Florianópolis.

A vacinação terá destaque no ponto fixo no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras, que funcionará durante 24 horas.
A vacinação no local começará às 9h de terça-feira, 10, e irá até 9h de quarta-feira, 11.

Vacinação por faixa etária (Dados do Vacinômetro PMF)

Nesta terça, será feito exclusivamente aplicação de primeira dose.
A segunda dose voltará a ser aplicada na quarta-feira, 11.

Confira o número de vacinas já aplicadas na Capital (Dados do Vacinômetro PMF)

Confira outros locais para imunização:

Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira (Canasvieiras): ponto fixo das 9h de terça até às 9h de quarta .

Centro de Eventos da UFSC e antigo Aeroporto: drive-thru das 9h às 16h.

Imunização por grupos prioritários (Dados do Vacinômetro PMF)

Beira-mar Continental: drive-thru das 9h às 17h.

Floripa Shopping: pontos fixos das 9h às 16h.

Estádio Orlando Scarpelli: ponto fixo das 9h às 17h.

As quatro vacinas disponíveis (Dados do Vacinômetro PMF)

SEAD/Centro: ponto fixo das 9h às 18h30 para pessoas de 30 anos ou mais e gestantes, lactantes e puérperas.

Centro de Eventos da UFSC: ponto fixo 9 às 18h.

Antigo Aeroporto: ponto fixo das 9h às 21h.

(Com informações e imagens da PMF)

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Agendas

Cinco notícias em fotos – Boas-vindas no morro, Catedral revitalizada, chance com visita presidencial e mais…

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Dedicação aos vulneráveis
O Padre Vilson Groh, reconhecido pela sua atuação de quatro décadas junto às comunidades carentes da Grande Florianópolis, recebeu mais uma homenagem.
O retrato foi feito pelo artista Bruno Barbi numa caixa de telefonia localizada na esquina da Mauro Ramos e Major Costa, na entrada do Monte Serrat, onde mora o Padre Vilson.

Renda extra
A visita do presidente Jair Bolsonaro à Capital pode ser a chance de um ganho extra para alguns. Nesta sexta-feira, já estavam sendo vendidas bandeiras do Brasil na Praça Fernando Machado, ao lado da Praça XV.

Está ficando linda!
Com quase três séculos de existência, a fachada da Catedral Metropolitana está recebendo reparos, graças à doação de um fiel. Esta semana, é a vez de nova camada de pintura.

Quem nunca…
‘Mãe, quero xixi!’. O apelo da criança foi atendido emergencialmente, na Rua dos Ilhéus, ao lado do Teatro Álvaro de Carvalho, no Centro.

Emaranhado de fios
A troca de um poste de energia elétrica na região central de Florianópolis exige habilidades extras dos trabalhadores da Celesc. São dezenas de cabos e fios entrelaçados, que vão sendo pendurados sem nenhum controle. O flagrante é na rua Saldanha Marinho, na manhã desta sexta-feira, 6.

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Reportagens Especiais

250 anos do Forte São Luís – Shopping desiste de construir praça estilizada na Beira Mar Norte

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Em 1771 foi construído o Forte de São Luís da Praia de Fora, com o objetivo de reforçar a segurança da então Vila de Nossa Senhora do Desterro.
A iniciativa ocorreu durante a gestão do governador Francisco de Souza de Menezes (1765-1775).

Mas 68 anos depois, em 2 de dezembro de 1839, a fortaleza, localizada na frente do atual Shopping Beiramar, foi à leilão, sendo vendida por um “preço menor do que valia a cantaria de seus portões”, segundo conta o historiador catarinense Oswaldo Rodrigues Cabral na obra ‘As Defesas da Ilha de Santa Catarina no Brasil-Colônia’.

Mapa de 1777 mostra as dimensões da fortificação (Divulgação: fortalezas.org)

O comprador tinha o compromisso de demolir a construção de 1771, no contexto da Revolução Farroupilha (1835-45), com o receio de que cidade caísse em poder dos revolucionários.

Após a demolição, a área ficou abandonada e, no início do século XIX, adaptou-se ali uma fonte pública, transformando o local em um largo, com área livre para montagens de feiras.

O terreno na década de 1980 (Divulgação: fortalezas.org)

O terreno de 50 metros por 40 metros acabou nas mãos do Exército que, em 2018, o cedeu para a Prefeitura da Capital construir uma praça.

Década de 1990, reduto de feiras, já com o shopping construído (Divulgação: fortalezas.org)

Em 2019, o Shopping Beiramar assinou convênio com o município para adotar o espaço e construir uma praça.
Antes de começar a obra, no entanto, seria feito um levantamento arqueológico para verificar os resquícios da antiga fortaleza.

Projeto da frustrada praça (Divulgação)

E foi neste ponto que começaram as divergências: os estudos foram feitos apenas num espaço reduzido do terreno, sendo encontradas algumas peças antigas.

O caso foi parar na Justiça, com questionamentos sobre a abrangência e aprofundamento do levantamento arqueológico.

Recentemente, a Justiça Federal, em ação protocolada pelo Ministério Público Federal, suspendeu a construção da praça até que sejam feitos mais estudos arqueológicos no espaço público.

Imagem atual do espaço (Google Street)

Em razão dessas incertezas, os proprietários do Beiramar comunicaram ao prefeito Gean Loureiro a desistência de adotar a área.
A informação é do colunista Fábio Gadotti, do Grupo ND+, nesta quarta-feira, 4.

Segundo a publicação, a decisão é motivada pela demora de autorização para início dos trabalhos.
“Em que pese defendermos a importância da preservação do patrimônio cultural e histórico da humanidade e a observância das leis, não podemos, sob pena de prejuízo a outros novos projetos que possamos ou pretendemos vir a assumir, ficar atrelados a um projeto ad aeternum, na expectativa da solução de demanda que independe da nossa vontade e cujo prazo para tal não há como ser aferido”, afirmam Waltinho Koerich e Antônio Carlos Scherer, diretores do shopping.

Década de 1970, com o antigo estádio do Avaí onde hoje é o shopping (Divulgação: fortalezas.org)

(A imagem de abertura é um mapa de 1777, do site fortalezas.org e que tem uma arte em vermelho do Floripa Centro, para ressaltar o Forte São Luís)

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Atualidade

Beira-Mar Norte – Arena de esportes ganhará dois restaurantes, um bar, banheiros e academia ao ar livre

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A arena de esportes de praia e lazer, na Avenida Beira Mar Norte, no Centro, passará por revitalização.
A Prefeitura de Florianópolis pretende ampliar o número de quadras de areia, das atuais três para quatro.

No espaço à beira mar serão instalados contêineres para abrigar dois restaurantes, um bar e banheiros.
Ainda haverá um bicicletário e academia ao ar livre.

Atualmente, o local conta com três quadras de areia (Divulgação PMF)

Está previsto um investimento de R$ 1,5 milhão, ao longo de cinco anos.

Parceria com iniciativa privada
A empresa que investir no espaço poderá explorar publicidade e operar a venda de bebidas e comidas nos contêineres.

A futura academia com os espaços para a publicidade (Divulgação PMF)

O objetivo da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer é proporcionar mais lazer e esporte gratuito para toda população, já que é possível praticar vôlei de praia, beach tennis e futevôlei.

“O investimento é na qualidade de vida da população de Floripa. O lazer é importante para o bem-estar das pessoas de qualquer idade. Precisamos oferecer espaços com toda estrutura para a nossa comunidade”, ressalta o secretário Ed Pereira.

A futura academia vista pelo alto (Divulgação PMF)

O prazo de entrega será até o final do ano.

(Com informações da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer)

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Atualidade

Após auxílio da prefeitura, casal de idosos em situação de rua aluga uma casa para morar no Centro

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Pedro* e Marta* estão juntos há 29 anos.
O romance começou em um bailão com música alta e agitada e muitos sorrisos.
Logo após o encontro, os dois nunca mais se separaram.

Em meio à pandemia, Pedro, que estava empregado em uma peixaria, perdeu o seu emprego e ficou em situação de rua após um quadro que misturou perda do trabalho e depressão.
Os três, Pedro, Marta e o seu pet, foram acolhidos pela Prefeitura de Florianópolis, passando pelo Centro Pop, hotel conveniado, Passarela da Cidadania e Casa Rosa, alguns dos abrigos para pessoas em situação de rua da Capital.

Nova renda
Esta semana, o casal se prepara para uma grande transformação: ambos conseguiram um benefício para concessão de renda, após histórico de problemas de saúde e idade avançada.
Com o dinheiro arrecadado, irão pagar aluguel de uma casa no Centro da cidade para poder começar uma nova história.

“Ontem comprei algumas panelas, sabe? Foram cinco no total. Já pagamos o nosso aluguel e vamos recomeçar”, conta Pedro.

Lugar para chamar de ‘nosso’
Marta, de 61 anos, tem problemas cardíacos e está sendo acompanhada pela equipe de Assistência Social e de Saúde do município.
“Fui muito bem acolhida na Casa Rosa, para mim aqui a comida é ótima, mas queremos sair e morar em um lugar nosso”, reitera a dona de casa.

Os dois foram abrigados em conjunto, graças ao olhar técnico da equipe de Assistência Social, que optou por não separar companheiros de tão longa data.

Mascote continua junto
Há duas décadas, o casal acolheu Macaco, o mascote e companheiro da família.
“Ninguém me separa do meu cachorro, ele é como um filho para mim. Eu e minha esposa nos apaixonamos de primeira e eu sempre quis cuidar dela, em todos os lugares que a gente estava”, comenta Pedro, enquanto acaricia seu cachorro ao lado da esposa.

Nos abrigos o cachorrinho do casal também foi acolhido em conjunto, passando por cada local onde seus donos iam.
Em todos os locais para acolhimento de pessoas em situação de rua de Florianópolis, a Prefeitura acolhe e aceita os pets com seus donos.

(*Os nomes são fictícios e as fotos foram pixeladas para manter o anonimato. Com informações e imagens da PMF)

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Agendas

Começa coleta inédita de vidro em bares e restaurantes do Centro: condomínios também serão beneficiados

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Cerca de 600 bares, restaurantes e padarias de Florianópolis passam a contar, a partir desta semana, com coleta exclusiva de vidro.
O recolhimento da Comcap será uma vez por semana em cada bairro que conte com vias gastronômicas, onde a sobra de vasilhame é maior pelo consumo de bebidas.

No Centro, o serviço será aos sábados pela manhã em estabelecimentos localizados nas avenidas Beira Mar Norte e Hercílio Luz, e nas ruas Bocaiúva, Almirante Lamego e Victor Meirelles.

R$ 400 mil para catadores
Todo o vidro coletado é doado para associações de triadores, principalmente a Associação de Coletores de Materiais Recicláveis.

No ano passado, foram reciclados em torno de 2 mil toneladas, com geração de aproximadamente R$ 400 mil em receitas para associações de triadores e economia de R$ 312 mil ao município em transporte e aterro sanitário.

Legislação
Desde 2011,Florianópolis tem legislação obrigando estabelecimentos que vendem bebidas a ter recipientes para acondicionar embalagens pós-consumo e enviar para reciclagem.

Agora, a coleta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) vai ajudar com a coleta na porta dos estabelecimentos.

Basta que o comércio disponha as embalagens de vidro em contentor modelo europeu, de 240 litros, na cor verde, no dia marcado para a coleta seletiva de vidro.

Meta de aumentar coleta em 40% 
A meta da cidade, informa o secretário municipal do Meio Ambiente, Fábio Braga, é aumentar a reciclagem de vidro em 40% este ano.
Em junho, a seletiva de vidro em Florianópolis bateu recorde com a coleta de 214 toneladas.

Com a nova seletiva flex e a rede de mais de 90 pontos de entrega voluntária (PEVs), a estimativa é que no próximo verão estejam sendo recolhidas até 300 toneladas de vidro por mês.

Condomínios residenciais
Assim que a coleta seletiva só de vidro for implantada em bares, restaurantes e padarias, informa a engenheira sanitarista Karina da Silva de Souza, da Secretaria de Meio Ambiente, será avaliada a expansão da coleta seletiva de vidro também para os condomínios residenciais localizados nestes roteiros de coleta.

Roteiros nos bairros:

Segunda-feira: Lagoa da Conceição, Praia Mole e Joaquina

Terça-feira: Ribeirão, Campeche, Rio Tavares e Canto da Lagoa

Quarta-feira: Córrego Grande, Santa Mônica, Trindade e Itacorubi

Quinta-feira: Sambaqui, Santo Antônio e Cacupé

Sexta-feira: Coqueiros e Abraão

Sábado: Centro

(Com informações e imagens da Secretaria Municipal do Meio Ambiente)

 

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Histórias do Centro

Em 1875 – Desterro foi a primeira cidade do Sul do país a se comunicar com o exterior por telegrama

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Por Billy Culleton
Desde um prédio na frente da Praça XV de Novembro, no Centro da então Desterro, partiu a primeira comunicação internacional em tempo real feita no Sul do Brasil.

A façanha, há 146 anos, só foi possível graças à instalação de um cabo submarino que ligava Rio de Janeiro com Buenos Aires.

No caminho, um navio inglês foi interligando as cidades de Santos, Desterro (SC), Rio Grande (RS) e Montevidéu.

Amostras dos cabos submarinos utilizados para ligar o Brasil ao mundo (Acervo do Museu da Companhia Western)

Tudo ocorreu em 1875, com diferença de algumas semanas entre uma cidade e outra, até chegar na capital argentina.
“Na medida em que o cabo ia sendo instalado, o telégrafo já ficava disponível imediatamente, possibilitando o envio de telegramas para o exterior”, explica o engenheiro Carlos Eduardo Porto, que chefiou a Embratel em Santa Catarina no início da década de 1970.
Nascido em Florianópolis há 84 anos, ele também foi diretor da Telesc por 13 anos, até 1983.

O cabo submarino para o Sul do país foi uma extensão de outro que unia o Brasil à Europa desde 1874 e que foi inaugurado por Dom Pedro II.

O serviço de telégrafo no Brasil foi concedido à Western Telegraph Company por um prazo de cem anos.

Prédio atual na Rua João Pinto (Billy Culleton)

Na capital catarinense, a empresa inglesa se instalou em 1874, na Praça XV, e em 1923 mudou-se para um prédio na esquina das ruas João Pinto com Nunes Machado, onde ficou até 1974, quando encerrou as atividades.

O prédio centenário permanece muito bem conservado e é utilizado até hoje como comércio.

Contrato por um século
A concessão do serviço de telégrafo para a Companhia Western no Brasil foi autorizada pelo imperador Dom Pedro II, por um período de cem anos.

Trabalhadores na frente do prédio da Western durante uma greve (Acervo Walter Pacheco Jr)

Assim, até 1974, a companhia era responsável pela operação e manutenção dos cabos submarinos, que transmitiam e recebiam telegramas de diversos pontos do país e do exterior.

Em Florianópolis, os telegramas eram transmitidos por Código Morse através de cabos subterrâneos e submarinos até uma subestação na Praia do Campeche, passando pela Costeira do Pirajubaé.

Telégrafo exposto no Museu Naval em Florianópolis (Billy Culleton)

Dali, as mensagens seguiam para Santos ou Rio Grande, desde onde continuavam para a América do Norte, Europa e África.

“Em Florianópolis, era comum as pessoas ficarem esperando na frente do “Cabo Submarino” – como era chamada a agência de telégrafos na Ilha – por respostas para os telegramas que haviam acabado de mandar”, nos diz o jornalista Rogério Mosimann, na dissertação de mestrado ‘Implicações da internet nos jornais e a presença da RBS na web’ pela UFSC, em 2007.

Sala da Western na Capital (Acervo Walter Pacheco Jr)

Durante mais de 70 anos, até a década de 1950, o telégrafo era o meio de comunicação mais usado pela população.

Primórdios no Brasil e SC
Em 1852 foi feita a primeira ligação telegráfica no país, entre a Quinta Imperial e o Quartel do Campo, no Rio de Janeiro.

Segundo Mosimann, a primeira linha a sair do Rio de Janeiro foi motivada pela Guerra do Paraguai (1865/1870), a fim de conectar a capital do império com Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre.

Em Santa Catarina a conexão com a rede telegráfica começou em janeiro de 1867, através da ligação de Desterro com Laguna.

Mensagem de Dom Pedro
No Brasil, o cabo de telégrafo submarino chegou ao Rio de Janeiro no final de 1873.

O imperador e sua comitiva aguardavam na Praia de Copacabana desde onde foram transmitidos os primeiros sinais para a Bahia.

A primeira transmissão para a Europa foi feita em junho de 1874, com uma mensagem de Dom Pedro II para a Rainha Vitória e ao rei Dom Luís, de Portugal.

Conserto
“Quando sofriam avarias, os cabos submarinos eram recuperados por navios especiais e tecnicamente montados com dispositivo no casco que permitia captar sinais de telegrafia”, descreve o pesquisador Alexandre da Rocha, em ‘A era do Cabo Submarino‘.
Ao detectar o local da ruptura, os navios suspendiam o cabo com guinchos e reativavam a linha.

(Acervo Walter Pacheco Jr)

Funcionários
Segundo Rocha, até 1959, todas as chefias eram inglesas.
O catarinense Ernani Carioni, nos anos 1960, foi o primeiro profissional a exercer a função de engenheiro da agência em Florianópolis sem ser inglês.

Relógio centenário
Um dos mais importantes símbolos da Western Telegraph era o relógio que ficava na janela da sede.

A população florianopolitana costumava acertar as horas baseada no aparelho fabricado em 1911 pela Gillett & Johnston, da Inglaterra.
Ele era muito confiável porque marcava as horas conforme o ‘Meridiano de Greenwich’.

Quando a firma saiu da Capital em 1975, substituída pela Embratel, todos os seus bens foram vendidos ou doados.
Sobrou apenas o velho relógio que foi reinstalado na entrada Norte do vão central do Mercado Público e que funciona até hoje.

Reportagem relacionada:
Relógio inglês do Mercado Público completa 110 anos: para funcionar é preciso dar corda uma vez por semana

(Esta reportagem foi feita baseada no artigo ‘A telegrafia elétrica no Brasil Império’, de Mauro Costa da Silva; ‘Implicações da internet nos jornais e a presença da RBS na web’, de Rogério Mosimann; ‘A era do Cabo Submarino’, de Alexandre da Rocha; A história do telégrafo em Florianópolis, de Walter Pacheco Jr. A imagem de abertura é um mapa de 1860, do acervo do Arquivo Nacional)

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Atualidade

Comerciantes do Terminal Rita Maria buscam redução do aluguel na Justiça, pelo baixo movimento de passageiros

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Treze concessionários/permissionários do Terminal Rodoviário Rita Maria, no Centro de Florianópolis, entraram com ação conjunta para diminuir em 50% o valor do aluguel.

O motivo alegado é a redução no movimento do terminal desde o início da pandemia: entre março e setembro de 2020 o complexo foi fechado parcialmente, pois as viagens de ônibus estavam suspensas.
Nos meses seguintes, mesmo com a reabertura do terminal, a movimentação foi muito menor do que antes da pandemia.

A ação foi julgada recentemente pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina que negou o pleito, mantendo a decisão de primeira instância da Comarca da Capital.

No recurso ao Tribunal, os comerciantes (donos de restaurantes, lanchonetes, farmácias e empresas de turismo) reiteraram o pedido para não terem os nomes inscritos nos órgãos de proteção ao crédito, além de isenção inicial de aluguel entre os meses de março e dezembro e posterior repactuação do valor (50%) enquanto perdurarem os efeitos da pandemia.

Para tanto, alegam desproporcionalidade da relação contratual devido à pandemia e garantem apenas buscar estabelecer o equilíbrio do contrato de forma excepcional, já que “a tutela de redução do percentual de aluguel”, baseada na teoria da imprevisão, tem por fim afastar a onerosidade excessiva.

Lembraram que a intervenção judicial é permitida para que as partes busquem a negociação.

Despejo está proibido
Na análise do pedido, contudo, o desembargador Jorge Luiz de Borba, da 1ª Câmara de Direito Público do TJ, destacou não estar demonstrada a plausibilidade do direito invocado, condição necessária para o acolhimento.

De acordo com o magistrado, relator do processo, a pandemia pode ser justa causa para extinção do contrato ou renegociação, mas não pode ser vista como “um direito à redução do aluguel” do locatário.

No voto, Borba destaca a excepcionalidade da pandemia e recorda que a lei tem tratado das consequências dessa situação, tanto que propostas de obrigatoriedade de redução de prestações contratuais tramitaram no Poder Legislativo e foram rejeitadas, enquanto outras medidas contemplam os efeitos da pandemia, como por exemplo a lei federal que impede ações de despejo, não sendo esse o caso.

“O que pedem, contudo, é a alteração das cláusulas contratuais, e esse pedido não encontra amparo legal”, argumenta Borba, para acrescentar que a exploração comercial das unidades prevê o pagamento de aluguel (cujo valor não está vinculado ao faturamento do estabelecimento) e lembrar que a medida restritiva de fechamento do comércio não está mais vigente, de forma que a economia do Estado já apresenta sinais de recuperação.

O desembargador ainda cita decisões recentes da Corte para ressaltar que os efeitos adversos da pandemia atingem tanto o contratante quanto o contratado e que a teoria de imprevisão não pode ser aplicada, uma vez que isentar os cessionários do pagamento do aluguel transfere o desequilíbrio contratual e desvirtua a natureza onerosa do negócio.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ/SC. As imagens são de Júlio Cavalheiro, da Secom de SC)

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Frio – Cães acompanham as pessoas em situação de rua acolhidas em abrigos da Prefeitura, no Centro da Capital

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A onda de frio aumentou o número de pessoas em situação de rua que buscaram amparo nos abrigos disponibilizados pela Prefeitura da Capital.

Nesta quinta-feira, 29, havia 431 acolhidos: destes, 159 são somente do abrigo emergencial por conta das baixas temperaturas, sendo 121 pessoas na Passarela da Cidadania e 38 no hotel conveniado.

Outras 272 pessoas já frequentavam a Passarela regularmente.

Alguns dos acolhidos têm animais de estimação que podem acompanhar seus donos para se abrigarem nos espaços da prefeitura, o que aumenta a aceitação de ajuda por parte dos desabrigados.

Força tarefa
As pessoas em situação de rua de Florianópolis já eram sensibilizadas 24 horas por dia na Capital, porém, desde a última terça-feira, uma grande força-tarefa envolvendo Assistência Social, Guarda Municipal, Defesa Civil de Florianópolis, Polícia Militar e Polícia Civil foi montada para atender ainda mais pessoas em todas as regiões de Florianópolis.

A força-tarefa irá até sábado das 18h às 24h.

Telefones de contato
A administração municipal orienta a população a entrar em contato com os seguintes números quando encontrar alguém dormindo nas ruas: 153, 190 e 199.

As pessoas sensibilizadas receberão a oferta de um local com cama, kit higiene, refeições, equipe de primeiros cuidados em Saúde e projetos de reinserção social.

(Com informações e imagens da PMF)

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Reportagens Especiais

Há 190 anos – Imprensa de SC começou no Centro de Desterro com a fundação do jornal O Catharinense

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Por Billy Culleton

Neste 28 de julho comemora-se o Dia da Imprensa Catarinense.
Nessa data, em 1831, o lagunense Jerônimo Francisco Coelho lançava o periódico O Catharinense.

Era um jornal de formato pequeno (19cm x 25cm), com seis páginas, que circulou por apenas um ano.
Foram 22 edições, das quais três estão conservadas na Biblioteca Pública do Estado.

Pelo pioneirismo, Jerônimo Coelho se transformou no patrono da imprensa catarinense.

Ele produzia o jornal na sua própria residência, na então Rua do Livramento, atual Trajano.
Na época, Desterro contava apenas com 6 mil habitantes.

Ilustração que faz parte do livro ‘Jerônimo Coelho, esboço biográfico’, de Eleutério Nicolau da Conceição

Prelo
A compra da tipografia e do material necessário para a criação de O Catharinense foi viabilizada graças ao apoio financeiro dos maçons do Rio de Janeiro.
Atualmente o prelo usado por Jerônimo Coelho esta exposto no Museu Anita Garibaldi, em Laguna.

O prelo em exposição em Laguna (Divulgação Museu Anita Garibaldi)

Função social
O principal objetivo do jornal era proteger os humilhados, incluindo os escravos que viviam na cidade.
Prometo velar solícito da guarda da inocência: ela não terá mais de gemer em silêncio. E aqueles que a oprimam, terão de ser dados ao prelo, para serem apontados como opressores da humanidade”, escreveu, no primeiro número de O Catharinense.

E completou: “Eles jamais poderão encarar a liberdade de imprensa sem horror porque, por meio dela, os seus crimes e suas tramas serão sempre expostos ao conhecimento dos povos.”

Ilustração que faz parte do livro ‘Jerônimo Coelho, esboço biográfico’, de Eleutério Nicolau da Conceição

“O jornal propagava o ideal liberal e iluminista, em irrestrita oposição política à monarquia”, escreveu o bibliotecário Alzemi Machado, na obra “A imprensa catarinense no século XIX”.

“A defesa intransigente da liberdade de imprensa defendida por Jerônimo Coelho segue essencial nos dias de hoje”, afirma a presidente da Associação Catarinense de Imprensa (ACI), Déborah Almada.

Ela alerta para recente pesquisa da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) que mostra o crescimento dos ataques a jornalistas ou veículos de comunicação no país: um aumento de 38% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado.

Curiosidade
O Catharinense trouxe a novidade dos ‘classificados’.
Embora tivesse ideias abolicionistas, a edição de 25 de janeiro de 1832 anuncia a venda de um escravo, numa chácara na Praia de Fora.

O segundo jornal de SC
Jerônimo Coelho, conhecido como “Espada Falante”, também fundou o segundo jornal do Estado, “O Expositor”, em 8 de dezembro de 1832.

No mesmo ano, o engenheiro militar foi o responsável pela fundação da primeira loja maçônica em Santa Catarina, chamada “Concórdia”.

Na vida política, Coelho foi deputado e presidente das províncias do Rio Grande do Sul e de Grão-Pará (atual Pará e parte do Amazonas).

O patrono da imprensa catarinense sempre preferiu a vida simples, sem luxos, para poder servir a sociedade com autonomia.

Como escreveu o almirante Henrique Boiteux, na biografia sobre o jornalista:
Pobre nasceu; de mãos limpas viveu e com elas puras morreu. Viveu na honradez e probidade, uma vida sem fausto nem luxo. Acomodava-se às suas circunstâncias e a muitos que lhe estranhavam aquele modo de proceder, contentava-se em dizer: a minha pobreza é a minha riqueza”.

(Esta reportagem foi feita a partir da pesquisa nos livros ‘Jerônimo Coelho, esboço biográfico’, de Eleutério Nicolau da Conceição; ‘A imprensa catarinense no século XIX”, de Alzemi Machado, e ‘Jerônimo Coelho, um liberal na formação do II império’, de Carlos Humberto Corrêa. A imagem de abertura é a tela ‘Vista de Desterro’, de Victor Meirelles, feita em 1847 e que mostra a Rua do Livramento, no Centro da cidade)

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Na onda do surfe – Aulas gratuitas para crianças e jovens, em piscina coberta e climatizada, no Centro da Capital

A medalha de ouro em Tóquio deve incentivar ainda mais a procura pela prática do surfe em todo o país e, em especial, na capital catarinense.

Para promover ainda mais este tradicional esporte da cidade e oferecer novas oportunidades para crianças e jovens de comunidades carentes, a Prefeitura de Florianópolis está oferecendo aulas gratuitas na piscina pública, localizada na Passarela da Cidadania, no Centro.

Mesmo em uma piscina sem ondas, os alunos aprendem as remadas, como ficar em pé em cima da prancha e até algumas manobras que fazem parte da técnica de iniciação.

Como se inscrever
As aulas acontecem todas as segundas e quartas-feiras, das 13h às 16h20.
Ao todo são atendidas cerca de 1 mil crianças de vários bairros da Capital.

Os pais e responsáveis podem preencher a ficha de inscrição com os líderes comunitários dos bairros ou se dirigindo até a Passarela do Samba, na Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis.

São disponibilizados transporte e alimentação a base de frutas.

Piscina abandonada foi revitalizada
A piscina pública fica atrás das arquibancadas da Passarela do Samba ‘Nego Quirido’, com vista para a Baía Sul.
Construída em 2009, ficou abandonada por quase uma década.

“Era uma piscina que nunca havia sido utilizada. Reformamos, colocamos cobertura e aquecimento e veja só: como o espaço pode transformar vidas”, disse o prefeito Gean Loureiro.

A obra de revitalização, iniciada em 2018, tornou a piscina semiolímpica, com 25 metros de comprimento e 20 metros de largura.

A estrutura conta ainda com cobertura metálica, isolamento térmico e acústico, revestimento com blindex nas laterais e quatro bombas de climatização para o aquecimento da água.
Isso permite a utilização da piscina em diversos períodos do ano, com muito mais conforto.

“O avanço social que conseguimos com a revitalização da piscina pública é imenso. Sem dúvida, essa integração entre crianças e jovens de diversos bairros é o melhor caminho para um futuro digno”, ressalta o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Ed Pereira.

(Com informações e imagens da PMF)

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