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Reportagens Especiais

Desde 1750 – Praça que foi principal fonte de água do Centro de Florianópolis ganha academia ao ar livre

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Nos séculos 18 e 19, o espaço onde está localizada a Praça Pio 12, ao lado das Lojas Americanas, no Centro de Florianópolis, tinha uma fonte, usada pela população para recolher água.

Era conhecido como Largo da Carioca (em alusão à fonte, que assim se chamava).

Já a rua que passava na frente (atual Felipe Schmidt) era chamada Rua da Fonte do Ramos, em referência ao sobrenome dos proprietários das terras do entorno da área.

Na área foi instalada uma academia de ginástica, nesta terça-feira, 24.
A iniciativa foi da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social da Grande Florianópolis (Asaprev) pela passagem do 35º aniversário da entidade.

A fonte que ali nascia formava um córrego que passava pela Rua 7 de Setembro e ia desaguar no mar, a poucas quadras, segundo conta a urbanista Eliane Veras da Veiga, no livro “Florianópolis, Memória Urbana”.

Em 1887, o riacho foi canalizado e foram construídas fontes para lavação de roupa.

Já no início do século 20, o espaço arborizado não tinha muito aproveitamento.
Mas a partir da metade do século, foi construído o primeiro terminal de ônibus da cidade, que funcionou até a década de 1980.

Foi na gestão do prefeito Sérgio Grando (1993-1996) que o local foi revitalizado, se transformando na atual Praça Pio 12, que passou a contar com um estacionamento subterrâneo.

(As fotos históricas são de autoria desconhecida. As atuais, de Billy Culleton)

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Atualidade

Morro do Mocotó, no Centro, recebe novo polo de educação para jovens e adultos

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A Prefeitura de Florianópolis, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, abrirá um novo polo de Educação de Jovens, Adultos e Idosos.

Em parceria com a Associação de Amigos da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (Acam), duas turmas de EJA funcionarão naquela comunidade da região central a partir do dia 2 de setembro, quinta-feira.

Haverá uma turma no período da tarde, e outra, à noite.
No horário das 14h às 17h, estão matriculados 12 estudantes, que terão aulas na terça, quinta e sexta-feira.
No período das 19h às 21h estarão frequentando a modalidade de ensino 19 pessoas, de segunda a quinta-feira.
As atividades ocorrerão na sede da Acam , Rua 13 de Maio, 149, Fundos 43.

Informa o secretário municipal de Educação, Maurício Fernandes Pereira, que a demanda no Morro do Mocotó é para moradores que ainda não concluíram o ensino fundamental.
“Eles terão a oportunidade de seguirem em frente na busca de mais conhecimentos, elevando o seu nível de escolaridade. E a EJA está aí para isso. Para abrir portas de oportunidades”, enfatiza.

Os interessados em participar das turmas, podem se dirigir, no horário de aula, à sede da Associação de Amigos da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó para se matricularem.

Podem entrar em contato também, para outros detalhes, com a Secretaria de Educação pelos telefones 3251-6102 ou 3212-0925.

Com essas duas turmas, a EJA estará presente em 27 localidades da Capital, seja na Ilha ou no Continente.

A modalidade atende pessoas com idade a partir de 15 anos que queiram se alfabetizar e concluir o ensino fundamental.

Com um modelo pedagógico próprio que parte do interesse e das questões da vida real de cada estudante, estão matriculados na Educação de Jovens, Adultos e Idosos mais de 1.800 pessoas.
“Estaremos abrindo polos onde houver necessidade”, declara o secretário de Educação.

(Com informações  e imagens da Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação)

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Histórias do Centro

Desde 1869 – Primeira escola alemã de Florianópolis, ao lado da Igreja Luterana, no Centro, foi confiscada na Guerra e transformada em prisão

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Por Billy Culleton
Quem passa na frente do pequeno e belo templo, na Rua Nereu Ramos, não imagina que é um símbolo da resistência dos descendentes alemães em Florianópolis.

Originalmente, a Igreja Luterana (próxima ao Ceisa Center) encontrava-se no mesmo terreno da Escola Alemã.
A área foi dividida para a construção da Rua Leoberto Leal, na década de 1940.

No ano 1869 os primeiros imigrantes alemães protestantes que chegaram a Florianópolis inauguraram a instituição educacional, no imóvel que hoje abriga o casarão da comunidade luterana.

A escola buscava atender as crianças das famílias alemãs da cidade, mas também aceitava alunos de outras etnias.

Jardim de Infância da Escola Alemã em 1931 (Acervo Igreja Luterana)

Modesta, como consta nos arquivos da comunidade, no início possuía apenas “duas cadeiras, uma mesa, seis mesas escolares para 24 crianças, duas lousas com cavalete e régua, um recipiente para água, uma caneca de lata, uma vassoura e uma pá”.

Igreja de 108 anos
Em maio de 1913, os luteranos inauguraram a Igreja Evangélica Alemã de Florianópolis.
Na época, a comunidade contava com 132 membros/famílias.

Festa da inauguração em 1913 (Acervo Igreja Luterana)

Criou-se, assim, um novo marco para os protestantes locais, que passaram a ter um local adequado para a celebração dos cultos.

A arquitetura neogótica do templo foi desenhada pelo jovem pastor Theodor Gründel.

Junto com a igreja foi construída uma casa pastoral, que foi posteriormente demolida.
Atualmente, o espaço abriga um estacionamento terceirizado, mas de propriedade dos luteranos.

No início do século passado, a região, apesar de próxima do Centro, era dominada por grandes chácaras e áreas verdes.

Hostilidade e suicídio
Tudo corria normalmente até o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando os imigrantes alemães no Brasil começaram a ser hostilizados por questões ideológicas.

Lançamento da pedra fundamental da igreja, em 10 de novembro de 1912 (Acervo Igreja Luterana)

Em Santa Catarina, o governador Felipe Schmidt proibiu cultos e demais atividades em língua alemã, alegando revolta do povo contra os germânicos.
A informação consta na dissertação de mestrado de João Klug, no Curso de História da UFSC (1991), intitulada “Consciência germânica e luteranismo na comunidade alemã de Florianópolis”.

Registro de 1938 (Acervo Igreja Luterana)

Por causa das ofensas contra a comunidade, dois membros da diretoria abandonaram seus cargos, conta Klug.
No dia 31 de outubro de 1917, o empresário Carl Hoepcke renunciou à presidência da comunidade.
Uma semana antes, o secretário Conrad Goeldner havia se suicidado.

Pregação bilingüe
Segundo Klug, em março de 1918, após consulta ao secretário de Estado Fulvio Aducci, foi possível recomeçar os cultos, com a ressalva de que as pregações deveriam ser em português.

Interior do templo (Divulgação Luterana Esperança)

Diante da argumentação de que era justamente a pregação o centro do culto luterano, houve consentimento de se pregar em alemão, desde que também em português.
Dessa forma, foi decidido reiniciar os cultos no domingo 17 de março de 1918.

A Escola Alemã em registro sem data especificada (Acervo Igreja Luterana)

Confisco na Segunda Guerra
Com o fim do conflito bélico, as atividades da comunidade luterana voltaram à normalidade.
Duas décadas depois, no entanto, começou a Segunda Guerra Mundial e novamente as hostilidades contra os descendentes de alemães.

No início da década de 1940, as atividades na Escola Alemã foram suspensas.
O prédio foi confiscado durante o governo de Nereu Ramos e transformado em prisão.
Depois, sediou um pequeno hospital e um órgão da administração pública estadual.

Desfile dos alunos da Escola Alemã, que teve que mudar o nome para Escola Barão de Rio Branco (Acervo Igreja Luterana).

Na década de 1970, o imóvel foi devolvido à comunidade luterana, que mantém o casarão impecável até a atualidade, abrigando a secretaria, uma biblioteca e salas multiuso.

Placa na frente do templo

(Esta reportagem foi feita com base na obra “Consciência germânica e luteranismo na comunidade alemã de Florianópolis” e nos arquivos da Igreja Luterana de Florianópolis. As imagens atuais são de Billy Culleton)

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Agendas

Farsa dos termômetros digitais completa 18 meses – Ministério Público Federal arquiva denúncia do Floripa Centro

Órgão argumenta que não tem como periciar aparelhos usados nas entradas de supermercados, shoppings e igrejas

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A população de Florianópolis (e do resto do país) continua sendo submetida à aferição de temperatura ao ingressar em grandes estabelecimentos comerciais, igrejas ou órgãos públicos.

Na maioria das vezes, os números apontados nos termômetros digitais são risíveis: entre 33º e 35º.
Poucas vezes atestam a temperatura normal do corpo humano, entre 36º e 37º.

Em maio de 2020, o Floripa Centro denunciou a farsa e a reportagem acabou servindo como base para abertura de um inquérito civil junto ao Ministério Público Federal (MPF).

O que diz a Anvisa:
O MPF ouviu a Anvisa, que disse que esses aparelhos não precisam da aprovação do órgão:
Os equipamentos utilizados para medir a temperatura corporal com finalidade exclusiva para triagem de pessoas em ambientes públicos, sem indicação para fins de diagnóstico médico, não são considerados produtos para saúde (…) e não precisam de aprovação da Anvisa para sua utilização”.

Somente os termômetros digitais infravermelhos com indicação de uso para fins de diagnóstico em saúde (…) são considerados produtos para a saúde e que estão sujeitos à aprovação e controle da Anvisa”, diz o texto do inquérito.

O que diz o Inmetro:
A Procuradoria da República também consultou o Inmetro:
Verificou-se que, segundo o Inmetro, não existe regulamentação técnica metrológica em vigor para os termômetros digitais infravermelhos utilizados para medição da temperatura dos consumidores nas entradas de supermercados, shoppings e igrejas”.

E segue:
Mencionou que a Regulamentação Técnica Metrológica decorre de um processo com as seguintes etapas: análise de demandas, desenvolvimento da Regulamentação Técnica e implementação do regulamento, realizadas a partir da Análise de Impacto Regulatório-AIR”.

Acrescenta ainda:
Não obstante, o Instituto elaborou um Guia do Termômetro Infravermelho de boas práticas para utilização deste equipamento, como medida alternativa, mas trata o aparelho como clínico, levando a crer que são utilizados para fins de diagnóstico em saúde e que estão em conformidade com os regulamentos técnicos metrológicos e dentro dos parâmetros estabelecidos pela Anvisa”.

Os argumentos do MPF para o arquivamento:
Diante das avaliações da Anvisa e Inmetro, o procurador da República, Carlos Augusto de Amorim Dutra, fez as seguintes observações, ao arquivar o inquérito, nesta quarta-feira, 18 de agosto:

— “Ante as inconsistências acerca da funcionalidade, qualidade e eficiência dos termômetros infravermelhos, foi solicitada a realização de parecer técnico da Assessoria Pericial do Ministério Público Federal”.

— “Contudo, a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise da Procuradoria-Geral da República apresentou resposta devolvendo a solicitação de perícia com a informação de que o Centro Nacional de Perícia da Secretaria não dispõe de perito com aptidão técnica para o desempenho da perícia, nem equipamentos apropriados para sua realização”.

— “Diante da inviabilidade da realização de análise pericial pelo setor competente, não cabe ao Procurador signatário buscar profissional com aptidão técnica necessária para o prosseguimento com a investigação e deslinde da questão”.

— “A instauração de inquérito civil deve objetivar, uma vez instruído, o arquivamento, a expedição de recomendação, a celebração de termo de ajustamento de conduta ou a promoção de ação civil pública”.

— “Nesta oportunidade, no âmbito do Ministério Público Federal e pelos elementos existentes no Inquérito Civil, não vislumbro outras providências a serem adotadas, ficando, desde já, ressalvada a possibilidade de atuação futura da Procuradoria da República em Santa Catarina, se necessária, nos moldes legais, caso seja indicado algum profissional perito que tenha atuação na área e/ou novos fatos cheguem ao conhecimento deste Órgão Ministerial”.

— “Diante do exposto, com base na Lei nº 7.347/85, art. 9º, decido promover, fundamentadamente, o ARQUIVAMENTO dos autos, e determino a sua remessa, no prazo de até 3 dias, à colenda 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em cumprimento ao disposto na Lei Complementar nº 75/93, art. 62, IV c/c a Lei nº 7.347/85, art. 9º, §1º”.

Confira aqui a íntegra da decisão do Ministério Público Federal

Matérias relacionadas:
A farsa dos termômetros digitais usados na entrada de supermercados, shoppings e igrejas no Centro

Após denúncia do Floripa Centro – Ministério Público de SC investiga eficácia dos termômetros usados em mercados

 

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Atualidade

Depósito clandestino no Centro comercializa 500 quilos de fios de cobre furtados da via pública de Florianópolis

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A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de receptar fios elétricos em Florianópolis.
A ação faz parte de uma operação realizada pela 1ª Delegacia de Polícia da Capital, na tarde de quarta-feira, 18.

A operação acontece após inúmeros registros de furto de fiação nas ruas do Centro de Florianópolis, inclusive na Ponte Hercílio Luz, nos últimos meses.

O investigado, de 45 anos, tinha um depósito na Rua Laura Caminha Meira, próximo ao Instituto Estadual de Educação, na Avenida Mauro Ramos.

Durante as buscas, foram encontrados fios e cabos provenientes de rede elétrica da Celesc e foi constatado que o responsável pelo local se utilizava de “gato de luz” para manter o seu comércio.

Segundo o delegado Arthur Lopes, responsável pela investigação, somente em agosto foi comercializada meia tonelada de cobre no local.

O quilo do metal é negociado entre R$ 20 e R$ 30.

Reportagem relacionada:
Prisões e apreensões na Capital pelo furto de fios e cabos de cobre da Ponte Hercílio Luz e de sinaleiras

A investigação apurava denúncias de receptação nesse endereço, onde há movimento de moradores de pessoas em situação de rua e usuários de drogas, de dia e noite.

O homem foi conduzido à Delegacia de Polícia e autuado em flagrante pelos crimes de receptação qualificada e de furto de energia elétrica.

A ação contou com o apoio da Academia da Polícia Civil (Acadepol), de técnicos da Celesc e do Instituto Geral de Perícias (IGP).

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Civil. As fotos são do arquivo da PC)

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Papelão, latinhas e ferro – Comércio de recicláveis acontece ao ar livre no Centro de Florianópolis

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Um quilo de latinhas de alumínio é comprado a R$ 5,00.
O mesmo peso de papelão, a R$ 0,50.

A negociação acontece em dois locais centrais da Capital: ambos na Avenida Paulo Fontes.

Um está instalado a 100 metros do Mercado Público Municipal, ao lado do estacionamento da Associação Florianopolitana de Voluntários (Aflov).

Num banquinho improvisado na calçada, uma mulher aparentando 35 anos fica sentada ao lado de uma balança.
Os catadores, a maioria com perfil de estar em situação de rua, se aproximam com seus carrinhos, pesam a mercadoria e recebem o pagamento, que varia entre R$ 5 e R$ 7, na maioria das vezes.

Na sequência, o produto é colocado dentro de um caminhão estacionado na frente e será transportado, no final de tarde, aos galpões de recicláveis existentes no Continente.

Prazo para sair
O outro comércio ambulante de recicláveis fica próximo à Praça XV de Novembro, no aterro da Baía Sul.
O local ao ar livre, ao lado de uma lanchonete, está lotado de material, inclusive geladeiras e lavadoras de roupas.
“Hoje é o último dia”, disse à reportagem, nesta terça-feira, 17, um dos dois homens que cuidavam dos produtos.

“Mandaram nós sair daqui”.

A placa com os preços dos recicláveis indicava os valores que aparecem na abertura da reportagem, que são os mesmos utilizados perto do Mercado Público.

Combate ao recolhimento ilegal
O poder público tem buscado coibir o recolhimento ilegal dos recicláveis separados por condomínios, residências e comércios para serem retirados pela Comcap diariamente.

Muitos recicladores se antecipam à Comcap e carregam o material em camionetes e pequenos caminhões.
Na maioria das vezes, escolhem os materiais mais valiosos (como metais e papelão) e descartam o restante.

Estas características não se aplicam aos pequenos ‘atravessadores’ que vão catando latinhas e papelão pelas ruas e também nas lixeiras públicas, na maioria das vezes em pequenas quantidades.

Por que proibir?
Proibir a ação dos recicladores ‘profissionais’, que recolhem o material antes do que a Comcap, seria condenável, caso não fossem levados em consideração dois fatos relevantes, publicou o Floripa Centro, em julho.
A reportagem tratava sobre uma blitzs da Guarda Municipal na região central da Capital.

Primeiro, o material recolhido pela Comcap é destinado integralmente para a Associação de Coletores de Materiais Recicláveis, composta por 200 famílias, que sobrevivem da doação de recicláveis da coleta pública.

O galpão do projeto, que atende a 200 famílias, está instalado no terreno da Comcap, no Bairro Itacorubi.

Outro aspecto relevante: na Associação, TODO o material reciclável é reaproveitado, não apenas o mais valioso.

(Texto e fotos de Billy Culleton)

 

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Reportagens Especiais

Bonecos do Berbigão do Boca voltam às ruas do Centro – Feira de Cascaes acontece na Praça XV, neste domingo

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Após quase dois anos enclausurados no Clube Doze por causa da pandemia, os 40 personagens da cultura popular florianopolitana, que ‘viraram bonecos’, poderão passear mais uma vez pelas ruas centrais de Florianópolis.

Os enormes bonecos do Berbigão do Boca são uma das atrações da Feira de Cascaes, que acontece no domingo 22 de agosto, das 10h às 17h, na Praça XV de Novembro.

O evento gratuito reunirá todas as feiras de artesanato registradas na Prefeitura, 22 atrações culturais, barraquinhas étnicas, food trucks e espaço kids.

A previsão é de que a Feira aconteça a cada dois meses no segundo domingo de cada mês, com três edições até o final do ano.
A edição de agosto está marcada para o dia 22 por conta do Dia do Folclore.

A primeira edição tem como tema “Vem cá, meu boi!” em homenagem ao Dia Municipal do Boi de Mamão, celebrado em 20 de agosto.

“A Feira de Cascaes vai reunir diversos elementos da nossa cultura. Gastronomia, música, artesanato, diferentes atrações culturais, tudo gratuito, ao redor da nossa Praça XV. Em ambiente aberto e com controle de acesso. Tudo foi planejado para garantir a segurança dos visitantes” explica Fábio Botelho, superintendente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.

Protocolo e aplicativo
A feira adotará os protocolos sanitários necessários para manter a segurança dos visitantes.

Um dos recursos utilizados para o controle de acesso será o aplicativo Secult Floripa. Os interessados em visitar a feira já podem baixar o aplicativo e aguardar a disponibilização do link para fazer o seu cadastro.

Para quem não conseguir se cadastrar previamente, haverá a possibilidade de fazer o registro no momento de entrada.

Durante a feira, a Fundação Somar estará arrecadando itens de higiene e beleza para mulheres vítimas de violência doméstica.

(Com informações da Fundação Franklin Cascaes. A foto de abertura é de Billy Culleton)

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Agendas

Jovens carentes do Centro ganham bolsa integral para fazer curso de manutenção de aeronaves

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Trinta jovens com perfil de vulnerabilidade econômica começaram a frequentar a Escola de Aviação, na Grande Florianópolis, esta semana.
Eles iniciaram o curso de manutenção de aeronaves, que tem duração de dois anos, e é oferecido pelo Senai de Palhoça.

Uma parceria do Instituto Vilson Groh (IVG) e a Fiesc permitiu o benefício de bolsa integral para todos os jovens, alguns deles moradores do Maciço do Morro da Cruz, na região central da Capital.

Curso tem custo anual de R$ 6 mil (Divulgação IVG)

O IVG tem diversos projetos sociais no Centro de Florianópolis e em São José que atendem a mais de 5 mil pessoas, principalmente, crianças e adolescentes de famílias carentes.

Após a conclusão do curso, os jovens poderão atuar no setor de manutenção de grandes companhias aéreas, empresas de táxi aéreo, fabricantes e montadoras de aeronaves, além de operadoras de helicópteros, escolas de aviação e nas Forças Armadas.

(A imagem de abertura é divulgação da Fiesc)

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Histórias do Centro

Há 86 anos – Primeiro voo regular entre Florianópolis e São Paulo tinha capacidade para quatro passageiros

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Por Billy Culleton
Em 16 de janeiro de 1935, ocorreu o primeiro voo regular de passageiros entre Florianópolis e São Paulo, feito pela empresa Aerolloyd Iguassú.

A façanha se deu no ‘Campo do Centro de Aviação Naval’, atual Base Aérea, no Bairro Carianos.
Até então a capital catarinense só recebia hidroaviões, que pousavam na Baía Sul, com desembarque nos trapiches próximos ao Mercado Público Municipal.

A linha entre as duas capitais começou com pequenos aviões, de três e quatro lugares, e fazia escalas em Itajaí, Joinville e Curitiba.
A frequência era bissemanal, partindo de Florianópolis às quartas e sextas-feiras, às 10h.

Jornais da Capital anunciam o novo serviço em janeiro de 1935 (Acervo digital Biblioteca Pública de SC)

Os aviões desenvolviam uma velocidade de 170 quilômetros por hora ‘de modo a poder ir daqui (Florianópolis) em duas horas e meia ou três horas de voo’, como publicou o Jornal O Estado, de 17 de maio de 1933, ao apresentar a novidade que chegaria à cidade.

Cabine do avião Stinson, com dois comandos (Wikipedia)

Origem em 1933
A Aerolloyd Iguassú começou a operar em 30 de junho de 1933, na rota entre Curitiba e São Paulo, e contava com aviões monomotores Klemm K1 31A e Stinson Reliant.
Mas a iniciativa de unir as cidades do Sul e Sudeste do país fracassou, principalmente, pela falta de mão de obra especializada e também pelo tipo de aeronave utilizada, que não eram ideiais para operar em rotas predominantemente montanhosas.

Por isso, em 28 de março de 1939, a empresa foi vendida para a Vasp.

Anúncio no Jornal o Estado, de 23/1/1935 (Acervo digital da Biblioteca Pública de SC)

A Aerolloyd Iguassu, que foi a primeira companhia de aviação brasileira a voar sem o auxílio técnico de empresa estrangeira, tinha escritório no Hotel La Porta, ao lado da Praça XV.

Reportagem relacionada:
— Há 93 anos – Florianópolis foi a primeira cidade do país a receber um avião comercial brasileiro (e tem vídeo!)

História do Aeroporto de Florianópolis
Em 10 de maio de 1923, instalou-se o Centro de Aviação Naval, num terreno que pertencia à antiga fazenda Ressacada.

Quatro anos depois, em 21 de junho de 1927, aterrissou o primeiro aeroplano, da Companhia Latécoerè, pilotado por Paul Vachet.
As informações constam na dissertação de mestrado em Geografia da UFSC, de Diogo Quintilhano, entitulada ‘Transporte aéreo de cargas em Santa Catarina’, de 2014.

Modelo do avião Stinson que fazia a linha para SP (Imagem Youtube)

Era o início das atividades comerciais regulares, na área onde hoje se localiza o atual Aeroporto de Florianópolis.

Até 1955, o aeroporto possuía uma torre de controle, construída em madeira, uma pista de concreto de 1,5 mil metros x 45 metros e um pátio gramado de estacionamento de aeronaves.

No local estabeleceu-se a Base Aérea de Florianópolis para responder às necessidades da aviação militar e comercial.

No período de 1952 a 1954, foi construído o terminal de passageiros.

(Esta reportagem foi baseada em pesquisas de jornais antigos de Florianópolis e São Paulo e na dissertação de mestrado ‘Transporte aéreo de cargas em Santa Catarina’).

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Construído em 1830 – Galeria de artesanato catarinense reabre num dos prédios mais antigos de Florianópolis

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Nesta sexta-feira, 13 de agosto, a Galeria do Artesanato, localizada no Centro de Florianópolis, reabre para atendimento ao público.

O imóvel, construído em 1830, sediou o primeiro quartel da Polícia Militar de Santa Catarina, na esquina da Praça XV com a rua Victor Meirelles.

No local funciona, desde 2019, a Galeria de Artesanato cultural de Santa Catarina.

A exposição, tradicionalmente, fica na Casa da Alfândega, ao lado do Mercado Público Municipal.
Porém, o prédio histórico está sendo reformado pelo Iphan.

O imóvel, ao lado dos Correios, está em bom estado de conservação após passar por restauração.

Assim, além de apreciar o melhor do artesanato catarinense, é possível admirar a arquitetura de quase dois séculos.

O horário de funcionamento será de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h e, aos sábados, das 9h às 13h.

História
A edificação foi construída por iniciativa particular nos anos 1830 e adquirida posteriormente pela Companhia de Polícia, tendo sido utilizada como quartel no térreo e Assembleia no andar superior.

Registro sem identificação de data (Acervo Casa da Memória)

Em 1875, passou por obras que alteraram as fachadas, sendo significativa a inserção de platibandas com frontões na fachada frontal e posterior.

Em 1905 recebeu melhorias para sediar a Prefeitura de Polícia, atual Polícia Civil.

Já em 1956 passou a abrigar o Tribunal de Contas do Estado, depois a Procuradoria Geral do Estado e finalmente a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) até 2012.

Imagem da década de 1960, após uma grande reforma

O imóvel é propriedade do Estado e está sob a tutela da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

(Com informações da FCC. As imagens antigas são do acervo da Casa da Memória e as atuais, de Billy Culleton))

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Filha do ‘Dr. Deba’ faleceu em março – Casa da Memória e rua no Centro passam a se chamar Annita Hoepcke

A Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou, esta semana, por unanimidade a proposta que homenageia a empresária e ex-presidente do Instituto Carl Hoepcke, Annita Hoepcke da Silva.
Filha do ex-governador Aderbal Ramos da Silva, conhecido como ‘Dr. Deba’, ela faleceu em março, aos 84 anos.

O Centro de Documentação e Pesquisa da Capital agora será chamado de “Casa da Memória Annita Hoepcke da Silva”.
Antes, o nome era “Centro de Documentação e Pesquisa Casa da Memória”.

Annita, em 2019, recebendo homenagem (Acervo Instituto Carl Hoepcke)

Rua na fábrica de pregos
Além da Casa da Memória, a via pública que parte da Avenida Paulo Fontes, se estendendo até a Rua Claudino Bento da Silva, no Centro, passará a se chamar Alameda Annita Hoepcke da Silva, conforme proposta do vereador Roberto Katumi, presidente da Câmara Municipal.

Mapa do local (Acervo CMF)

Até esta semana a rua se chamava Henrique Valgas. O antigo nome continua do outro lado da Rua Claudino Bento da Silva, atrás da Receita Federal.

A via fica próximo à Rodoviária Rita Maria, no entorno dos galpões que sediaram as antigas fábricas de pregos e de gelo do Grupo Hoepcke.

Galpões foram reformados para receber complexo (Billy Culleton)

Sobre a Casa da Memória
Inaugurada em 30 de março de 2004, a Casa da Memória de Florianópolis é um centro de documentação da vida social e cultural do município.

Com 470 metros quadrados, o prédio da Casa da Memória está situado no centro histórico da cidade, próximo à Catedral Metropolitana.

A edificação foi erguida em 1929 para sediar o antigo Partido Republicano Catarinense, na gestão do então governador Adolfo Konder.

Entre 1949 e 1978, abrigou o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC).

Posteriormente, até 1995, sediou a seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Fachada do prédio histórico (Acervo Casa da Memória)

O imóvel de arquitetura eclética, com dois pavimentos e um porão alto, remete ao estilo de construção da moda na década de 1920, o art nouveau.

A fachada apresenta longas aberturas, esquadrias em madeira, vidros jateados e rebaixos geométricos.

No hall de acesso, uma ampla porta de vai-e-vem leva o visitante a corredores, escadas e salões com forros em madeira.

(Com informações da Casa da Memória Annita Hoepcke da Silva. A imagem de abertura é do Google Street)

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Em Florianópolis, 96% das mortes por Covid foi de pessoas que não estavam totalmente imunizadas

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Desde 1° de março de 2021, houve 482 óbitos por Coronavírus, na Capital.

Destes, 465 não estavam completamente imunizadas: ou seja, em 96,5%, os sintomas começaram depois de 28 dias após a segunda dose da vacina.
Outras 17 pessoas morreram mesmo com a imunização total, representando 3,5% do total.

O levantamento foi feito pela Prefeitura de Florianópolis, por meio da Vigilância Epidemiológica, e divulgado nesta quarta-feira, 11.

Dados dos últimos 30 dias
Desde 10 de julho, a Capital registrou 17 óbitos, sendo oito pessoas que não tinham comorbidades.

Dados do governo de SC mostram o perfil dos óbitos

Desde o início da pandemia houve 1.017 mortes em Florianópolis.

Nos últimos 30 dias, foram 1,8 mil novos casos confirmados.

Recorde com Vacinaço
Florianópolis bateu o recorde de vacinação contra Covid-19 em um único dia, entre terça-feira, 10, e quarta-feira, 11.

Ao todo foram 19.512 doses aplicadas na Capital em pessoas de 28 anos ou mais.

A vacinação durou 25 horas, já que o Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira vacinou todos que estavam na fila até às 9h, estendendo ainda mais o horário de vacinação.

Os dados apontam o esforço das equipes de Saúde e de todos os profissionais de Saúde envolvidos na vacinação na Capital.

Além do grande número de doses aplicadas, o quantitativo aponta que a administração municipal consegue aplicar as doses recebidas muito rapidamente e que, com doses suficientes, vacinaria toda a população em tempo recorde.

Até o momento, mais de 85% dos adultos de Florianópolis já receberam ao menos uma dose da vacina.

(Com informações e imagens da PMF)

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