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População do Centro cresce 19% em nove anos e chega a 52 mil pessoas – Há 20% mais mulheres que homens

No Centro de Florianópolis moram aproximadamente 52 mil pessoas.
Desse total, 28 mil são mulheres e 24 mil, homens.

Os números foram calculados conforme a estimativa do IBGE sobre o aumento da população da Capital entre 2010 e 2019, divulgados no final de agosto.
Os dados oficiais apontam que a cidade de Florianópolis teve um acréscimo de 19% nesse período, passando de 421 mil pessoas para os atuais 501 mil.

O Floripa Centro aplicou esse percentual para o bairro Centro, que em 2010 tinha 44 mil residentes. Assim, a população do Centro chegaria hoje a 52 mil pessoas.
No recente levantamento, o IBGE atualizou os números totais de cada cidade, sem especificar os bairros, o que foi feito somente há nove anos.

Pela projeção, no Centro moram aproximadamente 20% mais mulheres do que homens. Atualmente, são 28 mil do sexo feminino (em 2010 eram 24 mil) e 24 mil do sexo masculino (em 2010 eram 20 mil).

Quando analisada a faixa etária percebe-se uma grande diferença na expectativa de vida conforme o gênero.
As mulheres vivem muito mais que os homens!

Confira:

– Entre 50 e 59 anos, há 31% mais mulheres (4,2 mil x 3,2 mil).

– Entre 60 e 69 anos, há 28% mais mulheres (2,7 mil x 2,1 mil).

– Entre 70 e 79 anos, há 63% mais mulheres (1,8 mil x 1,1 mil).

– Entre 80 e 89 anos, há 117% mais mulheres (1.072 x 495).

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Personagens do Centro – Vamos em frente e com vontade de viver: um braço, uma perna e uma muleta

Provavelmente, o leitor já tenha se surpreendido ao ver esta pessoa em situação de rua pedindo esmolas nas sinaleiras do Centro.
Pela agilidade com que se locomove, dá a sensação de que ele nasceu com deficiência.

Mas, não. Até sete anos atrás, Werner Dutra Tocni levava uma vida normal como músico, em Florianópolis.
Natural de Santa Maria (RS), tocava em bandas de rock e se apresentava em diferentes regiões de Santa Catarina.

 

Em 2012, enquanto testava a guitarra, em Joinville, ele levou um choque elétrico que, posteriormente, provocou a amputação de dois membros direitos: o braço e a perna foram calcinados pela descarga.
Foi quando seu mundo desabou.
“Os primeiros tempos foram terríveis. O pior mesmo, foi o segundo ano.”

Após dois anos na cama decidiu enfrentar a realidade.
E o fez com o que ele tem de mais espontâneo: o sorriso e a esperança.

“Tem muita coisa pior. Mas não posso pensar em pior, tenho que pensar no melhor para mim”, garante, enquanto se desloca aos pulos entre os carros pedindo algum trocado.
Werner, de 37 anos, tem um bom papo: conta causos, sabe tudo sobre rockn’roll e transparece otimismo. Quando sofreu o acidente frequentava a 7ª fase do curso universitário de Ciências Contábeis.

E por que em situação de rua? “Ah, a vida me levou para este caminho…”, transgiversa, acrescentando que ‘logo, logo’ deverá retomar o curso universitário para poder exercer a a profissão.

E nunca tentou pedir auxílio por invalidez? “Já tive esse benefício, mas depois não renovei, porque quero me formar, trabalhar e me aposentar com um salário melhor”.

Assim, entre devaneios, contradições e ilusões, Werner continua enfrentando a dura realidade das ruas de Florianópolis.
Com a metade dos membros, porém, com muita vontade de viver.

E, apesar do sofrimento, é na rua que se sente mais vivo e feliz.
“O problema já aconteceu, agora tenho que pensar em solução. E vamos em frente!”.

Confira vídeo:

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Apenas em 2019, 505 pessoas que ‘tentavam a vida’ na Capital receberam passagens para retornar as suas cidades

Diariamente, pelo menos duas pessoas em situação de vulnerabilidade social ‘ganham’ passagens da Prefeitura de Florianópolis para retornar as suas cidades de origem.
A maioria vem ‘tentar a vida’ na Capital, sozinhas ou com as famílias, e acabam morando nas ruas.
Somente nos primeiros 240 dias deste ano, o município já concedeu 505 passagens para esse fim.

(Fotos: divulgação PMF)

Durante todo o ano de 2018, foram 510, e em 2017, 230. Fazendo uma projeção com os números de 2019 (que podem chegar a 750 passagens) pode-se concluir que haverá um aumento de 50% em um ano, e de cerca de 200%, se comparado com 2017.

A iniciativa da administração municipal, por meio da abordagem social, busca diminuir a população em situação de rua.
Segundo os dados da prefeitura, em três anos houve uma redução de cerca de 50%: de 937 em 2016 para os atuais 459.

As ações de abordagem, sensibilização e oferta de serviços, como hospedagem e alimentação, são realizadas conjuntamente entre município, Ministério Público Estadual e entidades representativas da sociedade civil.

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Mesmo custando o dobro que o Uber, serviço de mototáxi resiste no Centro

O valor mínimo que os mototaxistas do Centro cobram por uma viagem é R$ 20.
Pode ser para o Estreito ou para o Beira Mar Shopping, o custo é o mesmo.
A mesma viagem de Uber, por exemplo, sai menos de R$ 10.

Então, por que alguém usaria o serviço de mototáxi?
“O nosso diferencial é a agilidade, com esse trânsito que está aí, chegamos muito mais rápido que os carros”, explica um dos mototaxistas, que tem o ponto na frente do Ticen, ao lado da Lanchonete Amarelinha.

No local, trabalham cinco homens: três durante o dia; um, à noite, e um, na madrugada.
No Centro existem outros dois pontos informais: no Mercado Público e no entorno da Alfândega.

Eles passam a maior parte do tempo sentados, aguardando algum esporádico cliente, enquanto olham o movimento (ou o celular).
A chegada dos carros por aplicativo acabou quase extinguindo a atividade, que até agora não é formalizada pelo poder público.

“Antes fazia entre sete e nove viagens por dia. Hoje, não passa de duas”, conta o nosso interlocutor, que prefere não se identificar. “Não gosto de aparecer…”.
E fornece outros preços das corridas: para o Saco dos Limões é R$ 25 e para a Costeira, R$ 30.

Ele reconhece que os valores cobrados são altos, mas “é o que todos cobram”.
“Já fui Uber, mas não vale a pena. Prefiro fazer poucas viagens e o que sobra é tudo meu”.

 

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Galpão abandonado ao lado do Terminal Rita Maria é usado por moradores de rua – Fogo poderia afetar Ponte Pedro Ivo

Por Billy Culleton

Um espaço em completo estado de abandono, embaixo da Ponte Pedro Ivo Campos, tem servido como local para consumo de drogas e de hospedagem para pessoas em situação de rua.
Alguns fazem fogueiras no local, o que poderia danificar a estrutura da ponte, caso atingisse grandes proporções.

A poucos metros do Terminal de Ônibus Rita Maria, o galpão de alvenaria encontra-se cheio de lixo e fica aberto para quem quiser entrar, já que o portão foi retirado há vários meses.

Durante mais de uma década, entre 1997 e 2007, ali funcionou um centro de triagem utilizado por catadores de materiais recicláveis.
A atividade foi deslocada para o Centro de Transferência de Resíduos Sólidos da Comcap, no Itacorubi, onde atualmente funciona o projeto, gerenciado por associações de catadores.

Uma das justificativas para a transferência do centro de triagem era o perigo de incêndio provocado pelos materiais recicláveis, que afetaria a ponte.
Embora em menor dimensão, essa ameaça ainda permanece, já que há indícios de fogueiras feitas com o lixo existente no local.

Confira o vídeo dentro do local:

O outro lado:
Consultada, a Secretaria Estadual da Infraestrutura divulgou a seguinte nota:

“Considerando que o galpão localizado embaixo da cabeceira da Ponte Pedro Ivo Campos não é mais utilizado para a finalidade que foi projetado e a impossibilidade de manter uma fiscalização permanente no local – a fim de evitar os constantes arrombamentos da porta, por exemplo – a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE) estuda a possibilidade de remoção da estrutura, que também facilitará na manutenção da ponte”.

Área embaixo da Ponte Colombo Salles, que conta com instalações elétricas de alta tensão, tem portão de ferro, com cadeado. Ao fundo, o galpão abandonado

 

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Personagens do Centro – Filho do “homem da cobra” está há três décadas vendendo chás nas ruas da cidade

Por Billy Culleton

Por quase 20 anos o Centro de Florianópolis contou com uma figura que despertava a curiosidade de quem passava pela Praça Fernando Machado: o famoso “homem da cobra”.
Entre 1985 e 2002, as performances do paraibano Pedro de Souza, que demoravam duas horas, mantinham a atenção do público com a promessa de mostrar alguns dos bichos que ele guardava em caixas: duas cobras (uma jiboia e uma cascavel), um peixe-elétrico e um lagarto.

Registro do show com cobras, comum em muitas cidades em décadas passadas. Hoje, a atividade é proibida (Foto: autor desconhecido)

Enquanto contava histórias fantásticas e ameaçava apresentar os animais (o que efetivamente fazia no fim do ‘show’), o artista fazia propaganda de ervas e chás do Amazonas, que curariam todo tipo de doença.
E quem o acompanhava, e vendia os produtos, era o filho Sérgio.

Quando o “homem da cobra” morreu de infarto em 2002, aos 54 anos, Sérgio Mendonça Guedes decidiu seguir os passos do pai e continuou vendendo ervas e chás nas ruas do Centro, mas sem contar com a atração das cobras.
“Foi proibido pelos órgãos ambientais”, justifica ele, conhecido como Sérgio do Chá.

São mais de 200 tipos de ervas e chás oferecidos no posto ambulante, na Rua Conselheiro Mafra, a poucos metros da praça onde a tradição começou.

“O nosso conhecimento vem dos antepassados indígenas, os Caigangue. Meu pai conviveu com eles em Mato Grosso, onde apreendeu tudo sobre as ervas, além de desenvolver a habilidade para lidar com as cobras”, explica ele, que nasceu em Aracaju, capital do Sergipe, há meio século.

Sérgio chegou a Florianópolis em 1987, junto com seus pais e irmãos. Pedro, que desde jovem viajava por todo o país apresentando seu espetáculo nas ruas, decidiu fixar residência por aqui. “Foi a cidade que escolheu para a gente morar. Pena que faleceu tão jovem”, lembra.

Foto da década de 1990 mostra Sérgio junto à banca, na Praça Fernando Machado (Acervo pessoal)

O principal ensinamento recebido do pai foi que não é só vender: “tem que ter responsabilidade e muito conhecimento”.

Ele une os dois atributos ao repassar as orientações sobre o uso dos chás para os clientes. “Cada erva tem a dose adequada para dar o resultado esperado. Não pode ser usada de qualquer forma porque pode prejudicar a pessoa”, ressalta, lamentando que seu conhecimento se perderá, pois nenhum filho seguiu a tradição familiar.

A maioria das ervas são originárias do Amazonas. E Sérgio descreve os benefícios de algumas.
“Marapuana é afrodisíaca. Pau para tudo, combate azia e mau hálito. Já o Pau Tenente serve para baixar a glicose”.

O comerciante tem clientela cativa e vende em média 2 kg de ervas por dia. Cada pacote com cerca de 100 gramas custa R$ 10.

Ele revela um detalhe surpreendente: na hora do almoço ‘abandona’ o posto ambulante, com todas as ervas, e vai a algum restaurante das imediações para fazer a sua refeição, retornando logo depois. “Nunca levaram nada”, garante.

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Árvore ameaçava Museu Histórico de SC – Seu Rodolfo denunciou, Floripa Centro divulgou e poder público cortou

“É um dia muito especial. Após muita luta, vejo que valeu a pena”, comemora Rodolfo Cerny, 87 anos, que vinha alertando sobre a perigosa inclinação de um pinheiro que ameaçava cair sobre o Palácio Cruz e Sousa, prédio que abriga o Museu Histórico de Santa Catarina, no Centro de Florianópolis.
Neste final de semana, a árvore de 30 metros foi cortada, numa operação que envolveu um enorme guindaste, no entorno da Praça XV.

Em junho, o Floripa Centro publicou uma matéria (veja aqui) advertindo sobre o perigo que o prédio histórico estava correndo, após Cerne procurar a nossa reportagem.
Poucos dias depois, o Estado anunciou que cortaria o pinheiro (veja aqui).

(Foto: divulgação Spiderpodas)

No sábado, Cerne, que mora a 100 metros do local, fez questão de acompanhar a complicada logística de corte, que incluiu o guindaste e um profissional de rapel, além de outros trabalhadores e um caminhão para carregar os troncos, que foram cortados em pedaços de cinco metros.
‘Guardião do patrimônio público’, Cerny, no ano passado, contatou a Floram, avisando da ameaça. Técnicos foram até o local, mas nada do corte. Agora, ele respira aliviado, satisfeito com sua contribuição na construção da cidadania.

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Interditado e com estrutura abandonada, sede do Clube 12 no Centro vive impasse sobre o futuro

Por Billy Culleton

O que fazer com um prédio obsoleto, tombado e que não pode ser usado para seu principal objetivo, receber eventos?
Este é o dilema que vive a direção do Clube 12 de Agosto com relação à sede da Avenida Hercílio Luz.

O local está interditado para a realização de festas e formaturas desde 2013, na esteira de uma maior fiscalização por causa do incêndio da Boate Kiss, naquele ano.
Só estão liberados para uso o térreo e a sala onde fica a presidência.

Uma reforma para deixá-lo novamente em condições de sediar eventos comemorativos custaria astronômicos R$ 7 milhões.
Já o terreno de 1,5 mil metros quadrados é avaliado em cerca de R$ 10 milhões.

A venda do imóvel chegou a ser aprovada em 2014 e previa a sua demolição e a construção de um prédio de 12 andares, ficando para o clube 30% da área construída.
Porém, a iniciativa teve que ser abortada pelo processo de tombamento, somado à mudança do Plano Diretor quanto ao número de andares que poderiam ser construídos na área.

O clube fundado em 1872 ficou instalado por 92 anos na Rua João Pinto, até que em 1940 foi comprado o terreno na Hercílio Luz.
A nova sede, em estilo modernista, começou a ser construída em 1957 e foi finalizada somente em 1964.
Desde então, o local ficou famoso pelos bailes de Carnaval, de debutantes e pelas colações de grau.

(Foto: acervo do clube)
(Foto: acervo do clube)

Mas agora as elegantes instalações de antanho sofrem com a ação do tempo e a falta de manutenção. O salão principal, no primeiro andar, ainda mantém o charme do passado, mas os demais andares apresentam infiltrações, com pisos, portas e janelas quebradas.

A parte externa também dá sinais de decadência. Moradores de rua usam a calçada lateral para dormir e frequentadores dos bares do entorno costumam urinar nas paredes pichadas.


O clube solicitou à Prefeitura licença para colocar grades na calçada lateral, o que foi negado em razão do prédio estar em processo de tombamento.
Esta semana, no entanto, o clube, em parceria com a Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB) de Santa Catarina, começou a limpeza das paredes pichadas.

Resumo da ópera: um belo prédio modernista no Centro, sem condições de uso e cada vez mais mostrando sinais de decadência. E poucas perspectivas de solução…

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Os quatro hostels do Centro – Ambientes alternativos e organizados com diárias a partir de R$ 50

Com características que fogem à hospedagem tradicional, os hostels invadiram o Centro de Florianópolis nos últimos tempos. Três foram inaugurados desde 2016, sendo o último no mês passado.
Além do preço baixo, ambiente clean e organizado, os hostels se caracterizam por promover o intercâmbio cultural e social entre os hóspedes.

1 – Ecobox Hostel
Por R$ 50 para uma pessoa ou R$ 75 para casal é possível se hospedar no Centro de Florianópolis, num ambiente climatizado, limpo e organizado.


O Ecobox Hostel foge ao padrão convencional: ao invés de quartos, são boxes privativos com 1,5 metro de altura e espaço apenas para um colchão, solteiro ou casal.
Os compartimentos ficam lado a lado, numa sala, em dois níveis: uma fileira no ‘térreo’ e outra, em cima, cujo acesso é feito por meio de uma pequena escada, como se fosse um beliche. A diária do Ecobox, na rua Conselheiro Mafra (perto da Arno Hoeschl), inclui o café da manhã.

Os boxes são separados por paredes de compensado, enquanto a entrada é delimitada por uma cortina. Para guardar os pertences mais importantes, há gavetas com chave, na parte interna do compartimento. Para o restante da bagagem, o hostel oferece espaços compartidos, fora do boxe.

Claramente, o compartimento foi pensado apenas para o descanso. Porém, o hóspede tem à disposição áreas comuns para outras atividades, como cozinha de uso coletivo e sala de TV e leitura.

Além dos viajantes, o local que iniciou as atividades em 2016 e comporta até 32 hóspedes, tem sido usado por aqueles que frequentam as inúmeras boates existentes nas imediações. Uma forma prática e barata de descansar após a festa, sem os riscos de voltar para casa após os excessos normais de uma balada.

Endereço: Rua Conselheiro Mafra, 847, Centro, Florianópolis.
Telefone: (48) 3025-3945.
Site: ecoboxhostel.com.br

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2 – Floripa Hostel
Outra opção econômica é o Floripa Hostel, na Rua Duarte Schutel, perto da avenida Beira Mar Norte.


A diária individual custa R$ 60, em quartos coletivos (com armários individuais, chaveados), além de quartos privativos para casal por R$ 130.
Antes denominado Albergue da Juventude, tinha o foco nos jovens, porém, atualmente recebe turistas de todas as idades.

O tradicional hostel, que oferece gratuitamente o café da manhã, também disponibiliza para os hóspedes cozinha e geladeira, além de sala de leitura e uma área externa, para sentar, conversar e apreciar uma bebida.

O empreendimento faz parte do Hostelling Internacional, considerada a maior rede de hospedagem do mundo, com mais de 5 mil filiais.

Endereço: Rua Duarte Schutel, 227, Centro
Telefone: (48) 3225-3781
Site: floripahostel.com.br/unidade/centro/

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3 – Downtown Hostel
Mais uma alternativa de hospedagem de baixo custo fica próximo à Avenida Hercílio Luz. O Downtown Hostel abriu em setembro de 2018, após ampla reforma de uma casa antiga na Rua Anita Garibaldi.

São exclusivamente beliches em quartos coletivos: com ar condicionado, custa R$ 65 por pessoa. Com ventilador, R$ 58. As diárias incluem o café da manhã.

O belo e asseado hostel dispõe de cozinha coletiva e banheiros masculino e feminino com divisória de blindex para o banho, além de um hall de entrada com quiosque e sala de estar com televisão.

 

Endereço: Rua Anita Garibaldi, 253 (quase esquina com avenida Hercílio Luz). Centro.
Telefone: (48) 3222-4359.
Site: www.downtownfloripa.com

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4 – Innbox Hotel & Hostel
Inaugurado em junho, apresenta um conceito moderno e ‘low cost’, que atrai cada vez mais pessoas no Brasil e no exterior, principalmente jovens.


O empreendimento fica a uma quadra da Praça 15, na esquina das ruas Tiradentes e Saldanha Marinho, no centro histórico da cidade.

Há quartos individuais e coletivos. Um dos atrativos é o preço da diária, a partir de R$ 50, que inclui o café da manhã. Esse valor é em quarto compartilhado para até oito pessoas, com banheiro, ar condicionado e armários individuais com tranca.

Com as mesmas comodidades, quartos para seis hóspedes, custam R$ 55 por pessoa, e para quatro, R$ 65.
Já quem quiser privacidade pode escolher as suítes para duas pessoas, com TV (inclui Netflix) e frigobar, por R$ 150.

O prédio, que era ocupado por um cursinho pré-vestibular e salas comerciais, foi totalmente reformado.
Moderno e funcional, o local conta, ainda, com um bar e restaurante mexicano que é aberto ao público em geral.
O Innbox Hotel & Hostel já tem unidades em Canasvieiras e na Praia do Rosa.

Endereço: Rua Saldanha Marinho, 53 – Centro.
Telefone: (48) 99863-6016.
Site: https://innboxhostels.com.br/

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Quatro vagas de estacionamento para servidores públicos são mais importantes que milhares de pedestres?

O Edifício das Diretorias, na Rua Tenente Silveira, foi inaugurado em 1961 e é considerado o primeiro edifício modernista de Florianópolis.
Além da beleza do prédio, o que também chama a atenção são quatro vagas de estacionamento que ocupam o lugar da calçada, na frente do edifício, que é sede da Secretaria Estadual da Infraestrutura.
O amplo passeio de quem vem da Rua Deodoro se reduz a menos de um terço, em razão do espaço destinado exclusivamente para veículos da secretaria, que inclui Deinfra e Deter.

Ao Floripa Centro, uma recepcionista do edifício disse que as vagas eram para “os diretores do Deinfra”. Já um segurança que cuida da entrada do estacionamento interno do edifício (sim, tem um amplo estacionamento próprio ao lado!) afirmou que as vagas eram para “os que visitavam o secretário”.

Imagem registra as três opções dos pedestres: na calçada estreita (à esq.), em cima das vagas (quando desocupadas) e na faixa de rolamento da rua (à dir.)

Por ser local de grande circulação de pessoas e carros, existem pelo menos duas sugestões para o melhor aproveitamento do espaço em benefício da população: a primeira, mais óbvia, transformá-lo em calçada.
Já a segunda, seria utilizá-lo como recuo para os ônibus, já que há uma parada a poucos metros e a detenção dos coletivos na faixa de rolamento da Rua Tenente Silveira provoca congestionamentos no entorno da Praça XV.

Além das vagas de estacionamento exclusivo, mais um empecilho para os pedestres: existe uma obsoleta guarita para controlar o acesso ao estacionamento interno da Secretaria, que ocupa metade da calçada.

O que diz a Secretaria Estadual de Infraestrutura:
Consultada, a Secretaria da Infraestrutura, por meio da assessoria de imprensa, disse que as vagas são apenas para visitantes e que “os pedestres não necessitam passar pelo meio dos carros, pois há uma calçada para eles”.

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Risco de vida – Reforma das pontes não prevê passarela para pedestres sobre a Beira Mar Norte

Por Billy Culleton

Pedestres e ciclistas terão que continuar arriscando as suas vidas na travessia da Beira Mar Norte, próximo aos clubes de remo.
O sonhado prolongamento da passarela da Ponte Pedro Ivo Campos até a área do Terminal Rita Maria, passando por cima da avenida, não está contemplado no atual projeto de recuperação das duas pontes.
A informação é da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade.

Descida da passarela na área insular

Mesmo prevista no projeto original da ponte, a continuação da passarela, que teria mais 150 metros, nunca foi concluída.

Nem antes, nem agora – Passarela devia chegar ao entorno do Terminal de Ônibus Rita Maria

Por isso, as cerca de 500 pessoas que diariamente utilizam a passarela, única ligação não motorizada entre a ilha e o continente, têm três opções: se deslocar cerca de 1 quilômetro até o Centro Sul ou 1,7 quilômetro até o trapiche da Beira Mar. Ou aventurar-se na travessia maluca no meio dos veículos que passam em alta velocidade.

As duas alternativas para pedestres e ciclistas, sem arriscar a vida

Veja vídeo com flagrante de travessia:

Em 2011, foi noticiado que o prolongamento da passarela sairia do papel, porém, isso nunca aconteceu. Confira:

Diário Catarinense, 3/6/2011:
A passarela sul da Ponte Pedro Ivo Campos, na Capital, será inteiramente recuperada. O consórcio Passarela, formado pelas empresas Sociedade Técnica de Estudos, Projetos e Assessoria Ltda (Sotepa) e Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia Ltda venceu a licitação para fazer o projeto, que será entregue ao Departamento Estadual de Infraestrutura em 120 dias.
O custo da obra será de R$ 667.914,91. As obras deverão iniciar em aproximadamente 160 dias, depois de feita a licitação para escolher a empresa responsável pelo execução dos trabalhos de construção.
No local, será implantado um novo sistema de iluminação, monitoração em tempo real, prolongamento da passarela até a área do Terminal Rita Maria e avaliação das condições estruturais do concreto e das juntas de dilatação.

Notícias do Dia, 3/6/2011:
Única ligação não motorizada entre a Ilha e o Continente, a passarela da ponte Pedro Ivo será revitalizada. O consórcio Passarela, que venceu a licitação realizada pela Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) tem 120 dias para entregar o projeto de recuperação da estrutura.
Formado pelas empresas Sociedade Técnica de Estudos, Projetos e Assessoria Ltda (Sotepa) e Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia Ltda, o consórcio apresentou oferta de trabalho no valor de R$ 667.914,91, 8,15% abaixo do valor estimado pelo Deinfra, que era de R$ 727.149,33.
De acordo com o diretor de Planejamento do Deinfra, WilliamWojcikiewicz, será implantado novo sistema de iluminação, circuito fechado de TV para monitoramento em tempo real, elevação do guarda-corpos de 80 centímetros para um metro e meio, prolongamento da passarela até o Terminal Rodoviário Rita Maria e avaliação das condições estruturais do concreto aparente e das juntas de dilatação.

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Para todos – Arte oriental transmite energia positiva no Centro

Sukyo Mahikari distribui força divina pela imposição das mãos

Por Billy Culleton

Uma centena de pessoas sobe diariamente as escadas que levam até o primeiro andar de um prédio tombado na Rua Conselheiro Mafra para um objetivo nobre: receber e transmitir energia positiva pela palma da mão.
No local, situado no Centro de Florianópolis, encontra-se a sede de Sukyo Mahikari, instituição espiritualista de origem oriental, fundada no Japão há exatos 60 anos.
Os frequentadores buscam o bem-estar físico e espiritual, que pode ser alcançado pela imposição das mãos dos mais experientes.

Numa confortável sala de 60 metros quadrados, podem ser vistas diversas duplas seguindo o ritual: um, fica deitado num colchonete, no chão, ou sentado na cadeira. O outro, sentado ao lado ou a sua frente, estende a sua mão sobre o ‘paciente’, sem encostar e, amiúde, pronuncia breves mantras em japonês. Esse é o principal objetivo de Sukyo: distribuir a energia divina para as pessoas.

Os voluntários, chamados de praticantes, que adquirem esse dom após um curso específico, afirmam ser apenas um canal por onde passa a energia de Deus. Não há troca de energias.

“Buscamos eliminar as toxinas do corpo que todos vão adquirindo com o tempo e deixar que a boa energia tome conta de cada um”, afirma o coordenador de Sukyo em Florianópolis, Jorge Rosso, explicando que a imposição das mãos dura de cinco a 45 minutos, dependendo do tipo de desintoxicação e da disponibilidade de tempo dos participantes.

Imagem cedida pela Sukyo Mahikari de Florianópolis

Há 25 anos a instituição ocupa o primeiro andar da esquina da Conselheiro Mafra com a Padre Roma, a duas quadras do Terminal Rita Maria.
Todos são bem-vindos, independente de crença ou religião. A grande maioria dos 300 membros são moradores da Grande Florianópolis, havendo poucos orientais. Mais da metade são jovens entre 15 e 25 anos.

Recentemente, pela comemoração dos 60 anos da fundação da instituição, os praticantes de Sukyo realizaram uma atividade externa na Via Expressa Sul, na Capital. Além de plantar dezenas de mudas de árvores, também ofereceram a imposição das mãos para o público.

Ocupado 24 horas por dia
A sede fica aberta ao público das 9h às 20h. Pode-se chegar a qualquer hora, que sempre haverá alguém para impor as mãos, gesto pelo qual nada é cobrado.
A instituição fica permanentemente sob custódia dos praticantes, que guardam o local sagrado. Há plantão de duas ou três pessoas para ficar durante a noite, numa espécie de contemplação. Sim, mesmo em feriados, Natal ou Réveillon, sempre haverá alguém que, extraordinariamente, pode fazer atendimento emergencial.

Agradecer e sorrir sempre
A instituição fundada por Kotama Okada, em 1959, também prega a gratidão e o sorriso. Por isso, o gesto de levantar os cantos dos lábios é constantemente incentivado. “Esboçar um sorriso e sorrir é um segredo para se ter uma vida iluminada”, diz o trecho de uma publicação da Sukyo.
Desde a antiguidade, os japoneses conhecem o efeito do riso. Na cidade de Hofu, todo ano é realizado um ritual divino chamado ‘Conferência do Riso’, que começa com uma estrondosa gargalhada dos participantes, contagiando as pessoas que assistem em volta, que começam a rir também.

Imagem cedida pela Sukyo Mahikari de Florianópolis

Principais crenças:
Os seguidores de Sukyo Mahikari acreditam que o processo de constituição de felicidade se fortalece em três eixos:

Imagem cedida pela Sukyo Mahikari de Florianópolis

– Saúde: ter um corpo livre de doenças.
– Harmonia: ter um sentimento livre de conflitos.
– Prosperidade: libertar-se da miséria.

Segundo eles, ao receber e transmitir a luz divina pode-se observar uma mudança positiva no indivíduo, possibilitando bem-estar espiritual, mental e físico.
Substituindo as toxinas pela boa energia, busca-se também contribuir para a convivência harmoniosa das diferenças, propiciando o estabelecimento de um mundo de paz.

Saiba mais:
– Sukyo Mahikari é uma instituição espiritual que possui sedes em 75 países, com cerca de 1 milhão de membros ativos.
– No Japão, existem cerca de 1 mil sedes, além de 129, na América Latina, e 59, no Brasil.
– A sede principal de Sukyo Mahikari para a América Latina fica em São Paulo.
– Mais informações: www.sukyomahikari.org.br

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