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A primeira autoescola de Santa Catarina – Brinhosa completa 53 anos, com 140 mil condutores aprovados

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Até o final da década de 1960, Florianópolis era a única cidade de Santa Catarina onde era possível tirar a carteira de motorista.
O processo demorava uma semana, entre a petição inicial, prova teórica e exame médico.
A prova prática de direção ainda não era obrigatória.

Registro dos modelos de veículos na década de 1960 (Acervo Nelson Silveira)

Naquela época, o manezinho Altamiro Brinhosa era representante comercial e viajava pelo interior do Estado.
Quando voltava à Capital, muitas vezes fazia a gentileza de trazer os documentos dos filhos de amigos e clientes que queriam obter a carteira de motorista.
Gratuitamente, ele encaminhava a solicitação aos órgãos públicos e, às vezes, hospedava os candidatos na sua própria casa por uma semana, até fazerem o exame médico e aguardar a entrega da habilitação.

Passado e presente: simulador dos anos 1980 e, ao lado, o digital da atualidade

‘Quem vai pagar para aprender a dirigir?’
Foi quando o filho Luiz Fernando Brinhosa, atualmente com 74 anos, pensou em abrir uma autoescola aproveitando a experiência adquirida pelo pai.
A pergunta que o jovem Luiz mais ouvia era: “Mas, quem é que vai pagar para aprender a dirigir?”.
É que, naquele tempo, as pessoas aprendiam os segredos da direção no carro da família, um ‘know-how’ passado de pai para filho.

Chevette da década de 1970, com a Ponte ao fundo

Fundador faz-tudo
Luiz não desanimou com as previsões pessimistas e em 1º de fevereiro de 1968 fundou a empresa, sediada num pequeno escritório no Estreito, adaptado com uma minúscula sala de aula.
“Tinha 21 anos e fazia todo o serviço: era professor de teoria de trânsito e de direção, já que a prova começou a ser obrigatória na década de 1970”, conta Luiz Brinhosa, lembrando que também acompanhava os alunos para fazer o exame médico no Centro da Capital.


Primeiras aquisições: Gordini e Jeep
Para viabilizar a iniciativa comprou os primeiros veículos: dois Gordini, do ano 1965, e um Jeep 1954.
O objetivo era agradar a toda a clientela: para os alunos do interior, acostumados com veículos rústicos como a Rural, Luiz oferecia o ‘jipão’.

Já para o público urbano e, principalmente as mulheres, tinha os Gordini, pequenos e fáceis de estacionar.
“As aulas práticas, com baliza, eram feitas no aterro de barro onde hoje é a Avenida Beira Mar Norte”, lembra Brinhosa.

Evolução da frota
Ao longo dos primeiros anos, a preocupação de Luiz foi manter a qualidade do serviço oferecido, aprimorando constantemente a frota: na década de 1970 foram adquiridos Fuscas, Brasílias e Chevettes, além de veículos maiores como Corcel, Opala e Galaxy.
Logo depois, para atrair motoristas de veículos pesados, a Brinhosa adquiriu um caminhão Opel Chevrolet 1950.

A empresa hoje
Ao longo dos seus 53 anos de atividade, a Brinhosa formou cerca de 140 mil condutores, numa média de 10 motoristas por dia.
Atualmente, a empresa conta com uma moderna frota de 28 carros, 10 motos e um ônibus.

Em Forquilhinhas fica a mais recente unidade da empresa

A equipe de colaboradores é formada por 45 pessoas, entre instrutores e demais funcionários.
São cinco unidades na Grande Florianópolis: Centro, Estreito e Ingleses, na Capital, além de Barreiros e Forquilhinhas, em São José, que possuem salas de aula climatizadas e datashow.
Também tem quatro pistas próprias para as aulas práticas de moto.

“Trabalhamos para ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos de conquistar a independência através da habilitação”, explica Marcos Brinhosa, filho de Luiz e que segue os passos do fundador, trabalhando como diretor-geral na empresa desde 2011.
“Ao mesmo tempo, busco honrar e aprimorar o legado e a tradição da empresa de nossa família”.

Luiz e Marcos Brinhosa, tradição repassada de pai para filho

Curiosidades:
– Para fazer o treinamento com os alunos, Brinhosa adaptava os veículos soldando um ferro, na horizontal, que permitia comando duplo de embreagem e freio, desde o banco do carona.
– Por ser a primeira e única autoescola de Santa Catarina, a empresa chegou a ter filiais em Criciúma, Lages e Blumenau.

– Como reconhecimento pelos serviços prestados à cidade, o fundador da Autoescola Brinhosa, Luiz Brinhosa, foi homenageado em 2014 pela Câmara Municipal de Vereadores e recebeu a Medalha de Mérito do Município de Florianópolis.
– Entre as anedotas contadas por Luiz destaca-se o caso de um aluno que treinava no Jeep, na década de 1970. Quando foi passar a marcha da 3ª para a 2ª, esqueceu de apertar a embreagem e a alavanca da marcha, ao não engatar, começou a tremer. Assustado, o aluno soltou um grito desesperado: ‘o carro está dando choque!’, causando gargalhadas dos presentes.

Serviços prestados pela Brinhosa
Primeira habilitação, adição de categoria, mudança de categoria, cursos de atualização e reciclagem para infratores, renovação de CNH, aulas para habilitados, CNH para estrangeiros, 2ª via de CNH e troca de permissão para CNH permanente.

Contatos
Site: www.autoescolabrinhosa.com.br
Telefones: Centro: 3224-8071; Estreito: 3244-5014; Ingleses: 3030-5725; Barreiros: 3246-0928; Forquihinhas: 3375-0673.
WhatsApp: (48) 98842-8363.

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– Um texto jornalístico, com informações de interesse geral, porém, patrocinado pela empresa, que é o foco da matéria.
– Esta é uma maneira de rentabilizar o Portal Floripa Centro, para que possamos continuar oferecendo, de forma gratuita, notícias de interesse público sobre a região central da Capital de SC.
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Nova delegacia de Polícia abrirá ao lado da Praça XV e Procon estadual se muda para a Rua Conselheiro Mafra

O Procon estadual terá nova sede a partir de 10 de fevereiro: ocupará o edifício localizado na esquina das ruas Conselheiro Mafra e Trajano.
O prédio de quatro andares continua em reforma, que iniciou há cerca de três meses, mas deverá estar finalizado em menos de duas semanas.

Trabalhadores fazem os últimos reparos no prédio

“Estamos preparando um espaço maior para o atendimento da população, com área para atendimento presencial e um local específico para assistência aos endividados”, disse o coordenador do Procon, Thiago Silva.

Térreo do futuro prédio do Procon estadual

A sede, com cerca de 1 mil metros quadrados, abrigará os 42 servidores (entre efetivos, terceirizados e estagiários) que realizam em média 300 atendimentos diários.

Delegacia
O prédio atualmente ocupado pelo Procon, ao lado da Agência dos Correios, na Rua Victor Meirelles, deverá ser transformada em delegacia da Polícia Civil.

Espaço fica a poucos metros da Praça XV, na região Leste da cidade

A edificação, ao lado da Praça XV e que pertence ao governo do Estado, passará por uma grande reforma antes de ser utilizado para a nova finalidade.

Do lado direito, o Museu Victor Meirelles, junto à casa onde nasceu o maior pintor de Santa Catarina

A Secretaria Estadual de Segurança Pública disse que as negociações ainda estão no início e que não poderia confirmar a informação, repassada pelo Procon estadual, de que, nesse local, será instalada uma nova delegacia de Polícia.

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Dados oficiais de Florianópolis: 10% dos moradores já tiveram Covid-19 e houve 100 mortes nos últimos 45 dias

A Capital chegou, nesta semana, a 50,8 mil casos confirmados de Coronavírus.
O número representa 10% do total da população do município: 508 mil (segundo dados do IBGE).
As informações constam no Covidômetro, plataforma on line da Prefeitura de Florianópolis.

Transmissores são 11 mil
O número estimado de infectantes em Florianópolis é de 11,4 mil pessoas.
Ou seja, no momento, cerca de 2% da população é potencialmente transmissora do vírus.
O termo ‘infectantes’ se refere a um número projetado por cálculos matemáticos, baseado nos casos confirmados, em análise e ativos.

Já a definição ‘casos ativos em acompanhamento’ (atualmente em 1,6 mil), diz respeito ao número de casos diagnosticados por meio de testes e que estão sendo acompanhados pela Vigilância Epidemiológica.

Óbitos
No total, a cidade tem 372 mortes pelo Coronavírus (no Covidômetro o último registro é de 22 de janeiro).
Em 11 de dezembro, havia 272 óbitos, o que significa uma centena de vidas perdidas nos últimos 45 dias.

Na região central, 59 mortes
O Centro chegou a 39 mortes, o maior número entre os bairros da Capital.
Embora o Monte Serrat (15 óbitos) e a Prainha (cinco mortes) façam parte do Centro, no Covidômetro aparecem separados.

Assim, somados estes dois ‘bairros’, a região central atingiu 59 vítimas fatais.
Na sequência, seguem Estreito e Ingleses, ambos com 22 mortes.

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Corpo humano e cabeça de animal – Que criaturas são essas que existem na escadaria da Ubro?

Sete esculturas de 70 centímetros de altura chamam a atenção dos pedestres que passam pela escadaria da Rua Pedro Soares, onde se encontra o Teatro da Ubro (União Beneficente Recreativa Operária).

As criaturas produzidas pelo artista Edmilson Vasconcelos, e distribuídas pelos degraus, combinam cabeças de animais com corpos humanos e estão vestidas com roupas modernas: tênis, jaquetas ou terno e gravata.

Ubros Leão, Elefante e Girafa

Cada uma delas foi chamada de Ubro, em homenagem ao lendário teatro, inaugurado em 1931: Ubro Carneiro, Ubro Leão, Ubro Elefante, Ubro Cachorro, Ubro Tubarão-Martelo, Ubro Girafa e Ubro Harpia (espécie de gavião).

Ubros Harpia, Carneiro e Tubarão-Martelo

A intervenção artística “Os ubros nas escadarias da Ubro” contou com o apoio da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Fundação Franklin Cascaes, e foi instalada há dois anos como uma forma de humanizar o espaço.

Cada escultura tem uma placa identificatória

Leia também: Nove décadas do Teatro da Ubro

Mitologia
Os antigos egípcios costumavam construir esculturas com corpo humano e cabeça de animal.
A mais clássica é Anúbis, deus dos mortos e moribundos, que guiava e conduzia a alma dos mortos no submundo.

Anúbis com cabeça de chacal (Acervo Wikipedia)

Ele era representado com cabeça de chacal e associado com a mumificação e a vida após a morte, além de ser o protetor das pirâmides.

(Texto e fotos Billy Culleton)

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Pichações sem controle no Centro – Desta vez, foi o Edifício Dias Velho, no Calçadão

Eram 19h10min da última quinta-feira, 7, quando dois jovens arrombaram a porta que conduz ao terraço do Edifício Dias Velho, no Calçadão da Felipe Schmidt.
Menos de 15 minutos depois deixaram o local.
Mas as marcas da ação deles ainda podem ser vistas no alto da fachada do prédio: são inscrições e rabiscos feitos com tinta preta e vermelha.

Fachada dos fundos do Dias Velho, vista desde o Ticen (Foto: Lucas Zaper)

As câmeras de segurança flagraram o vandalismo. Um boletim de ocorrência foi feito e as imagens cedidas à polícia. Mas até agora, ninguém foi identificado.
As pichações ocorreram nos fundos do Dias Velho, que tem a entrada pelo Calçadão, e podem ser observadas desde o Mercado Público e Ticen.

O incidente se soma às dezenas de atos similares que estão acontecendo no Centro da Capital, nos últimos tempos.
No mês passado, os pichadores subiram pela fachada de um dos prédios da Rua José Jaques, que formam o ‘Paredão’ da Avenida Hercílio Luz, e foram deixando seus rastros em todos os 11 andares.

Pichadores escalaram prédio na Rua José Jaques, ao lado da Hercílio Luz (Lucas Zaper)

Prédios históricos
A região Leste do Centro, mais isolada e abandonada, também sofre com esse tipo de ataque.
Exemplo disso, é a antiga edificação da Western, responsável pelo telégrafo até 1973: recebeu pintura nova em 2019, mas como está desocupado, foi alvo dos pichadores, que, normalmente, agem de madrugada.

Inscrições na pintura nova da antiga sede do cabo submarino (Billy Culleton)

O antigo Hotel Royal, na mesma Rua João Pinto, também tem a marca dos ‘artistas/malandros’.

Futura sede da Secretaria Municipal de Finanças sofre com vandalismo (Billy Culleton)

 

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A troca já começou – Você concorda com a substituição das luminárias ‘coloniais’ do centro histórico da Capital?

Por Billy Culleton

Afinal, quais são os postes de iluminação pública originais da Florianópolis antiga?
É por este questionamento que deve começar o debate sobre a substituição em andamento das luminárias em estilo colonial, nas vias do Centro.

No calçadão da Conselheiro Mafra, entre a Praça Fernando Machado e a Jerônimo Coelho, a prefeitura já instalou cinco novos postes.
Eles têm uma única coluna de ferro de sete metros de altura, com lâmpadas de led e que causam pouco impacto visual na paisagem.

Esses novos postes substituem as luminárias de estilo colonial, com três lâmpadas em formato de forquilha, que podem ser encontradas também nos demais calçadões da região central (como Felipe Schmidt) e na Praça XV de Novembro.

Retrospectiva
Imagens antigas de Florianópolis desde a década de 1910 (quando iniciou-se a iluminação pública com eletricidade) mostram diversos estilos de luminárias e postes nas ruas da cidade.

São lâmpadas penduradas por fios, que ficavam no meio das ruas.

Ou postes altos, de oito metros, nas calçadas, com uma haste horizontal avançando para o interior das vias.

Mas também existiam os postes menores, de três a quatro metros, para iluminação de praças e passeios.
A maioria destes últimos corresponde a um design simples, reto, com apenas uma luminária em cima.

Postes originais
As luminárias em estilo colonial também aparecem nas fotos do século passado: podem ser vistos na Praça XV, na Avenida Hercílio Luz e na entrada continental da Ponte Hercílio Luz.

Nos calçadões só foram instalados na década de 1990, após a transformação em vias exclusivas para pedestres, iniciada no final da década de 1970.

Valorizar o contemporâneo
“Não se deve falsear o histórico”, explica o arquiteto e historiador Fabiano Teixeira dos Santos, doutorando em Arquitetura pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Nos últimos anos, segundo ele, ganhou força no Brasil e no mundo, um novo conceito na revitalização de áreas históricas, contrariando a anterior, que insistia em inserir elementos antigos que não correspondiam à realidade.

“Essas luminárias coloniais nunca fizeram parte da paisagem dos calçadões”, disse, acrescentando que é importante respeitar a autenticidade.

“Em espaços históricos revitalizados também podem ser colocados elementos contemporâneos que valorizem o nosso tempo, já que nem tudo o que é histórico é mais bonito do que o atual”.

Sem valor cultural
“As luminárias coloniais da Praça XV são originais e serão mantidas sempre”, explica Marilaine Schmitt, gerente do Serviço do Patrimônio Histórico da Capital (Sephan).

“Já as existentes nos calçadões são réplicas que não têm nenhum valor cultural”.

Em toda a Praça existem 28 destas luminárias de ferro, instaladas na década de 1950.
Na base de cada uma delas aparece a inscrição “F. Guanabara – Rio de Janeiro”, que remete ao local de fabricação dos postes.

O que diz a prefeitura
A Prefeitura da Capital informou que em 2020 realizou, na Conselheiro Mafra, a troca de cinco postes antigos que estavam danificados.
Foram instalados novos postes, com luz de led, que são mais econômicos.

Questionada sobre a possibilidade de substituição gradual das demais luminárias ‘coloniais’ nos calçadões, a administração municipal disse que existe um projeto em estudo, mas que ainda não está finalizado.

Debate
As luminárias existentes nos calçadões são obsoletas para os padrões modernos: iluminam menos que as de led e gastam mais energia.

Ao mesmo tempo, exigem constante manutenção, já que, além de serem antigas, frequentemente, são danificadas pelos caminhões que abastecem os comércios locais à noite.
Os motoristas calculam a passagem do veículo pela base do poste e esquecem que em cima, a três metros, a luminária ‘se abre’ em forma de garfo.
Em todos os casos, está aberto o debate entre os que apoiam a manutenção de um charmoso ‘falso histórico’ e os progressistas, que preferem postes mais sóbrios e úteis.

(As imagens antigas são do acervo do arquiteto Fabiano Teixeira dos Santos e também da Casa da Memória. As fotos atuais são de Billy Culleton)

Leia também:
— Poste de luz que poderia cair e atingir pedestres é consertado na Rua Conselheiro Mafra

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Morre o vendedor de amendoim mais querido do Centro

O Centro está mais triste neste final de ano.
Partiu o homem que alegrava a todos ao seu redor, sempre com uma piada na ponta da língua.

Nilson Amaral, conhecido apenas como Amendoim, sofreu um infarto na manhã desta quinta-feira, 31, no ponto de ônibus da Caieira do Saco dos Limões, próximo de sua residência.
Ele estava indo para a região central de Florianópolis para ganhar seus últimos trocados de 2020 quando desfaleceu.
O Samu foi chamado, mas nada pôde fazer.

Registro desta semana na inauguração do ‘Chopp do Mercado’, novo bar no Mercado Público

Medalha Manezinho da Ilha
Em 2017 foi homenageado pela Câmara de Vereadores com a Medalha “Manezinho da Ilha Aldírio Simões”, que reconhece os personagens relevantes da cidade.
Orgulhoso, foi uma espécie de consolo pela proibição que recebeu de vender amendoim no recém-reformado Mercado Público.

Por causa dessa restrição, entrou em depressão e sofreu um primeiro infarto, há dois anos, do qual se recuperou, após ser submetido a uma grande cirurgia no peito.

Frases marcantes
Muito parecido com o ‘baixinho da Kaiser’, era conhecido por seu bom humor, que contagiava a todos.
E o usava muito bem para fazer amizades e, logicamente, para vender amendoim aos apreciadores de chopp do Mercado Público e do entorno.

Se está ruim para nós, imagina para a classe média” e “Olha o viagra genérico, aqui, gente!

Publicitário Mauro Ferreira fez uma caricatura para o ‘site’ do Amendoim

Oferecia três medidas de amendoim, em copinhos de cachaça: o ‘bolsa família’ (pequeno), ‘vale refeição’ (médio) e o ‘cartão corporativo’ (grande).

Após ouvir algumas de suas frases era difícil não comprar alguma de suas medidas, que ele servia junto com uma gargalhada espontânea.

O Centro sentirá muita falta de sua alegria!

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Curiosidades do Centro – Veja as fotos atuais do antigo mictório público de Florianópolis, ativo até 1980

A área de 10 metros quadrados guarda parte da história da Capital.
O Castelinho, ao lado do Terminal Urbano Cidade de Florianópolis, foi construído há 110 anos para dar início ao saneamento básico da cidade.
Ali funcionou uma estação de elevação mecânica da rede de esgoto, movida a eletricidade, que bombeava os detritos para o mar.
Entre as décadas de 1950 e 1960, o empreendimento foi desativado e se transformou num mictório público, que funcionou até a década de 1980.

A pequena edificação, em estilo neoclássico, contava com quatro mictórios individuais, unidos num muro de um 1,2 metro de altura.
Inadmissível para os padrões de higiene atuais.
Pior ainda: por causa das portas no ‘estilo cowboy’, desde a calçada era possível
ver fugazmente o interior do local, com homens em pé, de costas, fazendo as suas necessidades.

Estado atual
O interior do castelinho encontra-se completamente abandonado, com paredes rachadas e sujeira no chão. O único que existe dentro são os mictórios.
Após ser mictório público, durante 15 anos sediou o Museu do Saneamento, que desde então está sob a responsabilidade de Casan.

Em julho de 2019, o Floripa Centro mostrou o abandono do local. Na semana seguinte, a Casan pintou o ‘Castelinho’ e prometeu fazer uma licitação para restaurar e abrir o espaço.
A revitalização incluiria a antiga bica d’água que tem ao lado, junto com o poste de iluminação (do início do século passado) que funcionava a querosene e a balaustra (onde chegava o mar) que está danificada.

O prazo era até o final do ano passado, mas até agora, nada foi feito.

Como foram feitos os registros
O local está clausurado com tapumes pregados nas portas de acesso.
Por isso, a reportagem conseguiu uma cadeira emprestada de uma lanchonete próxima, subiu nela e fez as imagens por uma pequena janela redonda que fica entreaberta.

Era possível apenas inserir o celular pela fresta, sem ter uma visão do que estava sendo fotografado.

Imagem do mictório em 1975 (Acervo Jornal O Estado)

Assim, as fotos não ficaram com a melhor qualidade, mas servem para ter uma ideia do interior desta edificação histórica que está abandonada no coração da cidade.

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Construção do Museu da Ponte Hercílio Luz deve começar a sair do papel no primeiro semestre de 2021

Em outubro, a empresa Teixeira Duarte entregou oficialmente a Ponte, completamente restaurada, ao governo do Estado.
O final desta etapa histórica abriu espaço para novas iniciativas relacionadas ao cartão postal de Florianópolis.
Uma delas é a construção de um local que abrigue o tão aguardado museu da ‘Velha Senhora’.

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão do governo do Estado, é responsável por levar adiante o projeto.
O local ainda é incerto e nem sequer existe um projeto definitivo do memorial.

“Em janeiro já vamos apresentar o assunto ao governador Carlos Moisés para darmos início a este importante empreendimento”, afirma Diego Fermo, diretor de Patrimônio Cultural da FCC, prevendo avanços importantes já para o primeiro trimestre de 2021.

Local onde ficava a administração da Teixeira Duarte é uma das opções para instalação do museu (Billy Culleton)

Existem duas possibilidades para o financiamento da obra, calculada inicialmente em R$ 2 milhões: captar recursos via Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), implementado pela Lei Rouanet, ou utilizar orçamento próprio do governo do Estado.

Museu já existiu
Em 1990 o governador Casildo Maldaner inaugurou o Museu da Ponte, localizado na cabeceira insular, onde se encontrava o canteiro de obras da Teixeira Duarte, que está sendo desmontado.

O museu em reportagem do Diário Catarinense de 1993

O memorial funcionou durante 15 anos, mas foi fechado por falta de estrutura e manutenção.
O acervo, principalmente fotos, peças, mapas e equipamentos utilizados na construção, foi encaminhado ao Arquivo Histórico do Estado.

Projetos
Desde que o museu foi desativado, em 2005, foram formulados inúmeros projetos para sua reconstrução.

Entre eles, um maior, que forma um grande parque, unindo a parte insular e continental, com duas sedes, contemplando o memorial e um centro cultural e histórico.
Agora, um projeto viável, segundo a FCC, seria instalar a sede do museu no seu local original, na entrada insular da ponte.

Em 2013, a empresa Espaço Aberto apresentou um projeto para a construção do Museu Hercílio Luz, cujas imagens estão sendo usadas nesta reportagem.
São desenhos arquitetônicos que servem apenas para vislumbrar como poderia ser o futuro memorial da ponte.

Reportagens relacionadas:
—— Conheça o cemitério onde ‘descansam’ os restos da Ponte Hercílio Luz, na Capital
—— Adeus, Teixeira Duarte! Muito obrigado! O seu trabalho ficou para a história de Florianópolis

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Natal – Pela primeira vez na história, Florianópolis poderá ver a Estrela de Belém, que guiou os reis magos

A partir da próxima semana, os florianopolitanos que olharem em direção ao pôr-do-sol, no início da noite, poderão observar uma luz extremamente brilhante.
A luminosidade será consequência do alinhamento dos dois maiores planetas do sistema solar: Júpiter e Saturno.

O evento astronômico leva o nome de Estrela de Belém, já que o fenómeno também aconteceu no início da era cristã, servindo de referência para os reis magos encontrarem a manjedoura onde nasceu Jesus.

Reis Magos seguem a Estrela de Belém (Acervo Galeria do Meteorito)

A última vez que ocorreu esta conjunção planetária foi há 800 anos, três séculos antes da chegada dos colonizadores europeus a América.
O fenômeno poderá ser visto em todo o mundo, mas, segundo os astrônomos, os melhores lugares serão os próximos à linha do Equador.

Melhor dia: 21 de dezembro
O alinhamento de Júpiter e Saturno ocorrerá entre os dias 16 e 21 de dezembro, em horizontes abertos, imediatamente após o pôr-do-sol.
Com o passar dos dias a distância entre os pontos vai diminuir.
No dia 21 será o afastamento mínimo, parecendo ‘uma única estrela’ brilhante.

O sistema solar: em destaque Júpiter, o maior, e Saturno, com os anéis (Acervo Getty Images – BBC)

Registro bíblico
Se do outro lado do mundo, em Jerusalém, a estrela veio do Oriente, na América, virá do Ocidente.

O evangelista Mateus registra o evento na Bíblia.
Depois que Jesus nasceu na cidade de Belém, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Explicação científica
A luminosidade no horizonte será formada por dois pontos brilhantes, muito próximos, sendo Júpiter o maior.

Registro astronômico similar foi no século 13, há 800 anos (Imagem Jornal Ciência)

Segundo os astrônomos, ouvidos pelo site RGL, as conjunções são raras porque cada planeta demora um tempo diferente para girar em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva um ano. Já os planetas Júpiter e Saturno completam a volta em 12 e 30 anos, respectivamente.

“Todos os corpos celestes estão em movimento. O Sol e os planetas se movimentam em uma linha no céu chamada Eclíptica. Quando ocorre um cruzamento entre os planetas a gente chama de conjunção”, afirmou Felipe Navarete, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, ao site RDL.

Segundo ele, o fenômeno mais similar ocorreu no século 13, há quase 800 anos.
O pesquisador explicou que, apesar de os planetas estarem próximos, a distância ainda vai ser de quase 700 milhões de quilômetros.

(A imagem de abertura foi obtida no site Encantos de Santa Catarina)

 

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Cinco vereadores mudam o voto e Câmara de Florianópolis rejeita concessão de cidadão honorário a Gilberto Gil

Em julho de 1976, o cantor Gilberto Gil veio a Florianópolis, para uma apresentação dos “Doces Bárbaros”, banda composta também por Caetano Veloso, Maria Bethania e Gal Costa.

Mas eles não ‘contavam com a astúcia’ do então delegado Elói Gonçalves que invadiu os quartos do Hotel Ivorã, no Centro, buscando drogas.
Além de Valium com Caetano e ‘pó de pemba’ com as cantoras, encontrou um cigarro de maconha com Gil.

Os ‘Doces Bárbaros’, em imagem da Revista Manchete

Foi o suficiente para prender o cantor, que passou alguns dias no Instituto de Psiquiatria de São José e, ainda, internado no Hospital São Sebastião, na região central da Capital.

Imagem do Youtube

Após um julgamento mediático no Fórum da Capital, ele foi solto, depois de concordar em participar de um tratamento de desintoxicação, no Rio de Janeiro.

As votações
Na semana passada, 44 anos depois, a Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou, em primeira votação, projeto para conceder o título de cidadão honorário ao cantor.
Seria um gesto de reparação, um pedido de desculpas tardio, mas ainda oportuno e necessário, segundo Afrânio Boppré, que propôs a honraria, aprovada pelos vereadores, na terça-feira, 1º, com 13 votos a favor, três contra e três abstenções.

Porém, após uma semana de polêmica, nesta segunda-feira, 7, o projeto não alcançou, na segunda votação, a maioria absoluta de 12 votos: nove vereadores foram a favor; oito, contra, e houve duas abstenções.

Cinco vereadores que tinham votado a favor na semana passada, não repetiram o voto nesta segunda-feira: Dalmo Menezes (DEM) e Gabrielzinho (Podemos), agora, votaram contra a homenagem.
Já Gui Pereira (PSC), Pedrão (PL) e Marquito (Psol) estiveram ausentes.
O vereador Edinho Lemos (PSDB) votou a favor, mas na semana passada esteve ausente.
(Confira todos os votos no final desta matéria)

Jornal O Dia, do Rio de Janeiro, anunciou a prisão também de Caetano Veloso, o que não aconteceu.

Como foi a prisão
A seguir, selecionamos trechos de uma reportagem da Revista Manchete, do acervo do jornalista Carlos Damião.
O texto foi digitado pelo próprio Damião e publicado originalmente no site Caros Ouvintes.

  • O delegado Elói Gonçalves de Azevedo reuniu a equipe e rumou para o Hotel Ivoram, onde não só os Doces Bárbaros estavam hospedados, como os seus técnicos, músicos, empresários e acompanhantes. (…) O primeiro apartamento vistoriado foi o 306, de Gilberto Gil.
  • “Nós batemos à porta. Quando o cantor respondeu, falamos que era da gerência”, conta o delegado Elói. “Gil veio atender, perguntou qual era o assunto. Me identifiquei e revelei as razões que me levavam a fazer uma revista no apartamento. Sem se perturbar, o cantor abriu a porta, mandando que entrássemos. Procedemos ao exame dos armários e roupas. Quando encontramos na carteira o cigarro de maconha, perguntamos se ele era o dono da carteira e do cigarro. Sem perder a calma, Gil respondeu afirmativamente. Disse ainda que sabia ser ilegal o porte e a venda, mas a maconha era para o seu uso. Dei-lhe voz de prisão”, contou o delegado.
  • “Fomos revistar outros quartos. O seguinte foi o de Gal Costa. Ela não estava. A moça que ali encontramos disse que ela havia dormido no apartamento de Maria Betânia. Seguimos para o quarto de Caetano Veloso. Percebendo que éramos da polícia, Caetano começou a gritar por socorro. Quando se acalmou, pediu desculpas, dizendo que ainda estava sonhando. Examinamos o seu quarto e encontramos um vidro de Valium. Ele disse que o mesmo tinha sido comprado com uma receita médica, o que mais tarde foi comprovado.”

    Antigo Hotel Ivoram, na Avenida Hercílio Luz, atualmente Hotel 2S (Billy Culleton)

  • No apartamento 406 encontraram Maria Betânia e Gal, que também estavam dormindo e receberam os policiais vestindo trajes bastante sumários. Maria Betânia ficou tranquila, enquanto Gal reclamava da maneira como haviam invadido o apartamento.
  • Ali encontraram Pó de Pemba e outros materiais usados por Betânia no culto da sua religião. Na dúvida, recolheram tudo para exame de laboratório. No apartamento 308 encontraram não só alguns cigarros (baseados), como uma boa quantidade de maconha prensada, que “daria para mais uns 30 ou mais cigarros bem feitos”.
    Os suspeitos e flagrados foram colocados no apartamento de Caetano Veloso. No final, só Gilberto Gil, Chiquinho e Djalma foram conduzidos até a delegacia para serem autuados.
  • “Se fizermos uma pesquisa, vamos chegar à conclusão de que 80 por cento dos habitantes da cidade não receberam muito bem a prisão do cantor. Outros 20 por cento não tomaram conhecimento ou não vão querer dar sua opinião”, disse o prefeito de Florianópolis, Esperidião Amin.

    Gil no dia do julgamento no Fórum da Capital (Imagem do Youtube)

  • Perante o juiz, Gil declarou que havia começado a fumar maconha há oito anos, numa fase de ansiedade aguda. Disse desconhecer que o ato de fumar maconha representava um crime, embora sabendo que o tráfico e o porte eram passíveis de punição. Justificou também o vício como “uma maneira de melhor atingir uma introspecção mística necessária para se concentrar.

O juiz Ernani Palma Ribeiro determinou o internamento no Instituto de Psiquiatria de São José

  • “Não tenho imunidades para portar e fumar maconha, pelo simples fato de ser cantor conhecido e representar alguma coisa em termos culturais para o Brasil. Estou naquela de dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Sou responsável por tudo o que está me acontecendo e terei contas a prestar unicamente a meu filho. Não tenho problemas de culpa. Eu uso a maconha e sabia que portá-la era um crime. Desconhecia que fumar também era um crime, disse Gil.”

Após passar mais alguns dias no Hospital São Sebastião, no Centro de Florianópolis, Gil foi solto. Antes, teve que concordar em participar de um tratamento de desintoxicação, no Rio de Janeiro.

Veja os vídeos do caso:

  • O julgamento
  • Entrevista com o delegado Elói Gonçalves:

Confira como foi a votação nesta segunda-feira, 7:
Votaram a favor
: Afrânio Boppré, Dinho, Edinho Lemos, Fabio Braga, Miltinho Barcelos, Lino Peres, Renato da Farmácia, Roberto Katumi e Lela.
Votaram contra: Claudinei, Dalmo, Erádio Gonçalves, Fabricio Correia, Gabrielzinho, João Luiz, Maikon Costa e Rafael Daux.
Abstenção: Marcelo da Intendência e Maria da Graça.
Ausentes: Celso Sandrini, Gui Pereira, Pedrão e Marquito

(A imagem de abertura é do site www.gilbertogil.com.br)

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Partes da costela de Santa Catarina, assassinada há 1.700 anos, estão expostas no Centro da Capital

O único lugar no mundo, fora do Egito, onde existem relíquias da padroeira do Estado, é na região central de Florianópolis.
São dois pedaços da costela de Catarina de Alexandria que desde o ano 2000 estão expostas na capela do Tribunal de Justiça e na Igreja Ortodoxa de São Nicolau.

Nesta quarta-feira, 25, se comemora o Dia de Santa Catarina, mas excepcionalmente neste ano de pandemia, não é possível visitar estes locais.

Capela Ecumênica do Tribunal guarda relíquia (Divulgação TJ/SC)

Do Monte Sinai para Floripa
As relíquias foram trazidas para a Capital há 20 anos.
Foi um presente dos monges do Monastério do Monte Sinai, no Egito, para o único estado do continente americano a homenagear o nome da santa, assassinada em Alexandria, no ano 307, por defender o Cristianismo.
As tratativas para a doação com o monastério que guarda os restos mortais de Santa Catarina foram feitas por membros da Igreja Ortodoxa Grega de Florianópolis.

Assim, em outubro de 2000, uma parte da quinta costela direita da santa, com cerca de 5 centímetros, foi colocada na então recém-inaugurada capela ecumênica do Tribunal de Justiça.

Parte da costela, na capela, para veneração (Divulgação TJ/SC)

Um outro pedaço do mesmo osso, com 4 centímetros, está exposto para veneração na Igreja Grega São Nicolau, na Rua Tenente Silveira.

Altar onde se encontra a relíquia no templo São Nicolau, no Centro (Acervo Igreja Ortodoxa)

Quem foi Santa Catarina
Moradora de Alexandria, Catarina era de origem aristocrática e se caracterizava por grande beleza física e profunda sabedoria.
Após se converter ao Cristianismo, no início do século IV, defendia arduamente o pensamento cristão.
Era o tempo das perseguições aos cristãos pelo Império Romano e ela enfrentou o imperador para defender os que professavam a fé e eram condenados.
Também ela foi instada a renunciar a fé cristã e cultuar os deuses romanos.
Como se negou, foi condenada à morte.

Monsenhor entrega relíquia ao então presidente do TJ, Francisco Xavier Vieira (Arquivo Alesc)

Por que o Estado adotou o nome
O nome de Santa Catarina foi dado em 1526 pelo navegador espanhol Sebastião Caboto ao chegar à Ilha.
Teria sido uma homenagem a sua esposa que se chamava Catarina e também porque era 25 de novembro, dia de Santa Catarina de Alexandria.

Negociação para trazer as relíquias
A presença das relíquias da padroeira em terras catarinenses coroou a obstinação do falecido monsenhor Angelos Kontaxis, pároco da Igreja Ortodoxa de São Nicolau, de Florianópolis.
Em 1999, ele convenceu o então governador Esperidião Amin da conveniência de trazer para o Estado uma relíquia da santa.
Para isso, viajou a Alexandria para negociar com os monges que guardam os restos mortais da santa.

Reunião com o governador Amin (Arquivo Alesc)

O então chefe da Igreja de São Nicolau explicou que os poderes do Estado construiriam uma capela específica para a relíquia e a guardariam com zelo.
Também relatou, para espanto dos monges, que em Florianópolis os cristãos de diversos matizes viviam em paz com fiéis de outras religiões, como judeus e mulçumanos.
E citou como exemplo, o Mercado Público e seus arredores, que têm imigrantes de diversos países trabalhando em harmonia.
Foi o suficiente para conseguir a ‘façanha’ de trazer as duas peças de 1.700 anos para Florianópolis, o que para muitos parecia impossível.

Monastério do Monte Sinai (Acervo TJ/SC)

(Esta reportagem foi feita com base em dados disponíveis nos sites da Alesc, TJ/SC, Arquidiocese de Florianópolis e Colégio Catarinense. A imagem de abertura é acervo da Catedral Metropolitana, em dia de procissão pelas ruas da Capital)

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